Você está na página 1de 44

.

PROF. EDNA
QUADROS
© CENTRO EDUCACIONAL MENNA BARRETO
Hipertensão Arterial

AULA 1 • MÓDULO I

PROF. EDNA
QUADROS
hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença
crônica
. caracterizada pelos níveis elevados da
pressão sanguínea nas artérias. A pressão alta é
um dos principais fatores de risco para a
ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte,
aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca
Hipertensão é diagnosticada em
24,7% da população, segundo a
pesquisa Vigitel. A pesquisa de
2018 destaca ainda que as
pessoas com menor escolaridade
são as mais afetadas. Do público
com menos de oito anos de
estudo, 42,5% disse sofrer com a
doença; dos com 9 a 11 de estudo,
19,4%; e 12 ou mais, 14,2%.
Segundo a Sociedade Brasileira
de Hipertensão, o Brasil poderá
ter 80% a mais de hipertensos até
2025. Atualmente, o país possui
17 milhões de pessoas que sofrem
de pressão alta, ou seja, que
possuem níveis de pressão igual ou
superiores a 140/90
 Sintomas da pressão alta
 Tontura.
 Indisposição para as tarefas
diárias.
 Cansaço excessivo.
 Palpitações.
 Insônia.
 Dores de cabeça(cefalgia0
e/ou na nuca(nucalgia).
 Fatores de risco
 – Histórico familiar: filhos de pais hipertensos têm um
risco 30% maior de ter pressão alta
 – Idade: a partir dos 60 anos de idade, as artérias
perdem a flexibilidade
 – Etnia: a doença é mais prevalente na população
negra e asiática
 – Obesidade
 – Poluição
 – Estresse
 – Sono irregular
 – Menopausa: a queda dos hormônios femininos
danifica as artérias
 – Excesso de bebida alcoólica
 – Tabagismo
 – Alto consumo de sal
 – Sedentarismo
 – Diabetes
 – Doenças renais
 – Apnéia do sono
 – Hipertireoidismo
 Doenças cardiovasculares são a
1a causa de morte no país,
responsáveis por 1,2 milhão de
óbitos por ano. Estima-se que, no
mínimo, 25% da população
brasileira adulta (a maioria após
60 anos) sofram da enfermidade
que não tem cura e, sim,
tratamento.
 Absorção excessiva de calorias
Obesidade Resistência à insulina
Hiperinsulinemia Hipertrigliceridemia
Hipercolesterolemia Redução do
HDL- Defeito genético hereditário
 Resistência à insulina Aterosclerose
 Hipertensão Arterial Dislipidemia
 Obesidade central Resistência à
insulina/ hiperinsulinemia
 Tolerância à glicose diminuída
 Hipertrofia e alterações da função
diastólica do ventrículo esquerdo
 Microalbuminúria
 Aumento da atividade dos fatores
de coagulação e Complacência
arterial diminuída
 Confirmar a elevação da PA
 Identificar as causas da pressão sangüínea elevada
 Avaliar a presença ou ausência de danos aos órgãos-alvo e
DCV
 Extensão da doença e resposta ao tratamento Identificar
outros fatores de risco ou distúrbios que possam orientar
o tratamento
 Verificar se o equipamento está em
boas condições de uso
 Explicar o procedimento de
verificação da pressão ao paciente
Deixar o paciente descansar de 05
a 10’
 Certificar-se de que ele: não está
com a bexiga cheia não praticou
exercícios físicos não ingeriu
bebidas alcoólicas, café, alimentos
ou fumou até 30’ antes da medida
 (PAD mmHg) (PAS mm Hg)
Classificação
 < 80 < 120
Ótimo
 < 80 < 130
Normal
 85 – 8 9 130 – 139
Limítrofe
 90 – 9 9 140 – 159
Hipertensão Leve (estágio 1)
 100 – 109 160 – 179
Hipertensão Moderada (estágio 2)
 ≥110 ≥180
Hipertensão Grave (estágio 3)

 < 90 ≥ 140
Hipertensão Sistólica Isolada
Colesterol total,
 HDL e Triglicérides
 Hematológico
 ECG de repouso. Exame de urina:
bioquímica e sedimento.
Creatinina. Potássio Glicemia
 Complementar - Cardiovascular
Cardiovascular 1. Monitorização
ambulatorial da PA (MAPA) 2.
Ecocardiograma 3. Radiografia de
tórax 4. Teste de esforço
(paciente com risco coronariano)
 Complementar .HDL- (sempre que o colesterol
- Bioquímica total e a glicemia estiverem
elevados)
2. Triglicérides
3. Ácido úrico
4. Proteinúria de 24 horas
5. Hematócrito e hemoglobina
6. Cálcio
7. TSH
META Reduzir os níveis de pressão
arterial (< 140/90 mmHg)
respeitando-se: Características
individuais Co-morbidades
Qualidade de vida dos pacientes
Objetivos do tratamento da HA
 Fatores de Risco Lesões de órgãos-
alvo Fumo Dislipidemia Diabetes
Mellitus
 Idade acima de 60 anos
 Sexo masculino
 Mulheres após a menopausa
História familiar de DCV: mulheres
< 65 anos ou homens < 55 anos
 Doenças cardíacas Hipertrofia VE
Angina / IM prévio
Revascularização coronária prévia
Insuficiência cardíaca Episódio
isquêmico ou AVC e Nefropatia
 Doença vascular arterial periférica
 Retinopatia hipertensiva
Doenças cardíacas Hipertrofia VE
Angina / IM prévio Revascularização
coronária prévia Insuficiência
cardíaca Episódio isquêmico ou AVC
Nefropatia
Doença vascular arterial periférica
Retinopatia hipertensiva
 Indicadores
 Percentual de campanhas educativas
realizadas / programadas Cobertura
de municípios por campanha
educativa / nº total de municípios
Percentual de profissionais treinados
/ programados Taxa de abandono
de tratamento / inscritos no
programa de hipertensos.
 Percentual de distribuição de
medicamentos por unidade /
programados Taxa de internação por
crise hipertensiva
 Taxa de internação por cetoacidose
 Taxa de internação por AVC
 É fundamental:
 A educação do gestor do
profissional de saúde do paciente e
sua família
 A equipe multiprofissional
 A importância do funcionamento do
sistema de referência e
contrareferência A necessidade da
decisão política
 Obesidade X Hipertensão
Sobrepeso e Obesidade
Normal
 Medidas com maior eficácia
Tratamento não medicamentoso
da HÁ
 Modificações do Estilo de Vida
 Redução do peso corpóreo
 Redução da ingestão de sódio
 Maior ingestão de alimentos ricos
em K+ Redução do consumo de
bebidas alcoólicas Exercícios
físicos isotônicos regulares
 Abandono do tabagismo
 Controle das dislipidemias
 Controle do diabetes
mellitus
 Evitar drogas potencialmente
hipertensoras
 RELAÇÃO CINTURA/ QUADRIL:
 Homens > 0,95
 Mulheres > 0,85
 CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL:
 Homens > 102 cm
 Mulheres > 88 cm
 30 ml - homens
 15 ml – mulheres
 720 ml cerveja
 240 ml vinho
 60 ml bebidas destiladas
 Controla o Peso Corporal
 Diminui PA
 Diminui à Insulina
 Melhora Mobilidade Articular e Melhora Força
Muscular
 Melhora Perfil Lipídico
 Melhora Resistência Física
 Aumenta Densidade Óssea
 físico e HA 3 a 5 sessões por semana com d
uração de 15 a 60 minutos
 Prevenção de AVC
 Preservação de função renal
 Prevenção e redução de
progressão de ICC
 Redução de mortalidade
 Médicos Enfermeiros Auxiliares de
enfermagem
 Assistentes sociais
 Nutricionistas Profissionais da Atividade
Física
 Psicólogos
 Farmacêutico
 Odontólogos
 Agentes administrativos
 Agentes comunitários
 Atividades educativas
individuais e/ou em grupos
Capacitação de profissionais
 Encaminhamentos
 Ações assistenciais
 Participação em projetos de
pesquisa
 Ações em grupo:
 Reuniões com os
pacientes
 Reuniões da equipe
 Comunidade
 Associações de Portadores de
Hipertensão e/ou Diabetes
 Sociedade Civil
 Políticas de Saúde
 Nível Primário - Atendimento básico de saúde
 Nível Secundário- Centro Estaduais e Regionais
e referência
 Após o atendimento especializado nos níveis
secundário e terciário o paciente deverá ser
encaminhado novamente ao nível primário
 Detectar precocemente DM e/ou
HA Acompanhar os hipertensos
nos estágios I e II
Diabéticos tipo 2 controláveis com
dieta + hipoglicemiantes orais e
sem complicações Acompanhar
população de risco
 Todos os pacientes - avaliação
para detectar complicações
crônicas das doenças. Esta
avaliação constará de:
 Exame de fundo de olho
 Dosagem de colesterol total +
frações e triglicerídeos
 ECG Provas de função renal (uréia
e creatinina, depuração de
creatinina endógena, sempre que
disponível)
Pacientes Hipertensos: Retornos
mensais até controle pressórico
adequado. Uma vez com a PA
controlada, os retornos serão
trimestrais
Em algumas situações, haverá
necessidade de uma consulta
especializada em Unidades de
Referência Secundária ou Terciária,
devendo-se, nesses casos, ser
estabelecida uma rede de referência e
contra-referência.
 Complicações oculares Lesões
vasculares das extremidades, incluindo
o pé diabético
 AVE prévio com déficit sensitivo e/ou
motor Infarto Agudo do Miocárdio
prévio
 Diabéticos de difícil controle
Diabéticos, para rastreamento de
complicações crônicas (se isso não for
possível na Unidade Básica) Critérios
de encaminhamentos para Unidades de
Referência
 Níveis de Pressão Arterial Níveis de
glicohemoglobina
 Nº de consulta / ano por paciente
 Nº de hipoglicemia / paciente
 Nº de cetoacidose e crise hipertensiva
 Taxa de abandono
 Nº de rastreamento complicações /
paciente
 Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)
Insuficiência Renal Crônica (IRC)
 Suspeita de HA e Diabetes secundários
HA resistente, grave ou acelerada
 HA e DM em gestantes HA em crianças
e adolescentes
 Edema agudo de pulmão

Você também pode gostar