Você está na página 1de 9

INSTITUTO POLITÉCNICO

RHDC – PEMBA

CURSO: INFERMAGEM GERAL

TEMA: HIPERTENÇÃO ARTERIAL

NOME DO ESTUDANTE: ROSA MAURICIO PAULO


TURMA: 4

PEMBA, FEVEREIRO DE 2024


RESUMO

São considerados portadores de hipertensão arterial aqueles indivíduos que apresentam


pressão diastólica acima de 90 mm Hg e sistólica acima de 140 mmHg (acima de 18 anos).

A Hipertensão Arterial é a causa directa ou indirecta de elevado número de óbitos decorrentes


de acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e infarto do
miocárdio.

Um dos grandes problemas da hipertensão arterial é o facto deste ser assintomático até fases
avançadas.

Um erro comum no diagnóstico da hipertensão arterial é avaliar a pressão arterial com apenas
uma aferição isolada.

Uma vez feito o diagnóstico, todos os doentes devem se submeter a mudanças de estilo de
vida antes de se iniciar a terapia com medicamentos.

A mudança de estilo de vida relaciona-se com acções educativas e a necessidade imperiosa de


cada indivíduo perante os seus problemas de saúde querer atingir seu nível funcional óptimo.

O rastreio rotineiro para detecção da hipertensão em pacientes com factores de risco, é


importante para a redução da morbimortalidade.

O tratamento de hipertensão depende do grau, mas pode incluir diuréticos, betabloqueadores,


e vasodilatadores.

A adesão aos medicamentos e o seguimento é importante na gestão de longo prazo da


hipertensão para evitar complicações como cardiomiopatia, doença renal, ou acidente
vascular cerebral.
A Hipertensão arterial (HTA)

Significa a elevação da pressão arterial.

Ela é a causa directa ou indirecta de elevado número de óbitos decorrentes de acidentes


vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e infarto do miocárdio.

Frequentemente, doentes hipertensos são observados nas consultas ambulatórias. Nos


serviços de emergências aparecem doentes com sintomas de hipertensão graves.

Objectivos de Aprendizam
 Definir, classificar e distinguir a hipertensão primária da hipertensão secundária.
 Definir a hipertensão maligna.
 Listar as causas possíveis de hipertensão secundária, incluindo a doença renal crónica,
doenças endócrinas e medicamentos.
 Enumerar os factores de risco da hipertensão primária.
 Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico da hipertensão.
 Identificar as classes de medicamentos anti-hipertensivos de escolha para as diferentes
condições concomitantes com a hipertensão;
 Listar as mudanças no estilo de vida, que podem minimizar o risco de desenvolver a
hipertensão ou podem ajudar a controlar a hipertensão e reduzir as complicações

Definições

Denomina-se crise hipertensiva a elevação repentina da pressão arterial em geral, pressão


diastólica acima de 120 mm Hg acompanhada de cefaleias, tonturas, palpitações e
perturbações visuais.

Uma crise hipertensiva pode acometer uma pessoa normotensa ou hipertensa. As crises
hipertensivas ocorrem com frequência nos pacientes com hipertensão arterial essencial
(primária), ao que se deve a distúrbios emocionais, ingestão de bebidas alcoólicas ou
alimentos excessivamente salgados, supressão súbita de alguns medicamentos anti-
hipertensivos.
Uma HTA maligna apresenta muitas vezes valores iguais ou superiores a 200/140 mm Hg e
sinais de gravidade; é provocada em geral por um rápido aumento de HTA moderada. Como
consequência, é frequente o doente apresentar:

Alterações da visão por edema da papila;

Manifestações de encefalopatia hipertensiva - cefaleia severa, vómito, convulsões, paralisias


transitórias, até estupor e coma.

Descompensação cardíaca.
Insuficiência renal. As lesões das pequenas artérias e arteriolas responsáveis da
sintomatologia podem ser curadas por uma terapia eficaz.
Quando o Enfermeiro suspeitar e /ou diagnosticar uma HTA maligna, será necessário
referir o paciente para o médico.

Causas
Segundo as causas de surgimento, a hipertensão arterial classifica-se em:
Primária ou essencial. É assim chamada quando não se consegue caracterizar sua etiologia,
sendo dependente de diversos factores, tais como traço hereditário, ingestão excessiva de sal,
obesidade, stress e uso de bebidas alcoólicas.

Secundária. É assim chamada quando provem de outra doença ou condição. Destaque para:
Doenças renais: gluomerulonefrite aguda e crónica, insuficiência renal, piolonefrites, rim
policístico.
Doenças endócrinas: doença de cushing (desordem endócrina causada por níveis elevados
de cortisol no sangue), acromegalia (síndrome causada pelo aumento da secreção do
hormônio de crescimento “GH e IGF”, no adulto).
Toxemia gravídica (doença hipertensiva específica da gravidez).
Doenças vasculares: coarctação da aorta (estreitamento que ocorre na aorta), estenose da
artéria renal.
Medicamentos: anticoncepcionais hormonais, anti-inflamatórios esteróides e não esteróides.
Outras causas: hipertensão intracraneana, intoxicações, etc.
Factores de Risco

 São factores de risco associado com a hipertensão primária (essencial):


 História familiar de HTA ou doenças cardiovasculares;
 Dieta rica em sódio (isto é, sal);
 Obesidade;
 Fumo de cigarro;
 São factores de risco associado com a hipertensão primária (essencial):
 História familiar de HTA ou doenças cardiovasculares;
 Dieta rica em sódio (isto é, sal);
 Obesidade;
 Fumo de cigarro;

Complicações da Hipertensão

A HTA afecta alguns órgãos mais do que os outros e as complicações mais comuns por
órgão são:

Sistema Nervoso Central com o aparecimento da hemorragia cerebral como sendo a


complicação mais comum e uma das causas mais frequentes de paralisia e mortalidade
entre os adultos em Moçambique.

Olho: a hipertensão causa lesões na retina (o doente apresenta visão turva), escotomas
(manchas no campo visual) e pode levar até a cegueira.

Rins: a HTA provoca dano renal que a longo prazo evolui para insuficiência renal.

Coração: a HTA provoca frequentemente insuficiência cardíaca (por vezes com edema
pulmonar).

Portanto, tratar HTA significa reduzir o risco destas e de outras complicações.

DIAGNÓSTICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

A fim de diagnosticar uma HTA, é necessário certificar durante uma série de medições
(pelo menos 2-3, com uma semana de intervalo) se a TA mantém-se elevada. A tensão
arterial varia em cada indivíduo de momento em momento. A actividade física, ansiedade
e outro stress podem causar aumento da tensão arterial (TA).
A pressão deve ser tomada quando a pessoa está em repouso. Se a pessoa faz exercícios
(correr, andar ou trabalhar), se está preocupada, angustiada, zangada, a pressão pode subir
e a leitura resulta falsa e elevada.

Nota: Nunca diagnosticar HTA na base duma simples medição!

A Medição da Pressão Arterial

De acordo com os limites de normalidade, a tensão arterial (TA) classifica se em:


Normal: _________________ TA < 120/80
Pré-hipertensão:___________TA 120-139/80-89
Hipertensão – grau 1: _______ TA 140-159/90-99
Hipertensão – grau 2: _______TA >160/100

São considerados portadores de hipertensão arterial aqueles indivíduos que apresentam


pressão diastólica acima de 90 mm Hg e sistólica acima de 140 mm Hg (acima de 18
anos).

Por outro lado são considerados portadores de hipertensão arterial sistólica isolada, aqueles
que apresentam níveis de pressão diastólica abaixo de 90 mm Hg e pressão sistólica igual ou
superior a 140 mm Hg. A HTA sistólica é mais comum nos idosos, com diminuição da
elasticidade da aorta e das grandes artérias.

A HTA diastólica é sempre um factor de risco para o desenvolvimento da arteriosclerose.


Os doentes com elevação da tensão arterial são geralmente assintomáticos (não apresentam
queixas).
O diagnóstico é feito durante uma visita médica por outras razoes, por vezes porém, o doente
refere cefaleias, sobretudo no período de manhã e na região occipital. A cefaleia é mais
frequente nos doentes com hipertensão grave.

Estratégias para Redução da HTA


Incorporação das acções de prevenção, detecção e controle da hipertensão arterial nos
programas de atenção primária à saúde, incluindo também crianças e adolescentes.
Implementação de programas de assistência multiprofissional.

Estabelecimento de normas governamentais para reduzir o conteúdo de sódio e gorduras


saturadas dos alimentos industrializados.

Monitorizar as acções de prevenção e controle da hipertensão arterial e suas consequências


por meio de eficientes indicadores de saúde, etc.

Uma vez identificados os subgrupos populacionais com risco mais elevado, devem ser
beneficiados de intervenções específicas com baixo custo, incluindo:

Triagem e tratamento da hipertensão arterial e da hipercolesterolemia;

Todos os adultos, em particular os obesos,

Os diabéticos e os fumadores ou com história de doença cardiovascular na família, devem


medir a sua pressão arterial pelo menos uma vez por ano.

TRATAMENTO DE PACIENTES COM HTA

O tratamento da HTA deve ser combinado, variando de medicamentoso (farmacológico) ao


não medicamentoso (não farmacológico).

Tratamento Não Medicamentoso

O tratamento não medicamentoso é na base de conselhos e educação e inclui:

1.Abstenção absoluta do fumo de cigarro. Se o doente é fumador, o abandono deste hábito


resulta mais eficaz comparado com qualquer esquema terapêutico acompanhado com fumo.

2.Abstenção das bebidas alcoólicas. Redução do consumo de álcool nos casos de HTA
bordeline.

3.Dieta hipocalórica até conseguir um peso em conformidade com altura e idade (para os
pacientes com sobrepeso).

4.Restrição de sal. O consumo de sal deve ser gradualmente reduzido até a metade daquele
consumido normalmente. Esta medida dá efeito, diminuindo a TA diastólica em cerca de
50% dos doentes.

Tratamento Medicamentoso
A terapia farmacológica está reservada para aqueles doentes que não respondem à terapia não
farmacológica tendo como objectivo alcançar uma TA inferior a 90 mm Hg.

HTA – grau 1 (leve – moderada) (TA sistólica 140 a 159, a diastólica 90 a 99)

Diuréticos:

Hidroclorotiazida comp. 50mg, ¼ a ½ comp/d. Nos idosos iniciar com ¼ comp./d.

Furosemida Cp. 40mg

Adulto, inicia com ½ Cp., e ir aumentando até 4cp 2xd

Crianças, 1-3 mg/kg (máximo 40 mg/d);

Furosemida inj. 20mg/2ml- amp:

a 5 amp EV lenta a repetir se necessário com intervalo não inferior a 1h.


HTA grau 2 (grave) (TA sistólica ≥160, a diastólica ≥100)

Diurético (ver acima) + β bloqueador:

Propranolol, comp de 40 mg. 20 a 40 mg 12/12h podendo aumentar se paulatinamente até


360mg/d divididos em duas ou três tomas.

Outros anti – hipertensivos:

Metildopa 250 mg comp. De 125 mg de 12/12h até dose máxima de 1g de 8/8h.

Reserpina, comp. 0,25mg, ½ a 1 comp./d em toma única.

SEGUIMENTO DO PACIENTE COM HTA

Hipertensão é uma doença crónica e precisa seguimento regular com o clínico.


Como no tratamento para HIV, diabetes, ou outra doença crónica, a aderência aos
medicamentos é um aspecto muito importante para o tratamento.
O seguimento (o controlo da adesão) dos doentes hipertensos é garantido mantendo um
ficheiro.

O ficheiro será organizado por mês, pondo as fichas no espaço do mês em que os doentes
devem ser vistos.

No fim do mês, as fichas que ficaram mostram que o doente faltou ao controlo.
Se o doente for transferido, deverá entregá-lo a sua ficha. Registe em cada ficha:

Identificação do doente; valores de TA; peso do doente; sintomas e outras patologias


identificadas; o resultado da terapêutica através das medições mensais, as análises (creatinina
e glicemia) e os resultados da consulta médica.

Prevenção da Hipertensão
1. Hábitos Saudáveis
Entre os hábitos de vida saudáveis sublinha-se a importância de:
Redução do consumo de sal;
Abandono do fumo de cigarro;
Diminuição do álcool até ao máximo de 2 copos de vinho (ou quatro copos de cerveja) por
dia;
Prática da actividade física;

Você também pode gostar