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RA:2019817708
FAPE
Vale ressaltar que uma relação entre padrasto ou madrasta é diferente da filiação
socioafetiva. É muito comum o homem ou a mulher manter uma relação saudável
com o enteado, e esse vínculo não necessariamente se caracteriza como
paternidade ou maternidade socioafetiva.
Os direitos e deveres
O principal direito para esse tipo de filiação é sua irrevogabilidade. Isso permite
que os pais possam ter os mesmo direitos e deveres de um pai biológico, como
exercer a guarda da criança, sendo responsável pela educação e direito à
visitação.
Assim, de acordo com a própria Constituição Federal, em seu artigo 5º, todos
são iguais perante a lei, fazendo com que não haja diferença entre um filho
biológico e socioafetivo em um momento de divisão de bens, como em uma
herança.
• O pai ou mãe socioafetivo precisa ser, no mínimo, 16 anos mais velho que
a criança a ser reconhecida, bem como maior de 18 anos;
• Não podem fazer o reconhecimento de irmãos ou ascendentes da criança;
• A comprovação do vínculo afetivo entre as partes é exigida. Neste caso,
pode ser usado como prova documentos escolares assinados pelo
responsável da criança, inscrição da criança em seu plano de saúde,
registro oficial de que tanto o pai/mãe e a criança moram na mesma casa,
vínculo de conjugalidade como casamento ou união estável com o
ascendente biológico, fotografias de celebrações relevantes e declaração
de testemunhas;
• Documentos de identificação pessoal oficial de todos os envolvidos
também são requisitados.
Outro ponto importante a comentar está relacionado aos seus tipos, pois a
filiação socioafetiva possui espécies e pode ser diferente em alguns casos.
Dentre os tipos estão:
Por fim, podemos concluir através desse artigo que a filiação socioafetiva é um
direito familiar e pode ser adquirido se assim for a vontade da família. Embora
não seja uma adoção propriamente dita, traz reconhecimento jurídico ao filho
socioafetivo, de modo que tenha seus direitos assegurados conforme a
legislação.
Outro ponto importante é que, para comprová-la, alguns requisitos são exigidos,
como o vínculo afetivo comprobatório. Neste caso, ele precisa se mostrar
público, contínuo e duradouro. Uma vez reconhecido o direito, a inclusão dos
nomes, tanto do pai ou mãe, bem como dos avós paternos ou maternos na
certidão da criança é solicitada.
Vale destacar que, no Brasil, esse tipo de filiação também conta com quatro
tipos, bem como diferenças significativas quando comparada a adoção da
criança ou adolescente. Portanto, o ideal é sempre buscar orientação de um
advogado especialista em direito da família de modo a garantir que o processo
aconteça de forma tranquila e sem interferências.
Bibliografia