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EMERGÊNCIA E URGÊNCIA

CLÍNICA
MÓDULO: CARDIO

PROF. GILNEY GUERRA


ENFERMEIRO ESP. EM TERAPIA INTENSIVA
MESTRE EM GESTÃO EM FINANÇAS PÚBLICAS
CONSELHEIRO FEDERAL - COFEN
Tema da aula

AULA TEÓRICO-PRÁTICO
• MONITORIZAÇÃO
• ELETROCARDIOGRAMA
• CASO CLÍNICO
ESTUDO DE CASO
• Paciente do sexo masculino, 62 anos, negro, aposentado, natural e residente de
Tocantins, Palmas, procurou o Hospital de urgência de Palmas com queixas de
“forte dor no peito”. A dor em aperto em região precordial que iniciou há 10
dias com piora progressiva é agravada após moderado esforço físico como
caminhar dois quarteirões planos, ou subir dois lances de escadas e dura pouco
tempo, com melhora após repouso. No momento da consulta a intensidade é 8,
numa escala de 0 a 10. Paciente referiu apresentar também desconforto em região
de dorso e membro superior esquerdo. Refere ainda que sente palpitações, náuseas
e tonturas. Em relação aos antecedentes pessoais, paciente é hipertenso,
diabético, obeso e tabagista. Relata histórico familiar de infarto agudo do
miocárdio (pai faleceu aos 50 anos) e de hipertensão (mãe hipertensa)
Ao exame físico, o paciente encontrava-se em regular estado geral, lúcido, orientado em
tempo e em espaço, afebril, leve cianose em extremidades (1+/4+), anictérico, hidratado,
taquipneico (26irpm), taquicárdico (128 bpm) e com pressão arterial de 170/130 mmHg e
Saturação de Oxigênio de 88% . Apresentava sudorese, edema em membros inferiores
(1+/4+), pulsos irregulares e estase jugular. Na ausculta pulmonar, apresentava murmúrio
vesicular amplamente distribuídos em ambos hemitórax, ausência de ruídos adventícios. Na
ausculta cardíaca, apresentava bulhas arrítmicas normofonéticas em 3 tempos, com ritmo de
galope, com discreto sopro sistólico em foco aórtico e sopro diastólico em foco mitral.
Abdome flácido, globoso, com ruídos hidroaéreos presentes, som timpânico, fígado e baço
não palpáveis e indolor à palpação superficial e profunda.
O paciente foi encaminhado para realização de eletrocardiograma que mostrou
desnivelamento supra do segmento ST > 2 mm em D2 e aVF. Após 6h, desenvolveu
inversão na onda T, onda Q patológica. Na pesquisa de marcadores bioquímicos de lesão
miocárdica houve elevação das troponinas acima do percentil 99 do limite máximo de
referência, porém a CK-MB massa estava dentro da normalidade.
Questões para fins de avaliação e discussão

• 1. Qual provável diagnostico?


• 2. Quais seriam os diagnósticos diferenciais?
• 3. Qual é o objetivo do eletrocardiograma?
• 4. Quais os tratamentos possíveis?
PARTE II
• Diante dos achados e diagnóstico de Infarto agudo do miocárdio, o paciente foi
internado em unidade coronária de terapia intensiva, sendo administrado ácido
acetilsalicílico (300mg/dia), estatina 80mg, betabloqueador (Metoprolol 100mg),
sulfato de morfina na dose de 3mg diluídos a cada 5 minutos e oxigênio a 100%
(3 l/min), por meio de máscara nasal, e nitroglicerina .
• Realizou-se avaliação refinada da anatomia coronária utilizando-se o SYNTAX
que classificou o paciente de menor complexidade, sendo o mesmo encaminhado
para o tratamento percutâneo.
• Foi encaminhado para hemodinâmica para realizar uma angioplastia de resgate.
Não houve outras intercorrências durante o período que o paciente ficou no
hospital. O mesmo teve alta uma semana depois do procedimento. O paciente foi
incentivado a aderir uma dieta saudável associada a atividade física regular e
abandono do tabagismo.
• (Créditos: https://www.sanarmed.com/caso-clinico-infarto-agudo-do-miocardio-ligas)
Questões para fins de avaliação e discussão

• 1. Qual parede do miocárdio foi lesionada/necrosada?


• 2. Qual objetivo da administração do AAS e da nitroglicerina,
respectivamente?
• 3. Na interpretação do ECG o que significa a onda Q patológica
ou Onda Q negativa?
Contato
gilneyguerra@gmail.com
@professorgilneyguerra
(61) 984243949

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