A obesidade, caracteriza-se por ser uma patologia multifatorial, onde há,
acúmulo excessivo de adiposidade corporal, causando disfunções fisiológicas e funcionais, dando consequências precoces sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Como exemplo podem ser citadas: a dislipidemia, resistência à insulina (RI) , acúmulo de adiposidade visceral, e hiperglicemia. (SOUZA, T; SIQUEIRA,B ; GRASSIOLLI, S., 2020)(OBESIDADE, COMORBIDADE E COVID 19). Quando em vista há o acúmulo de adiposidade, como consequência as adipocinas benéficas (adiponectina e leptina) são diminuídas no organismo, gerando uma demora na saciedade e aumentando o apetite, fazendo com que o individuo coma mais do que o necessário.
Sendo o tecido adiposo um órgão secretor, pode-se enfatizar que há aumento
de ácidos graxos que são liberados durante períodos de balanço energético negativo. Entretanto neste acúmulo há outras moléculas lipídicas (prostaglandinas, colesterol e retinol). Como consequência da função deste tecido, durante a secreção dos peptídeos bioativos várias vias metabólicas são acometidas por meio da circulação sanguínea. O conjunto de fatos mostra um grande efeito negativo nas respostas fisiológicas relacionadas ás funções do corpo, pois o tecido adiposo é o maior órgão corporal, e sua função causa enorme impacto nos sistemas de um organismo.(PRADO, L. et al. 2009) (tirei isso Obesidade e Adipocinas Inflamatórias: Implicações Práticas para a Prescrição de Exercício) O controle da fome é também importante na obesidade, e a serotonina é um neurotransmissor que regula funções como apetite e saciedade. Alterações na sua liberação ou nos seus receptores estão associadas ao aumento do desejo por doces e carboidratos e menor saciedade, devido a resistência á leptina( peptídio responsável pela saciedade).(BRITO, B; AZEVEDO, F. 2012) ( Influência das variáveis nutricionais e da obesidade sobre a saúde e o metabolismo)
Em dados da OMS, a prevalência da obesidade é maior em indivíduos adultos,
e o número total de pessoas dentro deste quesito epidemiológico, está aumentando drasticamente. Há uma estatística de crescimento de 310 milhões em 2010 para 439 milhões em 2030 com predominância de 42% para obesidade. Espera-se que em até 2050, mais de 157 milhões de pessoas serão obesas. Ademais, há um crescimento significativo na Urbanização, sequenciando em facilidades diáras e diminuindo o gasto calórico basal, enfatizando o superávit calórico.(PRADO, W, et al. 2008( Epidemiology of Obesity and Associated Comorbidities) Diante a transição nutricional sofrida ao longo dos anos, aumento da doença se instala, modificando os padrões de distribuição do agravamento nutricional de certo grupo populacional em determinado tempo, havendo redução na constância das doenças referentes ao subdesenvolvimento e gerando aumento de doenças inseridas à modernidade, podendo ser entendida como um transição entre, da desnutrição para a obesidade..( WANDERLEY, E ; FERREIRA, V. 2010) UMA PERSPECTIVA PLURAL)
1.1 cAUSAS DA OBESIDADE
Sequenciando o número de casos crescente nesta epidemia, a visão é de
uma população doente, inserida em consequências negativas e avassaladoras, que denunciam uma vida de sequelas e marcas permanentes (FERNADES, N ; COSTA, F. 2022)(Impacto donúmerocrescente de casos de obesidade na saúde pública: uma revisão A obesidade, que se associa há DCNT (doenças crônicas não transmissíveis), causa incontáveis mudanças nos costumes diários e de saúde , como o aumento de consumo de industrializados, prática de sedentarismo e amplificação de fatores genéticos. Fatores psicossociais, como o estresse, a ansiedade e a depressão, corroboram para compulsões alimentares, principalmente em alimentos altamente calóricos e com alto nível glicêmico. Ademais, fatores culturais e sociais, como padrões de corpo perfeito, dificuldade em acessar serviços de exercícios físicos , caminham em alta influência no risco de constância e progressão da doença, contando que os indivíduos obesos em tratamento apresentam maiores níveis de sintomas depressivos, ansiedade, transtornos alimentares, de personalidade e distúrbios corporais, carregando uma auto culpa pela condição gerando baixa auto-estima, inseguranças sociais e intelectuais.(uma perspectiva plural) , portanto é indispensável compreender as diversas complexidades nas causas da doença, abordando de forma holística a consideração de todos os fatores que podem contribuir para o seu desenvolvimento.( WANDERLEY, E ; FERREIRA, V. 2010)tireo isso do artigo:obesidade uma perspectiva plural)
Doenças cardiovasculares e metabólicas, (como a hipertensão arterial e o
diabetes mellitus) são consequências graves que se designam da doença, a dislipidemia e hipertensão aumentam gravemente o risco cardiovascular. Uma das respostas fisiológicas dentre as consequências mais significativas da obesidade é a resistência à insulina (IR), que é parte da síndrome metabólica e pode gerar: intolerância à glicose, hiperglicemia, baixa densidade de lipoproteínas, hipertensão e aterosclerose acelerada. Quando a IR ocorre, o pâncreas continua a produzir insulina, entretanto as células-alvo não tem eficácia nas respostas das concentrações sanguíneas. Em sequencia disto, há o estimulo das células beta no pâncreas na produção alta de insulina, gerando a hiperinsulinemia, que concretiza á resistência à insulina (RI). A cada aumento de 1 kg na massa corporal, há um aumento de 4,5% no risco de desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2). A RI é comprovada em 90% dos pacientes com DM2 e a sua presença duplica o risco de doenças no sistema cardiovascular. Apesar das evidências fortes que ligam o DM2 a taxas de mortalidade mais elevadas, cerca de 40% dos pacientes com DM2 não atingem seus objetivos de tratamento. A perda de peso é essencial para o tratamento, mas é muito difícil de ser alcançada, mesmo com internação do paciente.( ADOLFI, C, FISICHELLA M, 2018)Epidemiology of Obesity and Associated Comorbidities))
1.2 OBESIDADE E COVID-19
a doença COVID-19, causada pelo vírus Sars-cov2, que pode se manifestar de várias maneiras, desde a forma assintomática até complicações graves como sepse, falha respiratória e até mesmo morte. Os sintomas mais comuns incluem tosse, febre, fadiga, encurtamento da respiração e calafrios. A resposta inflamatória aguda também pode levar a disfunções em outros órgãos. Dentro deste quesito, a obesidade é caracterizada por um processo inflamatório crônico. Assim em indivíduos obesos há elevação na produção diferentes citocinas pró-inflamatórias Usando o Índice de Massa Corpórea (IMC) Schennet al. 2020 demonstraram que quanto maior o IMC, maior a gravidade da COVID19 e maior a necessidade de suporte mecânico ventilatório durante a hospitalização Outro aspecto desta relação imune com obesidade, pode envolver uma proteína central produzida pelo adipócito, a leptina. A leptina tem potente ação sobre as células imunológicas e na obesidade há hiperleptinemia e resistência a leptina, fator que pode contribuir pra o desajuste na resposta inflamatória frente a COVID 19 O quadro clínico de pacientes com a COVID19 hospitalizados, bem como, aqueles que vieram a óbito revelam que a alterações vasculares e cardíacas, acompanhadas de rompimento da homeostase glicêmica e obesidade representam as comorbidades mais frequentemente presentes nestes casos (OBESIDADE, COMORBIDADE E COVID19) 1.3CONSEQUENCIAS CONCLUSIVAS
O mundo esta cada vez mais habituado a se acostumar ao sobrepeso, obesos
e portadores de doenças relacionadas à obesidade, porém a obesidade não pode ser tratada como um tema invisível, e ainda há o déficit em intervenções para a tal. Sendo uma doença consequente de outras muitas doenças metabólicas, às vezes agrupadas como doenças metabólicas síndrome, as evidências se acumulam nas alterações . mas há um caminho único e eficiente para o tratamento para a perda de peso,Encorajando constantemente o paciente.( ADOLFI, C, FISICHELLA M, 2018) (OBESITY....) para redução do risco cardiovascular em obesos , e perda de gordura Estratégias clássicas como prática de exercícios físicos e dieta devem ser mantidas no tratamento destes indivíduos, porém são necessárias novas estratégias juntas às clássicas tragam maiores resultados.(PRADO, L. et al. 2009) (Obesidade e Adipocinas Inflamatórias: Implicações Práticas para a Prescrição de Exercício)