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DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO

CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE SEIXAL


Curso: Técnico Auxiliar de saúde
UFCD:6566-Noções Gerais Sobre o Sistema Circulatório e Respiratório

Doença vascular periférica

Trabalho de Grupo Realizado por:


Formanda: Isabel Manuel
Formanda: Vilma Kiffen
Formadora: Elsa Maria Cruz Palheira Figueiredo

09/09/2022
INTRODUÇÃO

Este trabalho foi realizado no âmbito da UFCD:6566-Noções Gerais Sobre o Sistema Circulatório e
Respiratório. Embora o conceito de saúde englobe não só o estado físico, mas também os estados mental, social
e espiritual, neste trabalho centramo-nos particularmente na doença vascular periférica ,consequentemente nesta
temática aqui desenvolvida reunimos a nossa atenção nos seguintes temas:

Definição;
Causas;
Sintomas;
Fatores de risco;
Diagnostico;
Tratamento;
Prevenção .
O QUE É DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA ?

A doença vascular periférica é qualquer doença dos vasos sanguíneos (vascular) que ocorra na «periferia» do
corpo. Ou seja, fora do coração e do cérebro. É mais frequente nos membros inferiores. No entanto, pode afetar
quaisquer vasos do sistema circulatório. Ainda assim, a mais comum é a doença arterial periférica, que afeta as
artérias. Tanto que muitas vezes os termos são usados como sinónimos. Estima-se que afete 3 a 10% da
população e é mais prevalente a partir dos 50 anos.
CAUSAS DA DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA
A DVP acontece quando existe um acúmulo de material gorduroso, chamado placa, dentro das
artérias. Essa doença também é chamada de arterosclerose ou endurecimento das artérias.

Os acúmulos de gordura (também chamados de calcificações) podem fazer com que as artérias
endureçam (calcifiquem-se) e tornem-se mais estreitas ou bloqueadas, limitando o fornecimento do
sangue rico em oxigênio pelo corpo. Isso pode causar diferentes problemas de saúde, dependendo de
quais artérias são bloqueadas.

Anatomia dos membros inferiores com DVP


SINTOMAS DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA

Esses sintomas podem incluir:

Dor ou cansaço nos membros inferiores


Dor no glúteo
Sensação de queimação ou dormência nos pés
Feridas ou rachaduras na pele das pernas e pés
Perda de pelos nos pés ou dedos dos pés
Dor nos pés ou dedos dos pés em repouso
Mudanças na cor da pele (avermelhada, azulada ou uma coloração
esbranquiçada)
Diminuição da temperatura da pele
Impotência (incapacidade de obter ou manter uma ereção)
FATORES DE RISCO DA DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA

Milhões de pessoas em todo o mundo possuem DVP ou correm o risco de desenvolver a doença. Muitas pessoas que sofrem da
doença nunca são diagnosticadas ou tratadas.

Alguns fatores de riscos da DVP são:


Diabetes, em particular não controlados (valores de glicose altos);
Tabagismo (ser fumador);
Alto nível de gordura no sangue (colesterol ou triglicerídeos);
Tensão arterial alta (hipertensão- valores de pressão arterial superiores a 140/90);
Idade (acima dos 50 anos há maior risco);
História familiar de doença cardíaca ou vascular;
Falta de exercício físico.
Alguns fatores de risco podem ser modificados. Os doentes podem deixar de fumar,
perder peso, fazer exercício físico, controlar a diabetes, o colesterol e a pressão
arterial.
DIAGNÓSTICO DA DOENÇA VASCULAR
PERIFÉRICA
Muitas vezes, não é diagnosticada, o que aumenta o risco de complicações. O exame médico é muito útil porque
permite detetar diversos sinais de enfermidade como a coloração das pernas (mais pálidas), a presença de pelos
(que não crescem ou caem devido a insuficiência de sangue), a sensibilidade da pele, a existência de feridas e a
presença ou ausência de pulsos em diversos pontos dos membros inferiores.
Esses elementos, em conjunto com a história de doenças pré-existentes (tabagismo, colesterol alto, diabetes,
obesidade, hipertensão) são quase sempre suficientes para um diagnóstico que deve ser confirmado mediante a
realização de exames de imagem. Esses permitem uma melhor definição da localização e extensão do problema e
são essenciais no planeamento do tratamento, médico ou cirúrgico.
O exame inicial é o Eco Color Doppler, um ultrassom especial que avalia o fluxo de sangue nos vasos e permite
identificar a presença de obstruções. Em alguns casos, podem ser solicitados angiotomografia, angiorressonância
ou arteriografia.
TRATAMENTO DA DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA

O tratamento da DAP leve envolve modificação dos fatores de risco, exercícios,


fármacos antiplaquetários e cilostazol ou, possivelmente, pentoxifilina, se
necessário, para tratar sintomas. A DAP grave geralmente requer angioplastia ou
revascularização miocárdica, podendo ser necessária a amputação.
Até há poucos anos, os casos graves de doença arterial periférica com indicação
cirúrgica eram submetidos a cirurgia clássica, aberta, de “bypass”, para resolução
das obstruções em doentes graves.
Com o desenvolvimento de técnicas e dispositivos endovasculares passou agora a
ser possível tratar muitos desses doentes com intervenções minimamente
invasivas. Os resultados destas abordagens são semelhantes aos da cirurgia
clássica, mas o risco de morbilidade e mortalidade é inferior.
Em doentes diabéticos, nos quais a doença arterial periférica tem uma localização
preferencial abaixo do joelho e que muitas vezes não podem ser submetidos a
cirurgia aberta, estas novas técnicas minimamente são hoje soluções essenciais e
definitivas para o tratamento de feridas, com ótimos resultados imediatos.
PREVENÇÃO DA DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA

A prevenção
Ajustes no estilo de vida mantêm os vasos sanguíneos saudáveis por mais tempo: vale parar de
fumar, perder peso e controlar a pressão arterial e a glicemia. Exercícios físicos, além de melhorar
a circulação, combatem a maioria dos processos que levam à DAP, como obesidade.
A dieta equilibrada também faz diferença. Frutas, legumes e verduras oferecem substâncias com
ação antioxidante e anti-inflamatória, que fazem bem para as artérias. Já gorduras saturadas, sal e
açúcar devem ser consumidos com moderação.
CONCLUSÃO

A doença vascular periférica (DVP) é uma condição quase pandêmica que tem o potencial de causar
perda de membros ou até mesmo perda de vidas. A PVD se manifesta como perfusão tecidual
insuficiente iniciada por aterosclerose existente, agravada agudamente por êmbolos ou trombos.
Muitas pessoas convivem diariamente com graus significativos de PVD; no entanto, em situações
como isquemia aguda de membros, esta doença latente pode subitamente tornar-se uma ameaça à
vida e necessitar de intervenção de emergência para minimizar a morbidade e mortalidade.
Em adultos saudáveis, o sangue flui livremente pelas veias e artérias como um riacho. No entanto,
quando esse fluxo fica cheio, o fluxo sanguíneo pode ser restrito. A doença vascular periférica, ou
PVD, é um distúrbio sistêmico que envolve o estreitamento dos vasos sanguíneos periféricos (vasos
situados longe do coração ou do cérebro) como resultado de arteriosclerose ou acúmulo de placa.
Isso pode acontecer com veias ou artérias.
Quando a placa se acumula, pode resultar em coágulos sanguíneos e limitar perigosamente a
quantidade de oxigênio que circula nos braços e pernas. A condição geralmente causa dor e
desconforto ao caminhar. Se a doença vascular periférica não for tratada, há uma chance de
progredir para isquemia crítica do membro, um estágio grave da DVP que pode resultar na perda de
um membro afetado. Mas se detetada em seus estágios iniciais, a doença vascular periférica é uma
doença tratável e reversível.
Referências bibliográficas
https://www.rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/download/10785/10521
https://www.cardio365.pt/saber/o-que-e-a-doenca-vascular-periferica/#
https://www.cardio365.pt/contactos/
https://www.medtronic.com/br-pt/your-health/conditions/peripheral-arterial-disease.html
http://metis.med.up.pt/index.php/Doen%C3%A7a_Arterial_Perif%C3%A9rica
https://www.hospitaldaluz.pt/pt/dicionario-de-saude/doenca-arterial-periferica
https://
www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7as-arteriais-perif%C3%A9ricas/oclus%C3%A3o-
arterial-perif%C3%A9rica-aguda
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/cirurgia-vascular/doenca-arterial-periferica/

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