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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA

CAMPUS GILBERTO GIL

Desafios das crianças e adolescentes com deficiência serem


adotados.

Discentes:

Alisson Elias Brito dos Santos Batista

Alexsandro

Bruna Naila Zacarias dos Santos

Dalmo Rodrigues Lima Junior

Isadora Cristina Luz Santos

Ítalo Brito Da Silva

Isabelle Cristine

Pedro Paulo Oliveira Nunes

Ravena De Souza Silva

Professor Orientador:

Carla Borba

Salvador/BA
INTRODUÇÃO

Entende-se por adoção, segundo Maria Helena Diniz:

“O ato jurídico solene pelo qual, observados os requisitos legais, alguém


estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco
consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família,
na condição de filho, pessoa que, geralmente, lhe é estranha”.

Na mesma linha, o conceito legal de adoção é estabelecido pelo ECA em seu


art. 41, onde consta que “a adoção atribui a condição de filho ao adotado, com
os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer
vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais”.

A conceituação de pessoa com deficiência, segundo a Lei Brasileira de


Inclusão da Pessoa com Deficiência, é aquela pessoa que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em
interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Em âmbito brasileiro, a adoção de crianças e adolescentes portadoras de


alguma deficiência ainda é um grande tabu a ser quebrado, tendo em vista que
muitas famílias pouco se interessam em adquirir um menor especial. Mesmo
com uma certa evolução nos últimos anos, a probabilidade de adoção de
pessoas deficientes ainda é baixa se comparado ao número de solicitações de
adoção de crianças saudáveis.

O principal desafio para adotar no Brasil são as políticas públicas. Isso faz com
que essas famílias não tenham condições de se estruturarem, por isso o
número de crianças destinadas a abrigos e instituições aumenta a cada ano.
As faltas de informação sobre algumas deficiências ou doenças crônicas
acabam por causar preocupações nas famílias que têm a possibilidade de
adotar uma criança neste estado, mas o processo de informação sobre suas
particularidades e cuidados podem trazer maior conforto e ajustes para a
chegada do filho (a).

O mais importante é se abrir para a possibilidade de adoção a um filho em


condições especiais, pois, para que haja desenvolvimento, é preciso
compreender que existem vários fatores que interferem no seu
desenvolvimento, que exige maior cuidado a todo tempo. Além disso, o
ambiente em que eles crescem é primordial, afinal, se adaptar com o seu novo
lar é de suma importância para todo o desenvolvimento, já que em toda família
os pais são os exemplos e apoio para seus filhos.

Por que a adoção de crianças e adolescentes com deficiência ainda é tão


escassa no Brasil?

Em abrigos, é comum encontrar crianças com deficiências ou problemas de


saúde. Já entre quem deseja adotar ainda são raros os pretendentes. Entre
2019 (0,2%) e 2020 (0,3%), o número de adoções de crianças com deficiências
cresceu, conforme o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento. Em relação a
deficiências, a taxa foi de 0,6%, em 2021, para 3% em 2022. Agora, a taxa é de
4,6% no ano de 2023.

O que diferencia a adoção de uma criança ou adolescente com deficiência


da adoção de uma criança saudável?

Primeiramente, nas adoções de crianças especiais há prioridade na tramitação.


Os requerentes realmente dispostos a receber seus filhos(as)
independentemente da condição de saúde costumam acolher mais
rapidamente. Isso ocorre porque o número de pretendentes dispostos a acolher
crianças com problemas de saúde é bem menor quando comparado ao número
dos disponíveis apenas para crianças saudáveis.

Quem opta por essa adoção, além de amor e compromisso, deverá oferecer
otimismo, uma vez que a criança com deficiência, por mais que tenha
necessidades especiais, tem sim capacidade de se desenvolver. Os pais
deverão oferecer a ajuda necessária para que a criança tenha confiança em si
mesma. Ainda devem estar preparados para dedicar tempo, paciência e
perseverança o quanto for necessário para atender as demandas de saúde e
proporcionar a estimulação adequada do menor.

Um dos maiores desafios refere-se ao tempo. Os requerentes devem refletir se


possuem disponibilidade para a criança, as atividades necessárias ao seu bom
desenvolvimento, os demais membros da família e as outras tarefas do dia a
dia. Quem possui um filho especial, independentemente de ser por adoção ou
biológico, precisa estar disponível a frequentes mudanças e adaptações em
suas rotinas. Deve-se observar ainda se possui rede de apoio para a intensa
rotina de atividades, consultas e exames. Por fim, é importante estar em boas
condições de saúde para assumir os cuidados de uma criança que será, de
certa forma, dependente por longo tempo, ou mesmo por toda a vida em casos
mais graves.

Quais soluções poderão ser tomadas para acelerar e melhorar o processo


de adoção de PCD’S?

Para melhorar o processo de adoção de crianças e adolescentes com


deficiência, é necessário:

· Preferência na fila para pessoas que se interessam em adotá-las.


· Programa de apadrinhamento afetivo, onde o padrinho também terá
direito de adotar.
· Equiparação legal de direitos trabalhistas, estendendo aos pais
adotantes as mesmas garantias que os pais biológicos possuem.
· Disposição dos adotantes em apresentar melhores condições ao menor
para que ele possa se desenvolver.

Referências:
https://www.terra.com.br/nos/cresce-adocao-de-criancas-com-deficiencia-no-
brasil,2f39b73b55028ef431787de200d8ecd3l31aiqlc.html?
utm_source=clipboard
https://www.tjdft.jus.br/informacoes/infancia-e-juventude/noticias-e-destaques/
2021/novembro/adocao-de-criancas-e-adolescentes-com-deficiencia-o-que-e-
preciso-saber
https://serenoadvogados.adv.br/as-dificuldades-para-adocao-no-brasil/

https://agenciadenoticias.uniceub.br/educacao-e-saude/adocao-de-criancas-com-
deficiencia-deve-ser-prioridade-como-preve-lei-diz-presidente-de-ong/#

TAXAS DE ADOÇÃO NO BRASIL


2019: 0,2%
2020: 0,3%
2021: 0,6%
2022: 3%
2023: 4,6%

Fonte: Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, 2023.

IDADE DAS CRIANÇAS DISPONÍVEIS PARA ADOÇÃO


De 4 a 6 anos = 274
De 6 a 8 anos = 309
De 8 a 10 anos = 361
De 10 a 12 anos = 465
De 12 a 14 anos = 619
De 14 a 16 anos = 657
Mais de 16 anos = 740

Fonte: Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento, 2023.

I – DIAGNÓSTICO E TEORIZAÇÃO

1. Identificação das partes envolvidas


Este projeto de extensão tem como temática geral as ações promovidas por
organizações da sociedade civil para o alcance dos Objetivos do
Desenvolvimento Sustentável (ODS) no Brasil. Trata-se de um conjunto de
metas estabelecidas pelas Nações Unidas em 2015, com o objetivo de
promover o desenvolvimento sustentável globalmente até 2030. Nesse
contexto, abordaremos especificamente os objetivos 4 e 10, quais sejam,
educação de qualidade e redução das desigualdades, respectivamente, e o
papel que a instituição Lar Vida, desempenha nesse âmbito, na cidade de
Salvador.
Conforme o seu site (https://www.larvida.org.br/) A VIDA é uma instituição da
Sociedade Civil (OSC), ou seja, sem fins econômicos (lucrativos), fundada em
19 abril de 1985 por pela socióloga Maria Cristina Cordeiro Caldas , que
concretizou o sonho de construir uma casa para acolher, proteger, cuidar e
educar as crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade
social, garantir educação, lazer e saúde, promover a inserção ou
reinserção à família.
Com sede própria na Avenida Aliomar Baleeiro km5, Sítio Ipitanga s/n – Novo
Marotinho CEP: 41388-005 em Salvador/Bahia, atualmente, a instituição tem
capacidade para acolher cerca de 100 crianças e adolescentes e adultos e com
idades que variam de 0 a 48 anos. Eles são encaminhados para instituição por
meio prioritário da central de regulação de vagas do município de Salvador e
por meio dos Conselhos Tutelares, DERCA, do Ministério Público e do Juizado
da Infância e Juventude. São crianças e adolescentes órfãos, vítimas de
negligência e maus tratos por parte dos familiares ou responsável.
2. Problemática
A vulnerabilidade familiar de crianças e adolescentes é um problema grave
no Brasil, afetando milhões de pessoas em todo o País. Segundo estudo da
UNICEF publicado em fevereiro de 2023
(https://www.unicef.org/brazil/relatorios/as-multiplas-dimensoes-da-pobreza-na-
infancia-e-na-adolescencia-no-brasil), “mais de 60% da população de até 17
anos vivem na pobreza no Brasil. A pobreza a que esse dado se refere é mais
do que privação de renda. Tem a ver também com acesso a direitos básicos,
como educação, saneamento, água, alimentação, proteção contra o trabalho
infantil, moradia e informação.”
Essa vulnerabilidade familiar, no Brasil, é agravada por fatores como a
desigualdade social, o racismo e a falta de políticas públicas efetivas para
proteção dessa parcela da população. É fundamental que haja investimentos
em programas sociais, ações de prevenção e proteção às crianças e
adolescentes em situação de risco, além de uma ampla campanha de
conscientização da sociedade sobre os direitos dessas pessoas e a
importância de protegê-las.
No entanto, de acordo com o levantamento disponibilizado no Cenário da
Infância e Adolescência no Brasil 2021
(https://www.fadc.org.br/sites/default/files/2021-04/cenario-da-infancia-e-da-
adolescencia-2021.pdf), publicado pela Fundação Abrinq, o país apresenta
uma taxa de abandono escolar de 1,2% das crianças matriculadas no ensino
fundamental e 4,8%, no ensino médio. A taxa de abandono no ensino médio
chega a 5,2% na região Nordeste e a 9% na região Norte do país. Além disso,
a taxa de distorção idade/série, que “representa a proporção de alunos com
mais de dois anos de diferença em relação à idade ideal para a série na qual
estão matriculados”, no Brasil, é de 26,2%, estando as regiões Nordeste e
Norte acima da média nacional, com 33,1% e 39,9%, respectivamente.
O Brasil ainda apresenta problemas estruturais básicos nas escolas, que
afetam diretamente a educação dos alunos, como falta de acesso a
saneamento básico, energia elétrica e distribuição de água.
Como mudar o cenário para fornecer uma educação de qualidade?
Pressuposto para a educação de qualidade são instalações adequadas para o
processo de ensino aprendizagem e professores com boa formação. Com
recursos humanos motivados e capazes, as escolas poderão transmitir aos
estudantes princípios de cidadania global, valorização de diversidades e a
educação para o desenvolvimento sustentável.
De fato, existem diversas maneiras possíveis para melhorar, aos poucos a
qualidade do ensino no país. Por exemplo, é preciso fortalecer as políticas
públicas existentes e criar novos programas que contribuam com a capacitação
e valorização de profissionais da educação e adaptação de planos de ensino.
Quais os benefícios de uma educação de qualidade?
A melhoria nos índices de qualidade da educação brasileira contribui,
diretamente, com o alcance de outros Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável, influenciando em uma qualidade de vida digna aos brasileiros.
Portanto, com uma educação de qualidade o Brasil pode oferecer novas
oportunidades para quem, hoje, enfrenta dificuldades, reduzindo algumas das
desigualdades sociais e econômicas presentes na atualidade.
5. Referencial Teórico
A Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) são as principais leis que asseguram os direitos das crianças e dos
adolescentes no Brasil. Esses instrumentos jurídicos estabelecem uma série de
regras e princípios que visam garantir a proteção e o desenvolvimento pleno
dessa importante parcela da população.
Nesse sentido, como visto, o artigo 227 da Constituição Federal de 1988
estabelece que:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.

Portanto, podemos destacar:


Direito à vida, à saúde e à alimentação adequada: as crianças e os
adolescentes têm o direito de viver em condições dignas, com acesso a uma
alimentação adequada, saúde e assistência médica.
Direito à educação: é assegurado o direito à educação de qualidade, com
acesso à escola e à formação cidadã.
Direito à cultura, ao esporte e ao lazer: é assegurado o direito ao acesso à
cultura, ao esporte e ao lazer, como forma de desenvolvimento integral.
Direito à convivência familiar e comunitária: as crianças e os adolescentes
têm direito a uma família e a viver em comunidade, em um ambiente saudável
e acolhedor.
Direito à proteção contra a violência, a exploração e o abuso sexual: é
assegurado o direito à proteção contra qualquer forma de violência, abuso ou
exploração sexual.
Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade: é assegurado o direito à
liberdade, ao respeito e à dignidade, como forma de desenvolvimento pleno e
saudável.
Direito à participação: as crianças e os adolescentes têm o direito de participar
das decisões que afetam suas vidas, em um ambiente democrático e
participativo.
De igual forma, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990)
dispõe que:
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido
na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais. [...]
Art. 18-A. A criança e ao adolescente têm o direito de ser educados e cuidados
sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas
de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos
integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada
de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.

Em resumo, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente,


além de outros diplomas legais, garantem uma série de direitos fundamentais
às crianças e aos adolescentes, que visam proteger e garantir o seu
desenvolvimento pleno e saudável. É fundamental que esses direitos sejam
respeitados e cumpridos por todos os setores da sociedade, inclusive para que
os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, dispostos no art.
3º da Constituição Federal, sejam concretizados:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

RELATÓRIO DE EXPERIÊNCIAS DOS INTEGRANTES


Isadora Cristina Luz Santos

O trabalho de extensão do curso foi importante para a minha cosmovisão


diante da sociedade, pude perceber que tudo tem estatísticas, em cada âmbito
da adoção existem quantitativos (quantitativos de crianças e adolescentes
adotados, seja por raça, se possui alguma deficiência, ou idade). Essas
questões, estudadas e pesquisadas na prática despertou ainda mais meu olhar
para uma sociedade e Estado desigual, e o quanto ainda precisamos evoluir
economicamente e politicamente. Além de benefícios de conhecimento, ganhei
benefícios pessoais em me voluntariar para passar tempo com as crianças,
pudemos, como equipe, ajudar a Instituição com doações de roupas,
brinquedos, e produtos de higiene, e acredito que praticando ações sociais, nós
ganhamos mais do que doamos. Acredito que esse trabalho me ajudou mais
como ser humano, na minha essência pessoal, e também aprimorou meus
métodos de pesquisas e estudos diante das situações adversas da sociedade,
direitos humanos, e da justiça.
Aprendi mais sobre trabalhar em equipe, a ajudar e pedir ajuda, pode delegar
funções, organizar e fundamentar. Nosso trabalho começou com as visitas à
instituição que escolhemos, logo após, coletamos dados e fizemos um
questionário qual os coordenadores e assistente social da instituição lar vida
responderam, assim pudemos constituir e finalizar nossa pesquisa, coletando
dados e estatísticas na prática, e com as questões e dúvidas que levantamos
através das visitas, e enviamos para a instituição, assim sendo respondidas.

Pedro Paulo Oliveira Nunes

Diante de tudo que foi produzido no decorrer do semestre, as experiências com


a temática foram as melhores possíveis. Escolher o tema de adoção e,
principalmente, para tratar de crianças e adolescentes com deficiência,
mostraram o tamanho do tabu que precisa ser quebrado. Mesmo com o
crescimento de adoções de pcd´s nos últimos anos, tal problemática ainda é
grande no nosso cotidiano. Dessa forma, se aprofundar e ir presencialmente à
campo para olhar de perto todo esse contexto teve um saldo totalmente
positivo e de bons resultados de cada integrante que realmente produziu e
demonstrou interesse, não apenas para obter nota, mas também levar para a
vida uma realidade que ainda precisa ser firmemente consertada.

Isabele Cristine Rodrigues Santos

Em face do que tanto se discute, tive a satisfação e oportunidade de vivenciar


na prática juntamente com os meus colegas de equipe, a inserção deste
projeto de extensão em questão que perpassou em conjunto a importância da
amplitude visual no que tange às pessoas com deficiências do Lar VIDA.
Por meio deste projeto, pude observar o quanto tratamos com desprezo e
desinteresse o nosso próximo e o quanto não nos movemos para modificar a
realidade de alguém.

Após realizarmos todo o levantamento desta, posso afirmar que tive a minha
visão social mais vasta, mais tangida ao amor e ao acolhimento. Após este
exercício, trago em mim a ideia da importância da adoção, das doações, das
visitas aos lares de apoio e do quanto essa imagem de que adotar uma pessoa
com deficiência deve ser ainda mais expandida para que traga a consciência
do quanto somos desiguais uns para com os outros.

Saio deste cenário na certeza de que não se trata apenas de um projeto de


extensão, mas sim de uma mudança drástica, inclusive, de se pensar e
enxergar o próximo.

Dalmo Rodrigues Lima Júnior

Creio que por meio do processo no qual meus colegas e eu fomos designados,
conseguimos de fato ter uma perspectiva agradável e de profundo aprendizado
com relação a rotina do “Lar Vida”, onde podemos analisar a importância da
adoção, bem como é de suma necessidade receber doações, itens básicos que
faz a vida ser mais digna e agradável para quem vive lá.

Assim tenho total certeza de que finalizamos esse projeto com muito mais
conhecimento às causas sociais, e que de certa forma somos necessários para
que todas as Ongs, casas de cuidados, estejam a ajudar quem realmente
necessita, seja ela de forma monetária ou com uma singela visita, que para
aqueles que estão lá é um enorme orgulho. Finalizo afirmando que não
sairemos desse projeto da mesma forma na qual iniciamos, e lembraremos que
tenhamos um olhar especial com essas entidades.

Bruna Naila Zacarias dos Santos

Através das visitas realizadas na Instituição Lar Vida, junto com os integrantes
da equipe, pude vivenciar a experiência de vida das crianças, adolescentes e
adultos com deficiência, na qual foram produzidos conteúdos interativos para
conhecermos e saber como lidar com eles. Desde a primeira visita, consegui
ver a alegria e acolhimento das crianças, dando a entender que eles
necessitam de outras pessoas para obter a receptividade, a atenção e
sobretudo a proteção. Desse modo, eu e os colegas organizamos brincadeiras,
como por exemplo, pinturas de tinta guache, pula corda e etc. Além do mais,
pude observar que cada uma dessas crianças tem um interior especial, uma
delas é um menino chamado Tiago, 14 anos de idade, cadeirante. Uma das
principais características de Tiago, era a comunicação e interesse em saber
dos assuntos do dia a dia. De acordo, com as pesquisas e questionários
realizados, resulta-se na dificuldade de as crianças portadoras de deficiência
serem adotadas. No entanto, nota-se que cada uma dessas crianças merecem
uma vida digna e principalmente de solidariedade social.

Alisson Elias Brito dos Santos Batista

Nosso trabalho de extensão se iniciou com visitas estratégicas ao Lar Vida,


responsável pela locação de adolescentes que ainda não completaram seus 18
anos e acolhe esses adolescentes até a adoção, a volta para suas famílias ou
até o fim das suas vidas. Tais visitas foram essenciais para a produção dos
gráficos e preenchimento de perguntas sobre o Lar. Eu particularmente aprendi
muito com esse projeto, pois quando estávamos planejando esse trabalho na
teoria, antes de irmos para a parte prática, imaginávamos um cenário
totalmente diferente do qual encontramos. Eu e alguns dos meus colegas não
estávamos adeptos a manter muito contato com as crianças para evitar a
criação de qualquer vínculo por que sabíamos que esse projeto, apesar de ter
tido uma duração de quatro meses, passa muito rápido, mas quando fomos à
campo, percebemos que é quase impossível não se envolver com as crianças
e adolescentes que estão inseridos no Lar Vida.

Ravena De Souza Silva

Em primeira análise, gostei de fazer o trabalho, espero que se repita em outras


disciplinas, assim na criação de formar um senso crítico de ver a importância
que a adoção de crianças e adolescentes fazem na vida de todos da
sociedade. Seguramente vivenciei a importância da teoria da preparação do
projeto. Com isso podemos aprender e descrever com orientação os passos a
serem compartilhados, que pessoas da sociedade possa conhecer a
importância da educação, da saúde, do lazer, resultando uma mudança a vidas
das crianças e adolescentes, proporcionando conhecimento, abrindo portas,
tendo auxiliando-os nos desafios da vida. O impacto muito significativo na
minha vida, mudando meu olhar de ver o a atuação das ações sociais. Em
suma, concluímos o trabalho em grupo, com muito conhecimento adquirido,
passando a respeitar as diferenças e opiniões assim dadas. Espero que mais
pessoas através do nosso trabalho, sejam sensibilizadas para a importância da
adoção e doação e que a sociedade se torne cada vez mais inclusiva e
acolhedora para todos.

Ítalo Brito da Silva

Em nossa visita à Instituição Lar Vida, nossa equipe ficou impressionada com a
estrutura protegida e as instalações adaptadas para atender às necessidades
específicas dos moradores. A equipe profissional demonstra comprometimento
e dedicação notável, proporcionando uma rotina diária bem estruturada, repleta
de atividades terapêuticas, educacionais e recreativas.
Contudo, identificamos desafios financeiros enfrentados pela instituição,
refletindo a necessidade urgente de apoio para a aquisição de equipamentos
terapêuticos e melhorias nas instalações. A experiência foi inspiradora,
evidenciando a resiliência das crianças e jovens, e nossa recomendação é que
a comunidade local se mobilize para apoiar essa causa, seja por meio de
doações, voluntárias ou parcerias. Acreditamos que juntos podemos fazer a
diferença e proporcionar um futuro mais promissor para essas crianças e
jovens.

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