Você está na página 1de 7

ANA CLARA DIAS

MEDICINA – IOTA

DOENÇA CORONÁRIA: MEDICINA DO ESTILO DE VIDA

CAÇADOR
2023
INTRODUÇÃO

A doença arterial coronariana (DAC) é uma condição cardiovascular de


grande gravidade e que afeta inúmeras pessoas em todo o mundo. Esta,
ocorre quando as artérias que são responsáveis por fornecimento de sangue e
oxigênio (artérias coronárias) ficam afuniladas ou obstruídas por conta de um
grande acúmulo de placas de gordura.
Embora fatores genéticos tenham muita relação com a predisposição à
doença coronariana o estilo de vida apresenta-se com papel muito importante
no desenvolvimento e progressão da doença e ainda, estão entre os fatores
principais de causa, a diabete mellitus, hipertensão, dislipidemia e
aterosclerose. É uma rede de causalidade bastante vasta, então vários riscos
podem estar relacionados de forma direta ou indireta com a doença
coronariana.

O ESTILO DE VIDA E A DOENÇA CORONARIANA

O estilo de vida que o indivíduo leva afeta drasticamente de forma


positiva ou negativa a sua vida. Nesse sentido, impacta no desenvolvimento e
na progressão da doença coronariana. Então uma alimentação que seja
inadequada, rica em gorduras saturadas, sódio e colesterol faz com que a
probabilidade de desenvolvimento de doenças cardiovasculares seja muito
maior.
Ainda, o consumo em excesso de alimentos processados,
ultraprocessados, fast food, refrigerantes e massas, prejudicam o organismo e
seu funcionamento adequado, podendo ainda resultar em ganho de peso,
aumento dos níveis de colesterol no sangue o que por sua vez, predispõe a
obstrução nas artérias coronarianas.
Além disso, a falta de exercícios físicos regulares, tabagismo, excesso
de álcool e o estresse crônico também possuem associações diretas com o
desenvolvimento de doença arterial coronariana.
Outro fator correlacionando a falta de atividade física é o sedentarismo
que pode levar a uma grande rede de ocasionalidades prejudiciais à saúde
como a obesidade, hipertensão e diabetes, fatores de risco significativos para o
desenvolvimento da DAC.
A exposição aos agentes tóxicos presentes no tabaco, desencadeia
respostas fisiológicas negativas ao corpo, como o aumento da pressão arterial
e frequência cardíaca. Ademais, o tabagismo pode diminuir os níveis de
colesterol bom (HDL) e aumentar os níveis de colesterol ruim (LDL).
Já o estresse crônico e o consumo excedente de álcool podem
desencadear hipertensão, arritmia cardíaca e fraqueza cardíaca o que
ocasiona no aumento de chances de desenvolver complicações
cardiovasculares.
E tudo isso pode contribuir para o desenvolvimento da aterosclerose,
que é a formação das placas de gordura nas artérias coronárias.

Dessa maneira, manter uma alimentação saudável e equilibrada somada


a prática de exercícios físicos, desempenha um papel de extrema importância
na prevenção da doença arterial coronariana. Não obstante, evitar o consumo
excessivo de alimentos ricos em gorduras, principalmente gorduras saturadas,
colesterol, sódio, e, optar por uma dieta composta por frutas, legumes, grãos,
peixes e nozes é essencial para a longevidade.
SINTOMAS E TRATAMENTO DA DAC

A pessoa que apresenta a doença arterial coronariana pode apresentar a


angina que é uma forte dor e desconforto no peito, a qual é ocasionada quando
há uma redução temporária do fluxo sanguíneo para o musculo cardíaco. É um
sintoma muito descrito como uma pressão, aperto, queimação ou sensação de
peso no peito. E a angina pode ainda irradiar para os braços, pernas, costas e
até mesmo estomago. São muito comuns ainda, sintomas como falta de ar,
fadiga, palpitações, tontura e desmaio.
A doença coronária devido ao aumento de placas de gordura nas
artérias coronarianas, reduz o fluxo sanguíneo e a oferta de sangue para o
coração do portador e isso faz com que a pessoa tenha falta de ar durante
atividades físicas e até mesmo em ócio.
É importante ressaltar, que nem todo portador da doença coronariana
apresenta sintomas, muitas vezes ela pode ser uma doença silenciosa, isto é,
sem sinais evidentes, o que é conhecido como doença coronariana
assintomática. Entretanto, mesmo nas pessoas em que a doença não se
apresenta com sinais perceptíveis, ela requer tratamento e gerenciamento
adequado e frequente para reduzir risco de complicações graves, como um
ataque cardíaco por exemplo. Logo, é essencial que exames e consultas com
um médico sejam feitos regularmente, juntamente com o seguimento das
orientações do profissional de saúde, principalmente se houver fatores de risco
presentes.
As principais abordagens no tratamento da DAC são mudanças no estilo
de vida, o que é fundamental para tratar a doença e inclui alimentação
adequada e balanceada, com frutas, verduras, grãos integrais e prática regular
de atividade física, além de ser importante evitar alimentos ricos em gorduras
saturadas.
A adequação medicamentosa é muito importante no tratamento também.
Pode incluir medicamentos para a redução do colesterol, controle da pressão
arterial e prevenção da formação de coágulos sanguíneos.
Há muitos casos em que são necessários procedimentos invasivos,
como a angioplastia que envolve a colocação de um cateter na artéria
coronária obstruída e após isso a inserção de um balão que se infla com o
intuito de abrir a artéria e fazer com que o fluxo sanguíneo seja restaurado,
ainda, a colocação de Stent, um dispositivo em forma de tubo o qual é posto na
artéria com a intenção de não deixar que ela se estreite novamente. Em casos
mais graves a cirurgia de revascularização miocárdica que acontece quando há
a obstrução de múltiplas artérias coronarianas, é um procedimento
popularmente conhecido por ponte safena, utiliza de enxerto de vasos
sanguíneos saudáveis, geralmente retirados das veias das pernas e através
deles são criados desvios ao redor das artérias coronárias que estão
bloqueadas com placas de gordura.
O tratamento que um portador da doença coronariana deve seguir para
obter uma qualidade de vida da melhor forma possível, visa reduzir os sintomas
ao máximo, melhorar então a qualidade de vida, prevenir complicações e
reduzir o risco de imprevistos adversos relacionados a saúde cardiovascular. O
plano de tratamento é individualizado e pode variar de acordo com a gravidade
da doença do portador, os sintomas que ele apresenta e fatores intrínsecos de
cada paciente.

CONCLUSÃO

Portanto, a doença arterial coronariana é uma condição de extrema


seriedade, com um nível de complexidade elevado e que pode ser influenciada
de maneira significativa pelo estilo de vida da pessoa. Há uma relação de nível
elevado no que diz respeito as escolhas pouco saudáveis, como alimentação
desajustada, sedentarismo, estresse crônico, tabagismo, uso exacerbado de
álcool e o desenvolvimento e a progressão da doença arterial coronariana.
Ao mesmo tempo que o estilo de vida pode ocasionar na infelicidade da
DAC, ele pode ser uma poderosa ferramenta de prevenção e controle desta
enfermidade. Nesse sentido, é de suma importância que indivíduos portadores
diagnosticados com a doença ou aqueles que possuem taxas de risco elevadas
para o desenvolvimento dela, adotem mudanças no estilo de vida, busquem
apoio médico ou de uma assistência de saúde para reduzir a progressão da
doença ou até mesmo evitar ela e dessa maneira conseguir ter uma melhor
qualidade de vida.
Imprescindível é que haja a promoção de uma conscientização continua
a respeito da importância de um estilo de vida saudável para prevenção e
combate da doença arterial coronariana. Que pode acontecer através de
mudanças positivas nos hábitos de vida, para que assim a massa da população
saiba que com tais medidas é possível fortalecer a saúde cardiovascular e viver
uma vida longeva sem complicações com DAC.
REFERÊNCIAIS

MARTINEZ, Daniel Godoy et al. Impacto da mudança do estilo de vida na


doença arterial coronariana: papel do exercício físico e da terapia
nutricional. Revista SOCESP, v. jan./fe/mar. 2008, n. 1, 2008

BONETTI, Albertina; SILVA, Denise Guerreiro V. da; TRENTINI, Mercedes. O


método da pesquisa convergente assistencial em um estudo com pessoas com
doença arterial coronariana. Escola Anna Nery, v. 17, p. 179-183, 2013.

GIANNOTTI, Anency. Prevenção da doença coronária: perspectiva psicológica


em um programa multiprofissional. Psicologia USP, v. 13, p. 167-195, 2002.

CESAR, L. A. et al. Diretriz de doença coronária estável. Arquivos brasileiros


de cardiologia, v. 103, p. 01-59, 2014.

MANSUR, Antonio de Pádua et al. Diretrizes de doença coronariana crônica


angina estável. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 83, p. 2-43, 2004.

Você também pode gostar