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INTRODUÇÃO
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1.1 A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Curiosamente, devido à rigidez dos vasos periféricos, pode-se obter uma medida
falsamente elevada de PA nos idosos, pela dificuldade de ocluir a artéria braquial. A
manobra de Osler ajuda na triagem desses casos. Caso a artéria braquial ou a radial
permaneçam palpáveis, o sinal é positivo, e existe a possibilidade de pseudo-
hipertensão.
A presença de um hiato auscutatório entre o primeiro e o terceiro ruído de Korotkoff,
associado à rigidez arterial, também pode ser um problema na aferição da PA em
idosos. Podem-se subestimar os valores, auscultando-se o terceiro ruído como se fosse o
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primeiro e obtendo um resultado errôneo. Cabe salientar que as medidas automáticas
com aparelhos eletrônicos não são afetadas pelo hiato auscutatório.
1.2 QUADRO 1 – CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para a
classificação da PA.
Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90 mm Hg, devendo ser
classificada em estágios 1, 2 e 3.
Fonte: Adaptado da VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial
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apresentar boa condição clínica e tolerância ao tratamento (GR IIb; NE: C). Com
relação aos muito idosos (>80 anos), o tratamento farmacológico deve ser iniciado
quando PAS ≥ 160 mmHg para uma meta de PAS < 150 mmHg, única condição em que
os estudos mostram evidências de benefícios (GR I; NE:A).
Não há estudos que avaliem o impacto da terapia anti-hipertensiva em octogenários com
PAS basal entre 140 e 159 mmHg, deixando um hiato de evidência. O estudo HYVET
recomendou meta pressórica 150 x 90mmHg, com redução no risco de AVC e IC.
Estudo mais recente (SPRINT) de 2015, controlado e randomizado, incluiu 9.361
pacientes a partir de 55 anos, com PAS entre 130-180 mmHg e considerados de alto
risco CV, com exclusão dos diabéticos.
O objetivo foi avaliar se o tratamento mais intensivo (meta de PAS <
120mmHg versus a meta padrão PAS < 140mmHg) reduziria eventos clínicos – uma
vez alcançado o resultado, o estudo foi interrompido precocemente. Houve redução do
risco relativo em 25% dos desfechos primários (IAM ou outras síndromes coronarianas
agudas, AVE, IC e morte por causas CV).
Entretanto, os efeitos colaterais apresentados são considerados extremamente
prejudiciais na população idosa, tais como síncope, distúrbios hidroeletrolíticos,
necessidade de diálise, entre outros. Somam-se à lista questões como a polifarmácia e a
chamada prescrição em cascata que o acréscimo de um novo fármaco pode acarretar.
Na verdade, o tratamento da HAS em idosos envolve bom senso clínico e avaliação do
custo-benefício de cada terapêutica.
Essa decisão deve ser sempre precedida de informação precisa sobre a
capacidade funcional e o estado cognitivo do paciente. Deve-se também atentar para
todos os outros fármacos já utilizados, a fim de evitar interações medicamentosas,
estratificando, sempre que possível, o estado de fragilidade de cada paciente.
A Diretriz Americana para o Tratamento da Hipertensão em Idosos propõe o
fluxograma apresentado no Quadro 2.
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1.3 AS PRINCIPAIS CAUSAS DA HIPERTENSÃO EM IDOSOS
Com o avanço da idade é comum que a pressão arterial aumente e, por esse
motivo, sua maior prevalência ocorre na terceira idade. atingindo 2/3 dos indivíduos
com 65 anos ou mais. Em qualquer momento da vida, assim que identificada, a
hipertensão arterial deve ser tratada e controlada, pois ela representa um grande fator de
risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o acidente vascular
cerebral (AVC) e infarto.
Em geral, essa alteração ocorre de forma lenta e gradual e não provoca sintomas,
exceto quando há uma elevação súbita. O seu diagnóstico é realizado por meio da
medida da pressão arterial (PA), sendo considerado hipertenso aquele indivíduo com
valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg ou 135/85 mmHg na medida residencial da
PA.
Outro fator relacionado com o aumento da pressão arterial são alterações que
ocorrem nos rins. Quando, por qualquer motivo, há uma redução de quantidade de
sangue recebida (por placas obstrutivas) ou um aumento na pressão nas artérias renais,
eles passam a liberar substâncias que provocam a retenção de água e sal no organismo,
contribuindo para o aumento nos níveis pressóricos. Com isso, inicia-se um ciclo que
retroalimenta o dano nos rins, coração e o cérebro. As condições pré-diabéticas, a
obesidade e o estresse também podem provocar a hipertensão arterial (HA). No paciente
diabético pode ocorrer uma descarga maior de insulina, liberando algumas substâncias
que agem no cérebro e elevam a absorção do sal pelos rins, aumentando a pressão
arterial.
Além disso, lesões na camada interna que reveste os vasos (endotélio), que são
provocadas por alcoolismo, diabetes e menopausa, também são prevalentes na terceira
idade, predispondo à hipertensão.
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Excesso de peso ou obesidade.
Histórico de hipertensão na família.
Idade superior a 65 anos.
Ser fumante.
1.4 SINAIS E SINTOMAS
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CONCLUSÃO
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5268/
hipertensao_arterial_sistemica_foco_no_paciente_idoso
https://www.sbgg-sp.com.br/hipertensao-arterial-em-idosos/
https://conteudo.omronbrasil.com/hipertensao-em-idosos/