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ENFERMAGEM

FACULDADE FALOG LOGOS

GLEICE JOANA MARTINS BARREIRA

Trabalho de Pesquisa apresentado ao


Preceptor do hospital Medsênior, referente
ao estágio hospitalar.

Área de concentração: Hospitalar

Orientador: Rodrigo Magalhães da Silva

Brasília -DF,
2023

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ENFERMAGEM
FACULDADE FALOG LOGOS

GLEICE JOANA MARTINS BARREIRA

Trabalho de Pesquisa apresentado ao


Preceptor do hospital Medsênior, referente
ao estágio hospitalar.

Área de concentração: Hospitalar

Orientador: Rodrigo Magalhães da Silva

Brasília- DF,
2023

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Índice

1. Introdução.................................................................................4
2. Desenvolvimento.....................................................................4.5
2.1 Hiponatremia.............................................................................5.6
2.2 Hipercalemia.............................................................................6.7
2.3 Choque Cardiogênico ……………………..................................7.8
2.4 Hipovolemia..............................................................................8.9
2.5 Hanseníase .............................................................................9.10
2.6 Pneumotórax..........................................................................11.12
3. Conclusão................................................................................13
4. Referências..............................................................................14

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Introdução

O presente relatório descreve o desenvolvimento do estágio supervisionado


obrigatório hospitalar, realizado no Hospital Medsênior Brasília - DF SIG, o
hospital está voltado ao atendimento para pessoas com idade acima de 60
anos de idade. Este relatório curricular tem como objetivo explanar os
conhecimentos consolidados já em campo de estágio hospitalar, trazendo de
forma detalhada temas pertinentes às assistências de enfermagem.

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Hiponatremia:
A hiponatremia é uma condição em que o nível de sódio no sangue está
abaixo do normal. Acontece quando há um desequilíbrio no sistema
fitoquímico (que regula a absorção e a excreção de água e de sódio no
organismo) e está relacionada ao envelhecimento, mas também pode ocorrer
devido ao uso de alguns medicamentos ou doenças. Os principais sinais de
hiponatremia são confusão mental, propensão a quedas, déficit de
coordenação, alterações de comportamento, convulsões e, em casos mais
graves, coma. Em geral, a hiponatremia aguda, que ocorre em menos de 48
horas, é mais perigosa do que a hiponatremia crônica, que se desenvolve
lentamente ao longo do tempo.
O sódio é um eletrólito que ajuda a regular a quantidade de água que
está dentro e em torno das células e a manter a estabilidade da pressão
sanguínea. Ele não é produzido pelo organismo, sendo obtido através da
alimentação. Sem o sódio, tanto os nervos quanto os músculos não funcionam
corretamente.

Manifestação clínica
A hiponatremia ocorre quando o sódio não é suficientemente fornecido ao
organismo ou a eliminação é excessiva (suor e urina). Os sintomas incluem
náuseas, dor de cabeça, confusão mental e fadiga. Ingestão de líquidos e
medicamentos.

Diagnóstico
O diagnóstico da hiponatremia é feito com base na avaliação médica, feita
em consulta e com exames de sangue para avaliar a dosagem de sódio do
sangue. Os valores de referência para esse exame devem ser entre 135 e 145
mEq/L.

Tratamento
Por isso, concentrações menores que 135 mEq/L confirmam o diagnóstico.
Além disso, também são avaliados a função dos rins, do fígado e os níveis de

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glicemia. Pode ser solicitado, ainda, um exame de urina, que ajuda a identificar
a causa da hiponatremia.
Intervenção de enfermagem
Realizar a administração cuidadosa de sódio via oral, parenteral ou tubo
nasogástrico. O sódio sérico não deve ser aumentado em mais de 12 mEq/l em
24 h para evitar lesão neurológica devido à desmielinização. Nos pacientes
com SIHAD, lítio ou demeclociclina pode antagonizar o efeito osmótico do
hormônio antidiurético sobre o túbulo coletor medular. Pacientes com lesão
cerebral traumática podem receber pequenos volumes de uma solução de
sódio hipertônica, com o objetivo de aliviar o edema cerebral. Soluções de
sódio muito hipertônicas devem ser administradas lentamente.

Hipercalemia
A hipercalemia é uma condição caracterizada por níveis muito altos de
potássio no sangue – geralmente acima de 5,5 mmol/L (mEq/L). Quando a
concentração está acima de 6,5 mmol/L (mEq/L) o estado do paciente é
considerado crítico. A hipercalemia é uma condição caracterizada por níveis
muito altos de potássio no sangue – geralmente acima de 5,5 mmol/L (mEq/L).
Quando a concentração está acima de 6,5 mmol/L (mEq/L) o estado do
paciente é considerado crítico.
Manifestações clínicas da hipercalemia, especialmente cardíacas, podem
ser graves, razão pela qual a identificação de sua causa e seu tratamento são
muito importantes. A hipercalemia está relacionada tanto a um aumento no
nível de potássio no corpo quanto ao excesso de liberação de potássio das
células para a corrente sanguínea.

Manifestação clínica
Pessoas com hipercalemia geralmente não apresentam sintomas muito
perceptíveis, de modo que muitos só ficam sabendo que têm a doença quando
realizam um exame de sangue. Contudo, quando manifestam os sinais e
sintomas clássicos da hipercalemia, os pacientes geralmente têm: batimentos
cardíacos irregulares, náuseas e vômitos, pulsação lenta ou fraca, deficiência
de insulina, hiperglicemia, acidose metabólica e infecções crônica.

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Diagnóstico
A hipercalemia pode ser diagnosticada por: clínico geral, nefrologista,
nutricionista, gastroenterologista, hematologista e angiologista. O diagnóstico
positivo geralmente é feito somente com base em um exame de sangue.
Contudo, eventualmente o médico poderá pedir a realização de um
eletrocardiograma para mostrar outras possíveis alterações que estejam
relacionadas à doença, como: Bradicardia, fibrilação ventricular.

Tratamento
O tratamento para a hiperpotasemia é feito de acordo com a causa da
alteração, podendo ser indicado o uso de medicamentos em ambiente
hospitalar. Casos graves não tratados imediatamente podem gerar parada
cardíaca e lesões cerebrais ou em outros órgãos. Quando o potássio alto no
sangue acontece como consequência de insuficiência renal ou uso de
medicamentos como o Gluconato de cálcio e diuréticos, por exemplo, pode ser
indicada a realização de hemodiálise.

Intervenção de enfermagem
Alterações neurológicas: Avaliar nível de consciência, resposta pupilar à
luz, movimentação voluntária dos membros, grau de força muscular e reflexos.
Pesagens diárias: Manter a pesagem acurada do paciente sempre no mesmo
horário todos os dias, remover excesso de roupas e esvaziar bolsas de
drenagem antes da pesagem.

Choque Cardiogênico
O choque cardiogênico ocorre devido à incapacidade do ventrículo esquerdo
em gerar fluxo arterial adequado para entrega de sangue oxigenado para os
tecidos periféricos. A causa mais comum de choque cardiogênico é o IAM
extenso que deprime a contratilidade miocárdica. Outras causas importantes de
choque cardiogênico incluem miocardites, valvopatias e miocardiopatias e
hipertensão arterial sistêmica (HAS) mal controlada. Taquiarritmias cardíacas e
bradicardias podem também evoluir com choque cardiogênico. O choque
cardiogênico apresenta alta mortalidade (50 a 80%).

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Manifestação clínica
Os sinais clínicos de choque cardiogênico incluem evidência de baixo
débito cardíaco com hipoperfusão tecidual (hipotensão, alterações do estado
mental, pele fria mosqueada) e evidência de sobrecarga de volume (dispnéia,
estertores, distensão venosa jugular).

Diagnóstico
O diagnóstico de choque circulatório pode ser feito à beira do leito pela
observação de hipotensão, associada a sinais de hipoperfusão tecidual como
oligúria, alterações da consciência, extremidades frias e mal perfundidas.Além
da hipotensão, uma pressão de pulso <20mmHg é outro achado possível se a
resistência sistêmica não tiver despencado, e a taquicardia sinusal é comum a
menos que o paciente esteja sob medicações que bloqueiam uma resposta
cardíaca.

Tratamento
Remédios para aumentar a força do coração, como Noradrenalina ou
Dopamina; Aspirina, para diminuir o risco de formação de coágulos e facilitar a
circulação do sangue; Diuréticos, como Furosemida e Espironolactona, para
diminuir a quantidade de líquidos no pulmão.

Intervenção de enfermagem
As intervenções incluíram: suporte ventilatório, monitorização hemodinâmica
contínua, controle hídrico rigoroso, restrição de decúbito, higiene corporal no
leito, auxílio durante alimentação, manejo das drogas vasoativas, vigilância
clínica e laboratorial.

Hipovolemia
A hipovolemia é uma condição caracterizada pela diminuição do volume de
sangue circulante no corpo, geralmente devido à perda de fluidos, como
sangue ou líquidos corporais. Isso pode levar a sintomas como tonturas, sede

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intensa, pulso rápido e queda da pressão arterial. É importante tratar a
hipovolemia para evitar complicações graves.

Manifestação clínica
Os sintomas de hipovolemia incluem tonturas, sede intensa, boca seca,
pele fria e pálida, pulso rápido, respiração acelerada, fraqueza, confusão,
desmaios e queda da pressão arterial. Esses sinais podem variar em
gravidade, e a condição geralmente ocorre devido à perda significativa de
fluidos, como em casos de hemorragia, desidratação grave ou queimaduras
extensas. Se suspeitar de hipovolemia, é crucial buscar ajuda médica
imediatamente.

Diagnóstico
O profissional deve se atentar para focos de hemorragia, sinais de trauma,
edema, hipotensão, taquicardia, taquipneia, alteração estado mental, oligúria,
má perfusão periférica e acidose metabólica.

Tratamento
O tratamento da hipovolemia visa corrigir a perda de volume sanguíneo e
restaurar a estabilidade hemodinâmica. As abordagens comuns incluem:
● Reposição de fluidos: Administração intravenosa de soluções salinas ou
colóides para restaurar o volume sanguíneo perdido.
● Transfusão de Sangue: Em casos de perda significativa de sangue, pode
ser necessário transfundir componentes sanguíneos, como glóbulos
vermelhos.
● Controle da Causa Subjacente: Tratar a condição subjacente que levou
à hipovolemia, como hemorragias, desidratação ou queimaduras.
● Monitoramento: Acompanhamento contínuo dos sinais vitais, como
pressão arterial, pulso e saturação de oxigênio, para garantir uma
recuperação estável.

Intervenção de Enfermagem
Na hipovolemia, a intervenção de enfermagem geralmente inclui a
administração de fluidos intravenosos para restabelecer o volume sanguíneo,

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monitoramento constante dos sinais vitais, avaliação do equilíbrio hídrico e
colaboração com a equipe médica para determinar a causa subjacente e o
plano de tratamento adequado. Além disso, é crucial monitorar os sinais de
choque e fornecer suporte emocional ao paciente.

Hanseníase
Conhecida como lepra, é uma doença infecciosa crônica causada pela
bactéria Mycobacterium leprae. Ela afeta principalmente a pele, nervos
periféricos, mucosas do trato respiratório superior e olhos. A hanseníase pode
se manifestar de maneira variada, desde formas mais brandas até formas mais
severas, que podem levar a deformidades e incapacidades.

Manifestação clínica
Os sintomas comuns incluem manchas na pele, dormência ou perda de
sensação em áreas afetadas, e em alguns casos, a doença pode causar
deformidades nas mãos, pés e rosto. A hanseníase é uma doença curável,
especialmente se diagnosticada e tratada precocemente. A poliquimioterapia
(PQT) é o tratamento padrão recomendado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS). A detecção precoce e o tratamento são cruciais para prevenir
complicações e impedir a transmissão da doença.

Diagnóstico
O diagnóstico de caso de hanseníase é realizado por meio do exame físico
geral e dermatoneurológico para identificar lesões ou áreas de pele com
alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com
alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas.

Tratamento
O tratamento padrão para a hanseníase é a poliquimioterapia (PQT), que
envolve a administração de uma combinação de medicamentos antibacterianos
específicos. Os medicamentos mais comumente utilizados incluem a
rifampicina, a dapsona e a clofazimina.

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O tratamento é geralmente prolongado e pode durar de seis meses a
vários anos, dependendo da forma clínica da hanseníase. A PQT é altamente
eficaz e tem sido fundamental para controlar e curar a doença.

Intervenção de Enfermagem
No contexto da hanseníase, as intervenções de enfermagem visam o
cuidado holístico do paciente. Isso inclui educação sobre a doença e
tratamento, administração adequada da terapia medicamentosa, avaliação
regular dos sinais e sintomas, prevenção de complicações, acompanhamento
psicossocial e promoção da adesão ao tratamento. Além disso, a enfermagem
desempenha um papel fundamental na redução do estigma associado à
hanseníase, fornecendo apoio emocional e incentivando a reintegração social
dos pacientes.

Pneumotórax
Pneumotórax é a presença de ar entre as duas camadas da pleura
(membrana fina, transparente, de duas camadas que reveste os pulmões e o
interior da parede torácica), resultando em colapso parcial ou total do pulmão.
O pneumotórax espontâneo é aquele que surge de repente, sem nenhum fator
desencadeante óbvio. Na maioria das vezes, este tipo de pneumotórax surge
em repouso e de modo súbito.
Pneumotórax secundário é aquele que surge em pacientes que já
apresentam alguma doença pulmonar, como enfisema, tuberculose, fibrose
cística, asma ou câncer de pulmão. Doentes internados em CTI ligados a
ventiladores mecânicos (respiração por aparelhos) também estão sob risco de
pneumotórax.

Pneumotórax traumático
O pneumotórax também pode surgir após acidentes com traumas na
região do tórax. Qualquer lesão perfurante ou de alto impacto no tórax pode
causar um pneumotórax, incluindo acidentes automobilísticos, facadas, lesões
por arma de fogo, fraturas da costela.
De acordo com a circunstância ele pode ser identificado em duas partes,
que são: pneumotórax espontâneo primário, provocado pela ruptura de uma

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pequena área debilitada do pulmão – bolha; e pneumotórax espontâneo
secundário, que ocorre em pessoas com alguma doença pulmonar subjacente
e subdivido em quatro tipos: Espontâneo: quando está ou não ligado a uma
doença pulmonar, Traumático: surge por causa de um trauma no tórax,
Infeccioso: causado por infecções pulmonares, Iatrogênico: causado por uma
intervenção médica.

Manifestação clínica
Dor intensa e repentina, que piora ao inspirar, dor no peito, sensação de
falta de ar (dispneia) e rápida instalação, dificuldade para respirar, pele
azulada, especialmente nos dedos e lábios, aumento dos batimentos
cardíacos, tosse constante.

Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se em exame físico e radiografia de tórax. Em geral,
o pneumotórax exige aspiração por catéter ou toracotomia com dreno.

Tratamento
Se o pneumotórax for pequeno (cerca de 2 ou 3 cm) e o paciente estiver
clinicamente estável, o tratamento pode ser apenas expectante. Basta manter o
paciente em observação que o pneumotórax costuma regredir sozinho. Nos
casos de pneumotórax volumoso, está indicada a colocação de um tubo
através do tórax para aspiração do ar e expansão do pulmão. Quando a pleura
cicatriza após alguns dias, o tubo é retirado.

Intervenção de Enfermagem
As intervenções de enfermagem para pacientes com pneumotórax podem
incluir, monitoramento dos Sinais Vitais: Verificação frequente da frequência
cardíaca, pressão arterial, frequência respiratória e saturação de oxigênio para
avaliar a estabilidade do paciente, avaliação Respiratória: Observação da
respiração do paciente, avaliando sinais de dificuldade respiratória, como
dispneia (falta de ar), dor torácica e uso de músculos acessórios para respirar,
administração de Oxigênio..

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Conclusão
.
A conclusão deste relatório destaca que o estágio hospitalar foi uma
experiência significativa e enriquecedora. Importância genuína desses temas,
na atenção hospitalar, são abordados quase diariamente. O papel geral do
enfermeiro na atenção destes protocolos práticos que devem ser adotados de
maneira uniforme por toda equipe Multidisciplinar, é essencial para uma
evolução positiva e rápida dos nossos pacientes.
Essa experiência não apenas aprimorou minha formação profissional,
mas também me permitiu compreender melhor as necessidades dos pacientes.

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REFERÊNCIAS

1. ROCHA, Paulo Novis. Hiponatremia: conceitos básicos e abordagem


prática. Brazilian Journal of Nephrology, v. 33, p. 248-260, 2011.
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hipercalemia. Diagnóstico e Tratamento, 28(2), 73-75.
3. Coelho, N.D.G., Pereira de Melo, H. O., Azevedo, P. J. D., &
Rodrigues, F. M. D. S. (2023). Pneumotórax em cães e
gatos. REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS–UNIVERSO
BELO HORIZONTE, 1(8).
4. Andrade, FTD, Rangel, BSDS e Hajjar, LA (2022). Choque
cardiogênico. In Condutas práticas em cardiologia . Ateneu.
5. Pernambuco, M. L., Ruela, G. A., Santos, I. N., Bomfim, R. F. Hikichi,
S. E., Lira, J. L. M., ... & Pagnossa, J. P. (2022). Hanseníase no
Brasil: ainda mais negligenciada em tempos de pandemia do
COVID–19?. Revista de Saúde Pública do Paraná, 5(1), 2-18.
6. dos Santos, R. D. C., Corrêa, A. C. A., Grijó, G. S., & da Silva, L. R.
S. (2023). Atuação do Enfermeiro frente ao Choque Hipovolêmico
associado a Lesões Hepáticas e Esplênicas. Seven Editora,
1255-1276.

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