Você está na página 1de 3

CASO CLÍNICO – DISTURBIOS DO RITMO CARDÍACO

APRESENTAÇÃO DO CASO:
Os dois participantes atendem em UMS no Interior de Barcarena, atuando como médicos da
família e comunidade, ocasionalmente fazendo visitas domiciliares e atendendo pequenas
urgências em uma sala de estabilização preparada na unidade.

Durante o dia de atendimento de saúde da criança, a ACS do bairro, solicita avaliação com
urgência de Carlinhos, uma criança de 8 anos, 25 kg, que se encontra ofegante e pálida,
trazida no colo do pai, devido quadro de mal súbito na residência há menos de 10 minutos.

AVALIAÇÃO INICIAL:
Nível de consciência: sonolento

Respiração: rápida, com esforço

Hemodinâmico, cor: cianose, moteamento, sudorese, extremidades frias

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA:
A: vias aéreas pérvias

B: taquipneia, FR 34 IRPM, MV + S/RA, Expansibilidade e percussão normal, cianose periférica

C: TEC > 5s / Pulsos fracos / PA: 66 x 31 mmHg / FC: 210 bpm / ECG / BCNF, irregulares

D: sonolência – Dx 80 mg/dL

Pupilas Isocóricas, fotorreagentes

AVDI (responde ao estímulo doloroso) – Glasgow 10 > AO 2 RV 3 RM 5

E: discreta anasarca, edema proeminente em MMII

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA:
S: Desmaiou em casa há cerca de 10 minutos

A: sem alergias

M: dipirona, bromoprida, SRO

P: diarréia autolimitada, IVAS

L: tomou líquidos há 1 hora, comeu há 2 horas

E: Há 6 dias atrás começou quadro febril, inicialmente com espirros, obstrução nasal, álgico,
diarreico. Evoluiu há cerca de 2 dias com dispneia aos esforços progressiva (não brincava,
dificuldade em andar) e dor precordial.
CHECKLIST DO CASO: DATA:

ALUNO 1: __________________________________________________________

ALUNO 2: __________________________________________________________

Realizou avaliação inicial perguntando sobre nível de consciência, padrão 0,5


respiratório e aparência.
Questionou e avaliou patencia das vias aéreas. 0,5
Questionou sobre o padrão respiratório, FR, expansibilidade torácica, fez ausculta 0,5
respiratória, e identificou taquipneia.
Solicitou oximetria e instalou dispositivo de O2 de alto fluxo. 0,5
Solicitou monitorização cardíaca (cardioscopia), perguntou FC e identificou ritmo 1,0
anormal, caracterizando taquicardia ventricular pelas características
eletrocardiográficas (taquicardia + complexo QRS alargado > 0,09s + padrão
sustentado e monomórfico)
Realizou avaliação de TEC, Pulsos periféricos, Pulsos Centrais e Ausculta cardíaca, 1,0
identificando sinais de hipoperfusão e hipotensão, classificando o paciente em
arritmia com instabilidade hemodinâmica.
Identificou necessidade de cardioversão elétrica sincronizada; prescreveu dose 0,5 1,0
até 2J/kg; demonstrou conhecer o equipamento e seu uso; realizou procedimento
de modo seguro, preservando a si mesmo e equipe.
Identificou Assistolia e AESP, iniciou protocolo de ritmo não chocável, composto
de: RCP de alta qualidade (100-120 compressões/minuto, 1/3 diâmetro 1,5
anteroposterior do tórax, realizando 15 compressões para cada 2 ventilações,
realizando um ciclo a cada 2 minutos), checagem de pulso a cada ciclo, Adrenalina
a cada 3 minutos (0,01mg/kg ou 0,1ml/kg da solução 1:10.000) e IOT (lâmina
curva, posicionada na valécula epiglótica, usando TOT 6,0, fixado em 18 cm).
Realizou reavaliação do ritmo e pulso, confirmando ritmo taquicardia sinusal e 0,5
afastando AESP.
Realizou avaliação do nível de consciência pelo Glasgow ou AVDI; solicitou glicemia 0,5
capilar.
Realizou Exposição, mediu temperatura, observou anasarca e edema de MM. 0,5
Coletou história da avaliação secundária com o SAMPLE completo. 1,0
Aventou como hipótese diagnóstica Miocardite viral. 0,5
Elencou cuidados pós-PCR e identificou como necessário transferência para 0,5
internação e manejo do caso.

Você também pode gostar