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Parte 1
Se não forem tratada de modo correto, essas crianças poderão desenvolver insuficiência cardiopulmonar e
até mesmo evoluir para PCR rapidamente.
Impressão Inicial
• Se a criança não responder ou não respirar (ou gasping) -> chame ajuda ou aciona a resposta de
emergência
o Se a criança estiver sem pulso -> inicie RCP
o Se houver pulso -> forneça respiração de resgate
o Se a FC for <60bpm com sinais de perfusão inadequada = PCR
• Se a respiração da criança estiver adequada -> proceda com a sequência Avaliar-Identificar-Intervir
Avaliar
Se não houver nenhum problema potencialmente fatal, avalie a criança da seguinte forma:
Identificar
Intervir
Avaliação Primária
A avaliação primária é uma avaliação prática da função respiratória, cardíaca e neurológica, incluindo
avaliação dos sinais vitais
A – Vias Aéreas
• Avaliar patência das vias aéreas superiores através do movimento do tórax ou abdome)
B – Respiração
• Avaliar FR
• Esforço respiratório
• Expansão torácica e movimento do ar
• Ausculta respiratória Saturação de O2
C – Circulação
• Avaliar FC e ritmo
• Pulsos centrais e periféricos
• Tempo de enchimento capilar
• Coloração e temperatura da pele
• Pressão arterial
D – Disfunção
• Reflexo pupilar
• Avaliar nível de consciência através da Escala de Resposta Pediátrica (AVDI) ou Escala de Coma
Glasgow
TCE moderado: 9 a 12
• Remover as roupas de uma aérea de cada vez para buscar marcas de traumas ou lesões de pele e
meça a temperatura central
Avaliação Secundária
Testes Diagnósticos
A mortalidade varia de 4 a 50%, sendo a principal causa devido a choque séptico refratário e/ou síndrome de
disfunção de múltiplos órgãos
CONCEITOS
• Sepse Grave
o Sepse + disfunção cardiovascular ou SARA
o Sepse + disfunção de 2 ou mais órgãos não cardíacos
Inicialmente o organismo infeccioso ou seus subprodutos ativam o sistema imunológico -> Liberação ou a
ativação de mediadores inflamatórios (citocinas).
As citocinas:
A identificação e o tratamento precoces do choque séptico são determinantes no desfecho. Avalie a perfusão
sistêmica e os sinais clínicos da função do órgão-alvo para identificar a sepse antes que o choque se
desenvolva.
Objetivos Terapêuticos
Tratamento Geral
Após o reconhecimento clínico do choque é prioritário iniciar o tratamento na primeira hora. Estima-se que
a cada hora que se mantenha o choque a mortalidade duplique
• Antibioticoterapia venosa (em caso de sepse, mas sem choque pode ser iniciado em até 3 horas)
o De amplo espectro e boa penetração
o Obtenha culturas antes (sem atrasar o início do ATB)
o Hemoculturas devem ser 2 ou mais (periférica e de acessos centrais)
o Culturas de sítios suspeitos (urina, líquor, abscessos, feridas..)
o Exames laboratoriais e de imagens se possível na 1ª hora
o Reavaliação do esquema diariamente. Ajustes após a cultura
o Duração da antibioticoterapia a depender do sítio e/ou cultura
Tratamento
• Corrigir Distúrbios Metabólicos (a glicemia e o cálcio iônico devem ser avaliados precocemente
porque se correlacionam com o prognóstico)
o Se Hipoglicemia: dextrose 10% na dose 0,25g/kg (2,5 ml/kg)
o Se Hipocalcemia com sinais clínicos ou choque refratário a fluidos: gluconato de cálcio 10%
na dose 50mg/kg (0,5ml/kg). Máximo 2g.
• Hemotransfusão
o Concentrado de Hemácias = se Hb < 7
o Plaquetas = manter > 50.000 se cirurgia ou procedimento invasivo
Caso Clínico
Você está de plantão na UPA São Pedro e atende Beatriz, uma menina de 1 ano, que pesa 10 kg, com história
de diarréia e vômitos há 2 dias. A mãe diz que nas últimas 8hs a criança não conseguiu ingerir soro caseiro e
nem outros líquidos. Ao exame físico Beatriz está com Tax 38 5ºC, pálida, perfusão lentificada, taquicardia,
com extremidades frias, pulsos finos e pressão normal para idade
Hipóteses diagnósticas
1ª Possibilidade
Você solicita à enfermagem um acesso venoso, prescreve SF 0,9% 200 ml em 1 hora, dipirona 0,4 ml IV e volta
para o pronto atendimento pois há várias crianças aguardando atendimento. Após 1 hora a enfermagem
relata não ter conseguido acesso venoso. Ao reavaliar Beatriz: ausência de pulsos periféricos, pulsos centrais
fracos, bradicardia, hipotensa
Diagnósticos
2ª Possibilidade
Você solicita à enfermagem um acesso venoso, faz 3 infusões em bolus de 200ml SF 0,9 em 10 min cada, com
reavaliação após cada infusão. Neste período não houve perdas e Beatriz após a 3 ª infusão apresentou
diurese clara, melhora da taquicardia e pulsos periféricos palpados com boa amplitude.
Diagnósticos
3ª Possibilidade
Você solicita à enfermagem um acesso venoso, faz dipirona 0,4 ml IV e 3 infusões em bolus de 200ml SF 0,9%
em 10 min cada, com reavaliação após cada infusão. Neste período não houve perdas e Beatriz manteve se
pálida, PCP mais lentificada, mais taquicárdica com extremidades frias e pulso braquial e radial não palpados
e femorais finos. Você então decide interromper a terceira infusão de cristaloide
Reavaliar diagnósticos: há critérios clínicos para sepse? Sepse grave? Choque séptico?
Resumindo
Mudança da consistência é mais importante que a quantidade de vezes na Ped (visto que os piquititinho pode
cagar mais que 3 vezes)
Principais vírus: rotavírus (era o principal - saiu por conta da vacina), norovirus (maior causa agora),
coronavírus, adenovírus (nariz escorrendo, tosse e diarrreia), astrovirus. COVID na criança também causa
muito casos gastrointestinais
Protozoários
Fungos
Não importa a etiologia para tratar a diarreia aguda! Todas tratam da mesma forma inicialmente: evitar e
tratar a desidratação
Exame físico
Avaliar sinais de hidratação (avaliar mucosas, se tem saliva, se tem lágrimas, perfusão periferica), nutrição
(recordatório alimentar, se tá comendo bem), nível de consciência, diurese/capacidade de ingerir líquidos
(numa criança que usa fralda - uso de 5 a 6 fraldas por dia)
Classificação do paciente
Observar: estado, olhos, sede, lágrimas, boca/lingua, sinal da prega abdominal, pulso, perda de peso (variável
mais específica, porém difícil saber qual o peso da criança até 1 semana atrás)
A - sem desidratação, fazendo xixi, choro com lágrimas, ativo, sem sede… paciente tem diarreia, mas tem
sede. Um compensa o outro
B - perde mais água do que consegue repor ou sente vontade de beber. Tá responsiva, redução do xixi, boca
seca.
C - criança pouco responsiva, pulso fraco, diurese reduzida… desidratação grave. Precisa de ajuda - acesso
venoso. Quase choque hipovolêmico
Água, chás, soro de reidratação oral. Evitar suco, líquidos adoçados e bebidas isotônicas
Pode comer de tudo - oportunidade para corrigir erros alimentares. Evita frituras, doce, condimentos. Bb em
amamentação (continua)
5. Orientações gerais
Não deixa ir pra creche - transmissível. Higiene, cuidado no preparo dos alimentos
1. Terapia de reidratação por via oral - não serve água, chá. TEM QUE SER SORO DE REIDRATAÇÃO ORAL
50 a 100ml/kg - repõe água e eletrólitos (os eletrólitos que seguram a hidratacao) em 4 a 6 hrs.
Prescrição:
Dissolver 01 envelope em 1 litro d’água filtrada e oferecer no seguinte esquema: 100ml a cada 30 min.
Caso melhore - pode ir pro plano A, ou voltar para terapia de reposição oral (se não melhorar 100%).
2. Avaliação constante da hidratação - Deixa algumas horas em observação. Pode ser que evolua para
hidratação venosa
Alimentação: durante o período de TRO a alimentação é suspensa. Alimento pode atrapalhar a aceitação do
líquido. Quando em casa, pode ter alimentação normal. Leite materno é o único que não é suspenso
Gastróclise - oferecer medicação de reidratação por sonda (em casos de não aceitação)
3. Orientações gerais
1. Hidratação venosa
• Fase de expansão - Volume: 100ml/kg. Pode usar tanto soro quanto ringer. Quanto menor a criança,
mais lento. Na fase de expansão, o volume é maior - 100ml/kg em até 5 horas.
• Fase de reposição e manutenção - quando melhora, associa outras coisas: glicose, potássio…
Indicações: desidratação grave, ílio paralítico, abdômen agudo, alterações de consciência, convulsão. Com 1
ou 2 acessos venosos. Acesso venoso – tíbia
Suspende a terapia venosa - quando pela VO supre tudo o que tá perdendo, sem sinais de desidratação
Alimentação: suspende
Disenteria
Diarreia com sangue
Avaliar plano A, B ou C
Iniciar ATB - até 10 anos - azitromicina (10 mg/kg primeiro dia e 5 mg/kg por mais 4 dias) ou ceftriaxone (50
a 100 mg/kg IM - 3 a 5 dias). Mais de 10 anos - ceftriaxone ou cripro (500mg de 12/12 por 3 dias)
Reavaliar em 48hrs
Exames laboratoriais
Consegue tratar sem exames complementares nenhum. Vai pedir quando? No plano C ou a critério da
vigilância epidemiológica (casos de surtos) Pedir: hemograma, eletrólitos (ver bicarbonato), gaso, fezes
Outros medicamentos
Zinco
Probióticos - microorganismos (floratil), iogurtes. Ajuda em diarreia pós ATB. No caso das agudas - certa cepas
podem ajudar
Não usar
Loperamida (imosec) - anti peristáltico - evita que o vírus saia do intestino
Nitazoxanida (Anita)
Prevenção
Aleitamento, água tratada, lavar as mãos, práticas alimentares saudáveis, segurança alimentar, saneamento
básico, vacinação
DIARREIA CRÔNICA
Abordagem diagnóstica
Anamnese, exame físico, exames complementares (aqui sim precisa de exames para chegar num fator
etiológico)
Condições associadas
Exames complementares
Obs: ALERGIAS são somente por proteínas do alimento. No caso da lactose, por ser um carboidrato, o que
existe é uma intolerância
Principais patologias
Intolerância a lactose
Dissacarídeo: glicose + galactose -> digerido pela lactase nas vilosidades intestinais. Presente em todo leite
de origem animal
Lactose é um ótimo pré biótico - ajuda a colonização de bactérias benéficas no intestino da criança
A partir dos 2 anos (quando deixa de ser lactente) - ocorre uma redução da expressão de lactase. Se ocorre
um alto consumo ainda (sobrecarga) – começam as manifestações clínicas
Clínica: dor abdominal, distensão, borborigmos (RHA aumentado), excessiva eliminação de flatos, diarreia,
dermatite, desidratação e acidose metabólica.
Tipos
Primária
• Alactasia congênita
• Hipolactasia tipo adulta ou oncogenética
Secundária
Causos de gastroenterite - reduz a lactase e depois pode ser que volta → forma mais comum
Diagnóstico
Teste de absorção de lactose - tira o sangue, toma a lactose e depois colhe o sangue novamente em 15, 30,
45, 60 min -> aumento da glicemia mais de 20mg/dl indica que tá tudo certo. Observar a clínica também - se
o pós exame foi tranquilo também
Teste de H2 expirado - Se não tenho lactase, lactose fica no IG e é fermentada como H2O e CO2. O hidrogênio
da água é medido por uma máquina. Pouco feito, não tem no SUS
Tratamento
Se nasceu sem lactase (raríssimo) - tirar toda a lactose- fórmula infantil sem lactose ou fórmula infantil de
soja (não usa em menor de 6m)
Causas secundárias - adaptação individual quantitativa (tentar ver o quanto de lactose a criança tolera -
principal forma), leites com baixo teor de lactose, fórmula/leite de soja
Cuidados
Checar cálcio e vit D (devido a redução do consumo de leite). Reposição da enzima - lactase (tomar meia hora
antes)
Resposta imune anormal a determinado antígeno proteico que é reprodutível em provocações subsequentes
Principais proteínas: b-lactoglobulina, caseína, a-lactoalbumina Alergia mais comum na infância - muito
relacionado a famílias atópicas
Podendo ser
Não mediada por IgE - tardia - demora horas a dias. Hipersensibilidade tardia, colite alérgica (sangue nas
fezes), FPIES (reação de vômitos após contato com a proteína)
Clínica
Variável - diarreia, vômitos, constipação, dermatite, urticária, anafilaxia, rinite, asma, colite…
Diagnóstico
Clínico: história, remissão dos sintomas após retirada, reprodutibilidade (feito com teste de provocação oral
- tira a proteína e vê se melhora os sintomas, depois volta com a proteína e vê se os sintomas voltam)
Testes cutâneos
Testes sorológicos - usados em bbs que tenham suspeita de alergia IgE mediada
Tratamento
Por ser uma deficiência qualitativo - excluir totalmente a proteína do leite de vaca. Em lactentes - retirada do
leite de vaca na alimentação materna (suplementar cálcio),
Complemento (fórmula infantil) - devem ser hidrolisadas de forma extensamente ou elementar (isoladas -
aminoácidos)
Doença celíaca
Enteropatia crônica no intestino delgado proximal (jejuno) associado a intolerância permanente ao glúten.
Determinação genética (HLA-B8).
Forma clássica: diarreia crônica - má absorção intestinal: fezes pálidas, amolecidas, gordurosas, com odor
rançoso…
Forma atípica: sintomas extra-intestinais - baixa estatura (pesquisa de baixa estatura deve ser pesquisado
doença celiaca), anemia, infertilidade
Forma silenciosa: não tem sintomas clássicos e extra intestinais e acaba descobrindo incidentalmente
Diagnóstico
Pesquisa por Anticorpos. Antiemdomisio (específico) e anti transglutaminase tecidual IgA (sensível). Sempre
dosar a IgA sérica. Anti gliadina IgA pode ser usada para rastreio
Enquanto não tiver feito a biópsia, NÃO PODE TIRAR O GLÚTEN - pode alterar o resultado da EDA
Tríade
• Hematoma subdural
• Edema cerebral
• Hemorragia retiniana
TUBERCULOSE
Doença de transmissão aérea, por inalação de aerossóis (vindo de tosse, espirro) - por TB pulmonar ou
laríngea. As outras não são transmissíveis. Somente com Tb ativa transmitem
Diagnóstico do adulto → baciloscopia do escarro (BAR) e RX. Se a paciente tiver grávida -repor B6 (pirodoxina)
- evitar danos neurológicos no concepto, previne convulsões depois
Quando diagnostica uma pessoa com TB - consultar todas as pessoas que moram na casa. Sempre fazer teste
de HIV - uma doença está muito relacionada com a outra
Definições
Caso índice: Tb ativa na qual a pessoa foi exposta. Pode ser diferente de caso fonte
Caso fonte: caso infectante - a primeira pessoa que desencadeou todo o processo (dificil achar)
Risco de adoecimento da ILTB → a idade (menores de 5 anos) tem maior chance de manifestar a doença. Na
adolescencia esse risco aumenta também
Nas crianças → sempre fazer a prova tuberculínica (PPD) - mede hipersensibilidade. Pode dar falso positivo
em vacinados pela BCG e outros BAAR
Interpretação → positiva quando maior que 5 mm. Interpretada como sugestiva de infecção, independente
de vacinação com BCG
IGRA → teste imunológico, busca por antígenos. Não distingue de latente de ativa. Se negativo - não afasta
ILTB em menores de 5 anos e suprimidos. Se indeterminado - repetir. Não da falso postivo por BCG
Isoniazida todo dia (10mg/kg/dia) máximo de 300 → no mínimo de 180 doses até 270 doses
Rifampicina (15/mg/dia) máximo de 600 - tomar no mínimo 120 doses de 4 a 6 meses
(pode usar um medicamento ou outro) → a rifampicina pode ser utilizada porque o tratamento é mais
curto.
Sempre em 1 única tomada, de manhã, em jejum (1hr antes da refeição). Consultar novamente a cada 30
dias
Suspeita de TB, mas não consegue achar bacilo no escarro → utiliza um score
Obs: cuidado nos RX em crianças abaixo de 4 anos → o timo pode aparecer e confundir com TB ou
pneumonia
Tratamento: RHZ. O etambutol não pode por conta de neurite optica - causa cegueira. Acima de 10 anos já
pode RHZE
As doses são tabeladas de acordo com o peso. Hoje em dia já existem comprimidos que tem os 3
medicamentos combinados. Tomar RHZ por 2 meses e RH por mais 4
Em casos de adversos, os medicamentos podem ser parados por cerca de 3 dias - voltar os medicamentos 1
por 1.
A UBS pelo menos 1x na semana vai supervisionar a tomada do medicamento. Avisar que a urina vai ficar
alaranjada por conta da rifampicina (forma de checar). Não precisa separar copos, talheres… Muito comum
de ser paucibacilar - pouco transmissível.
Seguimento da criança
Perguntar sobre efeitos adversos, perguntar sobre coloração da urina, manter tratamento pelo tempo
previsto. Não precisa solicitar outros exames - só se tiver sintomas
Diagnóstico de adolescente com sinais e sintomas (mais parecido com o do adulto) → Solicitar exame do
escarro (TRM-TB ou baciloscopia) e RX de tórax
TRM-Tb e baciloscopia - são diferentes
Forma mais adequada de tratamento → tratamento administrado observado por profissional de saúde pelo
menos 5x na semana → garantir a tomada e adesão, além de observar a presença de adversos
Quimioprofilaxia primária
Recomendações pro RN: liberar amamentação (desde que não tenha mastite tuberculosa) com uso de
máscara cirúrgica pela mãe, não vacina com BCG e iniciar quimioprofilaxia primária
Quimioprofilaxia primária
Definição: condição clínica com evidencia do parenquima pulmonar, sintomas respiratórios e sistêmicos.
PAC: Sinais e sintomas numa criança previa saudavel, fora do ambiente hospitalar. Se for hospitalar =
nosocomial
Etiologias:
Clínica: febre, dispneia, tosse e alteração do estado geral. Quanto menor, mais grave pela falta de
desenvolvimento geral. Histórico de IVAS recente, condição vacinal, pessoas doentes em casa.
Exame físico: ver a cor (palidez é sinal precoce de hipóxia; cianose - sinal de muita gravidade), padrão
respiratório e nível de consciencia
→ Taquipneia é sinal de gravidade. É o sinal isolado mais sensível para o diagnóstico de pneumonia em
crianças menores de 5 anos de idade.
Sinais de esforço respiratório: tiragem subcostal, intercostal, subcostal, batimento de aleta, gemido, balanço
toraco-abdominal
A ausculta é muito semelhante entre as doenças pulmonares. Importante saber diferenciar para ter
diagnósticos diferenciais → atenção na ausculta de crepitações, redução do sons pulmonares, broncofonia
(alterações do parenquima). No caso da sibilância - alterações do fluxo.
Diferenciais: asma, bronquiolite aguda, pneumonia, aspiração de corpo estranho, tuberculose, pneumonia
aspirativa, fibrose cística.
Situações de risco (não quer dizer que vai internar não - quem vai ter mais atenção)
Imagem
RX NÃO É REALIZADO DE ROTINA - já que o diagnóstico é dado de forma clínica. Pra tratamento ambulatorial
não precisa nem pra diagnóstico e nem pra controle.
É indicado quando:
Propedêutica: comum nos graves, hospitalizados ou que precisa certificar de conduta ou diagnóstico. Rotina
não
Tratamento
Suspeita de pneumonia = a tratamento. Não importa que seja vírus ou outra infecção. Pneumonia bacteriana
é a segunda causa de morte na pediatria
Pneumonia adquirida na comunidade (PAC): é aquela que uma pessoa previamente higida (não quer dizer se
ela tem ou não outras comunidades) pegando fora do hospital ou que não tenha doenças crônicas.
Importante diferenciar: porque muda o tratamento e as bactérias.
0-3 meses: pneumonia afebril do lactente (conhecida como atípica por conta do germe). Bactéria mais
frequente é Clamydia Trachomatis. Suscetíveis: mãe que tem infecção por clamídia no final da gestação.
Risco de conjuntivite e pneumonia
Curso: história provável de falta de pré natal, sem higiene, muitos parceiros, corrimento. Criança nasce bem
e logo na primeira semana pode desenvolver uma conjuntivite por clamídia (faz o tratamento normal - colírio
profilático). RX normal. Porém apresenta TAQUIPNEIA. Diferencia de cardiopatias por palidez, cianose, não
cresce bem…
A taquipneia é o sinal mais sensível para o diagnóstico de pneumonia em crianças menores de 5 anos.
Dispneia é sinal de gravidade.
Hospitalização
Doenças subjacentes
Desidratação ou incapacidade de manter a hidratação bem como alimentação por via oral
Imagem: não é usual nem tem necessidade de tirar RX. O diagnóstico é baseado na clínica e no exame físico.
Pneumonia grave e COVID: dificuldade respiratória grave, cianose central, choque, coma, convulsões,
ventilação e oxigênio para atingir saturação de 94.
Casos clínicos
(Sempre atenção em tosse, dificuldade respiratória, taquipneia). Sibilância não é comum nas pneumonias
1) 3 anos, coriza amarela esverdeada, tosse seca, febre persistente 39,5, cansaço, prostração.
Caso 1: pre escolar: coriza hialina, tosse seca, piora com febre de 39,5 persistente, tosse produtiva, cansaço,
anorexia e prostração. Palidez, perfusão de 2s, FR 45, FC 120, saturação 95%. Coriza amarelo esverdeada,
estertores presentes no oco superior direito
RX: área de hipotransparência (consolidação) no terço superior direito. Diagnóstico diferencial: IVAS, sinusite,
tuberculose
Conduta:
Caso 2: lactente, 2 meses, tosse seca que evolui para paroxismos, ep de vômito apos tosse, sem febre, recusa
o aleitamento. sp 94, FR 65, FC 115, conjuntivite purulenta bilateral
Principal agente etiológico: clamydia trachomatis. Conhecido como pneumonia afebril do lactente.
Diferenciais: coqueluche, fibrose cística, pneumonias virais, bronquiolite RX: pode vir normal
Azitromicina 10mg/kg/dia, seguido por 5mg/kg/dia (por 2 a 5 dias). Não pode ser dado com alimentos
Não necessariamente vai precisar de ATB venoso. Internou so por conta da recusa mesmo.
OBS PRÁTICA: a apresentação da azitromicina é de 600, porém quando diluida sua concentração é de
200mg/5ml! É o único que é 200, os outros seguem sendo 250mg/5ml!!!
Caso 3: 10 anos, febre, rinorreia, dor articular. Foi passado amoxacilina por 7 dias e o quadro ainda persiste -
tosse piora, mas sem febre. FR: 45 FC 120 sp 94, estertores creptante finos basais…
RX: infitrado heterogenio paracardiaca direito e seio costofrenico esquerdo (bilateral - não justifica
gravidade).
Idade de pneumonias atípicas (micoplasma e clamidia). Tosse chama mais atenção, dor articular
(acometimento sistêmico) e não resposta a amoxacilina.
Diferenciais: sinusite, TB, dengue (por outras complicações). Etiologia: mycoplasma
Orientação: hidrata, sintomáticos, atb
Nesse caso o ATB de escolha é a claritromicina - também macrolídeo (melhor espectro) ou azitromicina