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OT-01

UBS CENTRO

ALUNOS: AFONSO PAULO, KAROLINE, NOELI ESPINDOLA, REGIS e PAULO HENRIQUE

1- Descrever a epidemiologia nacional, estadual e municipal das DCV (+frequentes na


rede de AB)
bruna
O Brasil é um país de dimensões continentais, com uma das maiores
desigualdades socioeconômicas, uma situação que inevitavelmente está
relacionada com maior mortalidade por doenças não transmissíveis, especialmente
DCV.9 O envelhecimento da população, globalização, urbanização com aumento
da obesidade e inatividade física são fatores determinantes desses números. Nas
últimas décadas, felizmente muito foi alcançado e reduzimos de modo expressivo a
mortalidade por essas condições em todos os estados. Entretanto, sabemos que
há muito a ser feito; existem desigualdades imensas nesses números, parte
expressiva relacionada a fatores como baixo nível de estrutura e recursos na
saúde, baixo nível socioeconômico e cultural da população. O mais preocupante é
saber que em condições de recursos escassos, os custos com tratamento das
DCV acabam drenando mais ainda os recursos existentes, gerando um círculo
vicioso de mais pobreza e atraso para o crescimento

As doenças cardiovasculares constituem atualmente um grave problema mundial de


saúde. No Brasil, este grupo de doenças é a primeira causa de óbito, tendo alta
prevalência nas internações.
Em Santa Catarina, as doenças do aparelho circulatório são as principais causas de
mortalidade, contribuindo com um terço do total das mortes. Também é preocupante
no Estado a quantidade de internações por doenças do aparelho circulatório.

A insuficiência cardíaca, a hipertensão, o acidente vascular cerebral, a angina pectoris


e o infarto agudo do miocárdio correspondem, juntos, a 11% do total de internações,
com uma leve tendência ascendente, apontando para necessidade de implementação
de serviços de controle e prevenção.

Mesmo quando não fatais, as doenças cardiovasculares levam, com freqüência, à


invalidez parcial ou total do indivíduo, com graves repercussões para sua vida, de sua
família e para a sociedade. Isso mostra que o investimento neste setor é decisivo não
só para garantir qualidade de vida, mas também evitar gastos desnecessários com
hospitalização, que a cada dia se torna mais cara em razão do alto grau de sofisticação
tecnológica em saúde. O diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares têm
apresentado enormes avanços nos últimos anos, com a introdução de novas técnicas
na rotina de atendimento. Entretanto, apesar deste avanço tecnológico, ainda
prevalece o alto o índice de óbitos precoces por esse grupo de doenças.
ESTRATÉGIA DE SAÚDE CARDIOVASCULAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, Brasilia
2022

2- Quais fatores de risco (estratificação de risco) modificáveis e não modificáveis nas DCV

Vários são os fatores de risco associados ao desenvolvimento de DCV, os quais


podem ser modificáveis e não modificáveis. Os fatores de riscos modificáveis
incluem hiperlipidemia, tabagismo, etilismo, hiperglicemia, obesidade,
sedentarismo, má alimentação e uso de contraceptivos; e os não modificáveis
incluem história familiar de DCV, idade, sexo e raça(3).

3- Quais são as ações de prevenção (exames de rastreio) nas DCV?

A Rede de Atenção Primária à Saúde desempenha um papel fundamental na prevenção e


controle das Doenças Cardiovasculares (DCV), tanto por meio de ações individuais quanto
coletivas. Aqui estão algumas estratégias propostas pela Atenção Primária para prevenir as
DCV:

Ações Individuais:

● Educação em Saúde: Promover a conscientização sobre os fatores de risco das DCV, os


benefícios de um estilo de vida saudável e as medidas preventivas.
● Avaliação de Risco Cardiovascular: Realizar avaliações regulares de saúde para
identificar fatores de risco individuais, como tabagismo, hipertensão arterial,
colesterol elevado, diabetes, obesidade e histórico familiar de DCV.
● Aconselhamento sobre Estilo de Vida Saudável: Oferecer orientações sobre dieta
equilibrada, atividade física regular, cessação do tabagismo, moderação no consumo
de álcool e controle do estresse.
● Monitoramento e Controle de Fatores de Risco: Monitorar e controlar a pressão
arterial, os níveis de colesterol e glicose no sangue, oferecendo tratamento e
acompanhamento adequados para indivíduos em risco.
● Promoção do Autocuidado: Incentivar os pacientes a assumir responsabilidade por sua
própria saúde, adotando medidas preventivas e aderindo ao tratamento prescrito.

Ações Coletivas:

● Programas de Promoção da Saúde: Desenvolver programas comunitários que


incentivem a adoção de hábitos saudáveis, como campanhas de alimentação saudável,
atividade física e combate ao tabagismo.
● Acesso Universal à Atenção Primária: Garantir que todos tenham acesso fácil e
oportuno aos serviços de saúde primários, incluindo triagem e tratamento para fatores
de risco cardiovascular.
● Integração com Outros Níveis de Atenção à Saúde: Estabelecer sistemas de referência
e contra-referência entre os serviços de Atenção Primária, Atenção Secundária e
Terciária para garantir uma abordagem coordenada e contínua ao cuidado do paciente
com DCV.
● Monitoramento Epidemiológico e Avaliação de Programas: Realizar monitoramento
contínuo da prevalência de DCV na população, bem como avaliar a eficácia das
intervenções e programas de prevenção em curso.
● Parcerias Inter setoriais: Colaborar com outras áreas governamentais, organizações
não-governamentais e setores da sociedade civil para implementar políticas de saúde
pública que abordem os determinantes sociais das DCV, como habitação, transporte,
educação e emprego.

4 - Quais os tratamentos medicamentosos disponíveis na rede publica?

1. Atenolol

É um betabloqueador usado para tratar hipertensão e doenças cardíacas como angina e


arritmias. Ele age bloqueando os efeitos da adrenalina e reduzindo a frequência cardíaca,
diminuindo a pressão arterial e o esforço do coração.

2. Enalapril
É um inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA), utilizado para tratar hipertensão e
insuficiência cardíaca. Ele relaxa os vasos sanguíneos e reduz a resistência ao fluxo sanguíneo,
além de diminuir a quantidade de água retida pelo organismo.

3. Losartana

É um antagonista do receptor de angiotensina II, também usado para tratar hipertensão e


insuficiência cardíaca. Ele relaxa os vasos sanguíneos e diminui a pressão arterial, além de
reduzir a carga sobre o coração.

4. Varfarina

É um anticoagulante oral utilizado para prevenir a formação de coágulos sanguíneos que


podem causar acidentes vasculares cerebrais (AVC) ou ataques cardíacos. Ela interfere no
processo de coagulação do sangue.

5. Digoxina

É um medicamento usado para tratar a insuficiência cardíaca e algumas arritmias. Ele ajuda o
coração a bombear sangue de forma mais eficiente, aumentando a força das contrações
cardíacas

6. Nitrato de isossorbida

O nitrato de isossorbida é um medicamento que age dilatando os vasos sanguíneos e


aumentando o fluxo de sangue para o músculo cardíaco. Isso ajuda a aliviar os sintomas da
angina de peito, como dor no peito, ao melhorar o suprimento de oxigênio para o coração.

7. Espironolactona

É um diurético poupador de potássio utilizado no tratamento da insuficiência cardíaca e


hipertensão. Ele ajuda a reduzir a retenção de fluidos e a sobrecarga no coração.

8. Propranolol

É um betabloqueador usado para tratar hipertensão, angina e arritmias. Ele reduz a frequência
cardíaca e diminui a pressão arterial.

9. AAS (ácido acetilsalicílico)

Embora não seja específico para doenças do coração, o AAS é frequentemente usado como
antiplaquetário para prevenir coágulos sanguíneos que podem causar ataques cardíacos.

10. Hidroclorotiazida
É um diurético utilizado para tratar hipertensão. Ele ajuda a remover o excesso de sal e água
do corpo, reduzindo o volume sanguíneo e a pressão nas artérias.

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5-Quais as políticas públicas para as DCV

Estratégia de Saúde Cardiovascular na Atenção Primária


Essa estratégia foi lançada em outubro de 2021 pelo Ministério da Saúde e orienta que
os municípios avancem e implementem ações de promoção da saúde e prevenção de
doenças cardiovasculares no âmbito da atenção primária; assim como em ações de
educação em saúde e capacitação de profissionais e gestores; de qualificação no
cuidado (com estímulo ao rastreamento, diagnóstico precoce e estratificação do risco
cardiovascular) e de fortalecimento dos processos de gestão.
Para somar com o objetivo, os gestores contam, ainda, com materiais de apoio
ofertados pelo Ministério da Saúde no site da APS e também com o instrutivo
da Estratégia de Saúde Cardiovascular na Atenção Primária à Saúde direcionado a
profissionais e gestores.
Ao considerar o cenário das DCV no País e ao reconhecer a APS como primeiro ponto
de contato do usuário com o Sistema Único de Saúde e com potencialidade para o
desenvolvimento de ações de promoção da saúde, prevenção e cuidado a esses
indivíduos (26, 33-35, 37), a Estratégia de Saúde Cardiovascular (ECV) para a Atenção
Primária foi formulada para atender os seguintes objetivos: „ Qualificar a atenção
integral para prevenção e controle das doenças cardiovasculares na APS. „ Dar suporte
ao desenvolvimento de ações para prevenção e controle das doenças cardiovasculares
no âmbito da APS, com ênfase às condições consideradas fatores de risco, como HAS e
DM. „ Promover o controle dos níveis pressóricos e glicêmicos, a adesão ao
tratamento e a redução nas taxas de complicações, internações e morbimortalidade
por doenças cardiovasculares. Assim, por meio da Portaria GM/MS n.º 3.008, de 4 de
novembro de 2021, publicado 5 de novembro de 2021, no Diário Oficial, Edição 208,
seção 01, página 65 a 66 (42), instituiu-se os seguintes eixos de ações estratégicas a
serem incentivadas nos municípios e no Distrito Federal, com apoio dos entes
estaduais e federal:
Promoção da saúde e prevenção das doenças cardiovasculares no âmbito da APS
Educação em saúde e capacitação de profissionais e gestores, incluindo estratégias de
autocuidado e outras ferramentas para promover a qualificação do cuidado e o
aumento da adesão ao tratamento
Rastreamento, estratificação do risco cardiovascular, diagnóstico precoce e
aperfeiçoamento dos processos de cuidado
Fortalecimento dos processos de gestão, melhorias na estrutura física dos
estabelecimentos de saúde da APS, organização dos processos de trabalho e
disponibilidade de equipamentos para o cuidado
Fomento à produção de pesquisa em DCV para inovações assistenciais e de gestão nas
temáticas relacionadas à prevenção e controle das DCV no âmbito da APS
Cada município, para a implementação da ECV no município, sugere-se a elaboração
de um plano de ação, com objetivo de definir os pontos críticos a serem trabalhados e
as iniciativas que poderão auxiliar na organização do cuidado às pessoas com doenças
crônicas
Sendo assim elabora o plano com as estratégias:
Selecionar quais ações estratégicas serão realizadas nos municípios
Identificar parcerias intersetoriais no território para a implementação das ações
estratégicas
Elaborar cronograma de trabalho para a execução das ações estratégicas selecionadas
Mapear recursos complementares para implementação das ações estratégicas

ESTRATÉGIA DE SAÚDE CARDIOVASCULAR NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, Brasilia


2022

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