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Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde do

Centro Baiano

Curso Técnico em Enfermagem

CHOQUE

SÉPTICO

Alunas: Ruth Pereira, Carla Maria, Carla Batista e Dhessy Felix.


Turma: B
Disciplina: Urgência e Emergência
Professor: Arnaldo Neto
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Choque Séptico

Choque séptico é o resultado de uma infecção que se alastra pelo corpo, rapidamente,
afetando vários órgãos e que pode levar à morte.
O choque séptico é definido como sendo uma complicação grave da sepse, em que mesmo
com a realização do tratamento adequado com a reposição de fluidos e antibióticos, a pessoa
continua com a pressão arterial diminuída e níveis de lactato superior a 2 mmol/L. Esses
parâmetros são avaliados regularmente no hospital para verificar a evolução do paciente,
resposta ao tratamento e necessidade da realização de outros procedimentos.
O choque séptico é definido como sendo uma complicação grave da sepse, em que mesmo
com a realização do tratamento adequado com a reposição de fluidos e antibióticos, a pessoa
continua com a pressão arterial diminuída e níveis de lactato superior a 2 mmol/L. Esses
parâmetros são avaliados regularmente no hospital para verificar a evolução do paciente,
resposta ao tratamento e necessidade da realização de outros procedimentos.

O choque séptico é considerado um desafio, pois quando o paciente chega nesse estágio da
doença, já se encontra mais debilitado, além de que há maior foco infeccioso e maior
predomínio de substâncias tóxicas produzidas pelos microrganismos.

Por diminuição da pressão arterial, é comum que pessoas em choque séptico apresentem
também maior dificuldade na circulação do sangue o que faz com que chegue menos oxigênio
a órgãos importantes como o cérebro, o coração e os rins. Isto faz com que surjam outros
sinais e sintomas mais específicos do choque séptico, como diminuição da quantidade de urina
e alterações do estado mental.

O tratamento do choque séptico é feito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com o uso de
medicamentos e antibióticos para regularizar as funções cardíacas e renal e eliminar o
microrganismo causador da infecção, além de monitorização da pressão e níveis de lactato.

Sintomas

Os sintomas incluem pressão arterial baixa, braços e pernas pálidos e gelados, calafrios,
dificuldade respiratória e diminuição da produção de urina. Confusão mental e desorientação
também podem se desenvolver rapidamente.
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No corpo: pressão baixa, baixa temperatura corporal, calafrios, fadiga ou febre


No sistema respiratório: falta de ar ou respiração rápida
Também é comum: ritmo cardíaco acelerado, confusão mental ou produção insuficiente de
urina, tontura, temperatura alta ou muito baixa, tremores, frequência cardíaca acelerada, falta
de ar, pressão arterial baixa, palpitações, inquietação, letargia, agitação ou confusão.

Assistência do técnico de enfermagem para pacientes em choque séptico

No grupo dos pacientes mais graves com choque séptico ou com os níveis aumentados de
lactato sérico, é importante que a enfermagem instaure medidas para a ressuscitação
hemodinâmica nas seis primeiras horas. Deve-se priorizar o uso de vasopressor para
manter a pressão arterial média acima de 65 mmHg
Nas primeiras três horas é necessário que o enfermeiro realize a coleta de lactato sérico e
hemocultura antes da infusão de antibióticos, iniciar a antibiocoterapia de amplo espectro,
administrar solução cristaloide para a reposição de volume nos pacientes que apresentam
hipotensão ou que tem o valor do lactato aumentado em duas vezes quando comparado ao
normal.
A coleta do lactato sérico é obrigatória para os pacientes que tem a suspeita de sepse grave.
Todos os pacientes com infecção devem ter o lactato coletado, mesmo que não haja evidente
disfunção orgânica, pois valores acima do normal já são considerados uma disfunção e
caracterizam a presença de sepse grave. A hiperlactatemia é uma consequência do
metabolismo anaeróbio das células diante de um quadro de hipoxemia tecidual. É classificado
como o melhor indicador de hipoperfusão encontrado à beira leito. A cultura deve ser coletada
para que o agente causador seja identificado de forma objetiva, permitindo que o uso de
antimicrobianos seja feito da forma correta. Para tanto deve-se realizar a coleta de hemocultura
e de todos os sítios que podem estar originando o foco infeccioso, como secreções do trato
respiratório, urocultura, secreções de abcessos ou coleções, líquidos articulares, ponta de
cateteres e outros.
Para a coleta de hemocultura é preciso realizar a coleta de duas amostras de sítios diferentes
para garantir a sensibilidade. Sabe-se que a coleta no pico febril aumenta a sensibilidade do
exame, mas por se tratar de um caso de urgência não é necessário aguardá-lo para realizar a
coleta. É importante ressaltar que as técnicas antissépticas devem ser adotas para evitar a
contaminação do local de coleta.
Depois da devida coleta de culturas, a antibiocoterapia venosa de largo espectro deve ser
iniciada. A diminuição da carga bacteriana e fúngica são necessárias para que se obtenha o
controle da resposta inflamatória. A demora na administração de antibióticos aumenta o risco
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de óbito. Desta forma, não se deve esperar o resultado das culturas para iniciá-lo. Ao identificar
o agente agressor trocase de antimicrobiano se for o caso.
A reposição volêmica agressiva é a principal intervenção que deve ser realizada pelo
enfermeiro nos pacientes com diagnóstico de sepse. A hipovolemia na sepse pode ser causada
por vários fatores, como o aumento da permeabilidade capilar, elevação das perdas hídricas
por febre e taquipnéia. Como consequência tem-se a diminuição do débito cardíaco, que pode
levar a uma disfunção miocárdica com a devida redução da contratilidade ventricular

Tratamento

O tratamento do choque séptico deve ser feito na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e tem
como objetivo eliminar o agente causador da sepse e, dessa forma, solucionar o choque
séptico. Além disso, é indicado o uso de medicamentos vasoativos para regular a pressão
arterial, além de reposição de fluidos para aumentar a quantidade de sangue e,
consequentemente, favorecer o transporte de oxigênio para os tecidos.
Uso de Antibióticos
Caso o choque séptico seja confirmado, um potente antibiótico deve ser iniciado, mesmo que
ainda não se saiba o foco da infecção. Isto para que o microrganismo causador da infecção
seja eliminado o mais rápido possível, diminuindo a resposta imune do corpo
Hidratação na veia
No choque séptico a circulação sanguínea fica extremamente prejudicada, o que dificulta a
oxigenação do organismo. A realização de altas doses de soro na veia, cerca de 30 ml por kg,
é recomendada como forma a ajudar manter o fluxo sanguíneo aceitável e melhorar a resposta
aos medicamentos.

Medicamentos Para Regular a pressão arterial

Devido à queda da pressão arterial, que não é resolvida somente com hidratação na veia,
geralmente é necessário utilizar medicamentos para a elevação da pressão arterial, chamados
de vasopressores para alcançar uma pressão arterial média de pelo menos 65 mmHg.

Alguns exemplos deste medicamentos são Noradrenalina, Vasopressina, Dopamina e


Adrenalina, que são medicamentos que devem ser usados com uma rigorosa monitorização
clínica para evitar maiores complicações. Outra opção é utilizar medicamentos que aumentam
a força de batimento do coração, como a Dobutamina.
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Transfusão sanguínea
Pode ser necessária para pacientes que têm sinais de um fluxo sanguíneo insuficiente e que
tenham uma anemia com hemoglobina abaixo de 7mg/dl.
Uso de corticoides
Os medicamentos corticosteroides, como Hidrocortisona, podem ser indicados como forma de
reduzir a inflamação, no entanto, só há benefícios em caso de choque séptico refratário, ou
seja, nos casos em que não se consegue melhorar a pressão arterial mesmo com hidratação e
uso de remédios.
Hemodiálise
Nem sempre a hemodiálise é indicada, no entanto, pode ser uma solução em casos graves em
que é necessária uma rápida remoção de excesso de eletrólitos, acidez no sangue ou em que
há parada do funcionamento dos rins.

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