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Hipertensão
Arterial
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO
ESCOLA DE ENFERMAGEM ALFREDO PINTO - EEAP
LIGA ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA E PNEUMOLOGIA - LACAP
ORGANIZADORES
COORDENADORAS
4
Renata Flávia Abreu
Andressa Teoli Nunciaroni4
AUTORES
Amanda Mafra Rodrigues¹
Ana Carolina Almeida Gonçalves¹
Beatriz Deloca Lima¹
Caroliny Suhet Xavier Ferreira¹
Dominique Furtado da Silva Conceição¹
Juliana Resende Corrêa Lima¹
Raquel Sangy da Costa Guimarães³
Regerliane Kamila da Silva²
Wesley Martins de Souza¹
Yasminn Benevides Adba¹
ARTE
Caroliny Suhet Xavier Ferreira¹
Dominique Furtado da Silva Conceição¹
2. O CORAÇÃO________________________________________________05
3. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS_______________________________06
3.1 - Esquema de triagem e diagnóstico da HAS________07
4. FATORES DE RISCO________________________________________08
5. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO______________________________12
6. PREVENÇÃO________________________________________________14
8. TERAPIA MEDICAMENTOSA______________________________19
9. CONSEQUÊNCIAS DA HAS________________________________21
9.1 - Acidente vascular encefálico______________________22
9.2 - Infarto agudo do miocárdio________________________24
9.3 - Doença renal crônica______________________________24
9.4 - Doença vascular periférica________________________25
10 . EQUIPE MULTIDISCIPLINAR_____________________________25
1. Epidemiologia
Segundo a Vigilância de Fatores de Risco
e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2019,
no Brasil o perfil de maior prevalência
está entre mulheres e pessoas adultas
com 65 anos ou mais, chegando a
acometer 59,3% dos adultos. 04
2. O Coração
O coração trabalha como uma bomba que projeta o
sangue para frente quando se contrai (sístole ou
máxima), esvaziando-o e levando ao enchimento das
artérias através da aorta.
Sístole ou Diástole ou
Contração Relaxamento
Fonte: https://www.diferenca.com/sistole-e-diastole/
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3. Critérios Diagnósticos
O diagnóstico deve ser traçado a partir da medida da
pressão arterial (PA) em consultas com médico e
enfermeiro, da obtenção de história pessoal e familiar,
da realização de exame físico e da investigação clínica
e laboratorial. Além da avaliação das possíveis lesões
de órgão-alvo (LOA) e o risco cardiovascular. (SBC,
2020)
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3.1 Esquema de Triagem e
Diagnóstico da HAS
PA: Pressão Arterial; MAPA: Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial; MRPA: Monitorização
Residencial da Pressão Arterial; NV: Normotensão Verdadeira; HAB: Hipertensão do Avental Branco;
HM: Hipertensão Mascarada; HS – Hipertensão Sustentada
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2020.
GENÉTICA
IDADE
SEDENTARISMO
08
ETNIA
OBESIDADE
09
ALIMENTAÇÃO
O consumo excessivo de certos alimentos e bebidas
também provocam a elevação da pressão arterial e o
desenvolvimento de HAS. Os que possuem maior efeito
pressórico (de aumentar a pressão) no organismo são:
gorduras; carnes vermelhas; refrigerantes; doces;
embutidos; e alimentos processados e industrializados.
ÁLCOOL
DROGAS
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TABAGISMO
DIABETES MELLITUS
O aumento da concentração de glicose no sangue causa
um aumento no volume sanguíneo, pois as moléculas de
glicose, ao entrarem na corrente sanguínea, carreiam a
água, elevando a pressão hidrostática.
DISLIPIDEMIA
Indivíduos com colesterol (LDL, conhecido popularmente
como colesterol ruim) em concentrações sanguíneas
iguais ou superiores a 100 mg/dL tendem a desenvolver
HAS.
FATORES AMBIENTAIS
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5. Estratificação de Risco
A estratificação tem como objetivo estimar o risco de
cada indivíduo sofrer uma doença cardiovascular nos
próximos dez anos. Essa estimativa se baseia na
presença de múltiplos fatores de risco e na classificação
inicial através da história clínica, exames físicos e
exames complementares. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).
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A estratificação de risco é classificada em risco
baixo, moderado e alto, e uma das formas de realizá-la
é considerando os valores da pressão arterial (PA), os
fatores de risco associados, a presença de lesões em
órgãos alvo (LOA) – que são lesões estruturais e/ou
funcionais decorrentes da HA em vasos, coração,
cérebro, rins e retina – e a existência de DCV ou doença
renal estabelecidas.
FRCV: fator de risco cardiovascular; HA: hipertensão arterial; PA: pressão arterial; FR: fator de risco; PAS:
pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; LOA: lesão em órgão-alvo; DRC: doença renal
crônica; DM: diabetes mellitus; DCV: doença cardiovascular.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2020.
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6. Prevenção
A HAS é uma doença de causas genéticas, sociais
e ambientais. As principais formas de prevenção,
segundo Vital (2019) são:
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7. Terapia Não
Medicamentosa
O tratamento não medicamentoso (TNM) da HAS tem
como principal objetivo a redução da mortalidade e
morbidade cardiovasculares por meio da mudança do
estilo de vida (MEV), que envolve: (LOPES; MORAES,
2012) (SBC, 2017)
Medidas nutricionais
(como redução de sal e de gorduras);
Suspensão do tabagismo;
Controle do estresse;
IMC: índice de massa corporal; CA: circunferência abdominal; PAS: pressão arterial
sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. *Uma dose contém cerca de 14g de etanol e equivale
a 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho e 45 ml de bebida destilada.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2017.
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7.2 Exercício Físico
Durante a execução do exercício físico há aumento
da PA, mas, no período de recuperação pós-exercício,
é possível evidenciar redução da PA e, principalmente,
após um período de treinamento físico crônico, pode
haver diminuição da PA. Apesar desses efeitos serem
conhecidos, sua magnitude e mecanismos dependem
do tipo de exercício executado e de suas
características (AZEVÊDO; SILVA; FECCHIO; BRITO;
FORJAZ, 2019).
Para todos os hipertensos -
recomendação populacional
PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
TREINAMENTO RESISTIDO
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8. Terapia
Medicamentosa
O tratamento medicamentoso para a hipertensão
arterial é realizado com monoterapia (apenas um
fármaco) ou com combinação de fármacos, que é a
estratégia terapêutica preferencial para a maioria dos
casos. Geralmente, o tratamento inicia-se com
monoterapia e, caso a meta não seja alcançada,
outros medicamentos vão sendo combinados até que
a pressão arterial seja controlada.
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8. Terapia Medicamentosa
20
Infarto agudo Acidente vascular
do miocárdio encefálico
consequências
da Hipertensão
ARTERIAL
não-tratada
Doença Doença arterial
renal crônica periférica
21
9. Consequências da HAS
Ter o controle da pressão arterial é essencial para a
prevenção de lesões em órgãos. Além da dificuldade
do controle, muitos pacientes apresentam a doença
de forma assintomática, fazendo com que ela seja
subdiagnosticada e não tratada. (MOURA, 2020)
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9.1 Acidente Vascular
Encefálico
O Acidente vascular encefálico (AVE) pode ser
isquêmico (AVEI) ou hemorrágico (AVEH). Estas são as
manifestações mais comuns da lesão vascular
causada pela HAS, sendo a principal causa de mortes
e incapacidade nesses pacientes. A prevenção de
todos os tipos de AVE pode ser obtida mantendo-se a
PA dentro das metas com os tratamentos
estabelecidos (BARROSO et al).
AVE-H
Se houver aumento da PA,
pode ocorrer maior AVE-I
probabilidade de expansão
do hematoma, aumento do Os benefícios da
risco de morte e pior redução da PA no AVEI
prognóstico. são menos claros,
porém uma
consideração deve ser
feita para os pacientes
candidatos à
trombólise, pois, nesse
caso, se a PA estiver
com valores maiores do
que 180/105 mmHg,
poderá ter maior
chance de hemorragia
(BARROSO et al).
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9.2 Infarto Agudo
do Miocárdio
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma síndrome clínica
cardiovascular, as alterações provocadas pela doença
hipertensiva facilitam a formação de aterosclerose nas
artérias coronárias, elevando a predisposição do paciente
hipertenso ao IAM. (ANDRADE, et al, 2013)
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9.4 Doença Arterial
Periférica
A doença arterial periférica
(DAP) é classicamente definida
como uma condição que afeta
artérias não cardíacas e não
cranianas, principalmente devido
à aterosclerose, levando à
obstrução parcial de artérias
periféricas, reduzindo a
perfusão para os tecidos
irrigados por essas artérias.
(ALVIM, et al, 2018)
10. Equipe
Multiprofissional
A equipe multiprofissional tem o papel de ajudar o
paciente no processo de adaptação que envolve o
paciente aceitar fazer o tratamento prescrito e ofertar
meios que possibilitem realizar de maneira adequada.
(DALLACOSTA et al, 2019).
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Durante as consultas, as dúvidas devem ser
respondidas, e o cuidado ao paciente deve ser
prioridade e colocado em ação de modo a atingir o
melhor resultado possível para cada caso. Assim, as
dificuldades de adaptação ao tratamento são foco de
intervenção pela equipe, tal como auxiliar de maneira
rápida e eficiente, a compreensão acerca da sua
condição crônica por parte dos hipertensos
(DALLACOSTA et al, 2019).
E QUAL A FUNÇÃO DE
CADA EQUIPE?
EQUIPE MÉDICA
Avalia os sintomas, os hábitos de vida, as medicações
em uso, realizar o exame físico completo, interpretar os
exames complementares realizados e estabelecer o que
deve ser feito. Tal conduta inclui a prescrição de
medicações e de medidas não medicamentosas, a
solicitação de exames complementares e o
agendamento das consultas de retorno, com a definição
do intervalo e para qual profissional será feito o retorno.
Além disso, em caso de mudanças nos padrões normais
de saúde identificados na consulta médica, ocorre
encaminhamento para atendimento em pronto-socorro ou
internação (JARDIM et al, 2019).
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EQUIPE DE ENFERMAGEM
EQUIPE DE NUTRICIONISTAS
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EQUIPE DE FISIOTERAPEUTAS E
PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
VOCÊ SABIA?
As perspectivas de investigação e de intervenções
multiprofissionais em hipertensos são inúmeras e
extremamente favoráveis. Estudos comprovam que
os pacientes hipertensos se beneficiam de uma
estratégia de tratamento realizada por diversos
profissionais de saúde em conjunto, e que valoriza
os diversos aspectos da doença e do ser humano,
oferecendo a mais completa e efetiva terapia
possível (JARDIM et al, 2017).
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11. Adesão ao
Tratamento &
Educação em Saúde
A adesão ao tratamento de pacientes hipertensos
pode ser entendido como a adoção das prescrições,
sendo elas medicamentosas ou não. Diversos
estudos fortalecem a associação entre tal adesão
pelos hipertensos com a sua qualidade de vida,
embora ainda seja um grande desafio em muitos
casos (SOUZA, 2016).
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Em relação ao tratamento medicamentoso, os
principais obstáculos são: efeitos colaterais, ingestão
da dose correta no horário prescrito, condições
financeiras para adquirir os remédios e seguir
orientações adicionais. Isso pode ser evidenciado por
pacientes que utilizam mais de uma droga e/ou dose e
aderem menos ao tratamento pelo esquecimento
quanto ao horário e esquema prescrito. Acerca das
medidas não medicamentosas, os desafios de adesão
incluem principalmente abandono do tabagismo,
adoção de hábitos alimentares saudáveis e inserir a
atividade física como parte de sua rotina (DALLACOSTA
et. al, 2019).
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Referências
ALMEIDA, F. A. et. al. Agregação familiar da doença renal crônica secundária à
hipertensão arterial ou diabetes mellitus: estudo caso-controle. Temas livres
free themes, Ciência & Saúde Coletiva, 20(2): 471-478, 2015. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/Tfq3y6MjdgfynpSLxyDvCFG/abstract/?lang=pt
Acesso em: 20 Mar. 2021
AZEVÊDO, Luan Morais et. al. Exercício físico e pressão arterial: efeitos,
mecanismos, influências e implicações na hipertensão arterial. Rev. Soc.
Cardiol. Estado de São Paulo., 2019. Disponível em:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1047339. Acesso em: 20
mar. 2021.
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FIORIO, Cleiton Eduardo et al . Prevalência de hipertensão arterial em adultos
no município de São Paulo e fatores associados. Rev. bras. epidemiol., Rio de
Janeiro , v. 23, e200052, 2020 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1415-790X2020000100446&lng=en&nrm=iso. Acesso
em: 06 Abril 2021.
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