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Autores (USA):
Michael B.First, M.D.; Miriam Gibbon, M.S.W.; Robert L.Spitzer, M.D.; Janet B. W.Williams, D.S.W.
Biometrics Research Department / New York State Psychiatric Institute / Department of Psychiatry /
Columbia University / New York, New York, USA.
Lorna Smith Benjamin, PhD.
Department of Psychology / University of Utah / Salt Lake City, Utah, USA.
Todos os direitos são reservados. Este documento não pode ser reproduzido, todo ou em parte, ou cedido de
qualquer forma, incluindo fotocópias, nem armazenado em sistema informático, sem a autorização escrita
prévia dos autores. Os pesquisadores e os clínicos que trabalham em instituições públicas (como
universidades, hospitais, organismos governamentais) podem solicitar uma versão da SCID-II* para
utilização no contexto estrito de suas atividades clínicas e de pesquisa, sem fins lucrativos.
ANEXOS
QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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Observações:
1) Antes de aplicar a SCID-II para investigar transtornos do eixo II, fazer uma entrevista para
investigar transtornos do eixo I (ex.: MINI, ADIS-IV, SCID-I etc.).
2) Não é recomendado que o Questionário de Personalidade seja utilizado sozinho, pois tem
intencionalmente uma taxa alta de falsos positivos. Ele serve apenas para um mapeamento
inicial após o qual deve-se aplicar a SCID-II.
3) Recomenda-se a leitura cuidadosa deste resumo, em especial a sessão “Comentários sobre os
Transtornos de Personalidade” e a leitura do próprio instrumento SCID-II antes da efetiva
aplicação dele.
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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N.T.: foi elaborada uma “Folha de Respostas”, de uso opcional, para ser apresentada ao(à)
paciente junto ao “Questionário de Personalidade”. Cada coluna da “Folha de Respostas”
equivale a uma página do QP. O(a) paciente pode ser orientado(a) a marcar suas respostas na
“Folha de Respostas” e não diretamente no “Questionário de Personalidade”.
Também foi elaborada uma folha de respostas com um resumo dos escores da entrevista
estruturada SCID-II, para uso opcional pelos terapeutas.
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Para clarear isso o DSM-IV inclui critérios diagnósticos gerais, quais sejam:
- A. Um padrão persistente de experiência interna ou comportamento que desvie marcadamente
das expectativas culturais do indivíduo. Os traços de personalidade ocorrem num continuum.
Por definição um traço de transtorno de personalidade deve estar no extremo final deste
continuum para ser considerado “3”. Por exemplo, um certo grau de ansiedade social está
presente em todos, mas o item “ansiedade social excessiva” deve ser marcado no tipo
esquizóide apenas se descrever exemplos de ansiedade social que claramente são extremas. Este
critério também leva em conta características culturais, pois o que pode ser considerado
histriônico numa cultura mais contida, pode não o ser em outra que valorize a espontaneidade.
Algumas perguntas que ajudam:
- Como é que isso se parecia? (Como era isso?)
- Me dê seu exemplo mais extremo.
- Você acha que é mais assim desse jeito do que a maioria das pessoas que você conhece?
- D. O padrão é estável e de longa duração e seu início pode ser visto desde a adolescência ou
início da adultidade? (início dos 20 ou por volta dos 18 anos) Perguntar:
- Você está assim há muito tempo?
- Com que freqüência isso acontece?
- Quando foi a primeira vez que se lembra de ter se comportado desse jeito?
- E. O padrão persistente não é mais bem explicado por outro transtorno. É preciso diferenciar o
traço persistente de personalidade de algum comportamento devido a algum transtorno do eixo
I. Para isso perguntar:
- Sei que aconteceram algumas vezes de você sentir-se (deprimido(a), ansioso(a), com medo
etc.), não estou falando dessas vezes. Tente se lembrar de como você é normalmente quando
não está (deprimido(a), ansioso(a), com medo etc.). Tem alguma pergunta sobre isso?
- Você é sempre desse jeito, mesmo quando não está se sentindo (deprimido(a), ansioso(a)
etc.).
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- Quando o traço do eixo I é crônico, fica quase impossível diferenciá-lo do traço do eixo II e
é perda de tempo. Atribua ao eixo I e marque 3 na SCID-II.
- F. O padrão persistente não é mais bem explicado pelos efeitos fisiológicos de uma substância
(abuso de drogas, medicação, exposição à toxina) ou de uma condição médica (ex.: trauma
cerebral). A relação entre alguns transtornos de personalidade e uso de substâncias pode ser
difícil de avaliar (ex.: transtorno de personalidade anti-social e borderline) pois os traços podem
ser indicativos da impulsividade característica dos transtornos ou serem secundários aos efeitos
fisiológicos do uso de substâncias (ex.: labilidade afetiva, atitudes anti-sociais para obter
dinheiro para conseguir as substâncias etc.). Nessas situações uma cuidadosa avaliação sobre
como são os traços de personalidade e o padrão de uso da substância podem ser úteis para
avaliar esta relação.
Sobre as diferenças entre o traço de personalidade e alguma condição médica que possa mudar a
personalidade, na prática geralmente são muito fáceis, uma vez que o padrão do transtorno de
personalidade geralmente começa na juventude (ex.: aos 18 anos) e as mudanças devidas a
alguma condição médica podem acontecer em qualquer idade. Isso fica difícil apenas quando a
condição médica começou na infância (ex.: criança que teve trauma cerebral e apresenta
posteriormente comportamento anti-social).
Além de tudo isso, é importante levar em conta que o(a)s avaliadores(as) também tem seus
traços de personalidade que podem afetar a maneira como avaliam os traços de personalidade
alheios. Podem existir idéias preconcebidas devido à idade, gênero, cultura etc. Avaliadores(as)
com traços obsessivos compulsivos ou de culturas mais contidas podem achar avaliando(a)s de
culturas mais espontânea mais histriônicos ou vice-versa, por exemplo. O(a) avaliador(a)
precisa ter em mente que seus próprios prejulgamentos e diversos estereótipos também podem
interferir na correta avaliação.
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Comentários item por item da SCID-II* (para tirar qualquer dúvida sobre os transtornos):
(1) evita atividades ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de
críticas, desaprovação ou rejeição
Comentário: Devido ao medo de rejeição ou de dizer ou fazer algo errado, pessoas com o transtorno
evitativo de personalidade tipicamente evitam trabalhos ou atividades escolares que os coloquem
em contato com outras pessoas (ex.: atividades de recepção ou projetos de grupo). Preferem
trabalhar por si mesmos e podem recusar promoções porque a nova posição os tornaria mais
visíveis – e por isso mais vulneráveis a críticas ou humilhações.
(2) reluta a envolver-se com pessoas, a menos que tenha certeza de sua estima.
Comentário: muitas pessoas hesitam em iniciar interações sociais por medo de serem rejeitadas.
Pessoas com este transtorno tendem a observar pelos cantos até estarem certas de serem aceitas.
Este se difere do próximo item, que envolve por limites à intimidade em relações próximas.
Comentário: Embora pessoas com este transtorno possam estabelecer relações íntimas quando há
certeza de aceitação sem críticas, têm dificuldades de falar de si mesmas e sonegam sentimentos
íntimos por medo de serem expostas, ridicularizadas ou envergonhadas.
Comentário: pessoas com este transtorno de personalidade tendem a ser silenciosas e “invisíveis”,
particularmente em situações novas, porque sentem que qualquer coisa que disserem será “errada”
ou revelará sua inadequação.
Comentário: a baixa auto-estima invasiva de pessoas com este transtorno é evidente nas várias
maneiras com que se colocam para baixo. Elas podem acreditar irrealisticamente que são feias,
estúpidas e que sempre fazem ou falam algo errado em situações sociais.
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(1) dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem uma quantidade excessiva de conselhos e
reasseguramento da parte de outras pessoas
Comentário: Pessoas com o transtorno de personalidade dependente precisam de outras para tomar
decisões por elas. Este item se refere a uma inabilidade de tomar decisões do dia-a-dia (por
exemplo, decidir qual roupa usar de manhã, escolher um item do menu) mais do que a decisões
principais (se vai se casar, aonde morar), que são cobertas pelo próximo item. Este traço de
personalidade deve ser diferenciado da indecisão (traço do transtorno depressivo maior), no qual a
principal patologia é a falta de habilidade para tomar decisões, mais do que a necessidade de apoiar-
se em outros que o ajudem a toma-las.
(2) necessidade de que os outros assumam a responsabilidade pelas principais áreas de sua vida
(3) dificuldade em expressar discordância de outros, pelo medo de perder o apoio ou aprovação.
Nota: Não incluir temores realistas de retaliação.
Comentário: Passividade e estar sendo subjugado são muitas vezes características do transtorno de
personalidade dependente; elas podem se manifestar de maneira a concordarem excessivamente,
com o objetivo de serem queridas. Para garantir um escore “3”, este comportamento não deve ser
limitado a interação com pessoas de maior status ou cargo (ex.: chefes, professore(a)s).
(4) dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (em vista de uma falta de
autoconfiança em seu julgamento ou capacidades, não por falta de motivação ou energia).
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geralmente poderiam ser levadas a cabo sem a ajuda de outra pessoa. Tenha certeza de estabelecer
que esta superdependência de outros não está restrita a períodos de depressão.
(5) vai a extremos para obter carinho e apoio de outro(a)s, a ponto de voluntariar-se para fazer
coisas desagradáveis.
(6) sente desconforto ou desamparo quando só, em razão de temores exagerados de ser incapaz de
cuidar de si próprio(a).
(7) busca urgentemente um novo relacionamento como fonte de carinho e amparo, quando um
relacionamento íntimo é rompido
(8) preocupação irrealista com temores de ser abandonado(a) à sua própria sorte
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(1) preocupação tão extensa, com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários, que o
ponto principal da atividade é perdido.
(2) perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas (por ex., é incapaz de completar um projeto
porque não consegue atingir seus próprios padrões demasiadamente rígidos)
Comentário: este item deve ser codificado como “3” se a pessoa é tão dedicada a seu trabalho que
não há virtualmente mais tempo disponível para atividades de lazer (ex.: não há hobbies e nunca vai
a esportes, concertos, cinema etc.) ou relacionamento interpessoal (ex.: nunca passa tempo com a
esposa, filhos ou amigos). A pessoa pode dar racionalizações para seu comportamento (ex.: amo
meu trabalho, é importante para eu ir em frente, eu não consigo terminar meu trabalho durante o
dia), mas as únicas explicações que deveriam resultar em um escore “1” seriam aquelas envolvendo
necessidades econômicas óbvias (ex.: trabalhar em um segundo emprego para providenciar o básico
para a família) ou circunstâncias especiais de curto prazo (como um curto período de longas horas
de trabalho devido a um prazo final ou a um plantão médico).
Comentário: esta questão se refere à tendência das pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo de
personalidade estender sua natureza inflexível e preocupação com altos padrões morais à arena da
moralidade e da ética. Muitas pessoas acreditam que tem padrões morais mais altos que as outras.
Este item deve ser codificado como “3” apenas se existe evidência de que a pessoa é super
conscienciosa, rígida ou escrupulosa ou santarrona. Tais indivíduos têm uma preocupação excessiva
sobre fazer o que é certo e podem ficar seriamente preocupadas em terem feito algo errado. É
importante considerar o histórico cultural e religioso da pessoa, porque este comportamento muitas
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vezes ocorre em contexto religioso – o item deve receber escore “3” apenas se a pessoa é
consideravelmente mais inflexível ou conscienciosa do que outras que compartilham o mesmo
histórico cultural ou religioso. Um exemplo poderia ser alguém que castiga seus amigos por terem
feito fofocas inofensivas.
(5) incapacidade de desfazer-se de objetos usados ou inúteis, mesmo quando não têm valor
sentimental.
Comentário: porque as pessoas usualmente guardam coisas em caso de serem úteis no futuro, este
item deve receber escore “3” apenas se o comportamento é claramente patológico. Pessoas com este
traço guardam coisas que são extremamente improváveis de serem usadas de novo (ex.: numerosas
vasilhas plásticas, muitos anos de jornais e revistas etc.). Dificuldade de jogar fora apenas coisas
que tem alguma importância pessoal (como cadernos do colegial) não são evidências de que o traço
está presente. Além disso, para justificar um escore “3” o resultado final deste comportamento deve
causar um problema para a pessoa (ex.: o traço deve resultar em um ambiente entulhado, que torna
difícil a pessoa encontrar as coisas de que precisa, ou o comportamento é incômodo para outras
pessoas que dividem o ambiente).
(6) relutância em delegar tarefas ou ao trabalho em conjunto com outras pessoas, a menos que estas
se submetam a seu modo exato de fazer as coisas.
(7) adoção de um estilo miserável quanto a gastos pessoais e com outras pessoas; o dinheiro é visto
como algo que deve ser reservado para catástrofes futuras.
Comentário: totalmente envolvidas em suas próprias perspectivas, pessoas com este transtorno tem
dificuldade de reconhecer o ponto de vista de outras pessoas ou concordar com as idéias delas.
Mesmo quando reconhecem que pode ser do interesse delas entrar em acordo, podem recusar-se
teimosamente em fazê-lo, argumentando que “é uma questão de princípios”.
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Comentário: pessoas com este traço superestimam seu papel em qualquer empreendimento e não
entendem porque outras pessoas não lhes dão mais crédito. Para justificar um escore “3”, a pessoa
deve ter reclamado ativamente a outras pessoas acerca disso.
Comentário: pessoas com este traço sentem-se oprimidas e resignadas, e muitas vezes são
silenciosamente ressentidas, irritáveis, impacientes, céticas ou do contra. Qualquer pedido comum é
percebido como um fardo excessivo em seu tempo e energia e pode iniciar um argumento. Outras
pessoas podem simplesmente parar de pedir qualquer coisa desta pessoa porque conseguir que
participem ou contribuam não vale o trabalho da discussão.
Comentário: pessoas com este traço raramente sentem respeito por figuras de autoridade, vendo-as
como exigentes, incompetentes, negligentes ou inconsideradas. Devido a sua tendência de
externalizar culpa, vão criticar figuras de autoridade com a mínima provocação.
(5) inveja e ressentimento para com aqueles que aparentemente são mais afortunados.
Comentário: esta característica é muitas vezes expressas em ladainhas de reclamações sobre como
aqueles que são melhores de alguma maneira não merecerem isso (ex.: mais ricos ou mais
proeminentes).
Comentário: após expressar desafio hostil, a pessoa então se protege da retaliação com desculpas
apologéticas e promessas de fazer melhor no futuro.
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(1) humor habitual dominado por abatimento, tristeza, desânimo, descontentamento e infelicidade.
Comentário: Este item é equivalente ao critério A para o transtorno depressivo maior (ex.: humor
deprimido, ou marcante diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades),
expresso como um traço que durou toda a vida. Pessoas com este traço são exageradamente sérias,
mau humoradas e incapazes de aproveitar a vida ou ter um bom momento.
Comentário: a maioria das pessoas tem períodos de dúvidas sobre si mesmas. Para justificar um
escore “3” a pessoa deve identificar a si mesma como inadequada, sem valor ou uma falha.
Comentário: este item é uma versão mais severa do anterior. Além de ter sentimentos de desvalia, a
pessoa se repreende ativamente por suas falhas, inadequações ou por não viver de acordo com os
padrões.
Comentário: pessoas com este traço se estendem em seus pensamentos negativos e pessimistas e se
preocupam com conseqüências negativas antecipadas. A fonte destes sentimentos pode ser as
dúvidas da pessoa sobre sua habilidade de tomar decisões corretas.
Comentário: pessoas com este transtorno muitas vezes voltam seu hipercriticismo contra o mundo
exterior e julgam outras pessoas tão severamente quanto julgam a si mesmas.
(6) pessimismo.
Comentário: este item reflete uma distorção fundamental comum na percepção de si mesmo e do
mundo. Pessoas com este traço sempre percebem o copo “meio vazio” ao invés de “meio cheio”.
Elas muitas vezes racionalizam suas perspectivas pessimistas como sendo “realistas”.
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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Comentário: pessoas com este traço se dão crédito por tudo que jamais deu errado com elas e
terminam sentindo-se culpadas e com remorsos.
(1) suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado(a), maltratado(a) ou enganado(a)
por terceiros.
Este item expressa a característica nuclear deste transtorno – a saber, uma expectativa fundamental
de que outros irão explorá-lo(a), levar vantagem sobre ele(a) ou machucá-lo(a). Quando tentamos
fazer uma avaliação deste item, o foco deve se em estabelecer uma orientação paranóide geral, além
de procurar exemplos específicos de ideação paranóide.
(2) preocupa-se com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de amigos ou colegas.
Comentário: devido a frequentemente ser muito difícil determinar se uma falta de confiança é
injustificada em um caso particular, este item deve receber escore “3” somente se a pessoa é
preocupada com este tipo de dúvidas em quase todos os relacionamentos. Este item difere do
anterior na medida em que o item 1 reflete uma perspectiva paranóide geral sobre o meio, enquanto
que este item reflete as expectativas de traição até mesmo pela família, amigos e colegas de
trabalho.
(3) reluta em confiar nos outros por um medo infundado de que essas informações possam ser
maldosamente usadas contra si.
(5) guarda rancores persistentes, ou seja, é implacável com insultos, injúrias ou deslizes.
Comentário: para ser qualificado como “rancor” a reação da pessoa deve ser claramente
desproporcional à severidade ou intensidade do insulto ou injúria. Por exemplo, uma vida inteira de
rancor contra uma pessoa por ter matado um(a) amigo(a) não seria desproporcional, mas recusar-se
a falar com um(a) amigo(a) por muitos anos depois de uma discussão menor, sim.
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(6) percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são visíveis pelos outros e reage rapidamente
com raiva ou contra-ataque.
Comentário: existem 2 partes deste item. Primeiro, a pessoa tem que ser hipersensível a insultos
menores, indignidades ou omissões. Segundo (e distinguindo este item do “é preocupado com
críticas” do transtorno de personalidade evitativo), a pessoa é rápida em reagir com raiva ou contra-
ataques.
(7) tem suspeita recorrente, sem justificativa, quanto à fidelidade do cônjuge ou parceira sexual.
Comentário: idéias de referência (também conhecidas como pensamento referente) são típicos da
ideação que é característica deste transtorno de personalidade. Uma pessoa com uma idéia de
referência tem a crença de que um evento, objeto ou outra pessoa nos arredores imediatos tem um
especial ou incomum significado para ele ou ela. Um exemplo comum é a pessoa que muitas vezes
tem o sentimento de que quando vê um grupo de estranhos falando uns com os outros, estão falando
sobre ele(a). Muito menos comum é a pessoa que acredita que objetos no ambiente contenham uma
mensagem especial. Por exemplo, uma mulher chamada Glória interpreta uma placa na loja de
nozes (“nuts”) que diz “Nozes da Glória” (Gloria´s nuts) como uma mensagem de que ela é louca
(“nuts” em inglês significa nozes, mas também significa louco, maluco). Uma idéia de referência
deve ser distinguida de um delírio de referência, no qual a idéia de referência é mantida com uma
intensidade de delírio (ex.: a pessoa firmemente acredita que o delírio de referência é verdadeiro e
não irá pensar com seriedade em explicações alternativas). Nos casos em que o pensamento
referencial atinge proporções delirantes, um diagnóstico de transtorno psicótico (eixo I) deve ser
seriamente considerado.
(2) crenças bizarras ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e são inconsistentes
com as normas da subcultura do indivíduo (por ex., superstições, crença em clarividência, telepatia
ou "sexto sentido"; em crianças e adolescentes, fantasias e preocupações bizarras).
Comentário: algumas superstições e outras crenças que não são consistentes com as leis da
natureza e da física são comuns em muitas sociedades e culturas. Para satisfazer este item, a pessoa
tem que fazer mais do que reconhecer ter estas crenças e reportar algumas influências destas
crenças em seu comportamento. Por exemplo, a pessoa que apenas diz acreditar na existência de
Experiências Extrasensoriais não deve ser codificada como “3” neste item; por outro lado, a pessoa
deve relatar experiências pessoais com experiências extrasensoriais que influenciaram seu
comportamento. Além disso, este critério deve ser considerado apenas para crenças que desviam
consideravelmente das normas da subcultura da pessoa. Pensamento mágico é um tipo particular de
‘crença esquisita’ na qual a pessoa acredita que suas palavras, pensamentos ou ações vão fazer
alguma coisa acontecer ou prevenir alguma coisa de acontecer de um jeito que viola as leis da física
de causa e efeito. Um exemplo é a pessoa acreditar que seu intenso desejo de ganhar na loteria foi
responsável por ter ganhado. Note que por definição, pensamento mágico não é delirante, ou seja
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não é delirante na medida em que a pessoa pode entreter idéias de explicações alternativas. (O
requisito de que a crença seja menos intensa do que um delírio se aplica a todo este critério).
Comentário: este item deve ser codificado como “3” se existem experiências perceptuais incomuns,
exceto alucinações não passageiras, que sugeririam a presença de transtorno psicótico. Além disso,
experiências perceptuais incomuns que são devidas a drogas (ex.: alucinógenos), transtornos físicos
(ex.: encefalopatia metabólica), ou fenômenos naturais (ex.: alucinações hipnagógicas ou
hipnopômpicas que ocorrem quando estamos caindo no sono ou acordando) não devem ser
consideradas evidencias deste critério.
(4) pensamento e discurso bizarros (por ex., vago, circunstancial, metafórico, superelaborado ou
estereotipado).
Comentário: este item deve ser codificado como “3” se qualquer critério de transtorno de
personalidade paranóide 1, 2, 3, 4 ou 7 tiver sido codificado como “3”. Os itens relevantes do
transtorno de personalidade paranóide são: (1) suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo
explorado(a), maltratado(a) ou enganado(a) por terceiros, (2) preocupa-se com dúvidas infundadas
acerca da lealdade ou confiabilidade de amigo(a)s ou colegas; (3) reluta em confiar nos outros por
um medo infundado de que essas informações possam ser maldosamente usadas contra si; (4)
interpreta significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador, em observações ou
acontecimentos benignos; (7) tem suspeitas recorrentes, sem justificativa, quanto à fidelidade do
cônjuge ou parceiro(a) sexual.
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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um dia quente. Este item não se aplica a indivíduos que se vestem de maneira incomum apenas para
serem “estilosos”.
(8) não tem amigos íntimos ou confidentes, exceto parentes em primeiro grau.
(9) ansiedade social excessiva que não diminui com a familiaridade e tende a estar associada com
temores paranóides, ao invés de julgamentos negativos acerca de si próprio.
Comentário: um escore “3” para este item requer que a pessoa esteja muito mais desconfortável do
que a maioria das pessoas em situações sociais, até mesmo com familiares. A ansiedade social no
transtorno esquizotípico de personalidade é enraizada numa inabilidade fundamental em ter relação
com outras pessoas. Por esta razão a familiaridade não traz reasseguramento e conforto. Em
contraste, no transtorno de personalidade evitativo, a familiaridade reduz a ansiedade porque alivia
o medo de humilhação e rejeição que é mais relevante nos estágios iniciais de uma relação.
(1) não deseja nem gosta de relacionamentos íntimos, incluindo fazer parte de uma família.
Comentário: devido a pessoa com este transtorno ter pouco interesse por relacionamentos, segue-se
que ela irá quase sempre escolher atividades solitárias do que atividades que envolvam outras
pessoas. Esta preferência deve ser invasiva e estender-se tanto ao trabalho quanto a atividades de
lazer.
(3) manifesta pouco, se algum, interesse em ter experiências sexuais com outra pessoa.
Comentário: a falta de desejo de ter experiências sexuais com outra pessoa deve ter estado presente
desde a adolescência e deve não ser motivada por simples medo de rejeição.
Comentário: embora algumas pessoas com este transtorno possam obter prazer de atividades
intelectuais solitárias (ex.: coleção de selos ou resolver problemas matemáticos), elas geralmente
não tem a habilidade de obter prazer em atividades interpessoais ou experiências sensórias (ex.:
comer ou ter sexo).
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(5) não tem amigos íntimos ou confidentes, outros que não parentes em primeiro grau.
Comentário: pessoas com este traço têm pouco interesse em relacionamentos com outras pessoas e
conseqüentemente não se importam com o que outras pessoas pensem delas.
Comentário: comportamento que pode ser diretamente observado deve ser a base primária para a
codificação deste item. Pessoas com este traço raramente mostram qualquer expressão de emoção,
falarão em tons monótonos sem variação em sua inflexão vocal e mostrarão pouca ou nenhuma
mudança na expressão facial. O(a) entrevistador(a) deve averiguar se a pessoa caracteristicamente
aparece deste jeito (tanto perguntado para a pessoa quanto checando outro(a)s informantes) e que
este afeto constrito não é devido a humor deprimido ou efeitos de medicação (ex.: neurolépticos).
(1) sente desconforto em situações nas quais não é o centro das atenções.
Comentário: o desejo de ser notado e que as outras pessoas nos prestem atenção é normal. No
transtorno de personalidade histriônico este desejo por atenção é tão extremo que se torna
insaciável. Devido a pessoa sentir-se desconfortável quando não é o centro das atenções, ele ou ela
fará grandes esforços para garantir ser e permanecer no centro, como monopolizar conversações em
um grupo de pessoas ou dramatizando vistosamente história depois de história.
Comentário: este item deve ser codificado como “3” se existem exemplos gritantes de
comportamento sedutor que é compulsivo ou indiscriminado – ou seja, em momentos ou situações
não relacionados com encontros, paquera e romance. Um exemplo é alguém que flerta com garçons,
garçonetes, caixa de supermercado, entregadores, entre outros.
Comentário: este comportamento é observado durante a entrevista. Este item se refere a rápidas
mudanças nas expressões de humor que refletem uma fundamental superficialidade do afeto. Por
exemplo, a pessoa pode ficar muito animada com alguma coisa ou alguém e depois rapidamente
perder o interesse ou ter um chilique que imediatamente se dissipa quando a atenção da pessoa se
volta para outra coisa. As emoções da pessoa são ligadas e desligadas tão rapidamente que outros
podem acusa-la de fingir sentimentos. Isto se distingue do item 6 do transtorno de personalidade
borderline (“instabilidade afetiva”) no que as mudanças de humor no transtorno de personalidade
borderline são mais profundas e mais sustentadas (ex.: durar por horas ou dias).
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(4) usa consistentemente a aparência física para chamar a atenção sobre si próprio(a).
Comentário: este item refere-se ao uso da aparência física ou vestuário como um meio de definição
própria e destacar-se da multidão. Não incluir pessoas com aparência física pouco comum
exclusivamente por natureza de oposição (ex.: usar vários anéis no nariz como um jeito de rejeitar
valores parentais).
Comentário: este comportamento é observado durante a entrevista. Junto com uma apresentação
muito dramática, a pessoa com transtorno de personalidade histriônica pode usar um estilo de
linguagem que é excessivamente impressionista e é caracterizado por freqüente uso de afirmações
amplas, extensas, globais e carentes de detalhes. Por exemplo a pessoa pode descrever alguém
como “horrível” ou “maravilhoso” sem ser capaz de providenciar quaisquer fatos ou detalhes que
apóiem esta descrição.
Comentário: pessoas com este transtorno tendem a ser muito dramáticas ao contar histórias sobre si
mesmas ou ao expressar suas emoções. Elas podem embaraçar amigos e conhecidos por uma mostra
excessiva de emoções em público (ex.: embaraçando conhecidos casuais com ardor excessivo,
choro descontrolado em ocasiões pouco sentimentais, ter chiliques). Esta questão muitas vezes pode
ser respondida observando o comportamento da pessoa durante a entrevista. Seja cuidadoso(a) em
não incluir comportamento que ocorrem apenas durante episódios maníacos ou hipomaníacos.
Comentário: pessoas com esta característica tendem a seguir a última moda, adotar facilmente
novas convicções e rapidamente desenvolver novos “heróis”. Suas opiniões e valores são super
influenciados por seus pares, colegas de trabalho, família e mídia. Elas parecem não ter um núcleo
estável em suas próprias crenças e valores.
Comentário: esta característica pode estar evidente quando o sujeito descreve como “amigos
íntimos” as pessoas que ele(a) acabou de conhecer, ou teve apenas uma única conversa.
(1) sentimento grandioso da própria importância (por ex., exagera realizações e talentos, espera ser
reconhecido como superior sem realizações comensuráveis).
(2) preocupação com fantasias de ilimitado sucesso, poder, inteligência, beleza ou amor ideal.
Comentário: Em algumas pessoas, esta característica pode estar manifestada por constantes
devaneios ou outras atividades não produtivas que ocorrem em lugar de fazer os passos concretos
em prol de conseguir suas aspirações de sucesso, poder ou amor: por exemplo, a pessoa pode ficar
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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horas sentada numa cafeteria falando sobre um dia ser um(a) grande escritor(a) ao invés de gastar
este tempo escrevendo. Em outros, pode haver preocupação com atividades que são inúteis devido à
natureza inalcançável das fantasias (ex.: a pessoa ir todas as noites a bares de solteiro em busca do
romance perfeito).
(3) crença de ser "especial" e único(a) e de que somente pode ser compreendido(a) ou deve
associar-se a outras pessoas (ou instituições) especiais ou de condição elevada.
(6) é explorador(a) em relacionamentos interpessoais, isto é, tira vantagem de outros para atingir
seus próprios objetivos.
(8) freqüentemente sente inveja de outras pessoas ou acredita ser alvo da inveja alheia.
(1) esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginado. (Nota: Não incluir
comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5).
Comentário: este item se refere a ações frenéticas que a pessoa faz para evitar que alguém com
quem estão envolvidas, ligadas ou dependentes possam deixa-las. Exemplos incluem implorar à
pessoa para não ir embora ou restringir fisicamente a pessoa.
Comentário: estes são três componentes necessários neste critério. Primeiro, deve haver um padrão
instável de relacionamentos caracterizado por freqüentes conflitos e ameaças de separação (ou
períodos reais de separação). Segundo, estes relacionamentos devem ser intensos: emoções fortes
devem estar presentes (ex.: euforia, enamoramento, raiva, ressentimento ou desespero). Finalmente,
a pessoa deve ligar-se a outra pessoa no relacionamento com superidealização algumas vezes (“meu
namorado é a pessoa mais maravilhosa, cuidadosa e forte que eu já encontrei”) e outras vezes
desvalorização (“ele é um lixo”). Em termos analíticos, estes indivíduos geralmente usam a
clivagem como um mecanismo de defesa.
(4) impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (por ex.,
gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, direção imprudente, comer compulsivamente).
Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5
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Comentário: não dê escore “3” a uma pessoa que simplesmente fala com outras sobre ideação
suicida passiva (“eu gostaria de estar morta”). “Comportamento automutilante” refere-se a
comportamento auto infligido sem intenção suicida. Exemplos comuns incluem cortar os pulsos ou
arranhar-se ou queimar a si mesmo com um cigarro.
(6) instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex., episódios de intensa
disforia, irritabilidade ou ansiedade geralmente durando algumas horas e apenas raramente mais de
alguns dias).
Comentário: sentimentos crônicos de vazio muitas vezes são associados com sentir-se entediado(a),
vazio(a), sozinho(a) ou sem definição.
(8) raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva (por ex., demonstrações
freqüentes de irritação, raiva constante, lutas corporais recorrentes).
Comentário: “raiva inapropriada” denota que a intensidade da raiva da pessoa é fora de proporção
em relação à causa. Perda de controle da raiva pode ser evidenciada por extremas manifestações
físicas, como bater nas pessoas ou jogar objetos. A raiva é muitas vezes expressa no contexto de
real ou imaginária falta de cuidados, privação ou abandono.
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Critério C:
Comentário: a ameaça implícita deve ser de machucado físico e não simplesmente de retirada da
amizade.
Comentário: este item deve ser codificado como “3” apenas se há evidências de que a pessoa
começou brigas, ao invés de simplesmente ser arrastado para elas.
(3) (antes dos 15) utilizou uma arma capaz de causar sério dano físico a outros (por ex., bastão,
tijolo, garrafa quebrada, faca, arma de fogo).
Comentário: qualquer uso de arma garante o escore “3” – desde usar uma arma em uma luta ou usar
uma arma para ameaçar, intimidar, roubar ou atacar sexualmente alguém.
Comentário: isso se refere a torturar ou infligir dor e sofrimento em outros, mais do que
machucados provocados por brigas. Também pode incluir situações em que dor física não foi
realmente infligida (ex.: trancar uma criança em um armário).
Comentário: ser “fisicamente cruel” implica infligir de propósito dor e sofrimento ao animal.
(6) (antes dos 15) roubou com confronto com a vítima (por ex., bater carteira, arrancar bolsa,
extorsão, assalto à mão armada).
Comentário: este item requer confrontação cara-a-cara, desde ameaças verbais até violência real.
(7) (antes dos 15) forçou alguém a ter atividade sexual consigo.
este item refere-se a qualquer atividade sexual coerciva, incluindo estupro, forçar a pessoa a toca-
lo(a) sexualmente, forçar a pessoa a se despir ou forçar alguém a assistir um ato sexual.
(8) (antes dos 15) envolveu-se deliberadamente na provocação de incêndio com a intenção de
causar sérios danos.
Comentário: o elemento crítico é a intenção, mais do que se o fogo causou ou não prejuízo severo.
(9) (antes dos 15) destruiu deliberadamente a propriedade alheia (diferente de provocação de
incêndio).
Comentário: este item refere-se a vandalismo contra propriedade com a intenção de destruir, mais
do que puramente como uma forma de expressão (ex.: pichar muros não se qualifica, mas quebrar
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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janelas, destruir uma casa, colocar sujeira no tanque de gasolina ou furar pneus se qualificam).
Atear incêndios está excluído deste item por ter sido coberto no item anterior.
(11) mente com freqüência para obter bens ou favores ou para evitar obrigações legais (isto é,
ludibria outras pessoas)
Comentário: esta questão refere-se a mentiras manipulativas. Não inclui mentir por outros motivos,
como evitar punições severas, colocar outra pessoa em apuros ou manter os pais a distância.
(12) roubou objetos de valor sem confronto com a vítima (por ex., furto em lojas, mas sem arrombar
e invadir; falsificação).
Comentário: este item não fala de roubar coisas triviais (ex.: doces) ou forjar assinaturas para coisas
que não sejam roubos.
(13) fugiu de casa à noite pelo menos duas vezes, enquanto vivia na casa dos pais ou lar adotivo (ou
uma vez, sem retornar por um extenso período).
--
(14) freqüentemente permanece na rua à noite, apesar de proibições dos pais, iniciando antes dos 13
anos de idade.
--
Critério A
(1) fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais, indicado
pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção.
Comentário: note que este item se refere a normas da sociedade em geral (como definido pelas leis
existentes), em oposição a algum subgrupo que possa fechar os olhos para certos comportamentos
ilegais. Os atos, todavia, devem ser anti-sociais em sua natureza – não atos de desobediência civil
(ex.: invadir durante protestos).
(2) propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os
outros para obter vantagens pessoais ou prazer.
Comentário: indivíduos com esta característica não têm consideração pela verdade e mentem para
explorar outras pessoas ou manter controle sobre elas. Este item não deve abranger mentir para
proteger a si mesmo(a) de algum mal (ex.: violência doméstica por parte do marido).
Comentário: este traço envolve tomar importantes decisões sem qualquer prudência ou
consideração das implicações para si mesmo(a) ou outras pessoas. Exemplos incluem viajar de
lugar para lugar sem um emprego pré-arranjado ou finanças adequadas, ou a falta de um endereço
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fixo por um período prolongado. Note que um escore “3” requer que a falta de planejamento seja
claramente irresponsável, não mera evidência de espontaneidade.
(4) irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas.
Comentário: atos agressivos que são necessários para defender a si mesmo ou alguém mais ou atos
que são necessários ao trabalho da pessoa não são incluídos como evidência deste traço.
Comentário: este item inclui situações em que a pessoa ignora a segurança de outras. Por exemplo,
a pessoa pode ser tão negligente quando cuida de uma criança que esta fica em situação perigosa
(ex.: permitir que uma criança perambule numa via movimentada).
(7) ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou
roubado outra pessoa.
Comentário: pessoas com este traço não têm qualquer remorso acerca das conseqüências de seus
atos anti-sociais, muitas vezes culpando as vítimas de serem estúpidas, desamparadas ou
merecedoras de seu destino ou também minimizando as conseqüências maléficas.
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
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1a7 7 Evitativo 4
8 a 15 8 Dependente 5
16 a 24 8 Obsessivo-compulsivo 4
25 a 32 7 Passivo- agressivo 4
33 a 40 7 Depressivo 5
41 a 48 7 Paranóide 4
49 a 59 9 Esquizotípico 5
60 a 65 7 Esquizóide 4
66 a 72 8 Histriônico 5
73 a 89 9 Narcisista 5
90 a 104 9 Borderline 5
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II
QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE
(Para ser usado em conjunto com a Entrevista Estruturada SCID-II)
Instruções:
Estas perguntas são sobre o tipo de pessoa que você geralmente é – ou seja, como você geralmente
se sentiu ou se comportou nos últimos anos. Circule “SIM” caso a pergunta se aplique a você
completamente ou em sua maioria. Circule “NÃO” caso a pergunta não se aplique a você. Se não
entender a pergunta ou não estiver seguro de sua resposta, deixe em branco.
01) Você tem evitado trabalhos ou tarefas que fazem com que NÃO SIM PQ4
tenha que lidar com muita gente?
02) Você evita se envolver com pessoas a menos que tenha certeza NÃO SIM PQ5
de que vão gostar de você?
03) Você acha difícil “se abrir” mesmo com pessoas de quem você NÃO SIM PQ6
é íntimo(a)?
04) Você muitas vezes se preocupa em ser criticado(a) ou NÃO SIM PQ7
rejeitado(a) em situações sociais?
05) Você geralmente é quieto(a) quando conhece pessoas novas? NÃO SIM PQ8
06) Você acredita que não é tão bom (boa), inteligente ou atraente NÃO SIM PQ9
quanto a maioria das outras pessoas?
07) Você tem medo de tentar coisas novas? NÃO SIM PQ10
08) Você precisa de muitos conselhos ou garantias de outras NÃO SIM PQ11
pessoas antes de poder tomar as decisões do dia-a-dia, como o
que vestir ou o que pedir num restaurante?
09) Você depende de outras pessoas para lidar com importantes NÃO SIM PQ12
áreas de sua vida, tais quais finanças, cuidado com crianças, ou
moradia?
10) Você acha difícil discordar das pessoas mesmo quando acha NÃO SIM PQ13
que elas estão erradas?
11) Você acha difícil começar ou trabalhar em tarefas quando não NÃO SIM PQ14
há alguém para lhe ajudar?
12) Você muitas vezes se ofereceu como voluntário(a) para fazer NÃO SIM PQ15
coisas desagradáveis?
13) Você normalmente se sente desconfortável quando está NÃO SIM PQ16
sozinho(a)?
14) Quando um relacionamento íntimo termina, você sente que NÃO SIM PQ17
tem que achar imediatamente outra pessoa para tomar conta de
você?
15) Você se preocupa muito em ser deixado(a) sozinho(a) ou ter NÃO SIM PQ18
que tomar conta de si mesmo(a)?
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 2
16) Você é o tipo de pessoa que se foca em detalhes, em ordem, NÃO SIM PQ19
trabalho (ou escola) que não tem mais tempo para outras
pessoas ou para simplesmente se divertir?
19) Você tem padrões muito elevados sobre o que é certo e o que é NÃO SIM PQ22
errado?
20) Você tem problemas em jogar coisas fora, por que elas podem NÃO SIM PQ23
25) Quando alguém lhe pede para fazer um trabalho do qual não NÃO SIM PQ28
“esquece” de fazer?
27) Você muitas vezes sente que outras pessoas não lhe entendem NÃO SIM PQ30
a começar a discutir?
29) Você descobriu que a maioria dos seus chefes, professores, NÃO SIM PQ32
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 3
31) Você muitas vezes reclama que já passou por mais coisas ruins NÃO SIM PQ34
32) Você muitas vezes se recusa irritadamente a fazer o que os NÃO SIM PQ35
33) Você normalmente se sente triste ou sente que a vida não tem NÃO SIM PQ36
graça?
34) Você acredita que basicamente é uma pessoa inadequada e NÃO SIM PQ37
35) Você muitas vezes se põe para baixo? NÃO SIM PQ38
36) Você fica pensando sobre as coisas ruins que aconteceram no NÃO SIM PQ39
37) Você muitas vezes julga severamente outras pessoas e vê NÃO SIM PQ40
38) Você acha que a maioria das pessoas basicamente não é boa? NÃO SIM PQ41
39) Você quase sempre espera que as coisas dêem errado? NÃO SIM PQ42
40) Você muitas vezes sente culpa por coisas que fez ou deixou de NÃO SIM PQ43
fazer?
41) Você muitas vezes tem que ficar de olhos abertos para impedir NÃO SIM PQ44
42) Você gasta muito tempo pensando se pode ou não confiar nos NÃO SIM PQ45
43) Você acha que é melhor não deixar outras pessoas saberem NÃO SIM PQ46
muito a seu respeito, pois elas poderiam usar isso contra você?
44) Você muitas vezes detecta insultos ou ameaças escondidas em NÃO SIM PQ47
45) Você é o tipo de pessoa que guarda rancores ou demora muito NÃO SIM PQ48
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 4
46) Tem muita gente que você não consegue perdoar por que NÃO SIM PQ49
48) Você muitas vezes suspeita que seu cônjuge ou parceiro(a) NÃO SIM PQ51
49) Quando você está em público e vê pessoas conversando, você NÃO SIM PQ52
50) Você muitas vezes tem a sensação de que coisas que não têm NÃO SIM PQ53
51) Quando você está com outras pessoas, você muitas vezes tem a NÃO SIM PQ54
52) Você já sentiu que pode fazer as coisas acontecerem apenas NÃO SIM PQ55
53) Você já teve experiências pessoais com o sobrenatural? NÃO SIM PQ56
54) Você acredita ter um “sexto sentido” que permite que você NÃO SIM PQ57
55) Você muitas vezes vê que objetos e sombras são na verdade NÃO SIM PQ58
56) Você já teve a sensação de que alguma pessoa ou força está ao NÃO SIM PQ59
57) Você muitas vezes vê auras ou campos de energia ao redor das NÃO SIM PQ60
pessoas?
58) Existem muito poucas pessoas das quais você seja realmente NÃO SIM PQ61
pessoas?
60) Não é importante para você ter relacionamentos íntimos? NÃO SIM PQ63
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 5
61) Você prefere fazer as coisas quase sempre sozinho(a) do que NÃO SIM PQ64
62) Você poderia estar feliz sem nunca estar sexualmente NÃO SIM PQ65
63) Existem realmente muito poucas coisas que lhe dão prazer? NÃO SIM PQ66
64) Você NÃO se importa com o que as pessoas pensam sobre NÃO SIM PQ67
você?
68) Você freqüentemente se percebe “dando em cima” das NÃO SIM PQ71
pessoas?
69) Você tenta chamar a atenção para você mesmo(a) através da NÃO SIM PQ72
70) Você freqüentemente faz questão de ser dramático(a) ou NÃO SIM PQ73
colorido(a)?
73) As pessoas freqüentemente não apreciam seus talentos ou NÃO SIM PQ76
74) As pessoas já lhe falaram que você tem uma opinião muito NÃO SIM PQ77
75) Você pensa muito sobre o poder, fama ou reconhecimento que NÃO SIM PQ78
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 6
76) Você pensa muito no romance perfeito que será em algum dia NÃO SIM PQ79
seu?
77) Quando você tem um problema, você quase sempre insiste em NÃO SIM PQ80
ser atendido(a) pela pessoa de maior prestígio (mais
importante)?
78) Você sente que é importante passar tempo com pessoas que NÃO SIM PQ81
79) É muito importante para você que as pessoas prestem atenção NÃO SIM PQ82
80) Você pensa que não é necessário seguir certas regras ou NÃO SIM PQ83
81) Você acredita que é o tipo de pessoa que merece tratamento NÃO SIM PQ84
especial?
82) Você freqüentemente acha necessário passar por cima dos NÃO SIM PQ85
83) Você freqüentemente tem que colocar as suas necessidades na NÃO SIM PQ86
84) Você freqüentemente espera que as outras pessoas façam o que NÃO SIM PQ87
85) Você realmente NÃO se interessa (é desinteressado) pelos NÃO SIM PQ88
86) As pessoas já reclamaram com você por não ouvi-las nem se NÃO SIM PQ89
87) Você freqüentemente sente inveja de outras pessoas? NÃO SIM PQ90
88) Você sente que os outros freqüentemente lhe invejam? NÃO SIM PQ91
89) Você acha que muito poucas pessoas merecem seu tempo e sua NÃO SIM PQ92
atenção?
90) Você muitas vezes ficou fora de si quando pensou que alguém NÃO SIM PQ93
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 7
91) Os seus relacionamentos com pessoas de quem gosta muito NÃO SIM PQ94
tem muitos altos e baixos extremos?
92) Você repentinamente mudou seu senso de quem você é e seu NÃO SIM PQ95
rumo?
93) O seu senso de quem você é freqüentemente muda NÃO SIM PQ96
drasticamente?
94) Você age diferente com pessoas ou situações diferentes, de NÃO SIM PQ97
maneira que às vezes você não sabe quem realmente você é?
95) Houve muitas mudanças súbitas em suas metas, planos de NÃO SIM PQ98
carreira, convicções religiosas, e assim por diante?
96) Você tem muitas vezes feito coisas impulsivamente? NÃO SIM PQ99
97) Já tentou se machucar ou se matar, ou ameaçou fazer isso? NÃO SIM PQ100
98) Você alguma vez se cortou, se queimou ou se arranhou de NÃO SIM PQ101
propósito?
99) Você tem muitas mudanças de humor súbitas? NÃO SIM PQ102
100) Você freqüentemente se sente vazio(a) por dentro? NÃO SIM PQ103
101) Você tem freqüentemente explosões de temperamento ou fica NÃO SIM PQ104
tão bravo(a) que perde o controle?
102) Você bate nas pessoas ou joga coisas quando fica nervoso(a)? NÃO SIM PQ105
103) Até mesmo as pequenas coisas o(a) deixam bravo(a)? NÃO SIM PQ106
104) Quando você está em momentos de muita tensão ou stress, NÃO SIM PQ107
você fica desconfiado(a) de outras pessoas ou especialmente
distraído(a)?
105) Antes de fazer 15 anos, você tiranizava ou ameaçava outras NÃO SIM PQ108
crianças?
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 8
106) Antes dos 15, você começava brigas? NÃO SIM PQ109
107) Antes de você fazer 15 anos, você machucou ou ameaçou NÃO SIM PQ110
alguém com uma arma, tal qual um bastão, tijolo, garrafa
quebrada, faca ou revólver?
108) Antes dos seus 15, você deliberadamente torturou alguém, ou NÃO SIM PQ111
causou a alguém algum sofrimento físico ou dor?
109) Antes dos seus 15 anos, você torturou ou machucou animais NÃO SIM PQ112
de propósito?
110) Antes dos seus 15 anos, você roubou, assaltou ou tirou NÃO SIM PQ113
violentamente algo de alguém ameaçando essa pessoa?
111) Antes dos seus 15 anos, você forçou alguém a fazer sexo com NÃO SIM PQ114
você, a tirar a roupa na sua frente, ou a tocar você
sexualmente?
112) Antes dos seus 15 anos, você já provocou incêndios? NÃO SIM PQ115
113) Antes dos seus 15 anos, você deliberadamente destruiu coisas NÃO SIM PQ116
que não eram suas?
114) Antes dos seus 15 anos, você arrombou casas, edifícios ou NÃO SIM PQ117
carros?
115) Antes dos seus 15 anos, você mentiu muito ou trapaceou NÃO SIM PQ118
outras pessoas?
116) Antes dos seus 15 anos, você às vezes roubava, furtava coisas NÃO SIM PQ119
ou falsificava assinaturas de alguém?
117) Antes dos seus 15 anos, você fugiu de casa e permaneceu fora NÃO SIM PQ120
a noite toda?
118) Antes dos seus 13 anos, você muitas vezes ficou até muito NÃO SIM PQ121
tarde fora de casa, muito tempo depois do tempo em que
deveria estar em casa?
119) Antes dos 13 anos, você muitas vezes matou aula? NÃO SIM PQ122
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II – QUESTIONÁRIO DE PERSONALIDADE 1
FOLHA DE RESPOSTAS**
Marque as respostas às perguntas do questionário nas colunas abaixo. Suas Iniciais: __________________________________
Se tiver qualquer dúvida, fale com o(a) entrevistador(a) Data de hoje: ____________________
1. NÃO SIM 16. NÃO SIM 31. NÃO SIM 46. NÃO SIM 61. NÃO SIM 76. NÃO SIM 91. NÃO SIM 106. NÃO SIM
2. NÃO SIM 17. NÃO SIM 32. NÃO SIM 47. NÃO SIM 62. NÃO SIM 77. NÃO SIM 92. NÃO SIM 107. NÃO SIM
3. NÃO SIM 18. NÃO SIM 33. NÃO SIM 48. NÃO SIM 63. NÃO SIM 78. NÃO SIM 93. NÃO SIM 108. NÃO SIM
4. NÃO SIM 19. NÃO SIM 34. NÃO SIM 49. NÃO SIM 64. NÃO SIM 79. NÃO SIM 94. NÃO SIM 109. NÃO SIM
5. NÃO SIM 20. NÃO SIM 35. NÃO SIM 50. NÃO SIM 65. NÃO SIM 80. NÃO SIM 95. NÃO SIM 110. NÃO SIM
6. NÃO SIM 21. NÃO SIM 36. NÃO SIM 51. NÃO SIM 66. NÃO SIM 81. NÃO SIM 96. NÃO SIM 111. NÃO SIM
7. NÃO SIM 22. NÃO SIM 37. NÃO SIM 52. NÃO SIM 67. NÃO SIM 82. NÃO SIM 97. NÃO SIM 112. NÃO SIM
8. NÃO SIM 23. NÃO SIM 38. NÃO SIM 53. NÃO SIM 68. NÃO SIM 83. NÃO SIM 98. NÃO SIM 113. NÃO SIM
9. NÃO SIM 24. NÃO SIM 39. NÃO SIM 54. NÃO SIM 69. NÃO SIM 84. NÃO SIM 99. NÃO SIM 114. NÃO SIM
10. NÃO SIM 25. NÃO SIM 40. NÃO SIM 55. NÃO SIM 70. NÃO SIM 85. NÃO SIM 100. NÃO SIM 115. NÃO SIM
11. NÃO SIM 26. NÃO SIM 41. NÃO SIM 56. NÃO SIM 71. NÃO SIM 86. NÃO SIM 101. NÃO SIM 116. NÃO SIM
12. NÃO SIM 27. NÃO SIM 42. NÃO SIM 57. NÃO SIM 72. NÃO SIM 87. NÃO SIM 102. NÃO SIM 117. NÃO SIM
13. NÃO SIM 28. NÃO SIM 43. NÃO SIM 58. NÃO SIM 73. NÃO SIM 88. NÃO SIM 103. NÃO SIM 118. NÃO SIM
14. NÃO SIM 29. NÃO SIM 44. NÃO SIM 59. NÃO SIM 74. NÃO SIM 89. NÃO SIM 104. NÃO SIM 119. NÃO SIM
15. NÃO SIM 30. NÃO SIM 45. NÃO SIM 60. NÃO SIM 75. NÃO SIM 90. NÃO SIM 105. NÃO SIM
**Adaptação: Nivea Melo
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo e Andréa Jannotti. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade do Eixo II do DSM-IV
Autores (USA):
Michael B.First, M.D.; Miriam Gibbon, M.S.W.; Robert L.Spitzer, M.D.; Janet B. W.Williams, D.S.W.
Biometrics Research Department / New York State Psychiatric Institute / Department of Psychiatry / Columbia
University / New York, New York, USA.
Lorna Smith Benjamin, PhD.
Department of Psychology / University of Utah / Salt Lake City, Utah, USA.
Todos os direitos são reservados. Este documento não pode ser reproduzido, todo ou em parte, ou cedido de qualquer forma,
incluindo fotocópias, nem armazenado em sistema informático, sem a autorização escrita prévia dos autores. Os pesquisadores e os
clínicos que trabalham em instituições públicas (como universidades, hospitais, organismos governamentais) podem solicitar uma
versão do SCID-II* para utilização no contexto estrito de suas atividades clínicas e de pesquisa, sem fins lucrativos.
Principal diagnóstico do Eixo II (o transtorno de personalidade que é – ou deveria ser – o principal foco de atenção
clínica):
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 2
Agora vou lhe perguntar sobre o tipo de pessoa que você é, ou seja, como você geralmente se sente
ou se comporta.
Você acha que o jeito normal com que reage às coisas ou se comporta com as pessoas já te causou
problemas com alguém? (em casa, no trabalho, na escola?) (de que jeito?)
Que tipo de coisas você fez que as outras pessoas podem ter considerado irritantes?
Se pudesse mudar sua personalidade de algum jeito, como você seria diferente?
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 3
1. Você disse que [você] tem evitado (1) evita atividades ocupacionais que ? 1 2 3
trabalhos ou tarefas que fazem com que envolvam contato interpessoal
tenha que lidar com muita gente. significativo por medo de crítica,
desaprovação ou rejeição.
2. Você disse que [você] evita se (2) reluta a envolver-se com pessoas, a ? 1 2 3
envolver com pessoas a menos que menos que tenha certeza de sua estima
tenha certeza de que vão gostar de você.
3. Você disse que [você] acha difícil “se (3) mostra-se reservado em ? 1 2 3
abrir” mesmo com pessoas de quem relacionamentos íntimos, em razão do
você é íntimo(a). medo de ser envergonhado ou
ridicularizado.
Por que isso? (você tem medo de rirem 3 = verdadeiro para quase todos os
de você ou de ser envergonhado(a)?) relacionamentos
6. Você disse que [você] acredita que (6) vê a si mesmo como socialmente ? 1 2 3
não é tão bom (boa), inteligente ou inepto, sem atrativos pessoais ou
atraente quanto a maioria das outras inferior
pessoas.
Transtorno de
Personalidade
Evitativo
11. Você disse que [você] acha difícil (4) dificuldade em iniciar projetos ou ? 1 2 3
começar ou trabalhar em tarefas quando fazer coisas por conta própria (em vista
não há alguém para te ajudar. de uma falta de autoconfiança em seu
julgamento ou capacidades, não por falta
de motivação ou energia)
12. Você disse que você [você] muitas (5) vai a extremos para obter carinho e ? 1 2 3
vezes se ofereceu como voluntário(a) apoio de outros, a ponto de voluntariar-
para fazer coisas desagradáveis. se para fazer coisas desagradáveis
15. Você disse que [você] se preocupa (8) preocupação irrealista com temores ? 1 2 3
muito em ser deixado(a) sozinho(a) de ser abandonado à sua própria sorte
para cuidar de si mesmo(a).
Transtorno de
Personalidade
Dependente
16. Você disse que [você] é o tipo de (1) preocupação tão extensa, com ? 1 2 3
pessoa que se foca nos detalhes, detalhes, regras, listas, ordem,
organização ou gosta de fazer listas e organização ou horários, que o ponto
agendas. principal da atividade é perdido
19. Você disse que [você] tem padrões (4) excessiva conscienciosidade, ? 1 2 3
muito elevados sobre o que é certo e o escrúpulos e inflexibilidade em assuntos
que é errado. de moralidade, ética ou valores (não
explicados por identificação cultural ou
religiosa)
Me dê alguns exemplos desses seus
altos padrões.
SE DÁ UM EXEMPLO RELIGIOSO:
Até mesmo as pessoas da sua religião
dizem que você é muito rígido(a) sobre
o que é certo e o que é errado?
22. Você disse que é [é] difícil gastar (7) adoção de um estilo miserável ? 1 2 3
dinheiro com você mesmo(a) ou com quanto a gastos pessoais e com outras
outras pessoas, mesmo quando você pessoas; o dinheiro é visto como algo
tem o suficiente para isso. que deve ser reservado para catástrofes
futuras
23. Você disse que você [você] muitas (8) rigidez e teimosia ? 1 2 3
vezes tem tanta certeza de estar certo(a)
que não se importa com o que as outras 3 = reconhece o traço ou isso lhe foi dito
pessoas dizem. por outras pessoas.
Transtorno de
Personalidade
Obsessivo-
Compulsivo
25. Você disse que quando alguém lhe (1) resistência passiva à realização de ? 1 2 3
pede para fazer um trabalho do qual não tarefas soc8ais e ocupacionais rotineiras.
gosta, [quando alguém lhe pede para fazer
um trabalho do qual não gosta,] você
responde “sim”, mas trabalha bem devagar
ou faz um trabalho ruim.
Me dê alguns exemplos.
27) Você disse que [você] muitas vezes (2) queixas de ser incompreendido e ? 1 2 3
sente que outras pessoas não lhe desconsiderado pelos outros.
entendem ou não apreciam o tanto que
você faz.
28) Você disse que [você] muitas vezes (3) mau humor e propensão a ? 1 2 3
fica mal humorado(a) ou mais discussões.
propenso(a) a começar a discutir.
30) Você disse que [você] muitas vezes (5) inveja e ressentimento para com ? 1 2 3
pensa que não é justo que outras pessoas aqueles que aparentemente são mais
tenham mais do que você tem. afortunados.
31) Você disse que [você] muitas vezes (6) queixas exageradas e persistentes de ? 1 2 3
reclama que já passou por mais coisas infortúnio pessoal.
ruins na vida do que o que seria normal.
Olhando para trás em sua vida, você 3 = diz que coisas ruins sempre
sente que coisas ruins estão sempre acontecem (não limitado a maus
acontecendo com você? momentos particulares na vida da
pessoa).
32. Você disse que [você] muitas vezes (7) alternância entre desafio hostil e ? 1 2 3
se recusa irritadamente a fazer o que arrependimento.
os outros pedem e depois se sente mal
e pede desculpas.
Transtorno de
Personalidade
Passivo-
Agressivo
? = informação insuficiente 1 = ausente ou falso 2 = subclínico 3 = limiar ou verdadeiro
* © 1997, First, M.B. et al. Tradução: Nivea Melo. Supervisão: Bernard Rangé. Atual (setembro, 2008).
SCID-II* – Entrevista Clínica Estruturada para transtornos de personalidade 13
33. Você disse que [você] normalmente (1) humor habitual dominado por ? 1 2 3
se sente triste ou sente que a vida não abatimento, tristeza, desânimo,
tem graça. descontentamento e infelicidade.
34) Você disse que [você] acredita que (2) autoconceito centralizado em crenças ? 1 2 3
basicamente é uma pessoa inadequada e de inadequação, inutilidade e baixa auto-
muitas vezes não se sente bem com você estima.
mesmo(a).
35) Você disse que [você] muitas vezes (3) críticas, acusações e autodepreciação ? 1 2 3
se põe para baixo.
40) Você disse que [você] muitas vezes (7) propensão a sentir culpa ou remorso. ? 1 2 3
sente culpa por coisas que fez ou deixou
de fazer.
Transtorno de
Personalidade
Depressivo
42) Você disse que [você] gasta muito (2) preocupa-se com dúvidas infundadas ? 1 2 3
tempo pensando se pode ou não confiar acerca da lealdade ou confiabilidade de
nos seus amigos ou nas pessoas que amigos ou colegas.
trabalham com você.
43) Você disse que [você] acha que é (3) reluta em confiar nos outros por um ? 1 2 3
melhor não deixar outras pessoas medo infundado9 de que essas
saberem muito a seu respeito, pois elas informações possam ser maldosamente
poderiam usar isso contra você. usadas contra si.
44) Você disse que [você] muitas vezes (4) interpreta significados ocultos, de ? 1 2 3
detecta insultos ou ameaças escondidas caráter humilhante ou ameaçador em
em coisas que as pessoas dizem ou observações ou acontecimentos
fazem. benignos.
47) Você disse que [você] muitas vezes (6) percebe ataques a seu caráter ou ? 1 2 3
fica zangado(a) ou ataca verbalmente reputação que não são visíveis pelos
quando alguém critica ou insulta você de outros e reage rapidamente com raiva ou
algum jeito. contra-ataque.
48) Você disse que [você] muitas vezes (7) tem suspeitas recorrentes, sem ? 1 2 3
suspeita que seu cônjuge ou parceiro(a) justificativa, quanto à fidelidade do
esteja sendo infiel. cônjuge ou parceiro sexual.
49. Você disse que quando você está em (1) idéias de referência (excluindo ? 1 2 3
público e vê pessoas conversando delírios de referência)
[quando está em público e vê pessoas
conversando, você] muitas vezes acha
que elas estão falando de você.
55) Você disse que [você] muitas vezes (3) experiências perceptivas incomuns, ? 1 2 3
vê que objetos e sombras são na verdade incluindo ilusões somáticas.
animais ou pessoas, ou que barulhos são
na verdade vozes humanas.
58) Você disse que existem [existem] (8) não tem amigos íntimos ou ? 1 2 3
muito poucas pessoas das quais você confidentes, exceto parentes em
seja realmente íntimo(a) fora da sua primeiro grau.
família imediata.
Quantos amigos íntimos você tem? 3 = não tem amigos íntimos (além dos
parentes em primeiro grau).
Transtorno de
Personalidade
Esquizotípico
60) Você disse que Não [não] é (1) não deseja nem gosta de ? 1 2 3
importante para você ter relacionamentos íntimos, incluindo fazer
relacionamentos íntimos. parte de uma família.
62) Você disse que [você] poderia estar (3) manifesta pouco, se algum, interesse ? 1 2 3
feliz sem nunca estar sexualmente em ter experiências sexuais com outra
envolvido(a) com alguém. pessoa.
65) Você disse que [você] acha que nada (7) demonstra frieza emocional, ? 1 2 3
o faz muito feliz ou muito triste. distanciamento ou afetividade embotada.
Transtorno de
Personalidade
Esquizóide
66) Você disse que [você] gosta de ser o (1) sente desconforto em situações nas ? 1 2 3
centro das atenções. quais não é o centro das atenções
Como você se sente quando você não é? 3 = sente-se desconfortável quando não
é o centro das atenções.
67) Você disse que [você] flerta muito. (2) a interação com os outros ? 1 2 3
freqüentemente se caracteriza por um
comportamento inadequado,
sexualmente provocante ou sedutor
(TAMBÉM CONSIDERAR
O COMPORTAMENTO
DURANTE A ENTREVISTA)
72) Você disse que [você] tem muitos (8) considera os relacionamentos mais ? 1 2 3
amigos dos quais você é íntimo(a). íntimos do que realmente são.
73) Você disse que as pessoas [as (1) sentimento grandioso da própria ? 1 2 3
pessoas] freqüentemente não apreciam importância (por ex., exagera
seus talentos ou realizações muito realizações e talentos, espera ser
especiais. reconhecido como superior sem
realizações comensuráveis)
Me dê um exemplo.
75) Você disse que [você] pensa muito (2) preocupação com fantasias de ? 1 2 3
sobre o poder, fama ou reconhecimento ilimitado sucesso, poder, inteligência,
que algum dia terá. beleza ou amor ideal
(Por que você tem que ver a pessoa mais 3 = reconhece o traço e dá pelo menos
importante?) um exemplo.
79) Você disse que é [é] muito (4) exigência de admiração excessiva. ? 1 2 3
importante para você que as pessoas
prestem atenção em você ou lhe 3 = reconhece o traço e dá pelo menos
admirem de algum modo. um exemplo.
80) Você disse que você [você] pensa (5) sentimento de intitulação, ou seja, ? 1 2 3
que não é necessário seguir certas regras possui expectativas irracionais de
ou convenções sociais quando elas estão receber um tratamento especialmente
no seu caminho. favorável ou obediência automática às
suas expectativas.
Me dê alguns exemplos.
3 = vários exemplos.
Por que você se sente desse jeito?
85) Você disse que [você] realmente (7) ausência de empatia: reluta em ? 1 2 3
NÃO se interessa (é desinteressado) reconhecer ou identificar-se com os
pelos sentimentos de outras pessoas. sentimentos e necessidades alheias
Fale mais sobre isso. (Com que 3 = reconhece o traço e dá pelo menos
freqüência você se sente deste jeito?) um exemplo.
(TAMBÉM CONSIDERAR
O COMPORTAMENTO DURANTE
A ENTREVISTA)
Transtorno de
Personalidade
Narcisista
90) Você disse que [você] muitas vezes (1) esforços frenéticos para evitar um ? 1 2 3
ficou fora de si quando pensou que abandono real ou imaginado. (Nota: Não
alguém de quem gostava realmente incluir comportamento suicida ou
estava deixando você. automutilante, coberto no Critério 5).
96) Você disse que [você] tem muitas (4) impulsividade em pelo menos duas ? 1 2 3
vezes feito coisas impulsivamente. áreas potencialmente prejudiciais à
própria pessoa (por ex., gastos
Que tipo de coisas? financeiros, sexo, abuso de substâncias,
direção imprudente, comer
(E sobre... compulsivamente). Nota: Não incluir
comportamento suicida ou
... comprar coisas que realmente não automutilante, coberto no Critério 5
conseguiria pagar?
3 = vários exemplos indicando um
... fazer sexo com pessoas que mal padrão de comportamento impulsivo
conhecia ou fazer sexo “inseguro”. (não necessariamente limitados aos
exemplos à esquerda).
... beber muito ou usar drogas?
97) Você disse que já tentou [já tentou] (5) recorrência de comportamento, ? 1 2 3
se machucar ou se matar, ou ameaçou gestos ou ameaças suicidas ou de
fazer isso. comportamento automutilante.
98) Você disse que [você] alguma vez 3 = dois ou mais eventos (quando não
se cortou, se queimou ou se arranhou de ocorrem durante um episódio depressivo
propósito. maior).
99) Você disse que [você] tem muitas (6) instabilidade afetiva devido a uma ? 1 2 3
mudanças de humor súbitas. acentuada reatividade do humor (por
ex., episódios de intensa disforia,
Fale mais sobre isso. irritabilidade ou ansiedade geralmente
durando algumas horas e apenas
(Por quanto tempo o “mal humor” dura? raramente mais de alguns dias).
Com que freqüência as mudanças de
humor acontecem? Quão subitamente 3 = reconhece o traço.
seu humor muda?)
101) Você disse que [você] tem (8) raiva inadequada e intensa ou ? 1 2 3
freqüentemente explosões de dificuldade em controlar a raiva (por ex.,
temperamento ou fica tão bravo(a) que demonstrações freqüentes de irritação,
perde o controle. raiva constante, lutas corporais
recorrentes)
104) Você disse que quando [quando] (9) ideação paranóide transitória e ? 1 2 3
está em momentos de muita tensão ou relacionada ao estresse ou severos
stress, você fica desconfiado(a) de sintomas dissociativos.
outras pessoas ou especialmente
distraído(a). 3 = vários exemplos que não ocorrem
exclusivamente durante um transtorno
Fale mais sobre isso. psicótico ou transtorno do humor com
características psicóticas.
Transtorno de
Personalidade
Borderline
105) Você disse que antes [antes] de (1) (antes dos 15) freqüentemente ? 1 2 3
fazer 15 anos, você tiranizava ou provoca, ameaça ou intimida outros.
ameaçava outras crianças.
106) Você disse que antes [antes] dos (2) (antes dos 15) freqüentemente inicia ? 1 2 3
15, você começava brigas. lutas corporais
107) Você disse que antes [antes] de (3) (antes dos 15) utilizou uma arma ? 1 2 3
você fazer 15 anos, você machucou ou capaz de causar sério dano físico a outros
ameaçou alguém com uma arma, tal qual (por ex., bastão, tijolo, garrafa quebrada,
um bastão, tijolo, garrafa quebrada, faca faca, arma de fogo).
ou revólver.
108) Você disse que antes [antes] dos (4) (antes dos 15) foi fisicamente cruel ? 1 2 3
seus 15, você deliberadamente torturou com pessoas
alguém, ou causou a alguém algum
sofrimento físico ou dor.
110) Você disse que antes [antes] dos (6) (antes dos 15) roubou com confronto ? 1 2 3
seus 15 anos, você roubou, assaltou ou com a vítima (por ex., bater carteira,
tirou violentamente algo de alguém arrancar bolsa, extorsão, assalto à mão
ameaçando essa pessoa. armada)
111) Você disse que antes [antes] dos (7) (antes dos 15) forçou alguém a ter ? 1 2 3
seus 15 anos, você forçou alguém a fazer atividade sexual consigo
sexo com você, a tirar a roupa na sua
frente, ou a tocar você sexualmente.
112) Você disse que antes [antes] dos (8) (antes dos 15) envolveu-se ? 1 2 3
seus 15 anos, você já provocou incêndios. deliberadamente na provocação de
incêndio com a intenção de causar sérios
danos
113) Você disse que antes [antes] dos (9) (antes dos 15) destruiu ? 1 2 3
seus 15 anos, você deliberadamente deliberadamente a propriedade alheia
destruiu coisas que não eram suas. (diferente de provocação de incêndio).
114) Você disse que antes [antes] dos (10) (antes dos 15) arrombou residência, ? 1 2 3
seus 15 anos, você arrombou casas, prédio ou automóvel alheios
edifícios ou carros?
116) Você disse que antes [antes] dos (12) roubou objetos de valor sem ? 1 2 3
seus 15 anos, você às vezes roubava, confronto com a vítima (por ex., furto em
furtava coisas ou falsificava assinaturas lojas, mas sem arrombar e invadir;
de alguém. falsificação)
117) Você disse que antes [antes] dos (13) fugiu de casa à noite pelo menos ? 1 2 3
seus 15 anos, você fugiu de casa e duas vezes, enquanto vivia na casa dos
permaneceu fora a noite toda? pais ou lar adotivo (ou uma vez, sem
retornar por um extenso período)
Isso foi mais de uma vez?
118) Você disse que antes [antes] dos (14) freqüentemente permanece na rua à ? 1 2 3
seus 13 anos, você muitas vezes ficou até noite, apesar de proibições dos pais,
muito tarde fora de casa, muito tempo iniciando antes dos 13 anos de idade.
depois do tempo em que deveria estar em
casa.
Critério C do
Vá para Transtorno de
transtorno de Personalidade
personalidade Anti-Social
sem outra satisfeito.
especificação na Continue na
próxima
página: 41
página.
Você já fez coisas que eram contra a lei – (1) fracasso em conformar-se às normas ? 1 2 3
mesmo se você não foi pego(a) – como sociais com relação a comportamentos
roubar, usar ou vender drogas, passar legais, indicado pela execução repetida
cheques sem fundos ou outras? de atos que constituem motivo de
detenção.
Você muitas vezes descobre que tem que (2) propensão para enganar, indicada por ? 1 2 3
mentir para conseguir o que você quer? mentir repetidamente, usar nomes falsos
ou ludibriar os outros para obter
vantagens pessoais ou prazer
Você muitas vezes faz coisas no calor do (3) impulsividade ou fracasso em fazer ? 1 2 3
momento sem pensar em como isso irá planos para o futuro
afetar a você mesmo ou a outras pessoas?
CASO SIM:
Quantas vezes isso aconteceu?
(Você acha que o que você fez foi errado 3 = não sente remorso acerca de diversos
de algum jeito?) atos antisociais.
Critério para
Transtorno de
Personalidade
Anti-social
satisfeito.
CRITÉRIO A, B e C SÃO 1 3
CODIFICADOS COMO “3”
Transtorno de
Personalidade
Anti-social