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INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial é uma doença caracterizada pela manutenção de níveis


elevados de pressão arterial (PA). Ela é considerada um dos mais importantes
factores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovascualares, explicando
40% das mortes por acidente vascular encefálico e 25% daquelas por doença arterial
coronaria.

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HIPERTENSÃO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS), também chamada de pressão alta, é


uma condição caracterizada por níveis continuamente elevados de pressão sanguínea
nas artérias.Uma pessoa é considerada hipertensa quando a sua pressão fica maior ou
igual a 14 por 9 (140/90mmHg) na maior parte do tempo.

O valores representam a força com que o sangue passa pelas artérias em dois


momentos: quando o coração contrai (sístole) e quando relaxa (diástole). Por
convenção, a unidade de medida usada neste caso é milímetros de mercúrio (mmHg).

Assim, quem está com um índice de 12 por 8 apresenta uma pressão nas artérias
de 120 mmHg durante a sístole e 80 mmHg durante a diástole.

PRESSÃO ALTA NA GRAVIDEZ

A hipertensão pode ser especialmente perigosa durante a gestação, oferecendo


riscos não só à mulher, mas também ao feto, já que ela altera o fluxo sanguíneo na
placenta.

Entre as possíveis consequências estão a redução da quantidade de oxigênio que


chega até o bebê em formação e o aumento do risco de convulsões para a mãe na hora
do parto. Por isso, é muito importante que a grávida sempre acompanhe as suas taxas de
pressão, além de tomar alguns cuidados especiais para a prevenção.

CAUSAS

A hipertensão normalmente ocorre quando há resistência ou endurecimento dos


vasos sanguíneos para a passagem do sangue - o que necessita de uma força maior do
coração para bombardeá-lo. Isso pode ser um processo natural do corpo, mas é
aumentado com alguns dos fatores de risco, como o consumo excessivo de sal (acima de
5 gramas diárias).

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TIPOS

A doença pode ser dividida basicamente em três estágios, sendo o primeiro o mais
leve e o último o mais grave, de acordo com os níveis de pressão arterial dos pacientes:

 Estágio I: acima de 140/90 mmHg e abaixo de 159/99 mmHg;

 Estágio II: acima de 160/100 mmHg e abaixo de 179/109 mmHg;

 Estágio III: acima de 180/110 mmHg.

Existe ainda a hipertensão sistólica isolada, que é quando a pressão sistólica está
elevada (acima de 140 mmHg), mas a diastólica está normal (abaixo de 90 mmHg). 

SINTOMAS

A hipertensão na maioria das vezes é assintomática, mas pode provocar:

Dor no peito;
Dor de cabeça;
Tontura;
Zumbido no ouvido;
Visão turva;
Fraqueza;
Sangramento nasal.

Diagnóstico

O diagnóstico costuma ser feito a partir de exames que medem a pressão e, de


acordo com o cardiologista, o ideal é que eles sejam realizados esporadicamente,
mesmo que a pessoa não apresente nenhum sintoma, para garantir a detecção precoce da
doença.

FATORES DE RISCO

A hipertensão é herdada dos pais em 90% dos casos, conforme afirma o


Ministério da Saúde. Em uma minoria, ela pode ser causada por medicamentos ou uma
doença relacionada, como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas,
como a suprarrenal. 

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O mais comum é ouvir que a pressão alta foi causada pelo consumo excessivo de
sal, mas muita gente não sabe por que isso acontece. Basicamente, esse mineral estimula
o aumento da quantidade de água nos vasos sanguíneos para manter a concentração do
sangue equilibrada - o que eleva o volume de líquido que corre pelas artérias e,
inevitavelmente, a pressão dentro delas.

Entretanto, há vários outros fatores que podem favorecer a doença, entre eles:

 Consumo de bebidas alcoólicas;

 Obesidade;

 Tabagismo;

 Estresse;

 Colesterol alto;

 Diabetes;

 Idade avançada;

 Gênero e etnia (maior em homens e em indivíduos não-brancos);

 Sedentarismo.

EXAMES

Para o diagnóstico, o mais comum é que um profissional de saúde meça a


pressão com um aparelho chamado esfigmomanômetro (ou tensiômetro). O grande
problema é que esse método algumas vezes causa algum grau de ansiedade no paciente
- o que eleva a pressão de forma desproporcional ao valor diário.

Para evitar que isso aconteça, em alguns casos, o médico pede um exame
chamado MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) em que a pessoa
deve usar um aparelho que mede cerca de cem vezes a pressão arterial durante 24
horas. 

Também pode ser feita a Monitorização Residencial da Pressão Arterial


(MRPA), ou seja, a medida com o aparelho que o próprio paciente tem em casa. Para
garantir a sua eficácia, é essencial seguir o seguinte passo a passo:

1. Esteja em repouso por pelo menos dois minutos (idealmente cinco minutos);
2. Fique na posição sentada;
3. Esteja de bexiga vazia (para evitar que a distensão de bexiga cause desconforto e
eleve a pressão);
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4. Prefira momentos em que você ou a pessoa que está medindo a pressão esteja
sem dor ou ansiedade extrema;
5. Posicione o braço na altura do coração, apoiado em alguma superfície;
6. Coloque o aparelho medidor nem muito apertado e nem muito solto, permitindo
a entrada de um dedo;
7. Evite falar durante a medição;
8. Meça duas vezes, com cinco minutos de intervalo, para ter certeza da medida.

Vale destacar que a aferição sempre deve ser feita com tensiômetro, seja ele
manual ou automático. Os aplicativos que prometem realizar essa mesma função com
apenas a colocação do dedo na câmera do celular ou no identificador digital ainda não
têm efeito garantido por estudos científicos. 

Fato é que, independentemente do método utilizado, os valores aferidos em


indivíduos acima de 18 anos classificam-se como:

 Ótimos: até 120/80 mmHg;

 Normais: entre 120/80 e 130/85 mmHg;

 Limítrofes: entre 130/85 e 139/89 mmHg;

 Hipertensos: acima de 140/90 mmHg.

TRATAMENTO

O grande foco do tratamento é controlar a doença, visando uma melhora da


qualidade de vida e a prevenção de complicações.

Somente o médico poderá determinar o que é mais adequado para cada paciente,
considerando as comorbidades e as medidas da pressão. Contudo, o tratamento, de
forma geral, inicia-se com a mudança do estilo de vida associado ou não ao uso de
medicamentos.

Os especialistas recomendam:

 Manter o peso adequado;

 Não abusar do sal;

 Praticar atividade física regular;

 Aproveitar momentos de lazer;

 Abandonar o fumo;

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 Moderar o consumo de álcool;

 Evitar alimentos gordurosos;

 Controlar o diabetes e outras comorbidades.

Quando a doença surge em decorrência de alguma outra, também é essencial que


a causa inicial seja tratada.

Esse é um dos maiores problemas no tratamento da hipertensão: a falta de


adesão e a ideia equivocada de que, uma vez que a pressão arterial esteja controlada, a
medicação pode ser suspensa.

A realidade é muito diferente. Um paciente hipertenso que abandona o


tratamento fica sujeito a uma elevação súbita da pressão e aos riscos de ter problemas
relacionados, como AVC, infarto agudo do miocárdio, doença renal
crônica e insuficiência cardíaca.

O paciente só está autorizado a diminuir a dose ou eventualmente suspender o


tratamento, quando a pressão tende a ficar muito baixa - o que só pode ser determinado
por um especialista.

MEDICMENTOS

Existem diferentes tipos de remédios para hipertensão, incluindo:

 Inibidores da enzima conversora da angiotensina: eles impedem a


angiotensina I de se converter em angiotensina II, sendo esta última responsável
pelo aumento da pressão arterial;

 Antagonistas dos receptores da angiotensina (ARA): bloqueiam a ação da


angiotensina II em um dos receptores que eles atuam;

 Betabloqueadores: agem no sistema nervoso simpático, que tem como uma das


funções reagir ao estresse e pode elevar a pressão arterial;  

 Diuréticos: aumentam a excreção de água e sódio do organismo e também têm


ação vasodilatadora, reduzindo a pressão sanguínea;

 Antagonistas de cálcio: eles bloqueiam a ação do canal de cálcio com


consequente dilatação das artérias.

Dependendo da situação, pode ser necessário usar mais de um tipo para controlar
a doença de forma eficaz, mas apenas um médico poderá determinar isso, assim como a
dosagem correta e a duração do tratamento.

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A hipertensão arterial não tem cura na maior parte dos casos. A cura pode
acontecer quando a hipertensão surge em decorrência de alguma outra doença ou do uso
de algum medicamento.

PREVENÇÃO

Para prevenir a hipertensão, é recomendado que as pessoas em idade adulta


meçam a pressão pelo menos uma vez por ano como forma de acompanhamento. Se
houver casos de hipertensão na família, o número aumenta para duas vezes ao ano.

Além disso, pode ajudar manter hábitos de vida mais saudáveis, como:

Diminuir ou abandonar o consumo de bebidas alcoólicas; Tentar levar os


problemas do dia a dia de maneira mais tranquila; Manter o peso saudável; Praticar
atividades físicas regularmente; Ter uma alimentação saudável; Diminuir o consumo de
sal.

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CONCLUSÃO

A hipertensão arterial ou pressão alta, é uma doença que ataca os vasos


sangüíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisia dos rins. Ocorre quando a
medida da pressão se mantém freqüentemente acima de 140 por 90 mmHg. Essa doença
é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis
de pressão arterial, entre eles:

Fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de


sal, níveis altos de colesterol, falta de atividade física;

Além desses fatores de risco, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra,
aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de
50 anos, em diabéticos.

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REFERÊNCIAS

https://www.msdmanuals.com/pt/profissional.
https://saude.abril.com.br/medicina/hipertensao-causas-sintomas-diagnostico-e-como-
baixar-a-pressao
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/hipertensao..
https://bvsms.saude.gov.br/hipertensao.

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