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HIPERTENSÃO ARTERIAL
A crise hipertensiva (PA > 180/120 mmHg) pode ser classificada em emergência
hipertensiva (elevação extrema da PA com lesão aguda ou progressiva dos órgãos alvo) ou
em urgência hipertensiva (elevação acentuada da PA sem lesão aguda ou progressiva dos
órgãos-alvo).
❖ FISIOPATOLOGIA:
A hipertensão arterial é uma condição na qual a pressão arterial nas artérias está
elevada acima do normal. A pressão arterial é influenciada por vários fatores,
incluindo o volume de sangue que é bombeado pelo coração, a resistência das
artérias ao fluxo sanguíneo e a elasticidade das paredes arteriais. A fisiopatologia
da hipertensão envolve alterações em alguns desses fatores.
❖ AVALIAÇÃO CLÍNICA:
A avaliação clínica do paciente hipertenso deve ser feita seguindo o método tradicional,
constituído por anamnese, exame físico e laboratorial. O Quadro 4.1 contempla um resumo
dos objetivos. O seguimento de todas as etapas permitirá o diagnóstico correto da
hipertensão arterial (HA) e estratificar o risco cardiovascular e renal, contribuindo para
estabelecer a estratégia terapêutica mais adequada.
❖ AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR
*Em curto prazo, enquanto os pacientes idosos têm maior risco absoluto, os jovens
apresentam menor risco absoluto, mesmo com perfil de risco desfavorável.
❖ METAS TERAPÊUTICAS:
MONOTERAPIA:
Estratégia anti-hipertensiva inicial para pacientes com HA estágio 1 com risco CV baixo ou
com PA 130-139/85-89 mmHg de risco CV alto ou para indivíduos idosos e/ou frágeis.
Nesses casos a redução da PA desejada é pequena ou deve ser feita de maneira gradual,
de modo a evitar eventos adversos.
As classes de anti-hipertensivos consideradas preferenciais para o controle da PA em
monoterapia inicial são:
• DIU tiazídicos ou similares;
• BCC;
• IECA;
• BRA.
→ Obs: os BB podem ser considerados como fármaco inicial em situações específicas.
COMBINAÇÃO DE MEDICAMENTOS:
➔ O início do tratamento com combinação de dois fármacos deve ser feito com um
IECA, ou BRA, associado a DIU tiazídico ou similar ou BCC
➔ Quando não se atinge o controle da PA com combinação de dois fármacos, deve ser
prescrita a combinação de três fármacos, habitualmente um IECA, ou BRA,
associado a DIU tiazídico ou similar e BCC
➔ Quando não se atinge o controle da PA com a combinação de três fármacos, a
espironolactona deve ser acrescentada preferencialmente ao esquema terapêutico
Diuréticos (DIU):
● Atuam inicialmente através da eliminação de sódio e água, reduzindo o
volume circulante e extracelular.
● Após quatro a seis semanas, o volume circulante praticamente normaliza-se,
e ocorre redução da resistência vascular periférica (RVP)
● O efeito anti-hipertensivo não está diretamente ligado às doses utilizadas,
porém os efeitos colaterais guardam relação com a dose e a potência da
ação diurética.
● Preferência: Deve ser dada aos DIU tiazídicos (hidroclorotiazida) ou similares
(clortalidona e indapamida) em doses baixas, pois são mais suaves e com
maior tempo de ação.
● DIU de alça (furosemida e bumetanida) são indicados para condições
clínicas com retenção de sódio e água, como insuficiência renal e edema.
● DIU poupadores de potássio (espironolactona e amilorida) são utilizados em
combinação com tiazídicos ou DIU de alça.
● A espironolactona tem sido habitualmente utilizada como o quarto
medicamento a ser associado aos pacientes com HA resistente e refratária.
B-Bloqueadores: