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CAMPUS DE CRUZEIRO DO SUL - ACRE 
  BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ESTUDO DE CASO E PLANO DE CUIDADOS DE UM PACIENTE COM DIABETES 
TIPO I

CRUZEIRO DO SUL - ACRE 2022

1
 ESTÉFANE FABRÍCIO DA SILVA
 FRANCISCO DIAS DE ALENCAR
JENIFFER VALE RODRIGUES

ESTUDO DE CASO E PLANO DE CUIDADOS DE UM PACIENTE COM DIABETES 
TIPO I

 
Docente: Thiago Santana da Silva

CRUZEIRO DO SUL – ACRE 2022

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Sumário

INTRODUÇÃO................................................................................................04
QUESTÕES NORTEADORAS.......................................................................05
IDENTIFICAÇÃO............................................................................................05
ALTERAÇÕES IDENTIFICADAS...................................................................06
Poliúria...........................................................................................................06
Polidipsia.......................................................................................................07

Perda de Peso...............................................................................................07

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................08

Sinais e sintomas..........................................................................................08

Diagnóstico....................................................................................................09

Tratamento.....................................................................................................09

Complicações do diabetes...........................................................................10

Diabetes mellitus tipo I tem cura ?..............................................................11

ALTERNATIVAS E PROPOSTAS...................................................................11

PLANO DE CUIDADOS..................................................................................13

DISCUSSÃO....................................................................................................16

CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................18

3
INTRODUÇÃO

O diabetes mellitus é um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia,


decorrente de deficiência na produção de insulina ou em sua ação ou em ambos os
mecanismos. Atinge proporções epidêmicas, pois, no mundo, estima-se que existam,
aproximadamente, 425 milhões de pessoas com diabetes. A hiperglicemia persistente
está associada a complicações crônicas micro e macrovasculares, ao aumento de
morbidade, a efeitos negativos na qualidade de vida e a elevação da taxa de
mortalidade. A classificação dessa patologia baseia-se em sua etiologia. Os fatores
que causam os principais tipos de diabetes mellitus são: genéticos, biológicos e
ambientais (FORTI et al., 2019).
O diabetes pode ser classificado em 3 tipos:
● Diabetes Mellitus tipo I;
● Diabetes Mellitus tipo II;
● Diabetes Mellitus gestacional.

O diabetes mellitus do tipo I caracteriza-se pela destruição das células beta


pancreáticas, determinando deficiência na secreção de insulina, o que torna essencial
o uso desse hormônio com o tratamento para prevenir a cetoacidose, coma, os eventos
micro e macrovasculares e até mesmo a morte. A destruição das células betas é,
geralmente, causada por processos autoimunes, que podem ser detectados pela
presença de autoanticorpos circulantes no sangue periférico.
O diagnóstico é geralmente realizado em pacientes jovens. A educação ao
paciente com diabetes mellitus do tipo I e de sua família é essencial para que seja
atingido um bom controle dos índices glicêmicos e para que sejam evitadas
complicações decorrentes da doença. O tratamento não medicamentoso é essencial e
deve incluir um olhar holístico ao paciente, considerando o contexto familiar em que ele
está inserido. A identificação da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento
ágil e adequado para o atendimento especializado tornam a atenção primária um
ambiente essencial para uma melhor terapêutica e um melhor prognóstico.

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QUESTÕES NORTEADORAS 

● O que é o diabetes tipo I ?

● Quais os sintomas do diabetes tipo I ?

● Como controlar o Diabetes ?

● Quais os riscos de não tratar o diabetes?

● Como se diagnostica o diabetes ?

● Quais as complicações associadas ao diabetes ?
 
● Diabetes tem cura ? 

IDENTIFICAÇÃO

C.A.S., sexo masculino, 14 anos, vem apresentando há cerca de 3 meses um


quadro de poliúria, polidipsia e perda de peso. Após acompanhamento médico e
avaliação de exames obteve diagnóstico de diabetes tipo I.

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ALTERAÇÕES IDENTIFICADAS

Poliúria 

Poliúria é o termo técnico usado para definir os casos em que o paciente passa a 
eliminar quantidades excessivas de urina, onde no caso apresentado é justamente devi
do ao diabetes. Para que a poliúria seja confirmada, pacientes adultos precisam
eliminar mais do que 3 litros de urina por dia, e crianças, entre 2 e 2,5 litros por dia.
Fisiopatologia: A homeostase da água é controlada por um balanço complexo de 
ingestão de água (por si só um mecanismo de regulação complexo), perfusão renal, fil
tração glomerular e reabsorção tubular de solutos, e reabsorção de água pelos túbulo
s coletores renais.
Quanto à ingestão hídrica aumentada, o volume sanguíneo aumenta e a
osmolaridade do sangue diminui, reduzindo a liberação do hormônio antidiurético
(ADH, também chamado arginina vasopressina) do sistema hipotalâmico hipofisário.
Como o ADH promove a reabsorção de água nos túbulos renais, níveis diminuídos de
ADH aumentam o volume de urina, permitindo que a osmolaridade do sangue retorne
ao normal.
Ainda, altas quantidades de solutos nos túbulos renais causam diurese passiva
osmótica (diurese de solutos) e, portanto, aumento do volume urinário. O exemplo
clássico desse processo é a diurese osmótica induzida por glicose no diabetes
mellitus não controlado, quando níveis elevados de glicose na urina (> 250 mg/ml
 [13,88 mmol/L]) excedem a capacidade de reabsorção tubular, levando a níveis altos
de glicose nos túbulos renais; a água flui passivamente, resultando em glicosúria e
aumento do volume de urina. A diurese osmótica induzida pela glicose no diabetes
mellitus aumenta mais com o uso de inibidores do cotransportador de sódio-glicose 2
(SGL T2i), que reduzem os níveis plasmáticos de glicose inibindo a reabsorção renal
e aumentando a excreção renal de glicose.

Deste modo, a poliúria resulta de quaisquer processos que envolvam
● Aumento persistente da ingestão de água (polidipsia);
● Diminuição da secreção de ADH (diabetes insípido central);
● Diminuição da sensibilidade periférica de ADH (diabetes insípido nefrogênico);
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● Diurese de solutos.

Polidipsia 

Polidipsia é uma situação que ocorre quando um indivíduo tem sede excessiva e
por esse motivo acaba ingerindo quantidades excessivas de água e outros líquidos.
Esta condição geralmente é acompanhada de outros sintomas como o aumento da
frequência urinária, boca seca e tontura e possui diferentes causas que podem ser
diabetes ou alterações na hipófise.
Fisiopatologia: O equilíbrio do metabolismo da água no organismo é o resultado
dos fatores que intervêm na sua entrada, constituída pela sede. A produção da água
metabólica e a água contida nos alimentos ingeridos, por um lado, e a descarga dos
mesmos através da pele, dos pulmões, do trato gastrointestinal e dos rins, por outros.
A sede é justamente uma necessidade subjetiva que leva à ingestão de água. Os
fatores fisiológicos que determinam essa sensação estariam relacionados à maior
osmolaridade do líquido extracelular determinada pelo excesso de sal ou déficit de
água, envolvendo também a diminuição do volume vascular circulante. O déficit de
água corporal pode ser uma consequência da diminuição do suprimento ou aumento
da perda. O desejo consciente de beber aparece quando a osmolaridade plasmática
atinge 295 mOsm / kg. O surgimento desse desejo também é influenciado por fatores
relacionados aos hábitos de consumo de sal e água. Um componente básico da
estimulação é a sensação de secura das membranas mucosas da boca e da faringe.
Drogas como anticolinérgicos agem dessa forma.

Perda de Peso

A perda de peso relacionada à diabetes ocorre devido ao descontrole da glicemia:


obtida através da metabolização dos alimentos, a glicose tem um papel substancial no
organismo, que é justamente a principal fonte de energia rápida das células,
funcionando como um combustível para que o corpo possa desenvolver suas funções
normalmente. Porém, para que esse nutriente entre nas células é preciso que a
insulina - um hormônio produzido pelo pâncreas - “sinalize” a presença da glicose,
 somente então é possível sua absorção e posterior transformação em energia.

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 Porém, quando o organismo sofre alguma alteração nesse processo, as células não co
nseguem captar a glicose, resultando no acúmulo do açúcar circulante no sangue – a
hiperglicemia.
Portanto, sem energia, o organismo precisa recorrer a outras fontes como as
reservas de gordura - levando a perda de peso não intencional, ou seja, mesmo que o
indivíduo continue se alimentando normalmente, ou até mais, ele continuará perdendo
peso devido à disfunção metabólica.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O diabetes mellitus é uma doença endócrina metabólica de etiologia heterogênea,


que envolve fatores genéticos, biológicos, caracterizada por hiperglicemia crônica
resultante de defeitos na secreção ou na ação da insulina. Essa doença pode evoluir
com complicações agudas (hipoglicemia, cetoacidose e síndrome hiperosmolar não
cetótica) e crônicas - microvasculares ( retinopatia, nefropatia, neuropatia) e
macrovasculares ( doença arterial coronariana, doença arterial periférica e doença
cerebrovascular).

Sinais e sintomas
● Sede excessiva (polidipsia);
● Cansaço (fadiga);
● Micção frequente (polaciúria);
● Perda do controle da bexiga durante o sono;
● Perda de peso.
● Visão turva.
● Fome frequente (polifagia);
● Irritação.
● Infecções frequentes;
● Lenta cicatrização de feridas;
● Mau hálito (às vezes hálito cetônico).

Diagnóstico

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O diagnóstico é feito através de uma análise clínica e com auxílio de exame
complementar. O diagnóstico é geralmente realizado em pacientes jovens (crianças,
adolescentes e mesmo adultos jovens) com sinais e sintomas de hiperglicemia grave
(poliúria, polidipsia, polifagia, noctúria e perda de peso inexplicada).
Esses pacientes podem evoluir rapidamente com cetose, desidratação e acidose 
metabólica, caracterizando a Cetoacidose Diabética (CAD), complicação do diabetes
que pode cursar com náusea, vômitos, sonolência, torpor e coma, e pode até mesmo
levar a óbito. A  CAD ocorre especialmente na presença de estresse agudo.
A confirmação do diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1 é feita pela comprovação
laboratorial da hiperglicemia, que, na maioria das vezes, é feita com uma glicemia
aleatória (ao acaso, na presença de sintomas clássicos de hiperglicemia, consolida o
diagnóstico. A glicemia de jejum, o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com sobr
ecarga de 75 gramas em 2 horas e a HbA1c também podem ser eventualmente utiliza
dos como diagnóstico em pacientes sem sintoma ou sinal de hiperglicemia. O TOTG é
raramente utilizado, pois consiste na mensuração da glicemia após a ingestão de 75g
de glicose, o que pode oferecer riscos para pacientes com índices glicêmicos já
elevados. Os exames citados confirmam o diabetes, desde que realizados em mais
de um momento e atentando-se que devem ser repetidos assim que possível.

Tratamento

O tratamento do paciente com diabetes mellitus tipo I, inclui cinco componentes


principais: educação sobre diabetes, insulinoterapia, automonitorização glicêmica,
orientação nutricional e prática monitorada de exercício físico.É um tratamento
complexo em sua prescrição e execução e exige a participação intensiva do paciente,
que precisa ser capacitado para tal. O fluxograma terapêutico deverá ocorrer da
seguinte forma: Insulina NPH associada à insulina regular; insulina NPH associada à
insulina análoga de ação rápida e insulina análoga de ação rápida associada à insulina
análoga de ação prolongada.
A educação dos pacientes e seus familiares para o autocuidado envolve processos
de educação sobre alimentação saudável, contagem de carboidratos, prática de
exercícios físicos, identificação e tratamento da hipoglicemia, administração de

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insulina, insulinoterapia intensiva e AMG e a detecção de complicações. Os objetivos
de controle glicêmico devem ser determinados individualmente, de acordo com a idade
do paciente e a capacidade de identificar e tratar hipoglicemias.

Complicações do diabetes

● Retinopatia diabética (olhos): São lesões da retina dos olhos, que em casos
extremos podem causar sangramento e perda da visão. Principalmente depois
de 5 anos da doença, portadores de diabetes tipo I devem fazer consultas
oftalmológicas periodicamente.
● Nefropatia diabética (rins): Os vasos sanguíneos transportam o sangue com
impurezas a serem eliminadas pela urina. Quando o diabetes tipo I afeta esses
vasos, ocorre perda de proteína pela urina, e o órgão tem sua função
● Macroangiopatia diabética (artérias): É quando placas de gordura se acumulam
nas paredes das artérias. Afeta principalmente, o cérebro, o coração e os
membros inferiores.
● Neuropatia diabética (nervos): Afeta a capacidade dos nervos de emitir e
receber mensagens do cérebro, alterando a sensibilidade. Causa a sensação de
formigamento (principalmente mãos e pés), dores, pressão baixa e
enfraquecimento.
● Pé diabético: É causado pela má circulação sanguínea. A pele torna-se fina,
facilitando o aparecimento de lesões. Nos portadores de diabetes, qualquer
ferida deve ser tratada imediatamente, do contrário pode ocorrer até mesmo
gangrena e amputação.
● Infecções: Níveis altos de glicose (hiperglicemia) causam problemas no sistema
imunológico, facilitando a proliferação de fungos e bactérias.

Diabetes mellitus tipo I tem cura ?

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Não. Existem estudos em andamento que tentam usar células-tronco para tratar a
deficiência pancreática, do portador do diabetes tipo I, e tecnologias já disponíveis
melhoram e auxiliam no controle dos níveis de insulina. No entanto, por se tratar de
uma doença crônica (não curável), esta exige acompanhamento multidisciplinar e
controle da glicemia.
 

ALTERNATIVAS E PROPOSTAS

Uma doença muda totalmente a vida de um indivíduo, principalmente tratando-se de


uma criança. Portanto, são necessárias medidas e ações que auxiliem este sujeito a
realizar o tratamento da melhor e mais leve forma possível, algumas práticas devem
ser implementadas:
● Controle da glicemia através do glicosímetro: Este é um aparelho usado para
medir a glicose, é possível ter uma rotina normal e tomar as medidas
necessárias para que as taxas fiquem nos índices adequados. Os mais comuns
usam a técnica famosa pela picadinha no dedo, extraindo um pouco de sangue,
adicionando na fita e fazendo a leitura da glicose quase que instantaneamente.
● Uso de insulina:
1-Insulina de ação rápida: tem início de ação com cerca de 15 minutos, atinge o pico e
m 1 hora e continua a funcionar por 2 a 4 horas.Tipos: Insulina glulisina (Apidra), insulina
 lispro (Humalog) e insulina aspártico (NovoLog).
2-Insulina regular ou de ação curta: tem início de ação com cerca de 30 minutos apó
s a injeção, atinge um pico em torno de 2 a 3 horas e é eficaz por aproximadamente 3 
a 6 horas.Tipos: Humulin R, Novolin R. 
3-Insulina de ação intermediária: tem início de ação com cerca de 2 a 4 horas, atinge
 o pico com 4 a 12 horas e é eficaz por cerca de 12 a 18 horas.Tipos: NPH (Humulin N, 
Novolin N). 
4-Insulina de ação prolongada: atinge a corrente sanguínea várias horas após a injeç
ão e tende a diminuir os níveis de glicose de forma bastante uniforme ao longo de um p
eríodo de 24 horas. Tipos: insulina detemir (Levemir) e insulina glargina (Lantus).

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● Educação Em saúde: É de extrema importância, uma vez que o indivíduo doente
é o protagonista da patologia, e por este motivo deve ser realizada uma
educação em saúde, fomentando o que é, quais os possíveis efeitos adversos,
como o tratamento será realizado, e explicitando que trata-se de uma doença
crônica que não tem cura, e que portanto, a vida deste deverá passar por
adaptações.
● Prática de atividades físicas.
● Alimentação saudável.
● Apoio psicológico.
 

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PLANO DE CUIDADOS

Diagnóstico de enfermagem Intervenções de enfermag Resultados esperados


em

Estilo de vida sedentário carac ● Assistência na autom ● Aptidão física, manter 


terizado por falta de condicion odificação;  em 2 aumentar para 3; 
amento físico, relacionado a fa    
lta de condicionamento físico.  ● Controle do peso;  ● Tolerância à atividade,
   manter em 3 aumentar 
● terapia com exercício para 4; 
: controle muscular;   
  ● Comportamento de 
● promoção da mecâni adesão, manter em 
ca corporal.  3 aumentar para 4; 
 
● Conhecimento: promo
ção da saúde, manter em 2 
aumentar para 3; 
 
● Motivação, manter em
 2 e aumentar para 3. 

Risco de glicemia instável cara ● Orientar o paciente  ● Conhecimento: 


cterizado por Controle insuficie diabético sobre a necessida controle do diabetes, manter 
nte do diabetes, caracterizado  de de controle adequado da em 3 aumentar 
por Estado de saúde física  glicemia;  para 4;
 comprometido.     
● Controle da hipoglice ● Nível de glicemia, 
mia; manter em 3 aumentar para 
● Controle da hipergli 4;
cemia;  ● Comportamento de 
  aceitação: dieta saudável 

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● Ensino: dieta prescri prescrita, manter em 3 aume
ta;  ntar para 4; 
● Aconselhamento nu  
tricional. ● Comportamento de 
adesão: dieta saudável, mant
er em 3 aumentar para 4; 
 
● Conhecimento: dieta, 
manter em 2 e aumentar
 para 3. 

Conhecimento deficiente carac ● Educação em saúde; ● Conhecimento: contro


terizado por conhecimento  ● Ensino: dieta prescri le do diabetes manter em 3 a
insuficiente, associado a ta; umentar para 4;
 informações insuficientes. ● Ensino: exercício  ● Conhecimento: proce
prescrito;  dimentos e tratamento mante
● Ensino: medicament r em 2 aumentar para 3;
os prescritos; ● Conhecimento: contro
● Aconselhamento; le do peso manter em 2
● Avaliação da saúde;  aumentar para 3;
● Assistência na auto ● Conhecimento: dieta 
modificação. manter em 3 aumentar para 
4.

Risco de integridade da pele  ● Controle de infecção; ● Cicatrização de 


prejudicada caracterizada por  ● Cuidados com feridas: primeira intenção 
pressão sobre saliência óssea,  lesões; manter em 2 aumentar para 
 associado a alteração no ● Cuidados com a  3;
 metabolismo. pele: tratamentos tópicos; ● Controle de riscos 
● Ensino: cuidados manter em 3 aumentar para 
 com os pés; 4;
● Monitorização das  ● Integridade tissular:
extremidades inferiores.   pele e mucosas manter em 

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3 aumentar para 4;
● Perfusão tissular: 
celular manter em 2 
aumentar para 3.

● Função renal, manter 
● Acompanhar os resulta em 3 aumentar para 4; 
dos de exames/eletrólitos   
e função renal;  ● Hidratação, manter 
 Controle hídrico;  em 3 aumentar 
  para 4; 
● Identificação de  
 risco;  ● Equilíbrio hídrico, 
  manter em 3 aumentar para 
Risco de perfusão renal ● Controle de  4; 
 ineficaz caracterizado por medicamentos; 
 caracterizado distúrbios ● Ensino: processo da  ● Equilíbrio eletrolítico e 
 hidroeletrolíticos, associado a  doença.  ácido base, manter em 3 e
diabetes mellitus.  aumentar para 4. 

Medo caracterizado por ● Utilizar abordagem ● Monitoração da intensi


 apreensão, associado a   calma e tranquilizadora; dade do medo manter em 3 a
cenário pouco conhecido. ● Escutar atentamente; umentar para 4;
  ● Encorajar a verbaliza ● Permanência e produti
ção dos sentimentos, das vidade manter em 3 
 percepções e dos medos; aumentar para 4;
● Identificar mudanças  ● irritabilidade manter
no nível de ansiedade;  em 3 aumentar para 4;
● Reduzir ou eliminar  ● repentes de raiva, 
estímulos que criam medo manter em 2 aumentar para 
 ou ansiedade. 3;
● fadiga manter em 3
 aumentar para 4.

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DISCUSSÃO

No que se refere a problemática relacionada ao diabetes tipo I, é perceptível que o


pico de incidência ocorre em crianças e adolescentes, entre 10 e 14 anos, e, menos
comumente, em adultos de qualquer idade. No entanto, o diagnóstico em pessoas
adultas também é recorrente. Adultos que apresentam destruição das células beta
pancreática devido a processo autoimune têm o diagnóstico de diabetes mellitus
autoimune do adulto (Latent Autoimmune Diabetes in Adults) (LADA). 
O diabetes mellitus tipo I LADA pode ter desenvolvimento lento e progressivo de
acordo com a deficiência de insulina, causando dificuldades para o diagnóstico e
tratamento. De maneira inadequada, o tratamento desses pacientes é frequentemente
realizado com antidiabéticos orais até que seja constatada a deficiência da secreção de
insulina e a sua progressão, impondo a necessidade de insulinoterapia.
Um outro dado considerável é que algumas doenças autoimunes são frequentemente
encontradas em pacientes com diabetes mellitus tipo I. As principais são doenças da
tireóide e doença celíaca, com prevalência de 17% a 30% e de 1,6% a 16,4%,
respectivamente. Outras condições autoimunes, como insuficiência adrenal primária,
hepatite autoimune, gastrite autoimune, dermatomiosite e miastenia grave, embora
menos frequentes, também têm uma ocorrência maior em pacientes com diabetes do
que na população geral.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O diabetes mellitus tipo I é uma patologia grave que se não for tratada da forma
correta e com os meios corretos, pode resultar em sérias complicações para a vida do
cliente. A educação em saúde mostra-se ainda mais importante, pois através dela são
formuladas e implementadas as rotinas para o autocuidado, tendo como centro e
ordenador do cuidado a unidade básica de saúde.
Por meio deste trabalho, foi possível observar a importância de se conhecer mais a
fundo acerca da patologia do diabetes, para que a partir disso possam ser construídas
medidas que deverão ser implementadas na ação do cuidado com o paciente.
No plano de intervenções que foi estruturado, não focalizou somente em um
indivíduo com uma patologia crônica incurável, mas também em uma pessoa que
precisa e deve ter o melhor suporte, seja pelos pais ou profissionais de saúde, para
que possa organizar sua vida. 
Ficou evidenciado, também, que é necessário modificar o ambiente em que esse
ser está inserido, com a intenção de dar abertura para modificação de mecanismos que
possam afetar a adoção de hábitos saudáveis.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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NICOLUZZI, João. Complicações do Diabetes tipo I. Medicodofigado, 17 de Março de 
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es-tipo-1/>. Acesso em: 25/05/2022. 

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tembro de 2016. Disponível em: <https://www.nutrii.com.br/blog/diabetes-descompensa
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w.semiologiaclinica.com/index.php/pt/articlecontainerpor/546-polidipsia>. Acesso em: 2
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