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Adoção no Brasil é o ato jurídico solene pelo qual alguém estabelece um vínculo de filiação. Isto
ocorre independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo entre adotante e
adotado.
Nesse sentido, os laços criados com a adoção são considerados análogos aos que resultam de
filiação biológica, de modo que, a adoção atribui a condição de filho legítimo ao adotando,
atribuindo-lhe os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios.
A decisão de adotar um filho deve ser planejada e tomada com muita responsabilidade. A adoção
é um ato irrevogável, ou seja, não admite arrependimento posterior.
Ao tomar a decisão de adotar, o adotando cria um laço de parentesco de 1º grau em linha reta, que
se estende por toda a família do adotante. Na adoção a criança ou adolescente adotando se torna
filho(a) de uma pessoa ou de um casal, e passa a ter desde então os mesmos direitos de um filho
biológico. A palavra Adotando = quem está sendo adotado; Adotante = quem quer adotar;
Uma vez que a adoção se concretize, a criança/adolescente adotado se desliga de qualquer vínculo
com pais e parentes biológicos, salvo os impedimentos matrimoniais.
Por isso, a adoção é considerada ato jurídico legal que estabelece vínculo de filiação independente
da procriação.
Embora seja um ato que se fundamente na afetividade, no amor em si, nem todas as pessoas
podem realizar a adoção.
Alguns requisitos mínimos devem antes ser preenchidos. Por exemplo, para ser um candidato
hábil para adoção, é necessário que o adotante tenha alcançado a maioridade, ou seja, ter 18 anos
completos. Da mesma forma, é necessário que o adotante seja ao menos 16 anos mais velho que
aquele que será adotado.
O estado civil do adotante é irrelevante, de modo que o adotante pode ser pessoa casada, viúva,
solteira ou em união estável. Outro ponto que merece destaque é que a adoção no Brasil pode ser
realizada por casais homoafetivos, desde que observados os requisitos da idade, comum a todo
adotante.
Pessoas divorciadas ou separadas de fato também podem adotar conjuntamente, desde que a
convivência com a criança tenha se iniciado durante a União Conjugal.
Como vocês já puderam perceber, para concretizar uma adoção é preciso se submeter a um
procedimento criterioso e burocrático.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, não faltam candidatos interessados em adotar
uma criança no Brasil. Segundo informações do CNA – Cadastro Nacional de Adotantes, o
número de pessoas cadastradas para adotar uma criança é bem maior do que o número de crianças
e adolescentes a serem adotados.
Parece ser uma conta simples de se realizar já que os números são tão animadores. Todavia,
infelizmente, a adoção não se assemelha a uma simples equação matemática.
recém-nascidas ou com até 04 anos de idade, de cor branca, sexo feminino, sem irmãos e
sem nenhuma patologia ou deficiência.
Observa-se assim, que o perfil mais desejado entre as famílias pretendentes não é compatível com
aquele disponível nas instituições de acolhimento. Nas casas de acolhimento infantil os
adolescentes, de cor negra, sexo masculino, com irmãos, patologias e deficiência, representam a
maior parte dos adotandos.
Convém ainda mencionar que existe um número significativo de crianças em abrigos que ainda
não estão disponíveis para adoção, pois a preferência é dada para a família biológica.
A princípio, o candidato a adotante deve se dirigir a uma Vara de Infância e Juventude de seu
município para manifestar seu interesse. Neste momento adotante deverá preencher os pré
requisitos elencados acima, bem como, apresentar a documentação correspondente.
Ademais, o procedimento incluirá a realização de visitas de assistentes sociais, que tem o objetivo
de conhecer o ambiente em que a criança será inserida. A avaliação dos assistentes visa detectar
se determinado ambiente é saudável o suficiente para receber uma criança ou adolescente.
O resultado da avaliação assistencial será encaminhado ao Ministério Público e ao juiz da Vara
de Infância e juventude, e integrará os autos do processo. A partir do laudo da equipe técnica da
Vara e do parecer emitido pelo Ministério Público, o juiz dará sua sentença concedendo a adoção
ou não.
Caso seja encontrada uma criança/adolescente com o perfil indicado pelo pretendente à adotante,
a própria Vara de Infância se encarregará de informar o interessado.
Por fim, o juiz profere a sentença de adoção e determina a lavratura do novo registro de
nascimento, já com o sobrenome da nova família. Existe ainda, a possibilidade de trocar o
primeiro nome da criança/adolescente adotado.
Realizados todos esses procedimentos, o filho (a) adotivo (a) passa a ter todos os direitos de um
filho biológico.
Com as novas regras, com certeza, vários processos de adoção se desenvolverão com
maior celeridade.
Fonte: https://serenoadvogados.adv.br/as-dificuldades-para-adocao-no-brasil/