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SAÚDE DA MULHER

ENF. ROBSON PEREIRA ASSUNÇÃO


Atenção Integral a Saúde da Mulher
POLITICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER-PNAISM
 Maior parte da população brasileira;
 Principais usuárias do SUS;
 Ainda hoje, é vitima de situações de desigualdade de gênero;
 Possui menor representatividade nos cargos de chefias;
 Sofrem discriminação e sobrecarga doméstica;
 É a principal vítima da violência doméstica.
EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE DA MULHER
• Século XX – abordagem gravidez e parto (1930-1970) – Movimento Feminista
(Anticoncepcional oral).
• 1984 – Programa de Assistência integral na saúde da mulher;
• Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher/MS/2004;
• Rede Cegonha – Portaria 1459/2011.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA
REPRODUTOR FEMININO
• Órgãos externos: Pudendo feminino
(vulva):
Lábios maiores: são duas pregas de
tecido adiposo e conjuntivo
revestidos pela pele, contendo na sua
espessura glândulas sudoríparas e
sebáceas.
Lábios menores: são constituídos
apenas por tecido conjuntivo e
algumas glândulas sebáceas, unindo-
se na parte anterior para formar o
prepúcio do clitóris.
Clitóris: tecido erétil.
 Abertura da uretra: eliminação da
urina.
Abertura da vagina.
• Órgãos internos:
Vagina: órgão copulador.
Útero: revestido pelo
endométrio.
Tubas uterinas: mucosa
ciliada para conduzir o óvulo.
Ovários: produção de óvulos
e hormônios.
Obs: As glândulas mamárias
também são consideradas parte
do sistema genital feminino.
FUNÇÕES DOS ÓRGÃOS FEMININOS
• VAGINA: Comunica o útero com o meio externo.
Possui em média 10 cm de comprimento.
Dilata-se durante o parto e o ato sexual.
• HÍMEN: Película que delimita a entrada da vagina
Protege contra infecção na infância;
Rompido, geralmente, no primeiro ato sexual.
• ÚTERO: Órgão muscular oco
Estrutura muscular na qual o feto se desenvolve.
Expande-se durante a gravidez;
Miométrio (tecido muscular), Endométrio (mucosa que reveste o útero).
FUNÇÕES DOS ÓRGÃOS FEMININOS
• TUBAS UTERINAS
Transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário para a
cavidade do útero. Por elas passam, em direção oposta, os espermatozoides,
e a fecundação ocorre habitualmente dentro da tuba. Os batimentos dos
cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas
impelem o gameta feminino até o útero.
• OVÁRIOS
Produzem os óvulos ao final da puberdade; produzem também hormônios,
os quais controlam o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e
atuam sobre o útero nos mecanismos de implantação do óvulo fecundado,
dando início ao desenvolvimento do embrião.
ÓRGÃO GENITAIS INTERNOS
OVÁRIOS
TUBAS UTERINAS

1. Istmo: parte estreita sucessiva a


parte uterina;
2. Ampola: parte pouco mais dilatada,
onde geralmente ocorre a
fecundação;
3. Infundíbulo: estrutura em forma de
funil, onde há o óstio abdominal da
tuba.
4. Fímbrias: são extremidades que
auxiliam na captação do óvulo.
ÚTERO
• CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO DO
EMBRIÃO
ANATOMIA DO ÚTERO
Fundo do útero: região acima dos óstios das
tubas uterinas;
Corpo do útero: região que se comunica de cada
lado com as tubas uterinas através dos óstios das
tubas uterinas;
Istmo: região estreita e curta, inferior ao corpo do
útero;
Colo do útero: região que faz projeção na vagina
comunicando-se com ela através do óstio do
útero.
CAMADAS DO ÚTERO
Endométrio: região que é preparada para a implantação do óvulo
fecundado, sendo assim, sofre modificações com a fase do ciclo
menstrual, uterino ou na gravidez;
Miométrio: camada constituída por fibras musculares lisas; é também
a camada mais espessa, sendo responsável pelas contrações (devido ao
músculo liso);
Perimétrio: constituída pelo peritônio, envolvendo externamente o
útero.
• A VAGINA comunica-se superiormente com a cavidade do útero
através do óstio do útero e inferiormente abre-se no vestíbulo da
vagina através do óstio da vagina, o que possibilita sua comunicação
com o meio externo.
• FUNÇÕES: canal de parto fisiológico, menstruação e canal de
penetração do pênis.
PLANEJAMENTO SEXUAL E REPRODUTIVO
- LEI 9.263/1996
• A assistência à concepção e contracepção;
• O atendimento pré-natal;
• A assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato;
• O controle das doenças sexualmente transmissíveis;
• O controle e a prevenção dos cânceres cérvico-uterino, de mama, de
próstata e de pênis.
Lei 9. 263/96 – Esterilização voluntária
(Irreversível)
• I – em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 21
anos de idade ou, pelo menos, com 2 (dois) filhos vivos, desde que
observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade
e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada
acesso a serviço de regulação da fecundidade, inclusive aconselhamento
por equipe multidisciplinar, com vistas a desencorajar a esterilização
precoce;
• II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto,
testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos.
Lei 9. 263/96 – Métodos Anticoncepcionais
(Reversíveis)
• HORMONAIS
 Orais combinados monofásicos / bifásicos / trifásicas
 Minipílulas;
 Injetáveis mensais / trimestrais;
 Implantes subcutâneos;
 Percutâneos adesivos;
 Vaginais: comprimidos/anel.
Lei 9. 263/96 – Métodos Anticoncepcionais
(Reversíveis)
• BARREIRA
 Feminino: diafragma; espermaticida; esponjas; capuz cervical;
preservativo feminino.
Masculino: preservativo masculino.
Lei 9. 263/96 – Métodos Anticoncepcionais
(Reversíveis)
• INTRAUTERINOS
Medicados DIU de cobre e DIU com levonorgestrel.
Lei 9. 263/96 – Métodos Anticoncepcionais
(Reversíveis)
• COMPORTAMENTAIS OU NATURAIS
 Tabela ou calendário (Ogino-Knaus);
 Curva térmica basal ou de temperatura;
 Billings (mucocervical);
 Coito interrompido.
FISIOLOGIA DO SISTEMA
REPRODUTOR FEMININO
• Hormônio Fóliculo estimulante
( FSH): age na fase folicular,
promovendo o crescimento de
folículos ovarianos.
• Hormônio Luteinizante: é
produzido pela hipófise e é
responsável pela ovulação e
produção de progesterona.
Funções do hormônios sexuais femininos
ESTROGÊNIO PROGESTERONA
 Formação dos caracteres sexuais  Manutenção do endométrio
femininos  Preparação do útero para
 Alto antes da ovulação gestação
 Baixo após a ovulação  Regula o ciclo menstrual
CICLO MENSTRUAL
É um conjunto de modificações
que ocorrem no endométrio e
que apresentam uma
duração média de 28 a 30 dias.
Em média, os ciclos menstruais
começam aos 12 anos e são
interrompidos após os 45 anos.
O primeiro dia do ciclo
menstrual é a menstruação.
A primeira menstruação é a
menarca.
FASES DO CICLO MENSTRUAL
Fase proliferativa, folicular ou Fase secretora ou lútea
estrogênica:  Tem inicio após a ovulação, ou
 Observa-se a proliferação celular seja, após a liberação do ovócito
e reconstituição do endométrio pelo ovário.
perdido.  Há formação do corpo lúteo, que
 Esta fase é estimulada pela ação posteriormente ira ficar
do estrogênio responsável pela produção de
 O útero é preparado para a estrogênio e progesterona.
ovulação.  Alcance da espessura máxima do
endométrio, caso haja
fecundação, há nidação.
CICLO MENSTRUAL
FASE MENSTRUAL
 Caso a fecundação e a nidação
não ocorram, inicia-se a fase
menstrual.
 Redução de hormônios, como a
progesterona.
 Há constrição das artérias do
endométrio.
MENOPAUSA
• Ocorre, normalmente após os 45 anos de vida
• Caracteriza-se pelo fim da ovulação e da menstruação
• Segundo o Ministério da Saúde, a menopausa é o último ciclo
menstrual e acontece passados 12 meses sem menstruação.
CLIMATÉRIO
• Evento fisiológico que ocorre antes da cessação da menstruação.
• Marcado por ciclos irregulares de menstruação
• São comuns sintomas como aumento da temperatura corporal e
diminuição da lubrificação vaginal.
FECUNDAÇÃO
NIDAÇÃO
• É o processo de implantação do óvulo fecundado no endométrio,
tecido que reveste a parte interna do útero.
• Durante a nidação é comum a gravidez ectópica
FASES DO DESENVOLVIMENTO
• FASE OVULAR – 1 SEMANA • FASE EMBRIONÁRIA
• Até o 3º mês denomina-se fase • Após a fecundação, há a migração
embrionária. tubária. Em torno do 6º dia ocorre a
• Com o início do 4º mês inicia-se a nidação na parede do útero.
fase fetal • Entre o 6º e 7º dia há o início da
formação da placenta.
• Entre o 18º a 20º dia há no embrião
um esboço auditivo, início da
inervação, esboço cardíaco e primeiras
ilhotas vasculares.
• Entre o 24º e 26º dia de gestação, o
tubo digestivo e brotação dos
membros.
• No 28º dia aparece óptico e • No 45º dia, diferenciação genital
circulação embrionária. das gônadas.
• No 31º dia, ocorre migração das • No 50º dia, quatro cavidades
primeiras células sexuais. cardíacas.
• No 33º dia, formação definitiva • No 56º dia, dedos separados.
dos rins.
• No 40º dia, há início da
formação das mãos.
FASE FETAL

• Os vários órgãos e tecidos do feto não crescem em ritmo idêntico, não


alcançam, ao mesmo tempo, o mesmo grau de maturação. O feto a
termo possui aparelho digestório, respiratório, circulatório e urinário
se encontram praticamente prontos para a vida extrauterina, enquanto
os tecidos nervosos e ósseos, nessa fase, são imaturos e seu
aperfeiçoamento prossegue por muito tempo, após o nascimento.
CRESCIMENTO FETAL
PERIODO COMPRIMENTO

2º mês 07 cm

4º mês 16 cm

6º mês 32 cm

8º mês 45 cm

9º mês 50 cm
PESO
PERIODO GRAMAS

2º mês 04 g

4º mês 120 g

6º mês 700 g

8º mês 2.200 g

9º mês 3.300 g
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
 PLACENTA
• É um órgão materno através do qual se estabelece
durante a gravidez a troca de oxigênio e de
substâncias nutritivas da mãe para o embrião, e de
dióxido de carbono e de produtos do metabolismo do
embrião para a mãe.
CORDÃO UMBILICAL
• Anexo que liga o feto à placenta
e possui duas artérias, que levam
sangue impuro do feto à placenta
e uma veia que leva sangue
purificado e rico em alimentos da
placenta para o feto
LIQUIDO AMNIÓTICO
• Varia em torno de 500 a 1000 ml
numa gravidez normal. Serve
para proteger o feto contra
traumatismos externos.
• Pode apresentar oligoâmnio e
hidrâmnio.
GESTAÇÃO
• O útero não gravídico, que mede 7 cm de comprimento, atinge durante
a gravidez, até 35 cm e seu peso que normalmente é de 100 a 150
gramas, chega a atingir de 1000 a 1500 gramas.
• No primeiro trimestre ocorre espessamento das paredes uterinas que
atingem o auge no 4º mês de gestação.
• Durante o 2º mês torna-se acessível à palpação abdominal e vai
ocupando, aos poucos, toda a cavidade abdominal. Há uma
modificação na consistência, no sentido de um amolecimento.
Alterações Fisiológicas na Gestação
• Modificações Sistêmicas
• Postura e deambulação: o centro de gravidade se desvia para frente, e todo o
corpo, em compensação, projeta-se para trás.
• Passos oscilantes e mais curtos, lembra a deambulação dos gansos – marcha
anserina.
• Metabolismo glicêmico: resistência à insulina ao final do 2º trimestre.
• Níveis elevados de hormônio lactogênio placentário humano (hPL),
hormônio do crescimento placentário humano (hPGH) e adipocinas (leptina,
adiponectina, TNF-α, IL-6).
• Glicemia de jejum: 92;Teste de intolerância à glicose: 153 (já é classificado
como diabetes mellitus gestacional).
• Metabolismo lipídico: acúmulo de lipídios nos tecidos da gestante e a
hiperlipidemia gestacional.
• Aumento do colesterol na fase gestacional.
Alterações Fisiológicas na Gestação
• Sistema sanguíneo: hemodiluição das hemácias.
• Concentração de hemoglobina: reduz de 13,3 g/dℓ, valor médio não
gravídico, para 11 g/dℓ, no 3º trimestre da gravidez “anemia
fisiológica da gravidez”.
• Leucócitos: aumenta na gestação (no termo, até 20 mil/mm3).
Plaquetas: pequeno decréscimo (250 para 210 mil/mm3, valores
médios).
• Trombocitopenia gestacional (diminuição das plaquetas), no 3º
trimestre, com níveis de 80 a 150 mil/mm3.
• Estado de hipercoagulabilidade: aumento do fibrinogênio (Evitar
hemorragias).
• Risco de Trombose
Alterações Fisiológicas na Gestação
Aumento do DC e do Fluxo Plasmático Renal
• Retenção de Na, determinada, principalmente, pela maior secreção de
aldosterona pela suprarrenal a despeito do efeito natriurético da
progesterona. Diminuição da pressão oncótica do plasma é
responsável pelo aumento da TFG e contribui para o desenvolvimento
do edema periférico.
• Obs.: é proibido o uso pela gestante de inibidores de ECA e de
medicamentos que atuam no sistema renina angiotensina aldosterona.
• O medicamento utilizado para o tratamento de hipertensão na gestação
é o Metildopa, Nifedipina e Hidralazina.
Alterações Hemodinâmicas no Sistema
Cardiovascular
• Aumento do DC e do volume sanguíneo: por causa do volume
plasmático, da redução da resistência vascular periférica e da PA.
Vasodilatação periférica: aumento do óxido nítrico.
• FC: elevação progressiva de 28 a 32 semanas, com um acréscimo de
10 a 15 bpm.
• Retorno venoso: prejudicado a partir de 20 semanas de gestação na
posição supina. Pode gerar a síndrome de hipotensão supina (pode ter
perda da consciência). Adotando o decúbito lateral esquerdo, o DC é
restaurado quase automaticamente.
• PA: reduz no início pela redução da RVP, depois se eleva e mantém
estável até o parto.
• Pressão venosa nos membros inferiores: aumenta. Exemplo:
hipotensão, lipotimia, ortostática, edema dos membros inferiores,
varicosidades e hemorroidas.
Sistema Urinário
• Modificações anatômicas: rins se deslocam para cima pelo aumento do
volume uterino e aumentam em tamanho cerca de 1 cm em virtude do
acréscimo do volume vascular renal e do espaço intersticial. Favorece
a hidronefrose e ITU.
• Compressão dos ureteres, progesterona inibe a musculatura lisa
ureteral, determinando ureteroectasia. Estase urinária predispõe a
gestante a ITU, pielonefrite e nefrolitíase.
• Bexiga: distorcida pela compressão direta do útero gravídico.
Favorece incontinência urinária.
Sistema Respiratório
• Edema nasal fisiológico com congestão nasal e epistaxe;
• Elevação do diafragma e no alargamento do tórax.
• Hiperventilação da gravidez: alcalose respiratória compensada, com
diminuição do PCO2 < 30 mmHg.
• PO2 no ar alveolar e no sangue arterial se elevam.
• O consumo de oxigênio aumenta de 15 a 20%.
• Aumento no PO2 (101 a 104 mmHg).
• A diminuição do PCO2 é compensada pelo aumento da excreção
urinária de bicarbonato.
• Dispneia: hiperventilação da gravidez.
Sistema Digestório
• Náuseas e vômitos (50 a 90% das gestantes) – níveis crescentes de
gonadotrofina coriônica humana (hCG) e de estrogênios.
• Redução na secreção gástrica de ácidos.
• Durante a gestação haverá uma redução da motilidade do trato
gastrointestinal. Ou seja, o alimento irá ficar mais tempo armazenado,
o que irá favorecer as náuseas e vômitos.
• Redução da mobilidade do sistema gastrintestinal (esôfago, estômago,
vesícula, intestino) por aumento dos níveis de progesterona: pirose,
combinação do relaxamento do esfíncter gastresofágico ao aumento de
pressão intra-abdominal. Com consequente constipação intestinal.
• A vesícula fica hipotônica (mais parada), distendida, com bile viscosa
e com grande tendência de formar cálculo. A colecistectomia é a
segunda causa de cirurgia não obstétrica na gravidez.
• TAMPÃO MUCOSO – É um muco abundante e espesso que protege
a cavidade do útero e o feto contra a ascensão de germes vaginais.
• VAGINA – Apresenta coloração mais escura e espessamento de sua
mucosa por influencia hormonal, podendo ocorrer varizes vulvares.
• MAMAS – Apresentam aumento de volume e sensibilidade, Sinal de
Hunter hiperpigmentação da auréola primária, Rede de Haller,
Tubérculos de Montgomery e estrias.
• ROSTO – Apresenta hiperpigmentação (cloasma gravídico) e
lanugem.
• ABDOME – Linha Alba se transforma em Linha Nigra, há
planificação do umbigo, estrias e aumento de volume.
• MEMBROS INFERIORES – Apresentam edemas, varizes,
câimbras.
• POSTURA – Lordose e modificação na marcha (andar anseriano).
• APARELHO DIGESTÓRIO – Apresenta náuseas e vômitos
matinais, pirose. Eliminações – Constipação intestinal, hemorróidas,
polaquiúria.
• PSIQUISMO – Irritabilidade, sonolência, alteração do humor.
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
• Clinico
• Laboratorial
• Ultrassonografia
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ
PRESUNÇÃO PROBABILIDADE
• Atraso menstrual • Amolecimento da cérvice uterina
• Manifestações clinicas ( comuns) • Aumento das paredes vaginais
• Alterações anatômicas • Aumento da elasticidade do
útero
CERTEZA
• Presença de BCF são detectadas
pelo Sonar a partir de 12
semanas e pelo Pinard a partir de
20 semanas.
• Presença de movimentos fetais (
18 a 20 semanas)
• Ultrassonografia
PARTICULARIDADES DO BHCG
• Pode detectado entre 8 a 11 dias após a concepção
• O pico de detecção é de 60 a 90 dias
• Segundo protocolo MS 2016, atraso menstrual acima de 15 dias , deve
ser solicitado o BHCG.
ASSISTÊNCIA NO PRÉ NATAL
• LEI Nº 9.263 de 12 de janeiro de 1996
• Acolhimento
• Orientações para concepção
• Oferta de métodos anticoncepcionais
• Captação precoce da gestante ate 12 semanas
• Realização de no mínimo 06 consultas de pré-natal, sendo uma
primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro trimestre.
• As consultas são intercaladas entre o médico e o enfermeiro.
• Escuta ativa da mulher e de seus(suas) acompanhantes, esclarecendo
dúvidas e informando sobre o que vai ser feito durante a consulta e as
condutas a serem adotadas;
• Atividades educativas a serem realizadas em grupo ou
individualmente, com linguagem clara e compreensível,
proporcionando respostas às indagações da mulher ou da família e as
informações necessárias;
• Estímulo ao parto normal e resgate do parto como ato fisiológico;
• Anamnese e exame clínico-obstétrico da gestante;
FREQUÊNCIA DE CONSULTAS
• Mensais : ate 28ª semanas
• Quinzenais: 28ª a 36ª semana
• Semanal: 36ª a 41ª semana
TEMPO DE GESTAÇÃO
ROTEIRO DA PRIMEIRO
CONSULTA
• História clínica
• Aspectos epidemiológicos
• Antecedentes familiares
• Antecedentes pessoais,
ginecológicos e obstétricos.
EXAME FÍSICO
• Avaliação nutricional • Exame ginecológico
• Medida da PA • Exame clínico das mamas
• Palpação abdominal e percepção
dinâmica
• Medida da altura uterina
• Ausculta dos BCF
• Registro dos movimentos fetais
• Verificação os edemas
AUSCULTA FETAL
• SONNAR DOPPLER • PINARD
MÉTODO TABELINHA
PASSOS  Subtrair 18 do ciclo mais curto
 Anotar o primeiro dia da  Subtrair 11 do ciclo mais longo
menstruação por 06 meses  Normalmente, a menstruação
 Indicado para ciclos normais acontece no primeiro dia e
 Selecionar período mais curto e ovulação no 14º dia
mais longo  Quanto mais irregular, menos
 Subtrair valores( <6, não é eficácia do ciclo
aconselhado)
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
• Os métodos para essa estimativa • Conta-se quantos dias se
dependem da data da última passaram da ultima menstruação
menstruação (DUM), que até a consulta.
corresponde ao primeiro dia de • O total de dias divide por 7
sangramento do último período
menstrual referido pela mulher e • O resultado será a quantidade de
a data da consulta. semanas e o resto, a quantidade
de dias.
CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DO
PARTO ( DPP)
REGRA DE NAEGELE
• Data da última menstruação
• Ao dia soma-se 7
• Meses entre janeiro a março,
soma 9.
• Meses de abril a dezembro
diminui 3
• Se somar 9, mantem no mesmo
ano. Se reduzir 3, acrescenta 1 ao
ano.
GESTOGRAMA
• Coloca-se a seta sobre o dia e mês correspondente ao primeiro dia da
última menstruação e observar o número de semanas indicado no dia e
mês da consulta atual.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece
o período do mês em que ela ocorreu:
• Se o período foi no início, meio ou fim do mês, considerar como data da
última menstruação os dias 5, 15 e 25, respectivamente.
Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos:
• Quando a data e o período do mês não forem conhecidos, a idade
gestacional e a data provável do parto serão, inicialmente, determinadas por
aproximação, basicamente pela medida da altura do fundo do útero e pelo
toque vaginal, além da informação sobre a data de início dos movimentos
fetais, habitualmente ocorrendo entre 16 e 20 semanas. Podem-se utilizar a
altura uterina mais o toque vaginal, considerando os seguintes parâmetros:
• Quando não for possível determinar a idade gestacional clinicamente,
solicitar o mais precocemente o exame de ultrassonografia obstétrica.
MEDIDA DA ALTURA UTERINA (AU)
• A altura uterina permite avaliar o crescimento fetal e compará-lo a IG. A
AU representa a altura do fundo útero. A AU representa a altura do
útero. Dessa forma, alterações nesta proporção poderão ser percebidas,
em casos de gemelaridade, polidrâmnio, oligoâmnio, dentre outros.
• Com a gestante em decúbito dorsal e o abdome exposto, delimitar a
borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino. Fixar a fita métrica
(extremidade inicial) com o dedo indicador, na borda da sínfise púbica,
passando-a entre os dedos indicador e médio da mão oposta. Fixar a
outra extremidade da fita quando a mão oposta atingir o fundo do útero.
Proceder à leitura da fita e anotar a medida da AU. A AU aumenta
gradativamente no decorrer da gestação. Sua variação com a IG é de
mais ou menos 4 cm.
AVALIAÇÃO DO ESTADO
NUTRICIONAL
• Orientar quanto à alimentação: as refeições devem ser balanceadas e
consumidas de forma fracionada, de preferência 06 vezes diárias,
incluindo vitaminas e sais minerais (frutas e verduras), proteínas (leite,
carnes e cereais), fibras (aveia, milho e trigo), gorduras e carboidratos
(alimentos energéticos presentes em pães, doces e massas em geral),
que por sua vez deverão ser consumidos com moderação. A gestante
deverá evitar o jejum prolongado.
• Suplementação de ferro e acido fólico
CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
• Quando a hipertensão na • Pré eclampsia: HAS e
gravidez estiver associada a proteinúria( > 300 mg em 24
perda de proteínas pela urina horas) após 20ª semana gestação
(proteinúria), teremos um quadro em mulheres previamente
chamado PRÉ -ECLÂMPSIA ou normotensas.
TOXEMIA GRAVÍDICA • Eclampsia: complicações da pré
• Hipertensão: > 140/90 mmHg eclampsia + crises convulsivas.
• Investigar edemas
VERIFICAÇÃO DE EDEMAS
• O edema é verificado no tornozelo, na perna, na região sacral,
pressionando-se com o polegar por alguns segundos, depois passa-se
o dedo para verificar se apareceu depressão no local a constatação do
edema, somada a outros fatores, na gestante é importante para a
evidência precoce da ocorrência de alguma patologia associada.
HIPERTENSÃO GESTACIONAL
• Caracterizada por HAS detectada após a 20ª semana de gestação, sem
proteinúria, sendo transitória ou crônica.
• Posicionar a gestante em decúbito dorsal, com o abdômen descoberto;
• Localizar o dorso fetal por meio da palpação;
• Encostar a extremidade mais ampla do estetoscópio de Pinar dorso
fetal;
• Encostar o pavilhão auricular na outra extremidade do estetoscópio;
• Fazer uma leve pressão com a cabeça sobre o estetoscópio;
• Procurar o ponto de melhor ausculta dos BCFs;
• Observar frequência e ritmo durante um minuto; Realizar anotação da
frequência encontrada.
• Realizar anotação da frequência encontrada.
• Além de realizar a palpação, perguntamos à gestante em qual lado ela
sente os movimentos fetais, o dorso estará no lado oposto onde
devemos auscultar os BCFs.
• Contamos os BCFs por um minuto, observando sua frequência e
ritmo;
• Registramos na ficha perinatal e no cartão da gestante.
CARTEIRA DA GESTANTE
FATORES DE RISCOS NA GRAVIDEZ
• Idade menor que 15 e maior que 35 anos
• Ocupação: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário,
exposição a agentes físicos/químicos e biológicos nocivos, estresse.
• Situação conjugal insegura.
• Baixa escolaridade.
• Condições ambientais desfavoráveis.
• Altura menor que 1,45 m.
• Peso menor que 45 Kg e maior que 75 Kg.
• Dependência de drogas lícitas e/ou ilícitas.
HISTÓRIA REPRODUTIVA ANTERIOR
• Morte perinatal explicada e inexplicada.
• Recém-Nascido com crescimento retardado, pré-termo ou
malformado.
• Abortamento habitual.
• Esterilidade/infertilidade.
• Intervalo interpartal menor que 2 anos ou maior que 5 anos.
• Nuliparidade e Multiparidade.
• Síndrome Hemorrágica ou hipertensiva.
• Cirurgia uterina anterior (cesárea).
DOENÇA OBSTÉTRICA NA GRAVIDEZ
ATUAL
• Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de
líquido amniótico.
• Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada.
• Ganho ponderal inadequado.
• Pré-eclâmpsia e eclâmpsia.
• Diabetes gestacional.
• Amniorrex prematura.
• Hemorragias da gestação.
• Óbito fetal.
INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS
• Hipertensão arterial.
• Cardiopatias.
• Pneumopatias.
• Nefropatias.
• Endocrinopatias.
• Hemopatias.
• Epilepsia.
• Doenças infecciosas.
• Doenças autoimunes.
• Ginecopatias.
ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE
ENFERMAGEM
• Orientar as mulheres quanto a importância do pré natal, amamentação
e vacinação.
• Verificar\ realizar o cadastramento das gestantes no SisPreNatal
• Conferir informações do cartão da gestante
• Verificar peso e PA e anotar os dados no cartão da gestante
• Fornecer medicações mediante receita com os medicamentos
padronizados
• Aplicar vacinas
• Realizar atividades educativas
• Aplicar vacinas
• Realizar atividades educativas , individuais e em grupos
• Informar ao enfermeiro ou médico de sua equipe, caso a gestante apresente
algum sinal de alarme
• Identificar situações de riscos e vulnerabilidades e encaminhar para consulta
de enfermagem ou médica, quando necessário.
• Orientar a gestante quanto a periodicidade das consultas e realizar busca
ativa de faltosas
• Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal,
acompanhar o processo de aleitamento, orientar a mulher e seu
companheiro sobre planejamento familiar.
MUITO OBRIGADO!

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