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INTRODUÇÃO
Medicina legal é a parte da medicina que trata de assuntos médicos que haja
interesse policial ou judiciário constituindo-se como arte (técnica própria) e ciência
(preceitos próprios) e está ligada tanto ao direito constituído (legislação em vigor)
quando ao direito constituindo (legislação que vai ser elaborada). Este artigo tem como
objectivo fazer uma revisão de alguns aspectos englobando: conceito de gravidez, sinais
e sintomas, fisiologia, fecundação, parto, complicações e cuidados durante a gravidez.
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2. CONCEITO DE GRAVIDEZ
Chamamos de gravidez o período de crescimento e desenvolvimento de um ou
mais embriões no interior do útero.
Para que ocorra a gravidez é necessário que o óvulo, gâmeta feminino, seja
fecundado pelo espermatozóide, gâmeta masculino. O resultado dessa fecundação dá
origem ao zigoto, que após várias mitoses se transforma no embrião. Quando esse
embrião chega ao útero, ele se fixa na parede uterina em um processo que conhecemos
como nidação, que ocorre geralmente no 7º dia após a fecundação. Assim que ocorre a
nidação, tem-se o início da gravidez, também chamada de gestação. Na espécie humana,
a gravidez dura aproximadamente nove meses ou cerca de trinta e nove semanas.
Assim que a mulher souber que está grávida, é extremamente importante que ela
inicie o pré-natal com um médico de sua confiança. Esse acompanhamento é importante
tanto para a saúde da mãe, como para a saúde do bebê.
A futura mamãe também deverá se preocupar com os alimentos que ingere, pois
alimentos crus ou mal cozidos podem transmitir doenças como a toxoplasmose, que
podem atingir o embrião causando sérios prejuízos e até mesmo a morte do bebê.
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2.1 Sinais e sintomas
Entre os sintomas mais comuns e normais que antecipam ou anunciam este
momento tão esperado pelos casais que decidem ter filhos estão: a ausência do período
menstrual ou amenorreia, hipersensibilidade nos mamilos, aumento do tamanho dos
seios, sonolência, vómitos matutinos, enjoo, mudanças na hora de perceber os cheiros
que estava acostumada e a necessidade de ingerir determinado tipo de comida ou
alimento, o que comummente conhecemos como desejo.
2.2 Fisiologia
Ao longo da gravidez, a mulher passa por diversas alterações fisiológicas
perfeitamente normais, incluindo alterações cardiovasculares, hematológicas,
metabólicas, renais e respiratórias, que asseguram a viabilidade do feto e têm um papel
fundamental no caso de complicações.
2.3 Fecundação
Uma gravidez tem início com a fecundação de um óvulo (gâmeta feminino) por
um espermatozóide (gâmeta masculino). Ao longo do ciclo menstrual que antecede a
gravidez o corpo da mulher sofre alterações no sentido de se preparar para uma possível
fecundação. Com a ovulação, o óvulo maduro liberta-se do seu folículo e deposita-se
numa das trompas de falópio.
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2.3.1 Desenvolvimento embrionário
Nos seres humanos, a embriogénese, ou período embrionário, tem início com a
fecundação e prolonga-se até ao início do período fetal. Após a fecundação, o zigoto
desloca-se lentamente ao longo da trompa de Falópio em direcção ao útero. Ao longo
desta viagem de mais de uma semana, o zigoto divide-se em células idênticas. Esta
divisão celular tem início aproximadamente entre 24 a 36 horas após a fecundação. Ao
fim do 4º dia de divisão celular, o zigoto dá origem a uma esfera sólida de 16 ou 32
células denominada mórula.
Neste intervalo aparecem as unhas nos pés e nas mãos, os órgãos genitais e os
brotos para os futuros dentes. A cabeça é proporcionalmente muito grande, cerca de
metade do tamanho do feto. Entre as 15 e 18 semanas de gestação o bebé começa-se a
mexer e a esticar. A pele é praticamente transparente e surge um tipo de cabelo muito
fino denominado lanugo. Desenvolvem-se os tecidos musculares, os ossos tornam-se
mais fortes e o fígado e o pâncreas já produzem secreções.
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2.3.4 Região pélvica
Na região pélvica, os vasos sanguíneos e linfáticos aumentam de tamanho e
desenvolvem novas ramificações de modo a suportar o aumento de fluxo de sangue ao
útero e restante órgãos. À medida que a gravidez avança, os músculos, ligamentos e
outros tecidos da região tornam-se gradualmente mais pronunciados, elásticos e fortes
de modo a permitir que o útero cresça para além da pélvis e que o bebé possa atravessar
o canal de parto com maior facilidade. Os ossos pélvicos sofrem poucas alterações
durante a gravidez. No entanto, a hormona relaxina relaxa a união entre os ossos
frontais da bacia e entre a bacia e o sacro.
2.3.5 Mamas
Durante o início da gravidez, uma das alterações mais perceptíveis nas mamas é
o agravamento da sensação de desconforto e saturação características do período pré-
menstrual, que é de tal forma específica que pode ser um sinal da gravidez. À medida
que a gravidez avança, os seios aumentam de tamanho, a pigmentação da aréola torna-
se cada vez mais escura, e as artérias por baixo da pele e as glândulas de Montgomery
tornam-se mais proeminentes.
2.3.6 Pele
Durante a gravidez aumenta a pigmentação da pele, sendo bastante comum o
aparecimento de manchas irregulares na face.
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2.4 Parto
O parto é o processo pelo qual nasce o bebé. Considera-se que a mulher está em
trabalho de parto quando começa a sentir contracções uterinas em intervalos regulares e
progressivas que gradualmente fazem descer o feto pelo colo do útero e pela vagina
(canal de parto) até à sua expulsão para o exterior. Estas contracções são acompanhadas
por alterações no colo do útero, o qual dilata e se torna cada vez mais fino até
desaparecer. Embora a maior parte dos nascimentos ocorra por parto vaginal, podem
surgir determinadas complicações que obriguem à realização de uma cesariana.
2.5 Complicações
Ao contrário dos incómodos e desconfortos, que são normais e não apresentam
um risco para a saúde da mãe e do bebé, as complicações da gravidez são problemas de
saúde causados pela gravidez. No entanto, a maioria destas complicações pode ser
tratada e, mesmo após um aborto, uma mulher pode voltar a ter uma gravidez
perfeitamente normal.
Os factores de risco mais comuns numa gravidez são uma idade superior a 35
anos, o consumo frequente de álcool, tabaco e drogas; historial familiar de
malformações, síndroma de Down, atraso mental ou doenças congénitas; hipertensão
arterial, diabetes, epilepsia, artrite reumatoide, problemas do coração, dos rins ou da
tiroide; infecções como a rubéola ou a toxoplasmose, incluindo infecções de
transmissão sexual como sífilis ou sida; e má nutrição ou excesso de peso.
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algumas das alterações fisiológicas maternas, entre as quais a diminuição do volume
respiratório e a retenção urinária. A mastite, ou inflamação das mamas, ocorre em 20%
das lactantes.
Hiperémese gravídica
Cerca de 10% das gravidezes são complicadas por doenças hipertensivas, nas
quais se inclui pré-eclampsia, eclampsia, hipertensão gestacional e hipertensão crónica.
[135] A pré-eclampsia é uma doença caracterizada por tensão arterial elevada (>140/90
mmHg ou subida considerável da tensão) acompanhada por valores anormalmente
elevados de proteínas na urina (>300 mg) e retenção de líquidos na cara e nas mãos.
Afecta entre 5 e 8% das gravidezes e geralmente ocorre entre a 20.ª semana de gestação
e uma semana após o parto.
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Doença de Rhesus
Erupções cutâneas
Um bom pré-natal é essencial para a saúde do bebê. Assim que pegar o teste de
gravidez positivo, decidir onde vai fazer o pré-natal e marcar a primeira consulta.
2. Alimente-se bem
Não precisa comer mais porque está grávida, mas é importante ter uma
alimentação equilibrada e saudável.
Muitas mulheres param de comer certo tipo de alimento por causa do enjoo, mas
é sempre possível arranjar um substituto que tenha valor nutricional parecido.
O ideal é ter uma dieta que inclua verduras, legumes e frutas, carboidratos (de
preferência integrais), proteína que pode vir do peixe, da carne, do frango, dos ovos, de
castanhas ou sementes e também leite e lacticínios em geral.
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3. Tome cuidado com o que come
Evitar certos alimentos na gravidez, porque eles podem representar risco para o
bebê se estiverem contaminados.
Devido ao risco de toxoplasmose, que embora seja pequeno existe, evitar comer
carne crua ou malpassada. Lavar bem as verduras, legumes e frutas para tirar todo
resquício de terra ou sujeira, e lavar bem as mãos antes de comer.
Outros nutrientes importantes para a saúde mãe e do bebê são o ferro e o cálcio,
que podem ser supridos normalmente pela alimentação. No entanto, muitos médicos
receitam suplementos vitamínicos especiais para grávidas, que contêm reforços desses
nutrientes.
A gordura natural dos peixes, como o ómega 3, também tem um efeito benéfico
no peso do bebê e no desenvolvimento do cérebro e dos nervos no final da gravidez. Os
peixes que mais contêm esse tipo de ácido graxo são o salmão, a sardinha, a truta, a
cavalinha e o arenque.
Também contribui para que a mãe entre em forma mais rápido depois que o bebê
nascer. Sem contar que ajuda a melhorar o humor, com a liberação da serotonina o que
reduz o risco da mãe sucumbir a uma certa tristeza comum nessa fase.
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Se a mãe já está acostumada a se exercitar, o mais provável é que possa
continuar com a mesma actividade, desde que esteja se sentindo confortável. Conversar
com a pessoa que orienta seu treino e avise que está grávida.
Não faça esportes em que corra o risco de cair ou levar impactos. Os mais
benéficos são as actividades mais amenas, como caminhadas, natação, hidroginástica e
ioga.
Pode ser que a mãe nunca tenha ouvido falar disso, mas esse tipo de exercício,
nos músculos da região pélvica, devia ser feito por todas as mulheres desde a
adolescência.
A vantagem é que a mãe pode fazê-lo a qualquer hora, em qualquer lugar, sem
ninguém perceber.
Várias vezes por dia por exemplo, enquanto lava as mãos, escova os dentes ou
prepara o café, faça dez contracções lentas e dez rápidas dos músculos do assoalho
pélvico.
Um bom jeito de sentir como fazer essas contracções é imaginar que está
fazendo xixi e interromper o fluxo imaginário de urina.
Agora que está grávida, não tome nenhum tipo de remédio sem antes perguntar
para o médico se pode.
Antes da consulta, tente lembrar os problemas que costuma ter com frequência e
os remédios que toma (como para alergia, cólicas, dor de cabeça, problemas de pele
etc.). Faça uma lista e verifique com o médico o que vai poder tomar se precisar.
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9. Pare de fumar e de beber
Mulheres que fumam têm risco maior de aborto espontâneo, de parto prematuro
e de ter um bebê de baixo peso. Quanto antes a mãe parar de fumar, mais o bebê vai se
beneficiar.
Se não conseguir parar, qualquer redução no número de cigarros que a mãe fuma
por dia já facilita um pouco a vida do seu bebê.
Beber muito, mas de uma vez só, numa saída à noite, por exemplo, também é
prejudicial. O mais garantido é seguir a orientação do Ministério da Saúde e da
Organização Mundial da Saúde e não beber durante a gravidez.
10. Descanse
No melhor dos mundos, uma soneca todo dia depois do almoço seria perfeita. Se
não dá, tente dar uma relaxadinha de meia hora, pôr os pés para cima, do jeito que
conseguir.
Não estranhe se começar a preferir ficar em casa em vez de sair à noite. Escute
seu corpo.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Depois de um longo período de investigação, concluiu-se que a gravidez humana
dura um total de 40 semanas, equivalente a 9 meses do calendário. Nas principiantes,
como são chamadas as mulheres que dão a luz pela primeira vez, e nas que não, porém
existem menos possibilidades, o primeiro trimestre de gravidez é aquele que tem mais
risco pela possibilidade de perda (aborto espontâneo). No entanto, a partir do terceiro
mês inicia a viabilidade do feto, isto significa que o bebê já é capaz de sobreviver sem
necessidade de suporte médico.
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4. RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se os seguintes:
Apesar de ter um bebé a crescer na sua barriga não tem de comer a dobrar, nem
deve fazê-lo. O importante é fazer uma alimentação variada e equilibrada e ainda
fraccionar as refeições. Recorde-se que deve ter certos cuidados, uma vez que os
excessos poderão originar o aparecimento de diabetes gestacional, um problema que
potencia o aparecimento de outros, como a hipertensão ou a necessidade de ser feito um
parto por cesariana em vez de parto normal devido ao peso do bebé.
O seu médico irá também dar-lhe alguns conselhos em relação aos alimentos que
deve evitar, os alimentos mais ricos para si, para o bebé e os cuidados a ter.
2) Atenção à toxoplasmose
Uma das várias análises sanguíneas que irá realizar durante a gravidez servirá
para determinar se o seu organismo está ou não imune à toxoplasmose. Se não estiver
imune (o que acontece a grande parte das mulheres), deverá ter especial cuidado com o
consumo de vegetais crus que tenham sido extraídos da terra, tais como alfaces, tomates
e morangos.
Ambos são prejudiciais para o bebé e deverão ser banidos dos hábitos diários.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
«Gravidez reduz massa cinzenta e altera cérebro das mulheres, diz estudo». Portal
Terra + BBC Brasil. 20 de Dezembro de 2016. Consultado em 25 de Dezembro de
2016.
Freitas, Sandra L. Felix; Gerk, Maria; Arantes, Sandra; Nunes, Cristina; Luizari,
Marisa (2010). Nomenclatura obstétrica: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde,
Departamento de Enfermagem Ginecológica e Obstétrica. pp. 1–5
Dicionário de Termos Médicos da Porto Editora. «Parto». Consultado em 14 de
Junho de 2015
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«Pregnancy Symptoms». National Health Service. 11 de Março de 2010. Consultado
em 11 de Março de 2010
David C. Dugdale, Susan Storck (19 de Dezembro de 2012). «Breast pain».
MedlinePlus - US National
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