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INTERVENÇÃO DA NUTRIÇÃO EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS


TIPO II

NUTRITION INTERVENTION IN PATIENTS WITH TYPE II DIABETES MELLITUS

Barbara Queiroz1
Lia Lucia Sabino2

RESUMO

O Diabetes Mellitus é um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil. O tratamento do


paciente diabético inclui medidas medicamentosas e não medicamentosas, visando estabelecer
o equilíbrio do metabolismo. Desenvolvimento de programas eficazes e viáveis aos serviços
públicos de saúde para a prevenção primária de diabetes mellitus tipo II é necessário tanto para
o controle de incidência como também para a prevenção secundária de suas complicações
metabólicas. Além disso, há de destacar a importância de uma equipe de saúde
multiprofissional, visando uma melhor qualidade da assistência prestada. É essencial ter uma
visão geral do paciente diabético, tanto como as características físicas como as psicológicas,
para que seja possível favorecer a adesão do tratamento por parte deles, fazendo-os
compreender os benefícios da adesão e a importância da alimentação. Dentro desse contexto, o
objetivo do presente trabalho foi analisar informações sobre a importância da intervenção
nutricional em pacientes com diabetes mellitus tipo II.

Palavras-chave: diabetes tipo II; intervenção da nutrição; adesão do tratamento.

ABSTRACT

Diabetes Mellitus is one of the biggest public health problems in Brazil. The treatment of the
diabetic patient includes drug and non-drug measures, aiming to establish the balance of
metabolism. The development of effective and viable programs for public health services for
the primary prevention of type II diabetes mellitus is necessary both for incidence control and
for secondary prevention of its metabolic complications. In addition, it is important to
emphasize the importance of a multiprofessional health team, aiming at a better quality of care
provided. It is essential to have an overview of the diabetic patient, as well as the physical and
psychological characteristics, so that it is possible to favor the adherence of the treatment by
them, making them understand the benefits of adherence and the importance of feeding. In this
context, the objective of the present study was to analyze information about the importance of
nutritional intervention in patients with type II diabetes mellitus.

Keywords: diabetes type II; nutrition intervention; adherence of treatment.

1 INTRODUÇÃO

1
Graduada em Nutrição pela Faculdade Frutal – FAF.
2
Doutoranda em Engenharia dos Alimentos pela UNESP. Mestre em Ciências Ambientais pela UEMG.
2

Diabetes mellitus (DM) é um termo aplicado a um número de anormalidades


anatômicas e bioquímicas, que possuem em comum o distúrbio na homeostase da glicose,
secundário a deficiência nas células beta, na porção endócrina do pâncreas (CHIAPPA et al.,
2002).
Existem três formas distintas de diabetes: O diabetes mellitus insulinodependente
(DMID), também conhecido como diabetes mellitus tipo I, e uma forma que geralmente é
diagnosticada em idades inferiores a 30 anos. Neste tipo de disfunção, o corpo é totalmente
incapaz de produzir insulina, que controla os níveis de glicose sanguínea, ou é capaz de produzir
quantidades tão pequenas que é necessária administração via exógena de insulina para a sua
complementação (CHIAPPA et al., 2002).
O diabetes mellitus não insulinodependente (DMNID) ou tipo II é outro tipo de
diabetes que é diagnosticado geralmente após os 30 anos de idade. Esse é bastante comum,
corresponde a cerca de 90% dos diabéticos encontrados. Neste tipo de diabetes, o pâncreas
secreta insulina; na verdade, o nível de insulina no sangue pode ser normal ou até excessivo,
mas o corpo não responde adequadamente à ação da insulina devido a uma anormalidade
frequentemente chamada de resistência à insulina ou sensibilidade reduzida à insulina
(CHIAPPA et al., 2002). Em casos extremos, os diabéticos de tipo II precisam suplementar sua
produção natural de insulina via exógena, mas esta é a exceção e não a regra. O outro tipo de
diabetes, e menos comum, é o diabetes gestacional, que pode persistir ou não após a gravidez.
A incidência da DM tipo II aumentou no mundo atual, como resultado da interação
genética e envolvimento de fatores de risco que são determinantes na doença; dentre eles, pode-
se destacar: maior taxa de urbanização, aumento da expectativa de vida, industrialização, maior
consumo de dietas hipercalóricas e ricas em hidratos de carbono, de absorção rápida, mudanças
no estilo de vida, inatividade física, obesidade e maior sobrevida da pessoa diabética (GRUBER
et al., 1997).
Os fatores predisponentes ao aparecimento do DM tipo II são: hereditariedade,
obesidade, hábitos alimentares, estresse e sedentarismo. Com exceção da hereditariedade, todos
os outros fatores podem ser prevenidos e/ou controlados por uma dieta adequada e pela prática
de atividade física regular (PAN et al., 2003; ADA, 2001; SBD, 2003; SARTORELLI;
FRANCO, 2003; WHO, 2003).
O tratamento atual do DM tipo II visa manter o controle glicêmico adequado, seja com
dieta hipocalórica, aumento da prática de exercícios físicos ou uso de medicações (TURNER,
1998).
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A adesão à alimentação saudável é um constante desafio no tratamento para a maioria


dos pacientes com DM e o seguimento do plano alimentar é geralmente percebido como
proibitivo, restritivo e distante do padrão habitual (PONTIERI; BACHION, 2010).
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda que o plano alimentar seja
individualizado e de acordo comas necessidades calórica diária, atividade física e terapêutica
medicamentosa de cada paciente (SBD, 2015).
Portanto, o objetivo deste trabalho foi reunir informações sobre a importância da
associação de uma dieta saudável e da prática regular de atividade física na prevenção e controle
do DM tipo II.

2 METODOLOGIA

Como primeira etapa deste trabalho, foi realizado um levantamento bibliográfico


constando de artigos científicos de revistas ligadas à área de Nutrição no que tange ao tema
escolhido. Artigos científicos de revistas como AC Farmacêutica, Caderno de Saúde Pública,
Organização Pan-Americana de Saúde, Revista Kinesis entre outras.
A busca dessas referências foi realizada utilizando palavras-chave com estreita ligação
ao tema do projeto. Por exemplo, Diabetes Mellitus Tipo II, Intervenção da nutrição, entre
outros termos.
Após a busca dos artigos científicos, foi feita uma seleção dos mesmos para dar início
à leitura e à interpretação, buscando entender o que se tem nos últimos anos sobre o
assunto/tema proposto.

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Fisiopatologia do Diabetes

A maior longevidade da população, juntamente com as alterações no estilo de vida,


sobretudo o sedentarismo e as mudanças no padrão de alimentação, contribuem para o aumento
do perfil de risco para doenças crônicas, como o DM (SARTORELLI; FRANCO, 2003).
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O diabetes pode ser conceituado como um distúrbio crônico do metabolismo dos


carboidratos, gorduras e proteínas. Uma deficiência da resposta secretora de insulina, que se
traduz no comprometimento do uso de carboidratos (Glicose) é um aspecto característico do
diabetes mellitus, bem como hiperglicemia resultante (CORTRIGHT; DOHM, 1997). De
acordo com Gross et al. (2000), o diabetes pode ser definido, também, como uma síndrome
determinada por um grupo heterogêneo de causas como: hiperglicemia, absoluta ou relativa
deficiência da ação da insulina e o desenvolvimento de complicações tardias.
Muitos fatores de risco já foram associados ao DM tipo II, tais como obesidade,
inatividade física, dieta rica em gorduras, alcoolismo, que, por sinal, podem potencialmente ser
modificados para melhorar o controle do diabetes (SKELLY et al., 2006). Segundo Petersen et
al., (2003), a resistência à insulina no DM tipo II é secundária à obesidade. Entretanto, os
mecanismos que estabelecem a ligação entre a obesidade e a resistência à insulina não estão
bem esclarecidos. Sugere-se que existe menor número de receptores de insulina, sobretudo no
músculo esquelético, no fígado e no tecido adiposo em indivíduos obesos quando comparados
aos indivíduos eutróficos. Todavia, a maior parte da resistência à insulina parece ser causada
por anormalidades das vias de sinalização entre os receptores de membrana para insulina e os
mecanismos intracelulares responsáveis pelo transporte de glicose para dentro da célula.

3.2 Tratamentos

O tratamento do DM visa manter o indivíduo com sua glicemia em níveis considerados


normais, por exemplo, sua glicose plasmática de jejum deve se manter em 110 mg/dl, e duas
horas pós-prandial deve estar em 140 mg/dl. Além da preocupação com a glicose plasmática, o
tratamento visa também manter dentro dos níveis normais as taxas de colesterol, total, HDL e
LDL, assim como as triglicérides (SBD, 2000).
Existem diversas opções terapêuticas que podem ser utilizadas isoladamente ou em
associações, como sensibilizadores da ação de insulina (metformina,tiazolidinedionas), anti-
hiperglicemiantes (acarbosc), secretagogos (sulfoniluréias, repaglinida, nateglinida), drogas
anti-obesidade e insulina. O Diabetes Controland Complications Trial (DCCT), um estudo
prospectivo multicêntrico sobre as diversas formas de tratamento com insulina no DM tipo I e,
mais recentemente, o United King dom Prospective Diabetes Study (UKPDS), em diabetes
mellitus tipo IItratados com dieta, insulina e/ou hipoglicemiantes orais, mostraram a
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fundamental importância do controle glicêmico na prevenção ou redução das complicações


micro e macrovasculares (TURNER, 1998).
Para um portador de DM II, na terapêutica, é mais comum ele depender de agentes
hipoglicemiantes orais, drogas que não são insulina, mas que, do mesmo modo, ajudam a
manter os níveis de glicose sanguínea dentro dos limites normais (CHIAPPA et al., 2002).
A última classe desenvolvida de medicamentos para o tratamento de DM tipo II foi os
inibidores da enzima cotransportadora de sódio/glicose-2, representados por dapaglifozina,
canaglifozina, empaglifozina, ipraglifozina, dentre outros. Estes têm ação independente da
secreção ou ação de insulina, atuam nos rins inibindo a recaptação tubular da glicose para o
sangue, aumentando a glicosúria. Entretanto, até o momento, somente a dapaglifozina possui a
liberação para comercialização. Os demais ainda estão em fase de testes (KIM; BABU, 2012).
Porém, no tratamento do DM tipo II, é essencial uma reorganização de hábitos
alimentares. Para tanto, é necessário que haja integração entre a alimentação e os demais
cuidados desenvolvidos pelo paciente. O comportamento alimentar é modificado de acordo
com as exigências e limitações impostas pela síndrome, devendo ser revistas escolhas
alimentares, diminuindo as calorias para evitar ganho de peso, aumentando a atividade física,
moderando a ingestão de gordura, espaçando as refeições e monitorizando a glicemia,
objetivando, finalmente, seu controle (SBD 2002, PAIVA; BERTUSA; ESCUDER, 2006;
DAVIDSON, 2001).
O consenso publicado pela American Diabetes Associatio nEuropean Association for
the Study of Diabetes sinaliza que a mudança de estilo de vida é de suma importância no
tratamento do DM (ADA; EASD, 2006). Sendo assim, as orientações nutricionais, associadas
às mudanças de estilo de vida, são consideradas essenciais para o controle do DM (ADA, 2008).
Porém, a adesão às recomendações nutricionais nem sempre é satisfatória (RIVELLESE, 2008).
O controle do DM e a necessidade de mudanças em hábitos e rotinas, especialmente
relacionados à alimentação e à medicação, podem provocar grande impacto na vida das pessoas
com DM tipo II (BRASIL, 2006).
Adesão é muito mais que simplesmente cumprir determinações do profissional de
saúde. Se entendida dessa maneira, supõe que o paciente não tenha autonomia, sendo
completamente excluído do controle do seu estado de saúde, cabendo esse papel
exclusivamente ao profissional. Supõe também que não haja influência ou interferência de
familiares, amigos ou vizinhos, nem das representações de saúde, corpo e doença para o
paciente. A realidade é que, no processo de adesão, os pacientes têm autonomia e habilidade
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para aceitar ou não as recomendações dos profissionais de saúde, tornando-se participantes


ativos do processo de cura (GONÇALVES et al., 1999).

3.3 Métodos de Intervenção Nutricional

Recomenda-se ao paciente portador de DMtipo II que tenha atenção quanto ao controle


de peso, considerando que o tratamento dietético dirigido à redução do peso corporal e à
melhora dos níveis glicêmicos e lipídicos tem significativo efeito sobre a morbidade e
mortalidade nesse grupo (WHO, 2003; SBD, 2003).
A dieta hipocalórica, responsável pela perda ponderal, é particularmente significante
logo após o diagnóstico de DM tipo II, quando a secreção de insulina ainda é adequada. Essa
dieta tem mostrado importante papel regulador no controle da hiperglicemia ainda que não haja
perda ponderal, o que torna o valor da ingestão calórica mais importante que o peso em si
(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2002).
Além das recomendações quantitativas, a alimentação diária deve ser fracionada em
seis refeições, compreendendo três refeições principais e três lanches intermediários (ADA,
2014). As recomendações nutricionais para as pessoas com diabetes devem ser focadas nas
necessidades individuais, levando-se em consideração a etapa do ciclo vital, o diagnóstico
nutricional, os hábitos alimentares, o sistema de crenças e os valores socioculturais, bem como
o perfil metabólico e o uso de medicamentos. Além disso, devem ser consistentes com os
padrões definidos para a população geral (SBD, 2015).
A dieta indicada para pacientes diabéticos também deve conter alto teor de fibra
alimentar, já que esta reduz a velocidade de absorção da glicose em nível intestinal,
contribuindo para o controle glicêmico e melhoria do perfil lipídico (WURSCH; PI-
SUNYER,1997). Além disso, a redução do consumo de gorduras, em especial as saturadas e as
Trans, em contraposição aos maiores teores de ácidos graxos ômega-3 da dieta, auxiliam na
prevenção das complicações vasculares do diabetes favorecendo a perda de peso e a adequação
dos níveis sanguíneos de lipídios. A influência dos micronutrientes no risco de diabetes ainda
não foi bem elucidada, embora se proponha que certos micronutrientes afetem diretamente a
glicemia e o metabolismo de insulina (HU et al., 2001).
Muls (1998) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (2003) descrevem que as gorduras
deverão representar menos de 30% do VCT da dieta. As gorduras saturadas deverão
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corresponder, no máximo, a 10% do VCT. É recomendado menos de 7% do VCT àqueles com


LDL-c acima de 100 mg/dl (NCEP-ATP III, 2001).
Em termos práticos, isso significa que os alimentos gordurosos em geral, como carnes
gordas, embutidos, laticínios integrais, frituras, gordura de coco, molhos, cremes e doces ricos
em gordura e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo ou gordura, deverão ser
evitados. Em algumas situações, como na hipertrigliceridemia ou quando o HDL-c se apresenta
abaixo do desejável, pode ser aconselhável aumentar a quantidade de gorduras monoinsaturadas
ou poli-insaturadas, reduzindo, neste caso, a oferta de carboidratos (MULS, 1998; SBD, 2003).
O conteúdo proteico deve ser de 0,8 g/kg a 1 g/kg de peso desejado por dia, o que
corresponde a duas porções pequenas de carne por dia, que podem ser substituídas com
vantagem pelas leguminosas (feijão, lentilha, soja, ervilha ou grão de bico) e duas a três porções
diárias de leite desnatado ou queijo magro. O consumo de peixes deve ser incentivado por sua
riqueza em ômega-3. Os ovos também podem ser utilizados como substitutos da carne,
respeitando-se o limite de duas gemas por semana, em função do teor de colesterol. Excessos
proteicos devem ser evitados. A alimentação deve ser rica em fibras, vitaminas e minerais, com
um consumo diário de duas a quatro porções de frutas (sendo pelo menos uma rica em vitamina
C) e de três a cinco porções de hortaliças (cruas e cozidas). Recomenda-se, ainda, dar
preferência, sempre que possível, aos alimentos integrais (SBD, 2003).
A proposta geral para a alimentação do diabético não deve ser proibitiva, e sim
formada por um cardápio variado, balanceado, dentro de um limite preestabelecido (SHILS;
GOODHART, 2003). Como Torres-López (2005) disse, proibir o paciente de ingerir alimentos
populares e de consumo frequente, tais como o arroz e o pão, pode determinar uma baixa adesão
ao tratamento. Não existe mais a indicação da redução desses alimentos para os diabéticos,
abaixo do recomendado para a população no geral. A determinação da quantidade de
carboidratos deve ser individualizada (ADA, 2005).
A prática regular de atividade física é considerada primordial no tratamento do DM.
A participação de programas que estimulem a realização de atividade física e o consumo de
dieta nutricionalmente adequada, associados à assistência médica, pode reduzir o risco de
complicações da doença, além de contribuir para a melhora da qualidade de vida do portador
de diabetes (SBD, 2006).
Nesse contexto, a adesão ao autocuidado, que é definida como a extensão na qual o
comportamento da pessoa se refere ao uso de medicação, ao seguimento de dietas e à prática
diária de atividades físicas para o favorecimento da mudança de comportamento e adoção de
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hábitos de vida saudáveis, torna-se imprescindível para o tratamento do Diabetes tipo II


(DELAMATER, 2006).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A não adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso prescrito tem


tomado importância nas últimas décadas e está sendo incluída na lista de preocupações dos
profissionais de saúde. Pacientes com baixo grau de aderência aos tratamentos propostos
contribuem substancialmente ao agravamento da doença, morte e aumento dos custos dos
serviços de saúde.
Pode-se inferir que a baixa adesão às terapias não medicamentosas pode ser reflexa
das condições sociais, econômicas, de gênero e de contexto familiar dos pacientes com DM
tipo II.
A modificação no estilo de vida inadequado, o consumo de dieta equilibrada, associado
à prática regular de atividade física, contribuem para o controle metabólico e a redução dos
fatores de risco para a síndrome metabólica, o Diabetes Mellitus e as outras doenças crônicas
não transmissíveis. Os estudos analisados neste artigo evidenciaram que o DM tipo II pode ser
prevenido em pacientes de alto risco, como os portadores de tolerância diminuída à glicose.
Sendo assim, programas de intervenção que promovem mudança no estilo de vida devem ser
incentivados no intuito de melhorar a qualidade de vida da população de risco

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12

MENOPAUSA: UMA BREVE REVISÃO

MENOPAUSE: A BRIEF REVIEW

Cristiane do Nascimento Gonçalo3


Lia Lucia Sabino 2

RESUMO

A mulher tem tido muitas conquistas socioculturais significativas, buscando seus direitos dentro
de uma cultura fundamentalmente machista. De uma forma mais ou menos intensa, a mulher
passou a vivenciar os transtornos advindos da menstruação e do climatério como um empecilho
no desempenho das atividades da vida moderna. A menopausa e o climatério são vivenciados
conforme a história de vida de cada mulher, considerando os fatores hereditários, culturais,
condições sociais e econômicas, o que interfere na frequência e intensidade das manifestações
das doenças e desconfortos. Foi realizado um levantamento bibliográfico constando de artigos
científicos de revistas ligadas à área de Nutrição no que tange aos temas menopausa, climatério,
alimentos e saúde da mulher. Este estudo teve como objetivo analisar a importância da
alimentação no período da menopausa. Reuniram-se dados sobre a importância de uma
alimentação adequada, pois esta pode auxiliar não somente na prevenção de doenças advindas
do período climatério-menopausa, mas também nos desconfortos dessa fase.

Palavras-chave: menopausa; climatério; saúde da mulher.

ABSTRACT

The woman has achieved significant sociocultural changes seeking her rights within a
fundamentally macho culture and in a more or less intense way, the woman began to experience
the disorders arising from menstruation and the climacteric as a hindrance in the performance
of the activities of modern life. Menopause and climacteric are experienced according to the
life history of each woman, considering hereditary factors, cultural, social and economic
conditions, which interferes with the frequency and intensity of manifestations of diseases and
discomforts. A bibliographic survey was carried out, consisting of scientific articles of journals
related to the area of Nutrition in relation to the theme menopause, climacteric, functional foods,
women's health. This study aims to analyze the importance of feeding against the effects of
menopause. This study aimed to analyze the importance of feeding in the period of menopause.
Data on the importance of adequate food were gathered, as this may help not only the prevention
of climacteric-menopausal diseases, but also the discomforts of this phase.

Keywords: Menopause, climacteric, women's health.

1 INTRODUÇÃO

3
Graduada em Nutrição pela Faculdade Frutal - FAF.
2
Doutoranda em Engenharia dos Alimentos pela UNESP. Mestre em Ciências Ambientais pela UEMG.
13

Nas últimas décadas, a mulher tem obtido várias conquistas socioculturais


significativas, buscando seus direitos numa cultura fundamentalmente machista, disputando um
mercado de trabalho antes ocupado estritamente por homens, passando a ser reconhecida e
valorizada por suas qualidades e características femininas, conquistando o seu espaço na
sociedade contemporânea. Hoje a mulher busca o controle da natalidade, dedica-se aos estudos
e à formação profissional, trabalha e contribui substancialmente para a renda familiar, partilha
das ocupações domésticas com o companheiro, busca o prazer na relação sexual, etc. De uma
forma mais ou menos intensa, a mulher passou a vivenciar os transtornos advindos da
menstruação e do climatério como um empecilho no desempenho das atividades da vida
moderna, que exigem a maior disposição e disponibilidade possível, buscando eliminá-los do
seu cotidiano (TEIXEIRA, 2002).
Menopausa e climatério são, muitas vezes, confundidos ou simplesmente identificados
um com o outro, com o uso indiscriminado dos dois termos; entretanto, sua etimologia e
conceituação os situam em seus respectivos lugares: climatério é termo que procede do grego
Klimacter, que significa período crítico, justamente a fase da vida feminina em que ocorre a
transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos
hormônios sexuais produzidos pelos ovários, variando o quadro de sinais e sintomas em cada
mulher até que esta chegue à menopausa, a parada completa da menstruação (SOUZA;
ARAÚJO, 2015).
A menopausa delimita as duas fases do climatério, a pré-menopausa ou perimenopausa
e o pós-menopausa. Segundo Veras et al. (2006), a perimenopausa caracteriza-se pela presença
de ciclos irregulares ou com características diferentes dos ciclos observados durante a vida
reprodutiva, tendo a última menstruação ocorrido há menos de 12 meses. Por sua vez, a pós-
menopausa caracteriza-se pela ausência de menstruação por mais de 12 meses.
De acordo com Gonçalves (2012), muitas mulheres desconhecem, ou não são capazes
de identificar, a maior parte das alterações hormonais, fisiológicas e emocionais envolvidas no
processo de decréscimo da produção hormonal e cessação de ciclos menstruais; provavelmente,
esse desconhecimento deva estar associado a fatores que, de fato, agravam o estado físico e
emocional das mulheres, dentre outros, uma difícil condição de vida e carga elevada de trabalho.
Devido à menopausa e o climatério serem vivenciados conforme a história de vida de
cada mulher, em que são considerados os fatores hereditários, culturais, condições sociais e
econômicas, o que interfere na frequência e intensidade das manifestações das doenças e
desconfortos, a promoção da saúde é imprescindível e ocorre por meio da instituição de medidas
14

para incorporar hábitos saudáveis na rotina dessa população, visando melhorar a qualidade de
vida imediata, evitando assim que possam surgir doenças ou acentuar-se no climatério e na
velhice (BRASIL, 2008).
Este estudo teve como objetivo analisar a importância da alimentação no período da
menopausa, pois a alimentação pode auxiliar não somente na prevenção de doenças advindas
do período climatério-menopausa, mas também nos desconfortos dessa fase.

2 METODOLOGIA

Como primeira etapa deste trabalho, foi realizado um levantamento bibliográfico


constando de artigos científicos de revistas ligadas a área de Nutrição no que tange ao tema
escolhido. Artigos científicos de revistas como Revista Brasileira de Enfermagem, Revista
Kairós Gerontologia, Revista de homeopatia brasileira, Revista de Psiquiatria do Rio Grande
do Sul entre outras.
A busca dessas referências foi realizada utilizando palavras-chave com estreita ligação
ao tema do projeto. Por exemplo, menopausa, climatério, alimentos funcionais, saúde da
mulher entre outros termos.
Após a busca dos artigos científicos, foi feita uma seleção dos mesmos para dar início
à leitura e à interpretação buscando entender o que se tem nos últimos anos sobre o assunto/tema
proposto.

3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Definição

Climatério é a transição gradual da fase reprodutiva (fértil) da mulher para a não-


reprodutiva (não-fértil), compreendendo um longo período que se estende dos 35 aos 60 anos,
sendo considerado, geralmente, a partir dos 40 anos. Já a menopausa é a última menstruação do
ciclo reprodutivo, decorre da falência esteróidica ovariana, ocorrendo por volta dos 50 anos
(TEIXEIRA, 2002).
Algumas mulheres entram na menopausa por volta dos 40 anos (menopausa precoce),
enquanto outras entram perto dos 55 anos (menopausa tardia), dependendo da saúde e o estilo
15

de vida de cada mulher (PEDRO et al. 2003). O Ministério da Saúde estendeu o limite etário
para o climatério, instituindo-o entre 40 e 65 anos (BERNI; LUZ; KOHLRAUSCH, 2007).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1996), a menopausa natural é
definida por 12 meses consecutivos de amenorreia, sem outra causa patológica ou psicológica
evidente, não existindo nenhum indicador biológico independente e adequado para caracterizá-
la (FRANÇA; MARUCCI; ALDRIGHI, 2003).
Como o climatério é um processo que possui um impacto muito amplo na vida da
mulher, o seu diagnóstico também carece de investigação de várias interfases de sua saúde.
Burke (2005) relata que na avaliação inicial da paciente deve constar a anamnese de tal forma
que contribui para a identificação de problemas de saúde relacionados como sintomas de
alterações psicológicas, exame físico rico em detalhes, que não se restrinja apenas aos aspectos
ginecológicos.
É importante ressaltar que o climatério coincide com a faixa etária de maior
prevalência de patologias, portanto, o diagnóstico é amplo e tem o objetivo de detectar o período
de início do próprio climatério assim como a existência de doenças decorrentes do
hipoestrogenismo (GRINGS et al., 2009).

3.2 Manifestações Clínicas

Os sintomas do climatério sofrem influência de inúmeros fatores de ordem biológica


(ligados à queda dos níveis de estrógenos ou em decorrência da senilidade), aspectos
psicológicos (envolvendo a autopercepção da mulher, ou seja, como essa mulher enfrenta esse
momento da sua vida) e aspectos sociais (relacionados à interação da mulher com os familiares,
amigos e comunidade). Este último tem uma forte relação com os aspectos socioculturais, tais
como os mitos, crenças e preconceitos que a sociedade constitui, dissemina e vivencia em cada
época (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008; SERRÃO, 2008).
Entre as manifestações clínicas mais frequentes desse período, destacam-se as ondas
de calor (fogachos), cefaleia, dispareunia (secura vaginal), alterações urinárias (dor, urgência),
fadiga (cansaço), ansiedade, insônia, depressão, irritabilidade e diminuição da memória. E,
como manifestações de maior importância clínica no climatério, destacam-se a osteoporose e
as doenças cardiovasculares (coronariopatias). Estas últimas são consequências das mudanças
no perfil lipídico da mulher na menopausa, com alterações nos níveis de triglicérides e
16

colesteróis, aumentando o risco de doença cardíaca isquêmica (infarto agudo do miocárdio),


desenvolvimento de hipertensão arterial e ganho de peso (TEIXEIRA, 2002).
Muitas dessas alterações de ordem física ou fisiológica ocorrem em ritmo acelerado,
ou em uma emergência abrupta, o que provoca, nas mulheres neste período, sentimentos de
incompreensão sobre o que está lhes acontecendo, acarretando-lhes uma certa fragilidade, que
caminha para a irritabilidade, baixa autoestima, dificuldade de concentração ou de convivência
com familiares e amigos, podendo ser dito todo este quadro como característico dessa fase de
vida (MINAYO; COIMBRA JR, 2011).
Para Marinho et al. (2001) o hipoestrogenismo tem impacto sobre a qualidade de vida
feminina e sobre o estado de saúde geral da mulher, modificando a estrutura dos tecidos e
órgãos, que por sua vez influenciam na saúde oral, na audição e voz da mulher, implicando
diretamente na sua interação com o meio social e afetivo.
As reações emocionais no climatério são variáveis; de fato, muitas mulheres vivenciam
esse período de forma assintomática ou com sintomas inexpressivos, entendendo-o como o
início de uma nova etapa, ou seja, a de amadurecimento existencial que lhes permitirão uma
vida com maior segurança e confiança; outras, porém, vivencia-o de forma negativa e
apresentam vários sintomas e queixas psíquicas, destacando-se a irritabilidade, ansiedade,
depressão e as disfunções sexuais (alterações do desejo, da excitação e do orgasmo). Os
sintomas são mais exacerbados em mulheres que perderam seu papel social e não redefiniram
seus objetivos existenciais (ABREU, 1992).
Segundo Martini e Gomes (2009), Fechine e Trompieri (2012), os aspectos emocionais
relacionados à menopausa ainda são pouco discutidos, comparando-se com a importância dada
aos aspectos fisiológicos, sendo irrisória a produção científica que enfoque esse binômio, se
esquecendo que a menopausa engloba fatores biológicos, psicológicos e socioculturais.

3.3 Principais doenças associadas

Na menopausa há um aumento da renovação e diminuição da formação óssea em cada


unidade de remodelação, o que conduz a uma perda de massa óssea. O risco de osteoporose
depende tanto da massa óssea máxima alcançada nos anos de idade adulta jovem quanto ao
índice de perda da massa nas épocas posteriores. O pico de massa óssea geralmente não é
alcançado antes dos 30 anos, e o estilo de vida é um importante determinante da probabilidade
17

de desenvolver mais tarde osteoporose. Dentre os fatores de risco, está a ausência de atividade
física regular e de terapia de reposição hormonal, bem como fatores genéticos e os relativos à
dieta (LANZILLOTTI et al., 2003).
De acordo com Burke (2005), a osteoporose e a osteopenia decorrentes do
hipoestrogenismo são consideradas patologias bastante incidentes na fase do climatério e pós-
climatério, demandam tratamento imediato, quando associados a outros fatores de risco tais
como ingesta inadequada de cálcio, dieta rica em fosfatos, uso prolongado de corticoides ou
heparina, hiperparatireoidismo, insuficiência renal crônica, alcoolismo, sedentarismo, entre
outros, podendo ocasionar problemas de saúde sérios, que levam à morbidade e também ao
óbito.
Segundo França, Marucci e Aldrighi (2003), estudos denotam que os níveis séricos de
colesterol em mulheres na pós-menopausa excedem os apresentados pelos homens; e, além
disso, os níveis de triglicérides podem aumentar de 50% a 75% com a idade. A dieta
hipercalórica, rica em gordura saturada, colesterol e sal; o consumo de bebidas alcoólicas; o
sedentarismo e o tabagismo incluem-se dentre os principais fatores do estilo de vida
relacionados ao risco de Doença Cardiovascular.
Lark (2001) relatou também que as doenças cardiovasculares são a causa de morte
mais comuns nas mulheres entre os 55 e os 64 anos, que segundo estudos realizados as
principais causas são o ganho de peso que a mulher sofre durante o climatério que encadeia
outros fatores de risco, como: o aumento da pressão arterial, diabetes, colesterol alterado e o
sedentarismo.

3.4 Terapia de Reposição Hormonal

A Terapia de Reposição Hormonal - TRH é uma alternativa de reposição daquilo que


o organismo deixou de produzir naturalmente, seja em decorrência de alguma patologia ou
mesmo porque ocorreu a decadência da glândula produtora, que, no caso das mulheres em fase
de climatério, trata-se do ovário (MOLLE et al., 2004).
A TRH, quando receitada para a reposição do estrogênio que foi deixado de produzir
pelos ovários, tanto pode ser administrada com o objetivo de prevenir os sintomas do climatério
quanto tratá-los (GRINGS et al., 2009).
18

De acordo com Mendonça (2004) a TRH tem como principal objetivo melhorar os
sintomas do climatério, conservar o estado do trato urogenital, manter a densidade óssea,
proteger o sistema circulatório, manter e melhorar a função sexual, reduzir a possibilidade de
patologias prevalecentes nessa fase da vida, tais como problemas cardiovasculares, doença de
Alzheimer, entre outros.
Para Nahâs et al. (2003), a TRH é recomendada para o alívio dos sintomas
vasomotores, tratamento da atrofia vaginal e prevenção da osteoporose. Apesar das conhecidas
vantagens, aproximadamente 70% das mulheres cessam o tratamento após o primeiro ano. Uma
das principais causas da baixa aderência a TRH é o sangramento irregular; outras razões
incluem mastalgia, náusea, cefaleia, ganho de peso e retenção hídrica, além do câncer de mama.
Apesar de a TRH ser o tratamento mais utilizado e efetivo, pois age restabelecendo os
níveis de hormonais de estrogênio, os quais estão relacionados com a diminuição dos sintomas
desagradáveis associados pela menopausa, acarretam um alto índice de risco de acidente
vascular cerebral (AVC) e eventos tromboembólicos. Por este motivo é importante haver
alternativas de tratamento benéficas com menos efeitos colaterais (CARBONEL et al., 2012;
WENDER; POMPEI; FERNANDES, 2014).
Outro risco bem estabelecido da terapia de reposição estrogênica é o de hiperplasia e
câncer do endométrio. Estudos de observação iniciais verificaram que mulheres que usaram
apenas estrogênio eram quatro a sete vezes mais propensas a desenvolver câncer do endométrio
que as outras (ALDRIGHI; FALUDI; MANSUR, 2005).
De acordo com Araújo Junior e Athanazio (2007), estes medicamentos são compostos
de estradiol e estrona sintetizados no ovário, já o estriol é uma consequência do metabolismo
periférico do estradiol e estrona. Esses medicamentos estão disponíveis na forma de
comprimidos (oral), adesivos aplicados sobre a pele (via transdérmica), percutâneos ou ainda
de creme vaginal. Assim, os medicamentos administrados por via oral permitem que os
estrógenos passem pelo fígado e sejam metabolizados em estrona e sulfato de estrona, já os
medicamentos administrados por via transdérmica e percutânea evitam o metabolismo hepático
sendo mais indicados para as pacientes que possuem antecedentes de tromboembolismo e nas
pacientes hipertensas.

3.5 Tratamentos Alternativos


19

Para as mulheres com intolerância ou contraindicação aos estrogênios como terapia


medicamentosa, pode-se ainda indicar o uso de fitoestrógenos para o tratamento de alguns
sintomas (CHENG et al., 2007).
Dá-se a denominação de fitoestrogénos às substâncias presentes nas plantas que
possuem efeito estrogênico. Dentre estes, destacam-se os flavonoides (KURZER; XU, 1997;
CORNWELL et al., 2004). Inúmeros fitoestrogénos já foram descobertos, principalmente em
grãos como a soja, linhaça e nozes, e em diversas plantas medicinais (SILVA et al., 2008). De
acordo com Salgado (2005), os fitoestrógenos também são encontrados em folhas, frutos, raízes
e sementes, como: cimicífuga racemosa, o yam mexicano, o alcaçuz, o trevo vermelho, mas a
fonte mais conhecida é a soja.
Os flavonóides são compostos naturais muito comuns nos vegetais, dos quais muitas
são comestíveis e utilizadas na TRH. Os flavonóides também apresentam um excelente efeito
antioxidante e seus resultados benéficos a saúde tem sido estudados, pois foi evidenciado que
o consumo elevado de flavonóides auxilia no combate de algumas doenças, como as
cardiovasculares (COSTA; BOREM, 2003).
Os benefícios que os isoflavonóides da soja (isoflavonas) trazem para o organismo
vêm sendo amplamente pesquisada e divulgada. Salgado (2005) destaca que os benefícios da
soja para o organismo é imensa, pois foram constatados em dezenas de pesquisas que
compararam as populações orientais, que comem soja diariamente, com grupos ocidentais, que
pouco consumem este grão, estes estudos mostram que a mulher oriental sofre menos os efeitos
da menopausa, como as ondas de calor, tem menor incidência de câncer de mama, de
osteoporose e doenças do coração.
Estudos clínicos e epidemiológicos comparando população asiática e ocidental relatam
que uma dieta rica em fitoestrógenos melhoraria os sintomas da menopausa e protegeria contra
câncer, perda óssea e doenças vasculares (DESPAIGNE, 2001).
Cheng et al. (2007) desenvolveram um estudo clínico cujos resultados demonstraram
que as mulheres que receberam 60mg de isoflavonas por dia, durante três meses, tiveram
redução de fogachos e de sudorese noturna de 57% e 43%, respectivamente. Neste mesmo
estudo, não foram encontradas alterações endometriais e mamárias, indicando uma possível
segurança no uso destas substâncias. Em outro estudo realizado por Albertazzi e Purdi (2002),
verificou-se que o uso de isoflavonas no climatério reduziu em 40% a 50% as queixas de
fogachos, cujo consumo foi de 50 a 80 mg/dia, durante um ano.
20

Harkness et al. (2005) também investigaram o efeito da suplementação isoflavona de


soja, porém sobre a densidade mineral óssea (DMO) e dos marcadores de remodelação óssea
em mulheres pós-menopáusicas. Nesse estudo, foram utilizados 110 mg/dia de isoflavona de
soja (1,3: 1,0: 0,22 de genisteína/ daidzeína/ gliciteína) durante seis meses. A média da DMO
em coluna vertebral foi significativamente maior, quando o tratamento foi comparado com o
controle. Isoflavonas de soja, na forma isolada, foram eficazes para diminuir significativamente
a osteoporose em mulheres pós-menopáusicas.
Accorsi et al. (2006), em um estudo piloto, ao efetuar avaliação objetiva do assoalho
pélvico e dos vasos periuretrais de mulheres na pós-menopausa, antes e após o uso de 100
mg/dia de extrato de isoflavona, durante seis meses, verificaram o aumento da força muscular
do assoalho pélvico e do número de vasos da região periuretral, diminuindo os episódios de
perda urinária.
É importante salientar que o uso clínico de fitoestrogénos deve ser indicado em
pacientes selecionadas, obtendo-se melhor resultado naquelas com pouca sintomatologia e no
início da menopausa (TEMPFER et al., 2007).

3.6 Alimentação

Várias pesquisas relacionadas ao estado nutricional de mulheres no período do


climatério demonstram que estas se alimentam de forma incorreta, ocasionando uma
significativa prevalência de sobrepeso e obesidade nesta população. Alguns estudos também
constatam a deficiência de micronutrientes, como as vitaminas A e C, e os minerais cálcio e
ferro. Além disso, revelam importantes inadequações em relação ao consumo balanceado dos
macronutrientes, e também em relação à ingestão hídrica recomendada, comprometendo assim,
a manutenção da saúde da mulher principalmente nesta fase crítica da vida, que é o climatério
(MONTILLA, 2003; DE LORENZI et al., 2005; MARTINAZZO, 2013).
Lakhn e Vieira (2008) relataram também que as mulheres no climatério consomem
mais alimentos industrializados e alimentos gordurosos (frituras, doces, salgadinhos). Isso além
de acarretar deficiências nutricionais podem se correlacionar com transtornos mentais, como
depressão. Alguns autores relataram que o consumo de fontes alimentares de triptofano (carnes,
peixes, leites, iogurtes, queijos, nozes, castanhas e leguminosas) pode levar a restauro dos níveis
de serotonina e diminuição da depressão.
21

Existe também uma relação entre aumento da incidência de depressão e diminuição do


consumo de fontes de ácidos graxos ômega-3 (LAKHN, VIEIRA, 2008; HIBBELN, 1998). O
consumo de 1,5 a 2 g por dia tem demonstrado estimular a elevação do humor em pacientes
deprimidos. Entretanto, doses acima de 3 g não apresentam melhores efeitos que o placebo
(HIBBELN, 1998).
Os ácidos graxos poliinsaturados, destacando as séries ômega 3 e 6 encontrados em
peixes de água fria (salmão), óleos vegetais, semente de linhaça, nozes e alguns tipos de
vegetais também estão relacionados com a prevenção de doenças cardiovasculares, através da
redução dos níveis de triglicerídeos e colesterol sanguíneo, aumentando a fluidez sanguínea e
reduzindo a pressão arterial (MACHADO, 2001). Já para a prevenção da osteoporose, a dieta
deve ser balanceada e rica em cálcio e vitamina D (AMERICAN DIETETC ASSOCIATION,
DIETITIANS OF CANADA, 2004).
Uma alimentação saudável e equilibrada é fundamental para promover a saúde da
mulher climatérica, uma vez que o consumo alimentar inadequado se constitui como um
importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças altamente prevalentes nessa fase
da vida (MONTILLA, 2003; MARTINAZZO, 2013).
A prescrição dietética deverá ser norteada por alguns traços elementares: ingestão
calórica controlada ou reduzida de forma gradual, restrição de alimentos ou preparações com
alto teor de sódio, substituição de algumas fontes de gorduras saturadas e/ou colesterol por
fontes de gorduras poliinsaturadas ou monoinsaturadas, restrição de alimentos contendo
gorduras trans e substituição de algumas fontes de carboidratos refinados e/ou de alta densidade
calórica por fontes com baixa densidade calórica e/ou alto teor de fibras (CUPPARI, 2005).
A Sociedade Norte Americana de Menopausa indica como primeira linha terapêutica
para os sintomas característicos do período de transição menopausal, a mudança do estilo de
vida com a prática de exercícios e dieta regular acompanhada da utilização de alguns
medicamentos ditos “naturais” como as isoflavonas e fitoestrogénos (NAMS, 2004).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com a revisão bibliográfica, observou-se que a busca pela Terapia de


Reposição Hormonal com fitoestrógenos tem crescido entre as mulheres na menopausa; pois
tem se mostrado eficaz no tratamento dos sintomas advindos dessa fase quando comparados
22

com a Terapia de Reposição Hormonal medicamentosa; já que esta causa efeitos colaterais,
como câncer de endométrio e acidente vascular cerebral.
A alimentação tem se mostrado um importante auxiliador no tratamento tanto dos
sintomas quanto das doenças adquiridas nessa fase, pois uma má alimentação pode carretar o
surgimento ou o agravo dessas doenças.
Sugere-se que, além de mais estudos e pesquisas, sejam realizadas atividades pelos
articuladores da saúde, de orientação às mulheres que se aproximam ou se encontram na
menopausa.

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