Carolina Gomes, Maitê sousa e Sophia mendonça INTRODUÇÃO A novela brasileira “Chiquititas” retrata histórias pessoais e o cotidiano de crianças e adolescentes que vivem em um orfanato e enfrentam significativos impasses no seu processo de adoção. Paralelamente com a realidade, podemos observar vários obstáculos que ocasionam o desenvolvimento do perfilhamento no país. Esse lastimável panorama é calcado no que diz respeito a burocracia brasileira e nas determinadas características m o r e nas crianças exigidas pelos adotantes. Logo, medidas que reformulem esse quadro são essenciais. BUROCRACIA E A DEMORA NO PROCESSO DE ADOÇÃO: Burocracia pode ser classificada como um excesso de procedimentos em uma organização para obter ou executar algo. É vista de maneira negativa quando observa-se seu papel rígido e inflexível no processo de perfilhação. Com a lentidão do sistema jurídico, muitas crianças têm o sentimento m o r e de rejeição e ansiedade, isso porque, pensam que devido à demora, não serão adotadas ou sofrerão com a espera da aceitação pela Justiça. PROBLEMÁTICA DO PERFIL DAS CRIANÇAS EXIGIDO PELOS ADOTANTES: Segundo o CNJ, Conselho Nacional de Justiça, são 36.437 pessoas interessadas em adotar uma criança. Entretanto ao analisar os dados, 83% dos jovens têm acima de 10 anos, mas apenas 2,7% dos pretendentes aceitam adotar acima dessa faixa etária.
Este é reconhecido como como o maior empecilho à efetivação da
adoção m o rno e Brasil. A verdade é que a maioria dos adotantes buscam por crianças com características bem semelhante. A maior busca é por crianças recém-nascidas ou com até 4 anos de idade, brancas, sexo feminino, sem irmãos, patologias ou deficiências. COMO PODEMOS RESOLVER? Portanto, é perceptível a necessidade de uma intervenção acerca da problema. Desse modo, o Governo, responsável pelos interesses da população, deve fazer a implementação de políticas públicas, como a criação de leis, que facilitam o processo de adoção no Brasil, por meio de projetos sociais e palestras, a fim de conter os maus sentimentos das crianças antes da perfilhação. Além disso, para conter o preconceito dos adotantes com crianças "fora do padrão", as ONG, responsáveis por m o r e apoiar e reinvindicar causas do povo, devem fazer campanhas de ação social, por meio de propagandas e cartazes de informações para os interessados em adotar uma criança ou adolescente. Anúncio realizado pela prefeitura de Aripuana sobre dia da adoção.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos (MMFDH) lançou a campanha Escolher Adotar é Escolher Amar, em alusão ao Dia Nacional da Adoção, comemorado hoje (25), com o objetivo de encorajar famílias a adotarem crianças e adolescentes com enfermidade ou deficiência.