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Hipertensão arterial Sistêmica

Profª Karla Diniz Matos


HAS (Hipertensão Arterial
Sistêmica)
• A hipertensão arterial sistêmica (HAS), ou
popularmente conhecida como pressão
arterial alta (Hipertensão), é um distúrbio
assintomático no qual a elevação anormal
da pressão nas artérias aumenta o de
distúrbios como AVE (acidente vascular
encefálico), ruptura de um aneurisma,
insuficiência cardíaca, infarto agudo do
miocárdio e lesão renal.
• A Hipertensão tem sido denominada de
‘assassino ou mal silencioso’, porque em
geral, ela não produz sintomas durante
muitos anos (até ocorrer lesão de um
órgão vital). A hipertensão atinge coração,
rins, o cérebro e os vasos sanguíneos. Os
vasos são recobertos internamente por
uma fina camada que pode ser lesionada
quando o sangue circula com pressão
elevada. Em longo prazo, isso pode
ocasionar o endurecimento, estreitamento,
obstrução e até mesmo o rompimento
deles.
• A hipertensão arterial é definida pela
pressão sistólica média em repouso de
139mmHg ou mais e/ou pela pressão
diastólica em repouso média de 89mmHg
ou mais. Nos casos de hipertensão
arterial, é comum tanto a pressão sistólica
quanto a pressão diastólica estarem
elevadas.
• Classificação dos tipos de hipertensão
arterial sistêmica:
• Hipertensão Arterial Sistêmica Primária ou
Essencial: corresponde a 90% dos casos.
Não há causa especifica identificável.
Caracteriza-se por uma lenta progressão na
elevação da pressão arterial ao longo de um
período de anos.
• Hipertensão Arterial Sistêmica Secundária:
Corresponde a 10% dos casos. Decorre de
outras doenças orgânicas definidas. Este tipo
de hipertensão é remitente desde que afaste
a causa.
Fatores de risco
• Dentre as causas externas para essa
enfermidade estão a pré-disposição
hereditária, idade (envelhecimento) e peso
(obesidade é um fator de risco). Falta de
exercícios físicos (sedentarismo), má
alimentação , consumo excessivo de sal e de
álcool, tabagismo e estresse.
• No caso da Hipertensão Mascarada (HM), que
é aquela em que a PA é normal no consultório
(140/90 mmHg) e anormal na avaliação pelas
medidas domiciliares ou pela MAPA no
período de vigília (PA ≥ 135/85 mmHg), a
causa está relacionada com a perda
progressiva da elasticidade da parede das
artérias, dificultando a passagem do fluxo
sanguíneo. Este processo gera uma sobrecarga
ao coração comprometendo sua função a
longo prazo, por isso é possível ter a pressão
arterial elevada sem apresentar nenhum
sintoma.
• HAS Primária ou Essencial: É hereditária
e multifatorial; influenciada pelo ambiente
(mudanças de hábito de vida e de
condições gerais inerentes); influências
renais; fatores hemodinâmicos (DC, RVP,
hipertrofia e contração muscular dos
vasos), sistema renina-angiotensina;
sistema nervoso (hiperatividade,
substâncias hormonais vasoativas);
condições clínicas associadas (obesidade,
tabagismo, diabetes mellitus, alcoolismo
etc.).
• HAS Secundária: pode ser de origem
endócrina- na secreção inapropriada de
ADH, hipo ou hipertireoidismo, diabetes
mellitus, origem renal: glomerulites
agudas, glomerulonefrite crônica,
pielonefrite crônica, nefropatias
associadas a doenças sistêmicas; origem
vascular; coarctação da aorta, aneurisma
da artéria renal e etc. A incidência é mais
elevadas em mulheres que em homens, e
em pessoas obesas.
Manifestações Clínicas
• Os sintomas da hipertensão costumam
aparecer somente quando a pressão sobe
muito: podem ocorrer dores no peito, dor
de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido,
fraqueza, visão embaçada e sangramento
nasal.
Diagnóstico
• Aferir a pressão regularmente é a única maneira
de diagnosticar a hipertensão. Pessoas acima de
20 anos de idade devem medir a pressão ao
menos uma vez por ano. Se houver casos de
pessoas com pressão alta na família, deve-se
medir no mínimo duas vezes por ano.
• O diagnóstico baseia em duas medidas da
pressão arterial, preferencialmente em repouso,
realizadas no consultório médico com um
aparelho próprio para essa finalidade.
• O teste ergométrico que verifica o
comportamento da pressão antes, durante
e após o esforço físico, porém a
monitorização ambulatorial da pressão
arterial (MAPA) efetua medidas de seus
valores por 24 horas ao longo das
atividades cotidianas e durante o sono; é
um dos recursos mais utilizados para
confirmar o diagnóstico de HAS.
Tratamento
• A hipertensão arterial não tem cura, mas
pode ser tratada para impedir complicações.
Pelo fato da maioria dos casos serem
assintomáticos, os médicos procuram evitar
tratamentos que provoquem mal-estar ou
que interfiram no estilo de vida do paciente.
• A prática moderada de exercícios aeróbios é
útil, desde que a pressão arterial esteja sob
controle.
• Tabagistas devem parar de fumar.
• Terapia medicamentosa: vários tipos de
drogas reduzem a pressão arterial por meio
de mecanismos diferentes. Ao direcionar
uma droga, o médico leva em consideração
fatores como idade, sexo e a raça do
paciente; gravidade da hipertensão,
presença de outros distúrbios, como diabetes
ou o nível do colesterol elevado.
• São utilizados diuréticos e vasodilatores
periféricos. Ex: Espironolactona, Lasix e
Enalapril, Captopril etc...
Cuidados de Enfermagem
• Avaliar a pressão arterial a cada 30 minutos, ou
quando necessário, até a sua estabilização;
avaliar a pulsação periférica, observar sinais de
insuficiência cardíaca (taquicardia, agitação,
cianose, dispnéia, extremidades frias); identificar
as características da dor; como localização, tipo,
intensidade, duração.
• Orientar o paciente quanto a necessidade de
repouso durante a dor; oferecer ambiente calmo
e tranqüilo e organizar o atendimento, de modo a
oferecer períodos de descanso.
• Observar ocorrência de epistaxe e realizar
as medidas de controle; verificar PA
diariamente nos mesmos horários e com o
paciente em repouso.
• Evitar excesso de atividade física, atentar
para sinais de confusão mental,
irritabilidade, desorientação, cefaléia,
náuseas e vômito; realizar balanço
hídrico.
• Oferecer dieta leve, fracionada,
hipossódica, hipolipídica.
• Observar o aparecimento de sinais
sintomas de intoxicação medicamentosa.
• Transmitir segurança na execução das
atividades; atentar para efeitos colaterais
da farmacoterapia; pode ocorrer
hipotensão, sensação de desmaio,
vertigem ao mudar de posição, perda de
força , perda do apetite, secura na boca,
sonolência.
• Instruir o paciente sobre a doença e a
importância do tratamento.
Vamos tomar nota.
• DC= Débito Cardíaco: refere-se a quantidade de
sangue ejetado pelos ventrículos por unidade de
tempo, é o volume de sangue bombeado pelo
coração em um minuto.
• RVP= Resistência Vascular Periférica: a oposição
dos vasos sanguíneos, que podem estar mais ou
menos, contraídos ou dilatados para a circulação
do sangue.
• MAPA= Monitorização Ambulatorial de Pressão
Arterial.
• MRPA= Monitorização Residencial de Pressão
Arterial.

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