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SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI - UNIASSELVI

CURSO SUPERIOR DE NUTRIÇÃO

Tema: Hipertenção e Diabeticos

Aluno:
Maria Clarice Pietroski

Nutrição – 8º Semestre
Saúde Coletiva
Orientadora: Ana Paula Bispo dos Santos
Colíder- 2023
Hipertençaõ e Diabeticos

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma das mais graves doenças crônicas
não transmissíveis (DCNT), presente em praticamente todos os estratos sócio
econômicos no mundo (OLIVEIRA, 2011).

A hipertensão arterial é um grave problema de saúde pública e uma das doenças


crônicas responsáveis por expressivas taxas de internação, custos elevados com a
morbimortalidade associada à doença e comprometimento da qualidade de vida para os
portadores (DALLACOSTA, 2010).

Segundo o Ministério da Saúde, hipertensão arterial é quando a pressão que o


sangue faz na parede das artérias para se movimentar é muito forte, resultando em um
valor igual ou maior que 140/90mmHg (DALLACOSTA, 2010).

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, até o ano de 2020, as


condições crônicas em saúde serão responsáveis por 60% da carga global de doença
nos países em desenvolvimento, este cenário preocupante impõe a necessidade de
medidas inovadoras, que mudem a lógica atual de uma rede de serviços voltada ao
atendimento do agudo para uma rede de atenção às condições crônicas, (OMS, 2002).

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial


caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se
frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração,
encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente
aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais (VI DIRETRIZES
BRASILEIRA DE HERTENSÃO, 2010).

O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e


associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente
olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos. Pode resultar de defeitos de
secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por
exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à
ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros (BRASIL, 2006).
O diabetes é comum e de incidência crescente. Estima-se que, em 1995, atingia
4,0% da população adulta mundial e que, em 2025, alcançará a cifra de 5,4%. A maior
parte desse aumento se dará em países em desenvolvimento, acentuando-se, nesses
países, o padrão atual de concentração de casos na faixa etária de 45-64 anos (BRASIL,
2006).

FATORES DE RISCO

Fatores como idade, sexo e etnia, excesso de consumo de sódio, obesidade,


sedentarismo e antecedente familiar, apresentam relação direta com o risco de
desenvolver HA. Identificar precocemente fatores de risco e orientar mudanças de estilo
de vida para hábitos mais saudáveis tem impacto direto na redução de risco
cardiovascular e consequentemente redução de mortalidade.

Outros importantes fatores de risco de morbimortalidade cardiovascular estão


especialmente presentes no envelhecimento, quais sejam, o aumento das pressões
arterial sistólica e o aumento da pressão de pulso. Dados do Framingham Heart Study
mostraram que a pressão arterial sistólica (PAS) se eleva e a pressão arterial diastólica
(PAD) cai depois dos 60 anos tanto em normotensos como em hipertensos não tratados.
Este fato se justifica pelo gradativo estabelecimento do processo de aterosclerose e a
grande capacitância dos vasos observados com o envelhecimento (DAWBER, 1958).

Vários são os fatores que explicam a alta prevalência de diabetes neste grupo
etário, que pode chegar a mais de 20% em alguns estudos. Constituem fatores de risco
para esta doença a história familiar positiva, o sedentarismo, a obesidade principalmente
a visceroabdominal, a inatividade e a própria fragilização. O diabetes e a intolerância à
glicose não fazem parte do envelhecimento normal e chama a atenção o número de
indivíduos idosos que vivem com a doença sem ainda ter o diagnóstico.

TRATAMENTO

As doenças crônicas hipertensão arterial (HAS) e diabetes mellitus (DM) podem ser
controladas com medicamentos e escolhas de estilo de vida saudável, como atividade
física, dieta balanceada e abstinência de tabaco e bebidas alcoólicas. Ao contrário, as
duas doenças normalmente têm efeitos colaterais graves sendo como principal fator de
risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como infarto, acidente
vascular cerebral e insuficiência renal com necessidade de diálise, é visto como
extremamente perigoso, crucial para ser discutido. Quase metade dos brasileiros são
obesos, portanto é importante estar preocupado esta questão. O mais recente
levantamento do Ministério da Saúde mostra que o número de pessoas com excesso de
peso aumentou muito nos últimos anos: de 42,7% em 2006 para 48,5% em 2011.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

A hipertensão e o diabetes podem necessitar da assistência de outros profissionais


de saúde além do médico para o tratamento. Diante do exposto, a formação de uma
equipe multidisciplinar facilitará essa atuação diferenciada. Diante disso, a formação de
uma equipe multidisciplinar facilitará essa atuação diferenciada, as equipes podem
fornecer aos pacientes e à comunidade a motivação necessária para superar o desafio
de adotar comportamentos que tornem as ações efetivas e duradouras. Ao atender um
número maior de indivíduos, a adesão ao tratamento será notavelmente maior, e o
número de pacientes com pressão arterial controlada, níveis de glicose e adoção de
hábitos de vida saudáveis aumentarão posteriormente arterial.

ALIMENTAÇÃO

O açúcar, as gorduras saturadas e trans e o sódio fazem parte da tríade


dos nutrientes-alvo para o cuidado com os pacientes diabéticos e hipertensos. Diversos
estudos científicos afirmam que alimentos contendo esses nutrientes, quando

consumidos em excesso, podem contribuir para o surgimento de doenças


crônicas e complicações. São comumente encontrados em comidas
industrializadas, como doces, bebidas achocolatadas, temperos e caldos prontos,
embutidos, carnes salgadas e processadas, frituras, refrigerante light/dight e entre
outros. Já foram identificadas populações indígenas em que o sal não faz parte
da dieta e não foram encontrados casos de hipertensão(MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2013).

O diabetes e a hipertensão também são influenciadospor determinantes sociais da


saúde que variam de acordo com o território processo em que o paciente está inserido.
Dahlgren e Whitehead(1992) classificaramos determinantes sociais do processo
saúde doença em 3 níveis. Os determinantes distais incluem as condições
socioeconômicas, culturais e ambientais gerais. Os determinantes intermediários
são as condições de vida e de trabalho, como habitação, educação, produção
agrícola e de alimentos, água e esgoto. Já os determinantes proximais são
representados pelo estilo de vida e características individuais, como idade, sexo e
fatores hereditários. Para que haja eficiência na promoção da saúde é necessário a
intervenção em todos níveis(LIMA et al., 1989).

CONCLUSÃO

É necessária a conscientização da importância do controle do diabetes e


da hipertensão arterial diante da realidade descoberta. Nessa visão, o primeiro
passo na tentativa de desenvolver e estimular o processo de mudança de
hábitos e transformação do estilo de vida é a educação em saúde.
O estudo contribuiu para afirmar que a Educação em Saúde é capaz de
não somente mudar o comportamento alimentar, mas também estimular o
prazer em comer bem e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das
pessoas. Contudo, além de mudanças advindas do próprio indivíduo, é
importante a atuação do governo no quesito de disposição dos serviços de
saúde à essas pessoas.

REFERENCIAS:

BRASIL. Ministério de Estado de Saúde. PORTARIA Nº 399/GM DE 22 DE


FEVEREIRO DE 2006. Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e
aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Acesso em 10/11/2013.

DALLACOSTA, Fabiana Meneghetti; Dallacosta, Hotone. Nunes; Alessandra Daros.


Perfil de Hipertensos Cadastrados no Programa Hiperdia de uma Unidade Básica
de Saúde. Unoesc & Ciência – ACBS, Joaçaba, v. 1, n. 1, p. 45-52, jan./jun. 2010.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Avaliação de tecnologias em saúde: seleção de estudos


apoiados pelo Decit. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

OLIVEIRA, Esmeran das Dores Santos de. Estado nutricional de hipertensos de


uma estratégia de saúde da família do interior de Pernambuco, Brasil. Caruaru,
FAVIP, 2011. 30 f. : il. Disponível em: . Acesso em: 16 novembro, 2011.

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