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PRIMEIROS SOCORROS

CASOS CLÍNICOS
Caso 1
Você está correndo no Dique do Tororó quando avista um senhor que aparenta ter por volta de 50 anos,
obeso, cair no chão desacordado. Múltiplos curiosos começam a se aglomerar.
Quando você se aproxima, nota que o mesmo está completamente imóvel.

A) Qual o primeiro passo em relação a sua


conduta nesse caso?
B) Qual o mnemônico que nos guia nesse caso?
Caso 1
Você nota que o paciente está arresponsivo, sem pulso. Cite quais as manobras que farão você tentar
salvar a vida desse cidadão
Caso 1
DEA chegou. Você coloca as pás no indivíduo e esse ritmo aparece no monitor:

Esse ritmo é chocável??


Qual o próximo passo e a conduta terapêutica mais apropriada?
Caso 1
Paciente apresenta esse ritmo após o primeiro choque:

Quais os cuidados que devemos ter adiante?


Caso 2
Paciente masculino de 61 anos, deu entrada na emergência acompanhado pela esposa queixando-se de fraqueza muscular
generalizada, palpitações, náuseas e vômitos há 6 horas. Esposa refere que o paciente vinha acordando muito à noite para urinar e
que observou formigas no vaso sanitário.
AM: HAS em uso de captopril, irregular, há 20 anos. Nega cirurgias ou alergias.

Exame físico geral: Mau estado geral; desnutrido, hipocorado +/4+; anictérico; afebril.
Dados vitais: FC = 47 bpm; FR = 13 ipm; PA = 110×70 mmHg.
C/P: Sem achados dignos de nota.
Neurológico: Pupilas simétricas e fotoreagentes; Força muscular grau 3; Glasgow = 14.
ACV: Ritmo cardíaco irregular. Bulhas arrítmicas, normofonéticas, em 3 tempos sem sopros.
AR: Tórax simétrico, ausência de lesões cutâneas, retrações ou abaulamentos. Expansibilidade preservada. Som claro pulmonar à
percussão. Murmúrio vesicular bem distribuído sem ruídos adventícios.
ABD: Plano e levemente distendido; ruídos hidroaéreos diminuídos globalmente; timpânico; indolor a palpação; ausência de
visceromegalias.
Extremidades: Pulsos fracos e arrítmicos. Ausência de edema e cianose.
Osteoarticular: Sem sinais flogísticos.

A) Qual o primeiro passo a se dar nesse caso:


Caso 2
Durante o exame o paciente evolui com PCR com o seguinte ritmo no monitor:

O ritmo é chocável?
Qual a melhor conduta e a droga de escolha nesse caso?
Caso clínico
Paciente feminina, portadora de doença crônica do fígado secundária à
esquistossomose, apresenta quadro de síncope após mal estar intenso, visão
turva, sudorese e confusão mental no ponto de ônibus. Familiar refere que houve
quadro de hematêmese/melena associados. Você está caminhando e vê a
paciente desacordada com sangue na boca.A paciente tem pulso.

Qual a principal hipótese diagnóstica?

Qual o procedimento de segurança que você deve executar?


Caso clínico
Paciente masculino, 51 anos, com quadro de roncos e apneia do sono recorrente,
necessitando que sus esposa o acorde frequentemente para respirar (geralmente
após respiração ruidosa). Polissonografia do sono inconclusiva. Nega história de
regurgitação, dor ao engolir, perda de peso ou sinais e sintomas de sangramento.
Sua história médica e cirúrgica era normal, exames laboratoriais normais e os
achados do exame físico foram normais.
Caso clínico
RN pré-termo, nascido de parto cesárea com líquido meconial, cursa com
desconforto respiratório imediatamente após o parto.

Qual a principal hipótese diagnóstica?

Qual a conduta?

Qual a principal complicação?


3a causa de morte perinatal do mundo
Rede de Atenção Materno Infantil (RAMI) visa à redução da mortalidade materna

e infantil no País. São boas práticas de atenção obstétrica e neonatal, baseadas em

evidências científicas, considerando a qualificação do pré-natal, parto, nascimento e

seguimento da criança.

Entre as ações está a implantação de Ambulatório de Gestação de Alto Risco

(AGAR); a implementação de leitos neonatais com cuidado progressivo; o

seguimento do Ambulatório do Seguimento do recém-nascido de risco (ANEO);

e a disponibilização de recursos para qualificação das maternidades de baixo risco.


Caso clínico
Paciente masculino, 5 anos,
apresenta quadro de engasgo,
recusa alimentar, e sialorreia há
2h, com, dificuldade respiratória
ou dor torácica.
A maioria dos casos de ingestão de corpo estranho (CE)
na infância ocorre entre 6 meses e 6 anos, de forma
acidental, com objetos encontrados no ambiente
domiciliar, como moedas, brinquedos, jóias, ímãs e
baterias. Em 80% dos casos não será necessária
intervenção maior, e serão eliminados espontaneamente.
Os CEs podem ser classificados de acordo com sua
origem (verdadeiros ou falsos/alimentar), com sua
conformação (objetos rombos, objetos pontiagudos,
objetos longos, bolo alimentar e outros) e de acordo com
sua radiodensidade (radiopacos ou radiotransparentes).
De acordo com o tipo de CE ingerido, sintomas
associados e seu local de impactação, definiremos a
conduta.
Quando possível, sempre perguntar detalhes do objeto,
hora da ingestão e tempo de jejum
Caso clínico
- Paciente trazido por esposa com o seguinte relato:

Por volta das 11 horas da noite anterior ele estava bem. As 5 da manhã,
hora em que geralmente acordam, notou que ele tinha alguma
dificuldade em falar e mexer o braço e a perda esquerdos. Chegaram à
emergência às 6 horas da manhã.

- Antecedentes: HAS, IAM há 10 anos e DLP. Medicações em uso: AAS,


enalapril, sinvastatina

- HV: Costumava consumir bastante álcool, mas parou depois do


infarto. Ainda fuma meio maço de cigarros por dia.

- IS: leve dor bilateral nas pernas durante seu passeio matinal e teve
que parar depois de 15 minutos e há 1 mês (claudicação intermitente),
perda da acuidade visual transitória em olho direito (amaurose fulgaz)
Cuidados pré-hospitalares
Verificar os sinais vitais (pressão arterial, pulso, saturação, temperatura axilar);

Posicionar a cabeceira a 45; Acesso venoso periférico em membro superior não


parético;

Administrar oxigênio por cateter nasal ou máscara, se oximetria < 92%;

Checar glicemia capilar – hipoglicemia pode causar sinais focais e simular um AVC.
Se glicose < 70 mg/dl administrar glicose hipertônica 50% 20 ml;

Aplicar a escala pré-hospitalar de AVC;

Determinar a hora do início dos sintomas e sinais, que pode ser referida pelo
paciente;

Não reduzir níveis pressóricos, exceto se pressão arterial sistólica ≥ 220 mmHg ou
pressão arterial diastólica ≥ 120 mmHg, ou se outra doença associada exija a redução
da pressão arterial (dissecção de aorta, infarto agudo do miocárdio, edema pulmonar);
Cuidados pré-hospitalares
Não administrar grande volume de fluido a não ser em caso de hipotensão (em
caso de necessidade, utilizar soro fisiológico 0,9%);
Utilizar antitérmico se temperatura axilar > 37,5°C (Dipirona 1000 mg IV);
Se atendimento no pré-hospitalar fixo, acionar o serviço móvel de urgência o mais
rápido possível (SAMU 192 onde este estiver implantado) para transferência ao
serviço referenciado de atendimento ao paciente com AVC;
Resgate pela ambulância no domicílio ou nas unidades de pronto atendimento ou
serviços 24h deve priorizar o paciente com AVC; Notificar o hospital de destino;
Levar o acompanhante (preferencialmente que tenha presenciado o início dos
sintomas) para o hospital;
Cuidados hospitalares
Confirmação do diagnóstico de AVC; Paciente transferido para o local de atendimento agudo;

Confirmação do horário do início dos sintomas (último momento em que o paciente foi visto sem
sintomas ou sinais neurológicos);

Aplicar escala do National Institutes of Health (NIH);

Pacientes em condições de iniciar trombólise intravenosa em menos de 4,5 horas do início dos
sintomas: desencadear protocolo de trombólise; Pacientes com contraindicação para
trombólise, seguir protocolo de atendimento geral;

Considerar craniectomia descompressiva em pacientes com infartos extensos em território de


artéria cerebral média por meio de protocolo específico; Pacientes com diagnóstico de AVC
hemorrágico ou hemorragia subaracnóidea, desencadear protocolos específicos.
Telessaude RS: 0800 6446543
Continuação do caso...

TC de cranio: confirma trombo em


artéria cerebral média direita
Continuação do caso...
Como já se passaram mais de 4h
e meia do início dos sintomas,
paciente não candidato à
trombólise intravenosa mas foi
regulado para trombectomia
mecânica (menos de 24h)
Continuação do caso...
Otimização do tratamento clínico:

AAS

Estatina
Caso clínico
Num determinado plantão que você está como interno de medicina, chegou um
paciente de 49 anos, hipertenso, dislipidêmico, obeso, com quadro de dor
precordial em aperto, progressiva (10 em 10), iniciando no precórdio e irradiando
para o MSE e para as costas, associado a quadro de sudorese profusa e
palpitação.

Qual a conduta imediata?


Eletrocardiograma
Tríade de virshow
https://vascular.pro/triade-de-virchow/
ECG
https://www.youtube.com/watch?v=w2wJqlEsvcc&t=1417s
Cateterismo cardíaco
https://www.youtube.com/watch?v=9iPWKdm0sk4
Caso clínico
Um homem de 40 anos foi vítima de assalto e resolveu revidar sendo ferido por
arma branca. Chegou ao hospital trazido pelo suporte básico, imobilizado em
prancha longa, com colar cervical e ventilado com dispositivo de máscara com
válvula e balão. (Aspecto geral: palidez, confusão mental).

Qual a conduta inicial?


Caso clínico
A (Via aérea)
Via aérea pérvia;
Manutenção da imobilização em prancha longa e colar cervical;
Fornecimento em alto fluxo de oxigênio 100% com máscara não-reinalante;
Monitorização: FC: 145 bpm; FR: 40 ipm; S02: 94%; PA: 80×30 mmHg;
Acesso venoso periférico;
Exame laboratorial: Tipagem sanguínea, prova cruzada, gasometria, toxicológico e função renal;
Reservar centro cirúrgico e bolsa de sangue;
Caso clínico
B (Respiração)

Inspeção: Expansibilidade diminuída em hemitórax esquerdo. Lesão de 2


cm, “respirante”;

Palpação: Dor à palpação de hemitórax esquerdo;

Percussão: Hipertimpânico;

Ausculta: Murmúrios vesiculares abolidos em hemitórax esquerdo.

Condutas:

Punção de alívio;

Curativo de três pontos;

Drenagem de torácica;

Reavaliação do atendimento primário (ABCDE)


USG FAST
Caso clínico
C (Circulação)

Bulhas rítmicas e normofonéticas em 2T, ausência de bulhas extras ou sopros;

Buscar por sinais de Choque: pele fria; pulso filiforme, rápido e simétrico, Tempo de enchimento capilar maior que 2 segundos;

Buscar por focos de hemorragia: toráx já foi avaliado no B, não evidenciando ser a possível fonte de sangramento; abdome com
equimose e lesão penetrante em hipocôndrio esquerdo, reativo e doloroso a palpação superficial, sugerindo ser a possível fonte
do sangramento; pelve estável e ossos longos sem sinais de edema, também não evidenciando serem a fonte do choque
hipovolêmico. Dessa forma o abdome é a principal suspeita.

Condutas para choque hemorrágico:

Controle da fonte de hemorragia; / Reposição volêmica com Ringer Lactato aquecido; Ponderar a utilização do sangue;

Exame de imagem: USG fast;

Centro cirúrgico à Laparatomia exploratória


Caso clínico
D (Neurológico)

Pupilas fotorreagentes e isocóricas;


Escala de Coma de Glasgow: O3V4M6 = 13
E (Exposição)

Rolamento em bloco com inspeção minuciosa do dorso e palpação da coluna cervical.


Prevenção de hipotermia: manta térmica e aumentar temperatura do ar condicionado.
Caso clínico
● Após estabilização:
○ História SAMPLA: S (sintomas) A (Alergia a dipirona), M (Não faz uso de medicamento
regular), P (sem comorbidades prévias), L (fez ingesta de bebida alcoólica e “espetinhos
de carne” há 2 horas), Ambiente (vide “Relato do Acompanhante” infra-citado);
○ Exame craniocaudal: sem mais achados;
○ Exames complementares: Série trauma: Raio X de cervical, raio X de tórax, raio X de
pelve e TC de crânio. Solicitar Hemograma, Gasometria Arterial, Uréia e Creatinina,
TGO/TGP, ECG;
○ Encaminhar o paciente para UTI no pós-operatório.
Qual a prescrição do paciente?
Prescrição
● Dieta oral zero
● SF 0,9% 500ml, IV, rápido a critério médico
● Concentrado de hemácias 02U, IV
● Concentrado de plaquetas 07U, IV
● Plasma fresco congelado 07U, IV
● Morfina 1 ampola + SG 5%, 9ml. Fazer 2 ml, IV
● Codeína 1 ampola, IV, 8/8h
● Ranitidina 50mg, IV, 8/8h
● Glicemia capilar 4/4h
● MOV contínua
● Balanço hídrico

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