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RHDC – PEMBA
Um dos grandes problemas da hipertensão arterial é o facto deste ser assintomático até fases
avançadas.
Um erro comum no diagnóstico da hipertensão arterial é avaliar a pressão arterial com apenas
uma aferição isolada.
Uma vez feito o diagnóstico, todos os doentes devem se submeter a mudanças de estilo de
vida antes de se iniciar a terapia com medicamentos.
Objectivos de Aprendizam
Definir, classificar e distinguir a hipertensão primária da hipertensão secundária.
Definir a hipertensão maligna.
Listar as causas possíveis de hipertensão secundária, incluindo a doença renal crónica,
doenças endócrinas e medicamentos.
Enumerar os factores de risco da hipertensão primária.
Descrever o tratamento farmacológico e não farmacológico da hipertensão.
Identificar as classes de medicamentos anti-hipertensivos de escolha para as diferentes
condições concomitantes com a hipertensão;
Listar as mudanças no estilo de vida, que podem minimizar o risco de desenvolver a
hipertensão ou podem ajudar a controlar a hipertensão e reduzir as complicações
Definições
Uma crise hipertensiva pode acometer uma pessoa normotensa ou hipertensa. As crises
hipertensivas ocorrem com frequência nos pacientes com hipertensão arterial essencial
(primária), ao que se deve a distúrbios emocionais, ingestão de bebidas alcoólicas ou
alimentos excessivamente salgados, supressão súbita de alguns medicamentos anti-
hipertensivos.
Uma HTA maligna apresenta muitas vezes valores iguais ou superiores a 200/140 mm Hg e
sinais de gravidade; é provocada em geral por um rápido aumento de HTA moderada. Como
consequência, é frequente o doente apresentar:
Descompensação cardíaca.
Insuficiência renal. As lesões das pequenas artérias e arteriolas responsáveis da
sintomatologia podem ser curadas por uma terapia eficaz.
Quando o Enfermeiro suspeitar e /ou diagnosticar uma HTA maligna, será necessário
referir o paciente para o médico.
Causas
Segundo as causas de surgimento, a hipertensão arterial classifica-se em:
Primária ou essencial. É assim chamada quando não se consegue caracterizar sua etiologia,
sendo dependente de diversos factores, tais como traço hereditário, ingestão excessiva de sal,
obesidade, stress e uso de bebidas alcoólicas.
Secundária. É assim chamada quando provem de outra doença ou condição. Destaque para:
Doenças renais: gluomerulonefrite aguda e crónica, insuficiência renal, piolonefrites, rim
policístico.
Doenças endócrinas: doença de cushing (desordem endócrina causada por níveis elevados
de cortisol no sangue), acromegalia (síndrome causada pelo aumento da secreção do
hormônio de crescimento “GH e IGF”, no adulto).
Toxemia gravídica (doença hipertensiva específica da gravidez).
Doenças vasculares: coarctação da aorta (estreitamento que ocorre na aorta), estenose da
artéria renal.
Medicamentos: anticoncepcionais hormonais, anti-inflamatórios esteróides e não esteróides.
Outras causas: hipertensão intracraneana, intoxicações, etc.
Factores de Risco
Complicações da Hipertensão
A HTA afecta alguns órgãos mais do que os outros e as complicações mais comuns por
órgão são:
Olho: a hipertensão causa lesões na retina (o doente apresenta visão turva), escotomas
(manchas no campo visual) e pode levar até a cegueira.
Rins: a HTA provoca dano renal que a longo prazo evolui para insuficiência renal.
Coração: a HTA provoca frequentemente insuficiência cardíaca (por vezes com edema
pulmonar).
A fim de diagnosticar uma HTA, é necessário certificar durante uma série de medições
(pelo menos 2-3, com uma semana de intervalo) se a TA mantém-se elevada. A tensão
arterial varia em cada indivíduo de momento em momento. A actividade física, ansiedade
e outro stress podem causar aumento da tensão arterial (TA).
A pressão deve ser tomada quando a pessoa está em repouso. Se a pessoa faz exercícios
(correr, andar ou trabalhar), se está preocupada, angustiada, zangada, a pressão pode subir
e a leitura resulta falsa e elevada.
Por outro lado são considerados portadores de hipertensão arterial sistólica isolada, aqueles
que apresentam níveis de pressão diastólica abaixo de 90 mm Hg e pressão sistólica igual ou
superior a 140 mm Hg. A HTA sistólica é mais comum nos idosos, com diminuição da
elasticidade da aorta e das grandes artérias.
Uma vez identificados os subgrupos populacionais com risco mais elevado, devem ser
beneficiados de intervenções específicas com baixo custo, incluindo:
2.Abstenção das bebidas alcoólicas. Redução do consumo de álcool nos casos de HTA
bordeline.
3.Dieta hipocalórica até conseguir um peso em conformidade com altura e idade (para os
pacientes com sobrepeso).
4.Restrição de sal. O consumo de sal deve ser gradualmente reduzido até a metade daquele
consumido normalmente. Esta medida dá efeito, diminuindo a TA diastólica em cerca de
50% dos doentes.
Tratamento Medicamentoso
A terapia farmacológica está reservada para aqueles doentes que não respondem à terapia não
farmacológica tendo como objectivo alcançar uma TA inferior a 90 mm Hg.
HTA – grau 1 (leve – moderada) (TA sistólica 140 a 159, a diastólica 90 a 99)
Diuréticos:
O ficheiro será organizado por mês, pondo as fichas no espaço do mês em que os doentes
devem ser vistos.
No fim do mês, as fichas que ficaram mostram que o doente faltou ao controlo.
Se o doente for transferido, deverá entregá-lo a sua ficha. Registe em cada ficha:
Prevenção da Hipertensão
1. Hábitos Saudáveis
Entre os hábitos de vida saudáveis sublinha-se a importância de:
Redução do consumo de sal;
Abandono do fumo de cigarro;
Diminuição do álcool até ao máximo de 2 copos de vinho (ou quatro copos de cerveja) por
dia;
Prática da actividade física;