Você está na página 1de 6

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que cerca de 600 milhões de pessoas

tenham Hipertensão Arterial (HA), com aumento global de 60% dos casos até 2025,
além de cerca de 7,1 milhões de mortes anuais. Esse alto índice causa um impacto
socioeconômico, pois há um grande aumento nos custos do sistema de saúde. Por
conta do menor custo e pela simplicidade, o Brasil adotou questionários para
informações autorreferidas. . Um exemplo é o Sistema de Vigilância de Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que indicou uma alta prevalência na ultima
década, atingindo cerca de 1/4 da população adulta.

Foi amplamente divulgada a relação entre prevalência de HA e aumento da idade. Na


faixa etária acima de 65 anos, a prevalência de HA foi superior a 60%, e pode ser
explicada por alterações biológicas próprias do envelhecimento, como o enrijecimento
da artéria aorta e maior resistência vascular periférica. A prevalência de HA foi mais
elevada entre os adultos de raça/cor de pele preta, seguidos dos brancos e pardos.
Entre homens, não houve diferença segundo raça/cor, agora entre as mulheres, foram
encontradas prevalências elevadas das pretas quando comparadas às brancas. Na
literatura, os prováveis fatores relacionados à maior prevalência de HA na população
negra podem estar relacionados à predisposição genética, às piores condições de vida,
ao menor acesso aos serviços de saúde e ao estresse devido à discriminação racial.

. Prevalência de hipertensão arterial autorreferida e IC95% em adultos (≥18 anos)


segundo fatores sociodemográficos, para as capitais brasileiras e Distrito
Federal. Vigitel, 2013.
O SUS oferece, de graça, tratamento, acompanhamento e medicamentos para controle
da doença: em 2019, foram realizadas mais de 28 milhões de consultas na Atenção
Primária e registradas 52 mil internações relacionadas à hipertensão.Para reforçar esse
cuidado na Atenção Primária, que é a porta de entrada do SUS, o Ministério da Saúde
já investiu mais de R$ 221 milhões para aumentar o atendimento às pessoas com
doenças crônicas não transmissíveis durante a pandemia da Covid-19 e lançou a
“Linha de Cuidado do Adulto com Hipertensão Arterial Sistêmica”, com o objetivo de
orientar o serviço de saúde para centrar o cuidado no paciente e em suas
necessidades. Além disso, o Brasil aderiu, em março, à estratégia internacional
HEARTS, que volta suas atenções para a saúde cardiovascular na Atenção Primária. O
termo HEARTS é um acrônimo que reúne os pilares da iniciativa(Hábitos saudáveis,
evidência, acesso a medicamentos, risco, trabalho em equipe e sistema), trata-se de
uma estratégia para melhoria da saúde cardiovascular na atenção primária à saúde
(APS). Constituída por sete módulos e um guia de implementação, apresenta uma
estrutura técnica que contempla ministérios da saúde de diversos países a reforçar o
controle das doenças cardiovasculares (DCV), como HA e diabetes mellitus (DM). Com
isto, a HEARTS, tem capacitação para melhorar o atendimento à população contra
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na APS por meio da organização das
diretrizes e do apoia à implementação de linhas de cuidado voltados aos agravos e
seus fatos de risco, como a promoção da alimentação saudável e da atividade física e
a redução do consumo de alcool e tabagismo.

Uma estratégia de promoção da saúde criado pelo SUS, é o Programa Academia da


Saúde (PAS), criado em 2011, onde é ofertada a prática de atividades físicas com
profissionais qualificados em espaços públicos, conhecido como polos. Além de
promover saúde, atuando na prevenção e controle de doenças crônicas, o PAS tem
atuação importante na melhoria de qualidade de vida da população, pois lida tanto com
aspectos sociais, quanto fisiológicos do processo súde-doneça. Entre 2010 e 2017 o
PAS foi implantado em 89 munícipios no estado de Pernambuco, estudos mostram que
a taxa de mortalidade global por hipertensão caiu em 12,8%, em pessoas de cor
parda/preta 12,5% e, em idosos maiores de 80 anos, ouve uma queda de 13,1%. A
realização do programa se mostrou concreta para reduzir a taxa de mortalidade nos
municípios tratados, indicando que o mesmo ajudou a controlar o avanço da
hipertensão. A prática de atividade física está totalmente ligada com a diminuição da
tensão arterial, juntando com uma alimentação adequada e balanceada, será notório a
melhora da qualidade de vida dos portadores de HA.

Impacto do Programa Academia da Saúde sobre a taxa de mortalidade por HAS.


Pernambuco, 2010 e 2017
A vigilância sanitária tem papel fundamental no funcionamento de uma Uan,
fiscalizando estabelecimentos que fabricam, transportam, produzem e comercializam
alimentos com encargo de propiciar as boas práticas na manipulação, identificando,
controlando e avaliando riscos físicos, químicos e biológicos que possam ter origem da
produção, até o consumo do alimento, minimizando os riscos para saúde da população.
As inspeções feitas pela vigilância sanitária buscam orientar, vistoriar e capacitar os
gestores e funcionários do estabelecimento, para evitar que os locais realizem suas
atividades com irregularidades. As formas de punição para estabelecimentos que
descumprem as regras podem variar de uma simples advertência em casos mais leves,
até uma interdição ou multa em casos mais graves.

A promoção da saúde visa melhorar e gerir a saúde e pode ser definida como: Uma
busca constante por meios para prevenir ou impedir, de maneira conveniente, o
processo de adoecimento. apresenta-se como um dos atributos únicos do processo de
cuidar que leva em conta as diferenças sociais, culturais e econômicas de cada lugar,
Além de identificar fatores externos e necessidades pessoais o que influenciar este
processo. A educação em saúde se representa como um método primordial para a
promoção da saúde, principalmente quando está inserida com equipes
multidisciplinares, pois incentiva o autocuidado e a aplicação na adoção de medidas
para o controle da doença.

* Características dos estudos sobre estratégias de promoção da saúde e


impactos na qualidade de vida de hipertensos, publicados no período de 2014 a
2019, Teresina, 2020
Embora os impactos positivos nas estratégias avaliadas sejam grandes, os
planejamentos para pessoas que sofrem de HA, são poucos, umas das causas pode
ser pelo pouco contato entre profissionais e pacientes nas práticas envolvidas.
Portanto, é aconselhável o uso de intervenções inovadoras, já que com o passar do
tempo ocorre a redução desses impactos pelo acomodamento.É de suma importância
aumentar a participação dos hipertensos na avaliação e realização das ações com as
equipes multidisciplinares, para um fortalecimento das atividades em grupo

Você também pode gostar