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INSTITUTO SUPERIOR POLITECNICO TUNDAVALA

DEPARTAMENTO DE CÍÊNCÍAS DA SAÚDE


CURSO DE FISIOTERAPIA

DISCIPLINA:FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR 1

TEMA 2: DIABETES MELLITUS


AULA Nº 1
OBJECTIVO GERAL
Desenvolver competências nos estudantes sobre a
enfermidade e sua relação com as enfermidades
cardiovasculares.
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:
1- Analisar a etiologia da diabetes e sua fisiopatologia;
2- Descrever o seu quadro clínico, complicações e
consequências sócio-econômicas;
3- Capacitar os estudantes estabelecerem o paralelismo
da intervenção fisioterapêutica em pacientes com
diabetes nas suas diversas etapas evolutivas;
4- Efectuar uma abordagem clínica baseando-se em
evidências.
DEFINIÇÂO DA DIABETES
MELLITUS
A diabetes é uma síndrome metabólica de origem
múltipla, decorrente da falta de insulina, ou da
incapacidade da insulina exercer adequadamente seus
efeitos, causando um aumento da Glicose no sangue
(glicemia). Deriva da deficiência do pâncreas produzir
insulina em quantidades suficientes para suprir as
necessidades do organismo.
Quando o assunto é o diabetes, o pâncreas deve ser sempre
mencionado, é o órgão responsável pela fabricação de
insulina, o hormônio que garante o controlo
dos níveis de açúcar no sangue. A falta de insulina ou a
dificuldade que esse hormônio tem para exercer sua função no
organismo, caracteriza o aparecimento de diabetes.

A função exócrina é a responsável por produzir enzimas


digestivas, que actuam no processo de digestão dos alimentos.
A função endócrina está intimamente ligada ao
diabetes porque está relacionada à produção de
insulina e glucagon, e influencia o controlo do
diabetes.

A insulina é um hormônio com a importante função de


retirar as moléculas de glicose da corrente sanguínea e
colocá-las dentro das células, para poderem ser
metabolizadas na produção de energia.
O glucagon em excesso favorece o desenvolvimento
do diabetes; tem função oposta à insulina.
“É um dos hormônios responsáveis por aumentar as taxas
de açúcar na corrente sanguínea quando o indivíduo fica
muito tempo sem se alimentar, evitando a hipoglicemia”,
Segundo alguns pesquisadores, o excesso de glucagon no
organismo está relacionado ao aparecimento do diabetes.

A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o


açúcar presente no sangue penetre dentro das células,
afim de ser utilizado como fonte de energia.

A sua falta, ou não agir corretamente, haverá aumento de


glicose no sangue e consequentemente a diabetes.
ETIOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
Existem várias causas para a diabetes:
Infecções virais podem desencadear respostas
autoimunes que resultam na diabetes mellitus tipo
1.
Defeitos genéticos no funcionamento da célula β
(beta);
Mutações no ADN mitocondrial;
Defeitos genéticos no processamento de
insulina ;
Mutações de gene responsável pela produção
de insulina;
Mutações de receptor da insulina;
Defeitos do pâncreas
Pancreatite crônica
Pancreatectomia;
Neoplasia do pâncreas;
Fibrose cística;
Endocrinopatias;
Excesso de hormona do crescimento
(acromegalia);
CONT
Hipertireoidismo;
Drogas;
Glicocorticoides (são uma classe de hormônios esteróides caracterizada
pela habilidade de se ligar com o receptor de cortisol e desencadear efeitos similares)

Hormona da tiroide
Antognista beta bloquedor
O cortisol é o glicocorticóide humano mais importante. Ele é essencial para a vida e
regula ou sustenta uma grande variedade de funções cardiovasculares, metabólicas,
imunológicas e homeostáticas. Os receptores de glicocorticóides são encontrados nas
células de quase todos tecidos de vertebrados.
Os glicocorticóides são um grupo de fármacos utilizados como imunossupressores e
anti-inflamatórios. Estes efeitos são particularmente úteis nas desastrosas
doenças autoimunes.
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES
MELLITUS
O pâncreas é o órgão responsável pela
produção da hormona denominada Insulina.
responsável pela regulação da glicemia ou
nível de glicose no sangue). que facilita as
células do corpo humano realizar o processo
de respiração aeróbica (este processo utiliza
glicose como fonte de energia), que está
presente na célula.
A diabetes é resultado de um defeito na secreção
de insulina e/ou em sua recepção pelas células
beta no pâncreas.
CONTINUAÇÂO
 Portanto, as células possuem receptores
de insulina (tirosina quínase) que, quando
accionados "abrem" a membrana celular
para a entrada da glicose presente na
circulação sanguínea.
 Uma falha na produção de insulina resulta
em altos níveis de glicose.
Epidemiologia
Segundo os estudos epidemiológicos das diretrizes
brasileiras de controlo da diabetes (2017/2018), que a
patogénese do diabetes se baseia nas alterações
glicêmicas, e na grande variedade de manifestações
clínicas e condições associadas.
Nas últimas décadas, as evidências acumuladas,
sugeriram mecanismos etiológicos diferentes, tais como:
a) Genéticos,
b) Ambientais
c) Imunológicos,
Todos possuem um importante papel na patogénese,
curso clínico e no aparecimento de complicações do
diabetes.
Continuação

Em 2005 a OMS estimava que cerca


de 5,1% da população mundial entre
20 e 79 anos sofria dessa doença. É
agravado com a obesidade,
sedentarismo e envelhecimento da
população cujo número de casos
deverá duplicar até 2025, subindo até
cerca de 200 milhões para 400
milhões de pessoas.
CONTINUAÇÂO

De acordo com a OMS em 2006 havia


cerca de 170 milhões de pessoas
doentes da diabetes, e esse índice
aumenta rapidamente. É estimado
que em 2030 esse número dobre.
A diabetes mellitus mais comum é
especialmente a do tipo II) nos países
mais desenvolvidos.
CONTINUAÇÂO
Sugere-se que o maior aumento é esperado
na Asia e na África, onde a maioria dos
diabéticos será visto em 2035. O aumento
do índice de diabetes em países em
desenvolvimento segue a tendência de
urbanização e mudança de estilos de vida.
Em 2015, a Federação Internacional de
Diabetes estimou que 8,8% da população
mundial com 20 a 79 anos de idade cerca
de 415 milhões de pessoas vivia com
diabetes.
Se as tendências actuais persistirem, o
número de pessoas com diabetes foi
projetado para ser superior a 642 milhões em
2040. Cerca de 75% dos casos são de
países em desenvolvimento, nos quais
deverá ocorrer o maior aumento dos casos
de diabetes nas próximas décadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
estima que glicemia elevada é o terceiro
factor, em importância, da causa de
mortalidade prematura, superada apenas por
pressão arterial aumentada e uso de tabaco.
Infelizmente, muitos governos, sistemas de
saúde pública e profissionais de saúde ainda
não se conscientizaram da atual relevância do
diabetes e de suas complicações.
DIABETES EM ANGOLA

Pelo menos 1,6 milhão de angolanos, num universo de 25


milhões, sofre de diabetes, informou, em Luanda, a ministra da
Saúde, Sílvia Lutucuta, citada pela Angop. Aos 15/11/2020

A governante explicou que, para além do elevado


número de pessoas com diabetes, a doença está associada a
complicações graves, como cegueira, amputação dos
membros inferiores, o enfarte agudo do miocárdio, o
acidente vascular cerebral e a insuficiência renal, exigindo,
por isso, a implementação de políticas públicas de prevenção e
controlo, para redução dos seus efeitos.
Nesta perspectiva, prosseguiu a ministra, que o Executivo tem implementado medidas e
assistências de prevenção da diabetes mellitus, incluindo a mesma no Plano de
Desenvolvimento Nacional para o período 2018-2022, estabelecendo como meta que 50
por cento das unidades sanitárias, a nível primário, disponham de condições mínimas
para o rastreio do diagnóstico e tratamento da doença.

Que a implementação destas medidas constitui estratégia para a redução da incidência da


prevalência da mortalidade e das complicações resultantes da diabetes, e,
consequentemente, na diminuição da demanda aos serviços de saúde.

A coordenadora do programa de diabetes da Direcção Nacional de Saúde Pública, Natália


da Conceição, disse que a doença no país é uma questão de saúde pública, porque já se
ressente um peso enorme em termos de ocupação de camas nos hospitais.
A magnitude do diabético em Angola ainda é pouco conhecida, porque não se
possui um estudo a nível da população que pode indicar os números no país.
A Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde 1991 instituiu que o dia 14
de Novembro seja celebrado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF:
International Diabetes Federation) e pela Organização Mundial de Saúde como
Dia Mundial de Diabetes.

O objectivo é chamar a atenção dos cidadãos e governantes sobre a


problemática da diabetes.
A data foi escolhida por ser o aniversário do o médico canadiano Frederick
Banting,e Charles Best, que, juntamente que descobriram a insulina em 1921.

Em 2007, esta data ganhou especial relevo. No ano prévio as Nações Unidas
reconheceram através da resolução 61/225 que a prevalência galopante de
diabetes em todo o mundo constituía uma ameaça severa para as famílias,
Estados membros e para todo o mundo.
DIABETES EM AFRICA

O continente Africano é que mais duplicará o número de diabéticos até


2045, avisa OMS, em 2021 Numa declaração, da OMS lê-se que é o
continente com o maior número de pessoas que não conhecem o seu
estado de diabetes“ com cerca de 70%.

África de 24 milhões registados em 2021, deverá registar 55 milhões


em 2045, advertiu a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Tabela 1.Relação dos 10 países com maior número de pessoas diabeticas (20 a 79 anos) e
respectivo intervalo de confiança de 95%, em 2015, com projeções para 2040.

Adaptada das diretrizes de controlo da diabetes do Brasil


Posição País 2015 Posição País 2040
Número de pessoas Número de pessoas
com diabetes com diabetes

1 China 109,6 milhões 1 China 150,7 milhões


(99,6 a 133,4) (138,0 a 179,4)

2 India 69,2 milhões 2 India 123,5 milhões


(56,2 a 84,8) (99,1 a 150,3)

3 Estados 29,3 milhões 3 Estados 35,1 milhões


unidos da (27,6 a 30,9) unidos da (33,0 a 37,2)
América América

4 Brasil 14,3 milhões 4 Brasil 23,3 milhões


(12,9 a 15,8 (21,0 a 25,9)
CONTINUAÇÃO
5 Federação 12,1 milhões 5 Federação 20,6 milhões
Russa (6,2 a 13,7) Russa (11,4 a 24,7

6 México 11,5 milhões 6 México 16,2 milhões


(6,2 a 13,7) (14,3 a 17,7)

7 Indonésia 10,0 milhões 7 Indonésia 15,1 milhões


(8,7 a 10,9) (7,3 a 17,3)

8 Egipto 7,8 milhões 8 Egipto 14,4 milhões


(3,8 a 9,0) (10,6 a 20,4)

9 Japão 7,2 milhões Japão 13,6 milhões


(6,1 a 9,6) 9 (10,7 a 24,6

10 Bangladesch 7,1 milhões 10 Bangladesch 12,4 milhões


(5,3 a 12,0) (6,4 a 17,1)

Fonte: International Diabetes Federation; 2015.


CLASSIFICAÇÂO DA DIABETE MELLITS

Diabetes Tipo 1 insulinodependente


 Diabetes Tipo 2 não
insulinodependente
Diabetes Gestacional
Outros tipos de Diabetes
DIABETES MELLITUS DO TIPO 1
Insulinodependente
Destruição das células beta do pâncreas (mais
especificamente, das ilhotas pancreáticas),
usualmente levando à deficiência completa de
insulina. É comum em jovens antes dos 30
anos de idade.
DIABETES MELLITUS TIPO II
Não insulinodependente

Graus variados de diminuição de


secreção e resistência à insulina.
É frequente em geral depois dos 40
anos de idade.
DIAGNÒSTICO DA DIABETES
MELLITUS
Pode ser: Clínico e laboratorial.
A diabetes mellitus é caracterizada pela
hiperglicemia recorrente ou persistente, e
é diagnosticada ao se demonstrar
qualquer um dos itens seguintes:

1º Nível plasmático de glicose em jejum


de 8h maior ou igual a 126 mg/dl
(7,0 mmol/l) em duas ocasiões.
2º Nível plasmático de glicose maior ou igual a
200 mg/dl ou 11,1 mmol/l duas horas após ingerir
uma dose de 75g de glicose anidra(GLICOSE
50% em duas ocasiões. Utilizado como diurético, no edema cerebral,
choque e colapso circulatório, suplemento energético nos estados infecciosos e desidratações etc.

Teste de Tolerância à Glicose: é um exame médico no qual uma carga de glicose é dada ao doente,
após um determinado tempo, é colhida uma amostra de sangue para avaliar a Glicemia. É feita por via
oral, através de uma bebida adocicada, que chamada GLICOSE ANIDRA

Caso a paciente esteja grávida, um nível de glicose


acima de 110 em jejum ou de 140 após ingerir 75g
de glicose já é suficiente para indicar diabetes
gestacional.
FACTORES DE RISCO DA DIABETES MELLITUS
Os principais factores de risco são:
1- Idade acima de 45 anos;
2- Obesidade ou índice de massa corporal
25 kg/m2);
3- História familiar de diabetes em parentes de 1°
grau;
4- Diabetes gestacional ou macrossomia prévia;
5- Hipertensão arterial sistêmica;

6- Colesterol HDL abaixo de 35 mg/dl e/ou


triglicerídeos acima de 250 mg/dl;

7- Alterações prévias da regulação da glicose;


SINAIS E SINTOMAS
Poliúria.
Polifagia.
Polidipsia.
Emagrecimento.
Candidíase Vaginal.
Astenia.
Adinamia.
COMPLICAÇÕES DA DIBETES MELLITUS

 Complicações agudas
Cetoacidose diabética
Cegueira,
Coma hiperosmolar não cetótico
(cerca de 14% dos casos)
Hiperglicemia
Coma diabético
Miíase
CONT:
 COMPLICAÇÕES CRÓNICAS
 Aterosclerose (placa de gordura na sangue )
 Danos na retina (retinopatia diabética) ;
 Hipertensão (por aumento de H2O no sangue,
 Tromboses e coágulos na corrente sanguínea;
 Problemas dermatológicos (por desnaturação
de proteínas endoteliais);
 Amputação
CONTINUAÇÃO:
Síndrome do pé diabético;
Problemas renais como insuficiência
renal progressiva (atinge 50% dos
pacientes com DM tipo 1);
Problemas neurológicos,
principalmente no pé, como perda de
sensibilidade e propriocepção;
TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS

O tratamento é baseado em cinco conceitos:


1º- Conscientização e educação do paciente, sem
a qual não existe aderência.
2º-Alimentação e dieta adequada para cada tipo
de diabetes e para o perfil do paciente.
3º- Vida activa, mais do que simplesmente
exercícios;
4º- Medicamentos: hipoglicemiantes orais,
Insulina;
5º- Monitoração dos níveis de glicose
CONT:
 Os fármacos ou remédios disponíveis
são:Comprimidos
 Glibenclamida 5 mg,
 Cloridrato de metformina 500 mg,
Cloridrato de metformina 850 mg,
Cloridato de metformina de acção
prolongada 500 mg
CONT

DIABETES MELLITUS TIPO-2: não depende


de insulina para viver, são resistentes a cetoacidose,
salvo períodos de stress excessivo.
Acontece em regra depois dos 40 anos sem
sintomas clássicos.
A obesidade e a Hereditariedade são factores
importantes á considerar, tendo em conta que
podem ser causadores para o início desta patologia.
Complicações crónicas do diabetes Mellitus

1- Pé diabético
Úlceras de pés e amputação de extremidades
são as complicações mais graves. Sua
prevenção primária visa prevenir neuropatia e
vasculopatia. O monitoramento de um conjunto
de factores que eleva o risco de úlcera e
amputação de extremidades, torna a sua
prevenção mais custo-efetiva. Para tanto, os
seguintes pontos são fundamentais:
1. Avaliar os pés dos pacientes anualmente
quanto a:
• História de úlcera ou amputação prévia,
sintomas de doença arterial periférica,
dificuldades físicas ou visuais.
• Deformidades dos pés (pé em martelo ou
dedos em garra, proeminências ósseas)e
adequação dos calçados;
• Evidência visual de neuropatia (pele seca,
calosidade, veias dilatadas); deformidades
ou danos de unhas.
Detecção de neuropatia por monofilamento de
10g (ou diapasão de128Hz); sensação tátil ou
dolorosa.

Palpação de pulsos periféricos (pedioso e tibial


posterior); tempo de enchimento venoso
superior a 20 segundos.

1. Discutir a importância dos cuidados dos pés


como parte de programa educativo para
prevenção de úlcera e amputação.
2. Negociar um plano de cuidados baseados nos
achados clínicos e da avaliação de risco.
Disponível na internet
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DO PÉ DIABÉTICO.
Classificação Achados
Sem risco adicional sem perda de sensibilidade
sem sinais de doença
arterial periférica, sem outros
factores de risco.

Em risco Presença de neuropatia


um único outro fator de
risco.

Alto risco Diminuição da sensibilidade associada à


deformidade nos pés ou evidência de
doença arterial periférica.
ulceração ou amputação prévia (risco
muito elevado).

Com presença de ulceração presente.


ulceração ou infecção
OUTRAS COMPLICACÕES
Doença cardiovascular
É a complicação de maior morbimortalidade.
As doenças isquémicas cardiovasculares são mais frequentes e mais
precoces em indivíduos com diabetes, comparativamente aos
demais.
A sintomatologia das três grandes manifestações cardiovasculares
são:
1- Doença coronariana;
2- Doença cerebrovascular;
3- Doença vascular periférica – é em geral semelhante à de pacientes
sem diabetes.
ANGINA DO PEITO

A angina do peito e o infarto do miocárdio podem ocorrer de


forma atípica na apresentação e na caracterização da dor devida
à presença de neuropatia autonômica cardíaca do diabetes.
A evolução pós infarto é pior nos pacientes com diabetes.

A prevenção e o tratamento da doença cardiovascular no diabetes


seguem diretrizes semelhantes às para pessoas sem diabetes,
isto é, são orientadas a partir da avaliação do risco
cardiovascular.
HIPERTENSÃO ARTERIAL

A hipertensão arterial sistêmica afecta a maioria dos


portadores de diabetes.
É factor de risco importante para a doença coronariana e
para as complicações microvasculares como a
retinopatia e a nefropatia.

A recomendação actual é intensificar o seu controlo na


presença de diabetes, de modo a alcançar níveis inferiores
a 130/80 mmHg.
Neuropatia diabética

É a complicação mais comum, compreende um conjunto de


síndromes que afectam o SN periférico sensitivo, motor e
autonômico, de forma isolada ou difusa, pode ser de instalação
aguda ou crônica, reversível ou irreversível e se manifesta
silenciosamente; a forma mais comum é a neuropatia simétrica
sensitivo-motora distal.
Pode se manifestar por:
1- Sensação de queimação,
2- Choques,
3- Agulhadas,
4- Formigamentos,
5- Dor a estímulos não-dolorosos,
6-Cãibras, fraqueza ou alteração de percepção da temperatura, pode
ser em repouso, com exacerbação à noite e melhora com
movimentos.
História
Resultados de exames relacionados ao diagnóstico de diabetes ou do
controlo metabólico.
Sintomas de diabetes (apresentação inicial, evolução, estado atual).
Frequência, gravidade e causa de cetose e cetoacidose.
História ponderal, padrões alimentares, estado nutricional actual; em
criança e adolescente, crescimento e desenvolvimento. Tratamentos prévios,
incluindo dieta e auto-medicação, e tratamento actual.
História familiar de diabetes (pais, irmãos).
Infecções prévias e atuais; atenção especial à pele, pés, dentes e trato
urinário.
Uso de medicamentos que alteram a glicemia.
História de actividade física.
Factores de risco para aterosclerose.
Estilo de vida e outros aspectos que podem afectar o manejo do diabetes.
História obstétrica.
Presença de complicações crônicas do diabetes.
Exame Físico
Peso, altura e cintura.
Maturação sexual (diabetes tipo 1).
Pressão arterial.
Fundo de olho (diabetes tipo 2).
Tireóide,
Coração.
Pulsos periféricos.
Pés (tipo 2).
Glicemia de jejum.

Colesterol total, HDL-C e (para avaliar risco Framingham)


Triglicerídeos.

Creatinina sérica em adultos.

Exame de urina.

• Infecção urinária.
• Proteinúria.
• Corpos cetônicos.
• Sedimento.

Microalbuminúria (diabetes tipo 2, se proteinúria negativa).


TSH (diabetes tipo 1).

ECG em adultos.

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