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Acadêmica: Angélica Eikhoff

FILIAÇÃO

Filiação é a relação de parentesco em linha reta de primeiro grau que se


estabelece entre pais e filhos, seja essa relação decorrente de vínculo sanguíneo ou de
outra origem legal, como no caso da adoção ou reprodução assistida como utilização de
material genético de outra pessoa estranha ao casal

Segundo Silvio Rodrigues: “Filiação é a relação de parentesco consanguíneo, em


primeiro grau e em linha reta, que liga uma pessoa aquela que a geraram, ou a
receberam como se as tivessem gerado”.

Todas as regras sobre parentesco consanguíneo estruturam-se a partir da noção


de filiação, pois a mais próxima, a mais importante, a principal relação de parentesco é a
que se estabelece ente pais e filhos.

Em sentido estrito, filiação é a relação jurídica que liga o filho a seus pais. É


considerada filiação propriamente dita quando visualizada pelo lado do filho. Encarada
em sentido inverso, ou seja, pelo lado dos genitores em relação ao filho, o vinculo se
denomina paternidade ou maternidade.

Para Silvio Venosa, o conceito de filiação tem uma relação de parentesco


estabelecida entre duas pessoas. E que há possibilidade de decorrer de um vínculo
biológico ou não, como ocorre em casos de adoção.
A legislação brasileira estabelece que a instituição da filiação seja natural ou
civil. A filiação natural obedece ao critério biológico, sendo os pais aqueles que
participam da concepção do filho. De outro lado, a filiação civil é aquela estabelecida
pela adoção.
A prova da filiação é feita por meio do Registro Civil ou por Sentença judicial
em ações de estado. Igualmente possível é a prova da filiação por testamento e escritura
de reconhecimento e emancipação em que os pais reconhecem os filhos.

Quanto ao princípio da filiação, este encontra-se resguardado no rol dos direitos


fundamentais contemplados pela Constituição Federal de 1988, (art. 227, § 6°). Este
principio trata sobre ,a compatibilização dos direitos e obrigações entre os pais e filhos,
tanto na origem da filiação.

A filiação gera para os envolvidos na relação parental efeitos de ordens diversas.


Esses efeitos podem ser divididos em duas categorias: os efeitos pessoais e os efeitos
patrimoniais.

A prova de filiação esta prevista nos termos dos arts.1603 a 1609 do CC/02, que
estabelece a regra geral, por certidão de nascimento e a exceção, na falta ou defeito da
certidão de nascimento, começo de provar por escrito e intensas presunções resultantes
de fatos já certos.

REFERÊNCIAS:

BITTAR FILHO, Carlos Alberto. Direito de família e Sucessões. São Paulo: Juarez de
Oliveira, 2002.

MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito de Família. Vol. III. Campinas: Bookseller,
2001.

VENOSA, Silvio de Salvo. Curso de Direito Civil – Sucessões. São Paulo: Atlas, 2005.

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