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trabalho de redação

a questão da adoção no brasil


Alunas: Maria Eduarda Nascimento e Marialice Bagano
Turma: Cora Coralina

No renomado seriado 'The Walking Dead', a personagem Judith é adotada,


ainda recém-nascida, por Rick Grimmes. Porém, essa situação, quando trazida à
realidade brasileira, enfrenta dificuldades e resistência por questões sociais e
históricas. O que se observa na vertente contemporânea é o oposto do que
queremos, uma vez que a questão da adoção no Brasil apresenta barreiras, as
quais dificultam a concretização dos planos. Esse cenário antagônico é fruto tanto
do descaso com crianças mais velhas que também precisam de um lar, quanto do
preconceito com crianças que apresentam algum tipo de deficiência. Diante disso,
torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento
da sociedade.
Precipuamente, de acordo com dados que constam no novo painel online do
Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) disponível na Folha de São
Paulo, as casas de acolhimento e instituições públicas abrigavam em 26 de março
de 2020, 34,8 mil crianças e adolescentes. É fulcral pontuar que as crianças mais
velhas nunca são adotadas devido a baixa atuação dos setores governamentais e o
desinteresse de famílias em adotar adolescentes, o que concerne à criação de
mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o
Estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto isso não
ocorre no Brasil, devido ao preconceito da população, a influência da sociedade e o
medo do jovem não se adaptar.
Ademais, é imperativo ressaltar que tal cenário também é fruto da procura
pela “criança perfeita''. De acordo com o g1.com, 1 a cada 100 crianças adotadas é
portadora de algum tipo de deficiência. Partindo desse pressuposto, é
extremamente importante a inclusão dessas crianças, já que pondo em prática o
que diz o Artigo 5º da Constituição Federal de 1988, todos nós somos iguais perante
a lei, isso independente das condições físicas e mentais. Tudo isso retarda a
resolução do empecilho, já que muitas vezes órfãos com PCD ficam abandonados
em abrigos, o que contribui para a perpetuação desse quadro deletério. Dessa
maneira, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.
Evidencia-se que medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço
da problemática na sociedade brasileira. Portanto cabe ao Governo Federal,
através de parcerias com a mídia, a criação de campanhas publicitárias que
incentivem a “adoção tardia”, visando remodelar o pensamento popular sobre a
adoção de crianças mais velhas, fazendo com que todos possam usufruir de uma
família. Compete também ao Ministério da Saúde, por meio de consultas com
psicólogos e psiquiatras, providenciar acompanhamento psicológico para as famílias
durante a fase de adaptação, visando diminuir o caso de devoluções de crianças
com deficiência.

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