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Farmacoterapêutico
e Gerenciamento de
Doenças Crônicas
Diabetes

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Esp. Flávia Bonfim Lima e Prof. Dr. Fabio Mitsuo Lima

Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Diabetes

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Introdução ao Tema
• Orientações para Leitura Obrigatória
• Material Complementar

Fonte: iStock/Getty Images


Objetivos
• Compreender o cenário atual do diabetes dentro do quadro de doenças crônicas.
• Revisar a fisiopatologia do diabetes, os principais tratamentos e a atuação do farmacêu-
tico como estrategista na promoção da saúde e na adesão aos tratamentos.

Caro Aluno(a)!

Nesta Unidade teremos como tema central o diabetes, de modo que abordaremos os
aspectos fisiopatológicos, o diagnóstico; relembraremos a fisiologia da homeostasia
da glicose. Exploraremos ainda a terapia do diabetes e as abordagens farmacológicas
combinadas ao diabetes tipo 2.

Os objetivos principais nesta oportunidade são: evidenciar o diabetes como importante


doença crônica que ocupa lugar de destaque nos planos de estratégia no âmbito da
saúde pública; fornecer informações bases que poderão ser usadas como ferramentas
no gerenciamento dessa doença; destacar a importante participação e contribuição
do profissional farmacêutico na elaboração de estratégias que promovam a adesão ao
tratamento, resultando em melhora do quadro clínico do paciente.

Bons Estudos!
UNIDADE
Diabetes

Introdução ao Tema
O termo Diabetes Mellitus (DM) refere-se a um transtorno metabólico de etiologias
heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de
carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou ação da
insulina (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1999).

O DM vem ganhando espaço dentro do conjunto de doenças crônicas, em virtude de


seu crescimento associado ao aumento da expectativa de vida populacional, além dos
hábitos que, ao longo do tempo, tornam-se cada vez mais sedentários (TORQUATO
et al., 2003). De acordo com o perfil traçado pela Organização Mundial da Saúde –
World Health Organization (WHO) –, o número de portadores do diabetes nos países
desenvolvidos quadruplicou desde 1980 e hoje chega aos 422 milhões de adultos
portadores da doença (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2016a).

A prevalência do diabetes no Brasil apresenta um perfil de crescimento. Em 1980,


o número de casos de diabetes correspondia a aproximadamente 5% da população; já
em 2014, esse número chegou a 8,1%. O diabetes é também responsável por 6% das
causas de morte todos os anos no País (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2016b)
(Figura 1).

Além da mortalidade e da prevalência crescente, outro aspecto chama a atenção


para o diabetes: as complicações clínicas da doença, tais como nefropatia diabética,
problemas cardiovasculares, cegueira, retinopatia, glaucoma, catarata e amputação de
membros, provocando grande impacto socioeconômico para o paciente.

Existe uma preocupação do ponto de vista econômico por parte dos governos com
relação ao custo dos tratamentos voltados aos pacientes diabéticos e às suas diferentes
necessidades. O gasto com serviços públicos acompanha o crescimento da prevalência.

Atualmente, ações preventivas e de conscientização são cada vez mais estimuladas na


área pública, além de poupar gastos a longo prazo, auxiliando na prevenção da doença
e de suas complicações (BRASIL, 2013).

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Figura 1 – Perfil de mortalidade do diabetes no Brasil

Sabe-se que o diabetes é uma doença que pode permanecer de forma assintomática,
em especial no tipo 2, durante longos períodos – podendo chegar a uma década
(GOODMAN; GILMAN) –, o que dificulta seu diagnóstico; por isso vale ressaltar a
importância da observação dos fatores de risco – hábitos alimentares não saudáveis,
sedentarismo e obesidade –, que são importantes indicadores da doença.

O paciente diabético apresenta características complexas do ponto de vista


farmacoterapêutico, uma vez que eventualmente pode apresentar outras doenças
associadas, o que demanda a administração de diferentes medicamentos. Quando
se trata de um idoso, por exemplo, podemos observar que, além do diabetes, esse
paciente também pode apresentar hipertensão, problemas reumáticos, circulatórios
e/ou respiratórios. A soma de diferentes doenças pode levar ao que é chamado de
“polifarmácia”, ou seja, o uso de cinco ou mais medicamentos (SECOLI, 2010), o que
na maioria das vezes resulta em potenciais interações medicamentosas e/ou reações
adversas. Dentro desse cenário, temos ainda o diabetes gestacional e em crianças, que
também são casos de atenção especial no que diz respeito à farmacoterapia.

Assim, é de fundamental importância que o farmacêutico conheça e domine os


aspectos do diabetes e do paciente diabético, a fim de que possa atuar como peça-chave
na promoção da saúde e na adesão ao tratamento.

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UNIDADE
Diabetes

Orientações para Leitura Obrigatória


Para aprofundarmos e compreendermos os diversos aspectos do diabetes, explorare-
mos o capítulo 43, intitulado Pâncreas Endócrino e Farmacoterapia do Diabetes Melito
e da Hipoglicemia (p. 1.237-1.268), da 12ª edição do livro As Bases Farmacológicas da
Terapêutica de Goodman & Gilman.
Figura 2

Ao longo desse capítulo, relembraremos pontos fundamentais da doença, tais como


fisiologia da homeostasia da glicose, fisiopatologia e diagnóstico do diabetes melito, tera-
pia do diabetes, secretagogos da insulina, agentes hipoglicemiantes orais, entre outros.

Lembre-se que dedicar-se ao entendimento das doenças e seus tratamentos é um


diferencial para o profissional farmacêutico.

Bom estudo!

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Vídeos
Organização Mundial da Saúde
Como sugestão, assista ao vídeo da Organização Mundial da Saúde, disponível no link:
https://goo.gl/p7SrxD

 Leitura
As Sulfonilureias ainda permanecem como uma opção aceitável para a terapia adicional à
Metformina no Diabetes tipo 2?
Leia a reportagem intitulada pela seguinte pergunta: “As Sulfonilureias ainda permanecem
como uma opção aceitável para a terapia adicional à Metformina no Diabetes tipo 2?”
https://goo.gl/fCibRR

 Livros
R. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde
AIRES, F. N. C. C. Acompanhamento farmacoterapêutico a hipertensos e diabéticos na
unidade de saúde Tereza Barbosa: análise de caso. R. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde,
São Paulo, v. 1, n. 1, p. 1-24, set./dez. 2010.

Revista Escola de Enfermagem USP


NASCIMENTO, B. A.; CHAVES, C. E.; GROSSI, A. A. S. A relação entre polifarmácia,
complicações crônicas e depressão em portadores de diabetes tipo 2. Revista Escola de
Enfermagem USP, v. 44, n. 1, p. 40-46, 2010.

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UNIDADE
Diabetes

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença
crônica diabete mellitus. Brasília, DF, 2013.

SECOLI, S. R. Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamento por


idosos. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, n. 1, p. 136-140, jan./fev. 2010.

TORQUATO, M. T. et al. Prevalence of diabetes mellitus and impaired glucose tolerance


in the urban population aged 30-69 years in Ribeirão Preto (São Paulo), Brazil. São
Paulo Medical Journal, v. 121, n. 6, p. 224-230, nov. 2003.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global reports on diabetes. 2016a. Disponível


em: <http://www.who.int/diabetes/global-report/WHD16-press-release-EN_3.
pdf?ua=1>. Acesso em: 17 jul. 2017.

______. Diabetes country profiles. 2016b. Disponível em: <http://www.who.int/


diabetes/country-profiles/bra_en.pdf?ua=1>. Acesso em: 17 jul. 2017.

______. Definition, diagnosis and classification of diabetes mellitus and its


complications. Part 1: diagnosis and classification of diabetes mellitus. Geneva, 1999.

Goodman L, Gilman A. Pâncreas endócrino e farmacoterapia do diabetesmelito e


da hipoglicemia. As bases farmacológicas da terapêutica. 12ª Ed. Rio de Janeiro.
Guanabara-Koogan, 2012. Cap.43.

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