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PEDIATRIA

Guia da Prova Pratica

@euvourevalidar
Editado e Revisado por: Leonardo Carneiro Mosquer
Sumário
BLS .................................................................................................................................................. 3
PALS ................................................................................................................................................ 4
OVACE ............................................................................................................................................ 5
ATENÇÃO AO RN NA SALA DE PARTO – RN SAUDÁVEL ................................................................. 6
REANIMAÇÃO NEONATAL .............................................................................................................. 7
REANIMAÇÃO NEONATAL BANHO EM MECONIO ......................................................................... 8
RN EXPOSIÇÃO AO HIV .................................................................................................................9

TRIAGEM NEONATAL – TESTE CORAÇÃOZINHO .......................................................................... 10


TRIAGEM NEONATAL – TESTE DO OLHINHO ............................................................................... 11
ICTERICIA (DO ALEITAMNETO MATERNO/ FISIOLOGICA / PATOLÓGIA) ..................................... 12
HIPERBILIRRUBINEMIA................................................................................................................. 14
PUERICULTURA = PRIMEIRA CONSULTA SEM QUEIXA ................................................................ 15
PUERICULTUTA= ALEITAMENTO MATERNO ................................................................................ 17
ALEITAMENTO MATERNO E MASTITE .......................................................................................... 18
PUERICULTURA = SIFILIS CONGÊNITA .......................................................................................... 19
PUERICULTURA = IMUNIZAÇÃO ................................................................................................... 20
INTRODUÇÃO ALIMENTAR ........................................................................................................... 21
OBESIDADE INFANTIL ................................................................................................................... 22
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO = BAIXA ESTATURA FAMILIAR......................................... 23
ATRASO CONSTITUCIONAL DO CRESCIMENTO ............................................................................ 24
FARINGITE BACTERIANA .............................................................................................................. 27
OTITE MEDIA AGUDA ................................................................................................................... 28
SINUSITE ....................................................................................................................................... 29
LARINGITE VIRAL – CRUPE VIRAL ................................................................................................. 31
BRONQUIOLITE............................................................................................................................. 32
PNEUMONIA HOSPITALAR ........................................................................................................... 34
PNEUMONIA AMBULATORIAL ..................................................................................................... 36
ASMA AMBULATORIAL ................................................................................................................. 37
CRISE ASMÁTICA .......................................................................................................................... 38
COMO MONTAR UM ESPAÇADOR EM AEROSOL ......................................................................... 39
TUBERCULOSE .............................................................................................................................. 40
CORPO ESTRANHO NASAL ........................................................................................................... 41
SARAMPO ..................................................................................................................................... 42
RUBÉOLA ...................................................................................................................................... 44
EXANTEMA SÚBITO ...................................................................................................................... 46

1
MONONUCLEOSE ......................................................................................................................... 48
VARICELA ...................................................................................................................................... 49
ESCARLATINA ............................................................................................................................... 51
DOENÇA DE KAWASAKI ................................................................................................................ 53
DIARREIA AGUDA PLANO A .......................................................................................................... 55
DIARRÉIA AGUDA PLANO B .......................................................................................................... 56
DIARRÉIA AGUDA PLANO C .......................................................................................................... 57
PALESTRA DE PARASITOSE ........................................................................................................... 58
GNPE (SINDROME NEFRITICA) ..................................................................................................... 59
SD NEFRÓTICA .............................................................................................................................. 61
HIPERTENSÃO ARTERIAL NA INFÂNCIA ........................................................................................ 61
FEBRE REUMÁTICA ....................................................................................................................... 62
CONVULSÃO FEBRIL ..................................................................................................................... 63
MENINGITE BACTERIANA ............................................................................................................. 64
ANEMIA FALCIFORME .................................................................................................................. 65
MAUS TRATOS .............................................................................................................................. 66
SD. DOWN .................................................................................................................................... 67
MICROCEFALIA E ICTERICIA.......................................................................................................... 68
HIPERATIVIDADE E DÉFICT DE ATENÇÃO ..................................................................................... 69
ANOREXIA..................................................................................................................................... 70
BULIMIA ....................................................................................................................................... 71
AUTISMO ...................................................................................................................................... 72
FIMOSE E PARAFIMOSE................................................................................................................ 73
CRIPTORQUIDIA ........................................................................................................................... 74
ITU ................................................................................................................................................ 75
ESCABIOSE .................................................................................................................................... 76

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PBLS

Você acabou de sair do plantão, e com muita fome passou na padaria, quando
estava esperando o seu troco, entra uma mãe desesperada gritando que sua
filhinha de apenas 8 meses este “meio mortinha” deitada do lado da rua, e pede
desesperadamente por ajuda, você prontamente diz que é médico e quer ajudar,
o você deve fazer para ajudar a criança:

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico posso realizar atendimento de sua filha).
Qual o nome da senhora e do seu filho?

Atendimento Inicial:
1.Verificou a segurança da cena
2. Chegar responsividade da criança (menores bater nos pés, pode haver fraturas no
esterno) chama pelo nome...(criança não responde)
3. Checar respiração e pulso (falar que vai checar o pulso por 10 seg ) criança tem
pulso mas não respira. Pulso Braquial em < 1ano e Femoral ou Carotídeo para > 1ano
5. Iniciar compressões ventilação – 1 ventilação cada 3-5seg = 12-20 irpm
6. Checar pulso e respiração após 2 min
Criança agora sem pulso e sem respiração – iniciar CAB
7. Chama Ajuda e Solicitar DEA
8. Iniciar compressões torácica com a técnica dos 2 dedos (< 1 ano) ou com as 2 mãos
(>1 ano) as compressões precisam ter uma profundidade de 1/3 do diâmetro do tórax,
com uma frequência de 100-120 / minuto
9. Relação compressão/ventilação de 30:2 (1 socorrista) ou 15:2 (com ajudante)
10. RCP por 2 min = 5 ciclos
11. Checar pulso após 2 min de RCP e repetir ciclo até a chegada do DEA
Chegou DEA
12. Checar ritmo: AESP ou Assistolia

13. Não administra choque. Retomar RCP relação 15:2 por 2 min
14. Checar ritmo AESP ou Assistolia
Segue RCP até a equipe de emergência chegar
15. Solicitar acesso venoso periférico ou intraósseo
16. Administrar Adrenalina 0,01mg/kg cada 3-5min
17. Retornar RCP por 2 min e checa o pulso
18. Investigar as possíveis causas de PCR 5Hs e 5Ts
• Hipovolemia, Hipóxia, Hidrogênio (Acidose), Hipo ou Hipercalemia, Hipotermia
• Trombose coronária (SCA), TEP, Tensão no tórax (pneumotórax), Toxinas
(intoxicação exógena), Tamponamento cardíaco
19. Reconhecer o retorno a respiração espontânea
20. Indicar cuidados pós-parada
21. Encaminhar para UTI

3
PALS
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA PEDIÁTRICO – AMBIENTE HOSPITALAR

Criança de 4 anos chega desacordada na emergência do hospital, onde você é o


pediatra plantonista como médico responsável qual será sua conduta frente ao
caso: (Deve ser em ordem, se não desconsidere todo o procedimento)

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da emergência e estarei realizando o
atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?

Atendimento Inicial:
1. Chegar responsividade da criança (menores bater nos pés, pode haver fraturas no
esterno) criança...criançaaaa (criança não responde)
2. Checar respiração e pulso (falar que vai checar o pulso por 10 seg ) criança não tem
pulso nem respira. Pulso Braquial em < 1ano e Femoral ou Carotídeo para > 1ano
3. Chamou por ajuda (ajuda...ajuda, traz um carinho de parada)
4. Solicitar monitorização e 2 acessos vascular. (venoso periférico e intraósseo)
5. Solicitar ambu (bolsa-válvula-máscara) e fonte de oxigênio de alto fluxo
6. Iniciar compressões/ventilação – 15:2
7. Indicou compressão com técnica correta (1 ou 2 mãos) as compressões precisam ter
uma profundidade de 1/3 do diâmetro do tórax (cerca de 5cm), com uma frequência de
100-120 / minuto.
8. Aplicou corretamente as ventilações (12-20 x min), utilizando a técnica correta de
ventilação C-E
9. Checar pulso e respiração após 2 min de RCP e continuar até a chegada do carrinho
de parada
INFORMAR que Chegou o carrinho de parada
10. Checar o ritmo (ritmos chocáveis, fibrilação ventricular, taquicardia ventricular)
11. Informar que o ritmo é chocavel.

12. Iniciar desfibrilação com as pás pediátricas (as pás de adulto se desfazem em
pediátrica) iniciar com 2J/kg (1º choque) Criança não responde
13. Retornar RCP Imediatamente por 2 min.
14. Chegar ritmo após 2 minutos de RCP (Fibrilação ventricular)
15. Iniciar desfibrilação com carga de 4J/kg (2º choque)
16. Indicar Adrenalina 0,01 ml/kg cada 3-5 min
17. Retornas RCP Imediatamente por 2min
18. Indicar intubação orotraqueal com o tamanho da cânula correto e depois uma
frequência respiratória de 1 ventilação a cada 6 segundos.
• Cânula Sem cuff: idade/4 + 4
• Cânula Com cuff idade/4 + 3,5 (p/ >2anos)
19. Chegar ritmo após 2 minutos de RCP
20. Buscar causa 5H E 5T
• Hipovolemia, Hipóxia, Hidrogênio (Acidose), Hipo ou Hipercalemia, Hipotermia
• Trombose coronária (SCA), TEP, Tensão no tórax (pneumotórax), Toxinas
(intoxicação exógena), Tamponamento cardíaco
Criança respondeu
21. Iniciar cuidados pós parada.
22. Encaminhar para UTI

4
OVACE (OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO) + PALS

Você está na sala de emergência do PS quando uma mulher aparece carregando


um filho de 11 meses que, segundo ela, foi encontrado letárgico minutos após ter
sido visto bem.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da emergência e estarei realizando o
atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?

Atendimento Inicial:
1. Chegar responsividade da criança (menores bater nos pés, pode haver fraturas no
esterno) criança...criançaaaa (criança não responde)
2. Checar respiração e pulso (falar que vai checar o pulso por 10 seg ) criança tem
pulso e respira. Pulso Braquial em < 1ano e Femoral ou Carotídeo para > 1ano

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, pedir autorização e solicitar à mãe que coloque a criança
sobre a maca, posicionar-se à direita.
2. Tentar visualizar corpo estranho na VA
Não visualizado
3. Realizar a manobra de desobstrução de VA (4 passos) para < 1 ano
• Segurar a criança em decúbito ventral no antebraço apoiando na coxa.
(socorrista sentado ou ajoelhado)
• Aplicar 5 tapas/golpes entre as escápulas
• Gire o bebê para decúbito dorsal no outro antebraço
• Fazer 5 compressões torácicas com 2 dedos
Em crianças > 1 ano fazer a manobra de HEIMLICH
Perguntar se melhorou: NÃO
4. Examinar VA: retirar corpo estranho se visível caso contrário repetir a manobra até a
desobstrução ou ficar irresponsiva
Criança não responde: sem pulso
5. Chamar ajuda e solicitar carrinho de parada (DEA)
6. Solicitar monitorização e 2 acessos vascular. (venoso periférico e intraósseo)
7. Solicitar ambu (bolsa-válvula-máscara) e fonte de oxigênio de alto fluxo
8. Iniciar compressões/ventilação 15:2
9. Indicou compressão com técnica correta (1 ou 2 mãos) as compressões precisam ter
uma profundidade de 1/3 do diâmetro do tórax (cerca de 5cm), com uma frequência de
100-120 / minuto.
10. Aplicou corretamente as ventilações (12-20 x min), utilizando a técnica correta de
ventilação C-E
11. Checar o Ritmo após 2 min RCP
12. Rítmo não chocável – AESP
13. Indicar Adrenalina 0,01mg/kg
16. Retomar RCP Imediatamente por 2min
17. Indicar intubação orotraqueal com o tamanho da cânula correto e depois uma
frequência respiratória de 1 ventilação a cada 6 segundos.
• Cânula Sem cuff: idade/4 + 4
• Cânula Com cuff idade/4 + 3,5 (p/ >2anos)
18. Chegar ritmo após 2 minutos de RCP
19. Buscar causa 5H E 5T
Criança respondeu
20. Indicar cuidados pós parada
21. Encaminhar para UTI

5
ATENÇÃO AO RN NA SALA DE PARTO

Gestante de 39 semanas é admitida em franco trabalho de parto em hospital


referência em obstetrícia. Você, médico plantonista do setor de Neonatologia
deste serviço, é chamado para atender o RN a termo.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da emergência e estarei realizando o seu
atendimento).

Revisar equipamento e material:


1. Estetos8cópio, oxigênio, laringoscópio com lâminas apropriadas, pilhas e lâmpadas
funcionantes, balão - válvula - máscara (ambu), tubo orotraqueal, sonda para aspiração.
Adrenalina, cristaloide.
2. Material para cateterismo umbilical, oxímetro de pulso, campos estéreis.
3. Mencionar Temperatura da sala em 23-26ºC
4. Material para identificação do RN.

Procedimento antes receber RN


1. Lava as mãos.
2. Se paramentar: touca, máscara, avental, luvas
3. Se apresenta para a gestante e eventual acompanhante
4. Obtém informações do pré-natal e trabalho de parto.

Procedimento ao receber RN
1. Perguntar: Gestação a termo? Respira ou Chora? Tônus? Flexão? Sim para todos.
2. Colocar junto ao colo materno
3. Secar o corpo e a cabeça com compressas aquecidas, desprezar campos úmidos
4. Manter VA pérvias: Aspirar levemente se necessário (primeiro a boca e depois nariz)
5. Avaliar frequência cardíaca, frequência respiratória e tônus
6. Realizar clampeamento tardio do cordão.
7. Deixar em contato com a mãe pele a pele.
8. Informar que o RN não necessita de reanimação neonatal. Justifica com FC>100
padrão respiratório regular e sato2 normal.
9. Avaliar boletim de APGAR 1 e 5 minutos.

Cuidados de rotina:
1. Iniciar aleitamento materno na primeira hora pós parto
2. Identificar neonato com pulseira e fazer exame físico completo.
3. Avaliar se RN apresenta traumatismo de parto ou anomalias.
4. Explica condições do RN e questiona dúvida.

Prescrição:
1. Vitamina K 1mg = 0,1ml IM
2. Vacinas Hepatite B (0,5ml até 12hs pós-parto) e BCG 0,1ml intradérmica
3. Profilaxia oftálmica com Nitrato de prata 1% (1-2 gotas cada olho)
4. Aleitamento materno exclusivo a demanda
5. Alojamento conjunto.

6
REANIMAÇÃO NEONATAL

Você é o pediatra de plantão e foi chamado para ir ao centro obstétrico para prestar
assistência ao RN de Joana, primigesta 38 sem. O parto acabou de acontecer.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da emergência e estarei realizando o seu
atendimento).

Revisar equipamento e material:


1. Estetoscópio, oxigênio, laringoscópio com lâminas apropriadas, pilhas e lâmpadas
funcionantes, balão - válvula - máscara (ambu), medicamentos. Cânula de intubação
2. Material para cateterismo umbilical, oxímetro de pulso, campos estéreis.
3. Mencionar Temperatura da sala em 23-26ºC
4. Material para identificação do RN.

Procedimento antes receber RN


1. Lava as mãos.
2. Se paramentar: touca, máscara, avental, luvas
3. Se apresenta para a gestante e eventual acompanhante
4. Obter informações do pré-natal, antecedentes, intercorrências, medicamentos)

Após o nascimento:
1. Perguntar: Gestação a termo? RN chorando ou respirando? RN tem bom tônus?
2. Não a qualquer pergunta
3. Realizar Clampeamento imediato do cordão umbilical
4. Receber o RN em campos limpos e conduzir a mesa de reanimação
• Levar a fonte de calor.
• Posicionar RN com a cabeça em leve extensão (médico posicionado atrás ma mesa)
a colocação de coxins sob os ombros pode facilitar o posicionamento.
• Aspira se necessário: primeiro a boca, depois nariz
• Secar cabeça e corpo, desprezar campos úmidos
• Reposicionar o RN.
Verbalizar que os passos iniciais devem ser feitos em 30 segundos
5. Lembrar que o RN < 34 Semanas, devem ser colocados dentro de saco plástico de
polietileno)

Após passar os passos iniciais:


1. Avaliar FC (<100) Obtida através da escuta no précordio. Avaliar o padrão respiratório
(respiração irregular sem vitalidade). Avaliar em 30 seg
2. Informar que até aqui é o Golden Minute.
3. Iniciar a VPP nos primeiros 60 seg com balão auto inflável e máscara. (Aperta, solta, solta
-Técnica do C-E) Fazer por 30 segundos.
• < 34 Semanas blender de O2 a FiO2: 30%,
• >34 Semanas FiO2 (Ar ambiente) 21%
4. Solicitar monitorização cardíaca e oximetria de pulso (membro superior direito- pré-ductal
até 5min satO2- 70-80%).
5. Reavaliar após 30 segundo de VPP (Saturação, FC, respiração, técnica)
• Se FC > 100 e respiração regular: prescrever vacinas, vit K, profilaxia oftálmica,
aleitamento materno exclusivo e alojamento conjunto. Apresentar RN para a mãe
• Se FC < 100 e respiração irregular: checar a técnica, realizar nova VPP,
acrescentar a oferta de o2). Considerar Intubação (após 2 técnicas de VPP sem
sucesso). Se após IOT FC>100 extuba e leva para UTI Neonatal.
• Se FC< 60: iniciar massagem cardíaca 3:1 sincronizado, Solicitar Cateterismo da
veia umbilical. Indicar Adrenalina 0,1ml/kg cada 3-5min. Expansão volêmica 10ml/kg
6. Reavaliar depois de 1 minuto se: FC >60: Para reanimação e leva para UTI neonatal.
FIM DO PPOCEDIMENTO APÓS 10 MIN DE REANIMAÇÃO SEM RESPOSTA

7
REANIMAÇÃO NEONATAL- BANHADO EM MECÔNIO

Gestante de 39 semanas chega à Emergência, relatando fortes dores baixo ventre,


com perda de secreção escura, há aproximadamente 3h. Ao exame obstétrico, 10
cm de dilatação, contrações 3/40’’ /40’, membrana rota, com presença de líquido
amniótico meconiado.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da emergência e estarei realizando o seu
atendimento).

Revisar equipamento e material:


1. Estetoscópio, oxigênio, laringoscópio com lâminas apropriadas, pilhas e lâmpadas
funcionantes, balão-válvula-máscara (ambu), medicamentos.
2. Material para cateterismo umbilical, oxímetro de pulso, campos estéreis.
3. Mencionar Temperatura da sala em 23-26ºC
4. Material para identificação do RN.

Procedimento antes receber RN


1. Lava as mãos.
2. Se paramentar: touca, máscara, avental, luvas
3. Se apresenta para a gestante e eventual acompanhante
4. Obter informações do pré-natal, antecedentes, intercorrências, medicamentos)

Após o nascimento:
1. Perguntar: Gestação a termo? RN chorando ou respirando? RN tem bom tônus?
2. Não a qualquer pergunta
3. Realizar Clampeamento imediato do cordão umbilical
4. Receber o RN em campos limpos e conduzir a mesa de reanimação
• Levar a fonte de calor.
• Posicionar RN com a cabeça em leve extensão (médico posicionado atrás ma mesa)
a colocação de coxins sob os ombros pode facilitar o posicionamento.
• Aspira se necessário: primeiro a boca, depois nariz
• Secar cabeça e corpo, desprezar campos úmidos
• Reposicionar o RN.
Verbalizar que os passos iniciais deve ser feitos em 30 segundos

Após passar os passos iniciais:


1. Avaliar FC (<100) Obtida através da escuta no precórdio. Avaliar o padrão respiratório
(respiração irregular sem vitalidade). Avaliar em 30 seg
2. Informar que até aqui é o Golden Minute.
3. Iniciar a VPP nos primeiros 60 seg com balão autoinflável e máscara. (Aperta, solta, solta
-Técnica do C-E) Fazer por 30 segundos.
• < 34 Semanas blender de O2 a FiO2: 30%,
• >34 Semanas FiO2 (Ar ambiente) 21%
4. Solicitar monitorização cardíaca e oximetria de pulso (membro superior direito- pré-ductal
até 5min satO2- 70-80%).
5. Após 30 segundo de VPP indicar aspiração traqueal sob visualização direta
6. Indicar o uso de cânula traqueal
7. Aspirar apenas 1x e extubar
8.Retornar a VPP com FiO2 21%
9.Reavaliar FC e respiração após 30 seg de VPP: checar a técnica
10.Considerar IOT após 2 técnicas de VPP sem sucesso
11. Se FC< 60: iniciar massagem cardíaca 3:1 sincronizado, Solicitar Cateterismo da veia
umbilical. Indicar Adrenalina 0,1ml/kg cada 3-5min. Expansão volêmica 10ml/kg
6. Reavaliar depois de 1 minuto se: FC >60: Para reanimação e leva para UTI neonatal.
FIM DO PPOCEDIMENTO APÓS 10 MIN DE REANIMAÇÃO SEM RESPOSTA

8
RN EXPOSIÇÃO HIV

Você foi chamado para realizar o parto, de um RN cuja a mãe é HIV positivo, quais
cuidados precisam ser realizado antes e o que fazer depois do nascimento.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da emergência e estarei realizando o seu
atendimento).

Revisar equipamento e material:


1. Estetoscópio, oxigênio, laringoscópio com lâminas apropriadas, pilhas e lâmpadas
funcionantes, balão-válvula-máscara (ambu), medicamentos. Cânula de intubação
2. Material para cateterismo umbilical, oxímetro de pulso, campos estéreis.
3. Mencionar Temperatura da sala em 23-26ºC
4. Material para identificação do RN.

Procedimento antes receber RN


1. Lava as mãos.
2. Se paramentar: touca, máscara, avental, luvas
3. Se apresenta para a gestante e eventual acompanhante
4. Obter informações do pré-natal, antecedentes, intercorrências, investigar uso de tratamento
com TARV)
5. Investigar carga viral
Situação 1: < 1000 copias/ml, notificada no 3 trimestre: somente AZT(VO) Para RN Situação 2:
sem uso de TARV na gestação/ uso de TARV na gestação + carga > 1000/ml ou desconhecia
no 3 trimestre, história de má adesão mesmo com CV < 1000 /ml no 3 trimestre, mãe com ITS
(Em especial sífilis), parturiente com HIV positivo no parto. Vão receber AZT + NVP

Procedimento ao receber RN
1. Tratar de retirar o neonato mantendo as membranas integras.
2. Realizar clampeamento imediato (no primeiro minuto).
3. Avaliar frequência cardíaca, frequência respiratória e tônus
4. Manter VA pérvias: Aspirar levemente se necessário (primeira boca e depois nariz)
5. Informar que o RN não necessita de reanimação neonatal. Justifica com FC>100 padrão
respiratório regular e sato2 normal.
6. Avaliar boletim de Apgar 1 e 5 minuto.
7. Banhar na sala de parto após o nascimento.
8. Colocar o RN Junto a mãe o mais breve possível.

Prescrição:
1. Dieta de formula láctea
2. Vitamina k 1mg
3. Vacinas BCG e Hepatite B
4. ZIDOVUDINA + LAMIVUDINA + RALTEGRAVIR
6. Profilaxia oftálmica: Nitrato de prata 1% (2 gotas cada olho)
7. Cabergolina 1mg VO, dose única para a mãe.

Cuidados antes da alta:


1. Contraindicar aleitamento materno.
2. Iniciar precocemente monitoramento laboratorial.
3. Anotar tudo no cartão da criança (Medicamento recebidos, anota exposição ao HIV,
comprometendo sigilo a mãe)
4. Alta da maternidade acompanhado de consulta com especialista de RN com exposição HIV,
5. Notificação Compulsória

9
TRIAGEM NEONATAL – TESTE DO CORAÇÃOZINHO

Você foi chamado no alojamento conjunto para avaliar um RN de 48h de vida.


Complete a anamnese planejando a alta do RN.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro).
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços).

Anamnese:
1. Anamnese rápida. Pergunta sobre os testes de triagem. INFORMADO que teste do
coraçãozinho não foi realizado.
2. Antecedentes natais
3. Antecedentes pré-natais.

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita. Pedir autorização
2. Informar que irá realizar o teste do coraçãozinho.
3. Explica o procedimento para mãe
4. Solicita dois oxímetros de pulso
5. Inseriu um oxímetro no MSD (pré-ductal) e outro no membro inferior
6. Verbalizou resultado alterado (<95% em qualquer das medidas ou diferença ≥3%
entre as medidas de MSD e algum MI)
7. Orienta repetir o exame após 1 hora
8. Após novo teste alterado: Solicita um ecocardiograma em 24hs
9. Informa que não será possível dar alta até o resultado do exame
10. Indicar internação
11. Solicita a avaliação de um cardiologista

ADENDO: É um teste recomendado pela SBP, ainda não pertence ao grupo de triagem
neonatal do MS. Detecção precoce de cardiopatias congênitas críticas como por
exemplo:
• Cardiopatias críticas com fluxo pulmonar dependente de canal: ATRESIA DE
ARTERIA PULMONAR
• Cardiopatias críticas com fluxo sistêmico dependente de canal: HIPOPLASIA DE
CORAÇAO ESQUERDO E COARTAÇAO GRAVE DE AORTA
• Cardiopatias com circulação em paralelo: TRANSPOSIÇÃO DE GRANDES
VASOS
O teste da Oximetria deve ser realizado em todo RN >34 semanas, após 24h de vida e
antes da alta da maternidade: Local: extremidade do MSD (representa a saturação pré-
ductal) e extremidade de um dos MI (representa a saturação pós-ductal), é necessário
que as extremidades estejam aquecidas.
RESULTADO NORMAL: SO2 ≥ 95% em ambos os locais e diferença < 3% entre a
medida do MS e do MI

10
TRIAGEM NEONATAL - TESTE DO OLHINHO E REFLEXO PRIMITIVO

Você é a pediatra e foi chamada para realizar o teste do olhinho e reflexos


primitivos de um RN.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro).
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços).

Anamnese:
1. Anamnese rápida.
2. Antecedentes natais
3. Antecedentes pré-natais.

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita. Pedir autorização
2. Informar que irá realizar o Teste do Olhinho.
3. Solicitar materiais (sala escura, oftalmoscópio). Testar oftalmoscópio.
4. Informar que precisa estar a uma distância de 30cm da criança, que irá apontar a luz
do oftalmoscópio para a pupila da criança e vai buscar o reflexo vermelho (esse
momento o examinador pode entregar uma imagem, leucocória)
5. Informar próximos passos (encaminhar especialista), informar para a mãe possíveis
alterações.
6. Verbalizar: Agora vou realizar os reflexos primitivos: sucção, de busca, tônico cervical,
marcha, Moro, preensão palmar, preensão plantar.
7. Manobra de Ortolani e Barlow. (Se alterado USG)
8. Despede-se cordialmente.

ADENDO: Conhecido também como teste do Reflexo Vermelho (teste de Bruckner).


Utilizando um oftalmoscópio (posição Zero), em ambiente escuro, o examinador a um
braço de distância dos olhos do bebê. O teste normal é o achado de um reflexo vermelho
brilhante quando a luz incide sobre a pupila. Encontro de qualquer anormalidade: reflexo
branco ou leucoria, pontos pretos ou assimetria) indica, por sua vez a necessidade de
dilatação pupilar e investigação por um oftalmologista. A leucocoria pode ser
encontrada em situações como a catarata, retinoblastoma, retinopatia da prematuridade
e coriorretinite.

11
ICTERÍCIA DO ALEITAMENTO

Paciente RN de 60hs de nascido de parto normal sem intercorrências, a termo, pesando


3100gr, medindo 49cm, mãe realizou pré-natal, onde a mesma percebeu que seu filho
estava amarelo. Além disso, relata choro irritável, a todo momento e que seu filho perdeu
peso. Ex. Físico: Peso atual: 2690g RN ictérico aproximadamente até o cordão umbilical.
Realize o atendimento:

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei realizando o
atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho. Tratar sempre pelo nome, e
nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a criança (depende da idade claro)
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e comprimento)
2. Investigar início dos sintomas, intensidade? Sintomas acompanhados? Náuseas, vômitos,
sonolência, febre, convulsão?
3. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se chorou,
se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
4. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está oferecendo
peito, se a criança está aceitando? investigar uso de chás ou líquidos.
5. Investigar fatores de risco para icterícia (história família de doença hemolítica, filho anterior
teve problema? Qual grupo sanguíneo e fator Rh dos pais?
6. Investigar alterações na coloração das fezes (acolia) e xixi (colúria) para descartar icterícia
patológica.
7. Investigar uso de chupetas, sono, não se recomenda a higiene bucal antes da erupção do
primeiro dente decíduo, medicamentos e alergia.

Exame físico:
1. Pede autorização da mão para examinar a criança.
2. Lava as mãos e aquece, antes e depois.
3. Pesa a criança e medir, solicita gráficos e plota tudo no cartão da criança e informar a mãe os
resultados encontrados.
4. Identifica icterícia e falar a zona de Kramer
5. Solicita a mãe que demonstre a técnica de amamentação.
6. Identifica a presença de fissuras no exame da mama.

Orientações e conduta:
1. Solicita laboratórios (BI, BD, BT, Rh, ABO)
2. Descarta doença hemolítica (incompatibilidade ABO/Rh)
3. Identificou o diagnóstico como ICTERÍCIA DO ALEITAMENTO MATERNO. Expresse com
clareza o diagnóstico para mãe. Tranquilizando.
4. Informar que não precisa de fototerapia.
5. Orientar o aleitamento materno de forma exclusiva, explicando corretamente a pega e o
posicionamento do RN ao lactar.
6. Demonstra a técnica dos A.A.A.A Posicionamento: criança bem apoiada, alinhada, aproxima
da mãe, rosto na altura mama. Pega: lábio inferior evertido, boca bem aberta. Aréola mais visível
na parte superior, queixo toca a mama.
7. Orientar sobre a importância do aleitamento exclusivo até os 6 meses de vida e complementar
até os 2 anos.
8. Informar benefícios do aleitamento (mãe: vínculo com filho, barato, anticoncepcional e previne
Ca de mama e ovário) (criança: previne doenças diarreicas, respiratórias e alérgicas)
9. Orientar cuidados gerais (banho, dormir decúbito dorsal, higiene perianal, cordão umbilical
álcool 70)
10. Para a mãe (prescrever AINES, Analgésicos, PASSAR O PROPRIO LEITE NA MAMA E
BANHOS DE SOL)
11. Retorno em uma semana para controle de peso.
12. Desfazer dúvidas? Despedir cordialmente.

12
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA

Recém-Nascido do sexo masculino, 38 semanas de idade gestacional, encontra-


se em alojamento conjunto com 36 horas de vida. Mãe queixa-se de que ele está
amarelinho, sem outras alterações. G2P1AO, parto normal, peso de nascimento
2930 g.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho. Tratar
sempre pelo nome, e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade claro)
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Investigar início dos sintomas, intensidade? Sintomas acompanhados? Náuseas,
vômitos, sonolência, febre, convulsão?
3. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
4. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo peito, se a criança está aceitando?
5. Investigar fatores de risco para icterícia (história família de doença hemolítica, filho
anterior teve problema? Qual grupo sanguíneo e fator Rh dos pais? Mãe DM?
6. Investigar alterações na coloração das fezes (acolia) e xixi (colúria) para descartar
icterícia patológica.

Exame físico:
1. Pede autorização da mão para examinar a criança.
2. Lava as mãos e aquece, antes e depois.
3. Pesa a criança e medir, solicita gráficos e plota tudo no cartão da criança e informar
a mãe os resultados encontrados.
4. Identifica icterícia e falar a zona de Kramer
5. Solicita a mãe que demonstre a técnica de amamentação.
6. Exame da mama sem alteração.

Orientações e conduta:
1. Solicita laboratórios (BI, BD, BT, Rh, ABO)
2. Descarta doença hemolítica (incompatibilidade ABO/Rh)
3. Identificou o diagnóstico como ICTERÍCIA FISIOLÓGICA. Expresse com clareza o
diagnostico para mãe. Tranquilizando.
4. Informar que necessita de Fototerapia
5. Indicar Internação
6. Solicitar mudança de decúbito
7. Solicitar proteção ocular e genitais
8. Indicar amamentação em seio materno mesmo em foto
9. Indicar vigilância sobre hidratação e temperatura do RN
10. Perguntar se mãe tem alguma dúvida
11. Solicitar BT + frações para seguimento e reavaliar o quadro
12. Despedir cordialmente.

13
HIPERBILIRRUBINEMIA NEONATAL – PATOLÓGICA

Mãe vem a consulta de puericultura com filho de 27 dias de vida com queixa de
que o mesmo se encontrava “amarelinho”.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho. Tratar
sempre pelo nome, e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade claro)
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Investigar início dos sintomas, intensidade? Sintomas acompanhados? Náuseas,
vômitos, sonolência-letárgico, febre, convulsão?
3. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
4. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo peito, se a criança está aceitando?
5. Investigar fatores de risco para icterícia (história família de doença hemolítica, filho
anterior teve problema? Qual grupo sanguíneo e fator Rh dos pais? Doença Materna?
6. Investigar alterações na coloração das fezes (acolia) e xixi (colúria) para descartar
icterícia patológica.

Exame físico:
1. Pede autorização da mão para examinar a criança.
2. Lava as mãos e aquece, antes e depois.
3. Pesa a criança e medir, solicita gráficos e plota tudo no cartão da criança e informar
a mãe os resultados encontrados. Baixo peso
4. Identifica icterícia e falar a zona de Kramer
5. Exame abdome: hepatomegalia
6. Solicita a mãe que demonstre a técnica de amamentação.
7. Exame da mama sem alteração.

Orientações e conduta:
1. Solicita laboratórios (Hemograma, BI, BD, BT, Rh, ABO, TSH, T4, coombs direto,
reticulócitos) BD=11
2. Solicita USG de vias biliares (espessamento ecogênico periportal compatível com
sinal do cordão triangular.
3. Identificou o diagnóstico de ATRESIA DE VIAS BILIARES. Expresse com clareza o
diagnóstico para mãe. Tranquilizando.
4. Indicar Internação
5. Solicitar avaliação com cirurgião – indicado cirurgia de KASAI que deve ser feita até
8 semanas de vida
12. Despedir cordialmente.

14
PUERICULTURA = PRIMEIRA CONSULTA SEM QUEIXA

Você está em uma Unidade Básica de Saúde e atende um bebê com 45 dias de
vida, do sexo feminino, que nasceu a termo, com 2.600 gramas de peso, 48 cm de
comprimento e 36,5 cm de perímetro cefálico. A mãe trouxe o bebê para consulta
de puericultura e não apresenta queixa.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho. Tratar
sempre pelo nome, e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade claro)
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços.
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
3. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo peito, parabenizar se aleitamento exclusivo, investigar uso de chás ou
líquidos.
4. Investigar técnica de amamentação se sente dor? Incomodo ou desconforto?
5. Perguntar sobre vômitos, xixi, evacuações, sono (normal e evacuações até 10 vezes,
xixi até 8, ausência de deposições até 7 dias)
6. Investigar alergias e medicações

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Colocar papel toalha na balança e calibrar a balança
4. Solicitar a mãe ou vc que retire toda a roupa da criança.
5. Posicionar o bebê no centro da balança solicitar o peso – 3.000g
6. Realizar a medida de comprimento (régua antropométrica) manter a cabeça do bebê
encostada na parte fixa do equipamento e pressionar cuidadosamente os joelhos do
bebê para baixo de modo que eles fiquem estendidos. Juntou os pés e levar a parte
móvel do equipamento até a planta dos pés. Comp-51 cm
7. Realizar a medida do perímetro cefálico. Passa a fita métrica sobre o arco da
sobrancelha (glabela) e a proeminência occiptal (garantindo que a fita não passe sobre
o pavilhão auricular) PC- 38,5cm
8. Solicitar os gráficos da OMS. Plotar as medidas do gráfico
9. Interpretar corretamente os resultados e explicar para a mãe
▶ Déficit no ganho ponderal – ganho de apenas 400 g ou 9 g/dia; z-escore igual a -3;
▶ Déficit no crescimento estatural – ganho de apenas 3 cm; z-escore entre -3 e -2;
▶ Crescimento normal do perímetro cefálico
10. Retorno em uma semana para controle de peso.
11. Desfazer dúvidas? Despedir cordialmente.

15
PUERICULTURA – ORIENTAÇÕES

Você está em um consultório da Unidade Básica de Saúde e atende uma criança


do sexo feminino com 2 meses de vida. Em consulta de puericultura, a mãe
mostra-se angustiada porque sua filha se engasgou com o leite materno. Ela
também está insegura com algumas rotinas do cuidado com a criança.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei realizando
o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e comprimento)
2. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
3. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo peito, parabenizar se aleitamento exclusivo, investigar uso de chás ou líquidos.
4. Investigar técnica de amamentação; se sente dor? Incomodo ou desconforto?
5. Perguntar sobre vômitos, xixi, evacuações, sono (normal e evacuações até 10 vezes, xixi
até 8, ausência de deposições até 7 dias)
6. Investigar alergias e medicações

Orientações:
1. Demonstrou, explicando por meio de termos que a mãe possa entender, os quatro passos
de desobstrução de vias aéreas:
▶ Passo 1 – Posicionar a criança de bruços no antebraço, apoiando-a na coxa, com a cabeça
mais baixa que o tórax/corpo.
▶ Passo 2 – Aplicar cinco pancadas/golpes/ tapas entre as escápulas/no meio das costas/
entre os ombros, com a mão/ “calcanhar da mão”.
▶ Passo 3 – Colocar o outro antebraço nas costas da criança e virá-la, manter a cabeça da
criança em nível inferior ao tórax, sempre apoiando o braço sobre a coxa.
▶ Passo 4 – Fazer, então, cinco compressões torácicas com dois dedos, sobre o osso central
do peito (esterno).
2. Explicou que:
▶ caso a criança melhore durante a manobra, a mãe deve pará-la;
▶ caso a criança não melhore, a mãe deve repetir os passos até a melhora;
▶ caso a criança desmaie, a mãe deve chamar ajuda e iniciar respiração boca a boca nariz
e compressões torácicas.
3. Orientou corretamente o modo de prevenção de morte súbita:
▶ colocar o bebê para dormir sempre no berço e
▶ colocar o bebê para dormir com a barriga para cima (posição supina - DD)
▶ Acordar cada 3h para lactar.
4. Explicou corretamente o modo de prevenção de queimaduras: testar a temperatura da
água antes de colocar o bebê na banheira.
5. Explicou corretamente o modo de prevenção de acidentes automobilísticos com crianças
com menos de 1 ano de idade: utilizar cadeira de segurança do tipo bebê conforto, no banco
traseiro, voltada para o vidro traseiro do carro.
6. Orientou corretamente sobre a prevenção de quedas:
▶ manter sempre uma mão segurando o bebê no trocador, se precisar pegar algo durante a
troca de fraldas;
▶ nunca deixar o bebê sozinho em mesas, camas ou outros móveis, mesmo que seja por
pouco tempo.
7. Utilizou linguagem adequada, sem termos técnicos, durante toda a orientação
8. Marcar retorno com 1 mês. Despedir-se cordialmente

16
PUERICULTUTA- ALEITAMENTO MATERNO

Mãe atende ao serviço de consulta com seu filho de 7 dias de vida, refere dor ao
amamentar, que o filho está chorando muito e ela sente que está chorando de
fome e notou que o bebe também perdeu peso.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
3. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo peito, parabenizar se aleitamento exclusivo, investigar uso de chás ou
líquidos.
4. Investigar técnica de amamentação se sente dor? Incomodo ou desconforto?
5. Perguntar sobre vômitos, xixi, evacuações, sono (normal e evacuações até 10 vezes,
xixi até 8, ausência de deposições até 7 dias)
6. Investigar alergias e medicações

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Avalia sinais vitais, avaliar fontanela, avaliar cordão umbilical e genitais.
4. Pesa a criança e mede o comprimento, solicita gráficos e plota no cartão da criança.
5. Interpretar corretamente os resultados e explicar para a mãe
6. Solicita que a mãe demonstre como está amamentando a criança. Examinar mamas
7. Pede para vestir a criança e venha até a mesa.

Orientações e conduta:
1. Se expressa com clareza (informando a mãe que a forma como está amamentando
não está correta) não mostrar julgamento para a mãe, evitar culpar a mãe.
2. Informa que nas primeiras semanas de vida a criança tem uma perda de peso de 10%
do peso que nasceu, mas se recupera no decorrer dos primeiros 15 dias.
3. Demonstra a técnica dos A.A.A.A Posicionamento: criança bem apoiada, alinhada,
aproxima da mãe, rosto na altura mama. Pega: lábio inferior evertido, boca bem aberta.
Aréola mais visível na parte superior, queixo toca a mama.
4. Orientar sobre a importância do aleitamento exclusivo até os 6 meses de vida e
complementar até os 2 anos.
5. Informar os benefícios do aleitamento (mãe: vínculo com filho, barato,
anticoncepcional e previne Ca de mama e ovário) (criança: previne doenças diarreicas,
respiratórias e alérgicas)
6. Se a mãe for trabalhar: indicar as formas de armazenamento do leite e ordenha
7. Orientar cuidados gerais (banho, dormir decúbito dorsal, higiene perianal, higiene do
cordão umbilical com álcool 70, Não se recomenda a higiene bucal antes da erupção do
primeiro dente decíduo.) Orienta sobre prevenção de acidentes
8. Agenda retorno em uma semana para controle de peso.
9. Explica a importâncias das consultas de puericultura.
10. Perguntas se tem dúvidas? 10. Despede-se de maneira adequada.

17
ALEITAMENTO MATERNO E MASTITE

Mãe atende ao serviço de consulta, referindo que deseja parar de amamentar


porque sente muitas dores nos seios. E que não consegue amamentar.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
3. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo peito, parabenizar se aleitamento exclusivo, investigar uso de chás ou
líquidos.
4. Investigar início dos sintomas, intensidade?
5. Investiga como está fazendo higiene da mama, se está passando alguma coisa? Usos
de sutiãs muito apertados?
6. Perguntar sobre vômitos, xixi, evacuações, sono (normal: evacuações até 10 vezes,
xixi até 8, ausência de deposições até 7 dias)
7. Investigar alergias e medicações

Exame físico:
1. Pede autorização para examinar a criança. 2. Lava as mãos e aquece, antes e depois.
3. Pesa a criança e mede o comprimento, solicita gráficos e plota no cartão da criança.
4. Pede para examinar a mama (descreve o que está vendo na foto: inflamação
localizada no quadrante superior, não supurada.
5. Sinais vitais da mãe (buscando febre) e exame físico das mamas.
6. Pede para demonstrar como está amamentando?

Orientações e conduta:
1. Informa o diagnóstico para a mãe de MASTITE
2. Passa analgésicos/ antipiréticos/ ATB- Cefalexina 500mg 6/6hs x 7 dias
3. Orienta não suspender a amamentação
4. Se expressa com clareza (informando a mãe que a forma como está amamentando
não está correta) não mostrar julgamento para a mãe, evitar culpar a mãe.
5. Demonstra a técnica dos A.A.A.A Posicionamento: criança bem apoiada, alinhada,
aproxima da mãe, rosto na altura mama. Pega: lábio inferior evertido, boca bem aberta.
Aréola mais visível na parte superior, queixo toca a mama.
6. Orientar esvaziar a mama se necessário/ uso se sutiãs folgados
7. Orientar sobre a importância do aleitamento exclusivo até os 6 meses de vida e
complementar até os 2 anos.
8. Informas benefícios do aleitamento (mãe: vínculo com filho, barato, anticoncepcional
e previne Ca de mama e ovário) (criança: previne doenças diarreicas, respiratórias e
alérgicas)
9. Orientar cuidados gerais (banho, dormir decúbito dorsal, higiene perianal, cordão
umbilical álcool 70, não se recomenda a higiene bucal antes da erupção do primeiro
dente decíduo) Orientar sobre prevenção de acidentes.
10. Explica a importâncias das consultas de puericultura.
11. Perguntas se tem dúvidas? Retorno em caso de piora.

18
PUERICULTURA - SIFILIS CONGÊNITA

Você pediatra do hospital, é chamado para avaliar um RN com 2 dias de vida, por
apresentar choro intenso, e a mãe refere que o filho apresenta uma secreção
estranha pelo nariz, e chora muito quando tentam pegar no RN.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, eu que vou está
realizando o atendimento de vocês.) qual o nome da senhora é do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias

Anamnese:
4. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e comprimento ao
nascer)
5. Inicio do quadro, evolução, o que melhora ou piora. (Características da secreção nasal).
Investigar sobre a dor (A.L.I.C.I.A);
6. Sintomas e sinais acompanhados (lesões na pele, condiloma plano)
7. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado, se foi de termo ou tomar algum remédio)
8. Antecedentes pré-natais (Se realizou todas as consultas, se realizou todos os exames,
se precisou usar algum remédio). Poder ter realizado ou não as consultas? Se sim, pedir
cartão da gestante?
9. Se falar que tinha sífilis (avaliar se tratamento foi inadequado para fase: incompleto, não
foi com penicilina, sem resposta a sorologia, < 30 dias antes do parto, não documento,
parceiro não tratado)
10. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo peito, parabenizar se aleitamento exclusivo, investigar uso de chás ou líquidos.
11. Perguntar sobre vômitos, xixi, evacuações, sono (normal: evacuações até 10 vezes, xixi
até 8, ausência de deposições até 7 dias)
12. Investigar alergias e medicações

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Exame físico. Sinais vitais (temperatura, FR por um minuto…) exame físico completo,
pode se encontrar (Rinite sifilítica, lesões cutâneas mucosas, condiloma plano, lesões vesico
bolhosa na mãos e pés, dor a mobilização óssea).
4. Pede para vestir a criança e venha até a mesa.

Orientação e conduta:
1. Informa a mãe que precisara solicitar alguns exames (Radiografia de osso longos MMSS
e MMII, VDRL, hemograma, punção lombar – análise do LCR.)
2. Se o examinador entregar os exames (explicar para mãe cada valor que esta alterado)
3. Informas para a mãe o diagnóstico (seu filho tem uma doença, que se chama SÍFILIS
CONGÊNITA, ela foi transmitida de você para ele, não falar de forma fazendo julgamento,
...ele vai ficar bem, vamos fazer todo o possível...)
4. Informar que ele vai ficar internado (para receber a medicação na veia).
5. Prescrever Penicilina Cristalina 50.000/Kg/d 6/6hs IV por 10 dias.
6. Informar que ele vai precisar fazer acompanhamento ambulatorial com VDRL 1,3,6,12,18
meses e interromper após 2 exames consecutivos negativos.
7. Informar que a mãe precisa fazer exames para saber a positividade da doença (ou solicitar
VDRL) e que seu marido precisa receber tratamento.
8. Marcar Retorno
9. Notificação Compulsória para sífilis neonatal.
10. Esclarecer dúvidas. 11. Despedir-se cordialmente.

19
PUERICULTURA = IMUNIZAÇÃO

Mãe vem a consulta de rotina com seu filho de 4 meses da idade.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho. Tratar
sempre pelo nome, e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade claro)
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços, linguagem
pausada, simples e acessível.
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento) identifica vacinas pendentes dos 4 meses.
2. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
3. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo peito, parabenizar se aleitamento exclusivo, investigar uso de chás ou
líquidos.
4. Investigar técnica de amamentação se sente dor? Incomodo ou desconforto?
5. Perguntar sobre vômitos, xixi, evacuações, sono (normal: evacuações até 10 vezes,
xixi até 8, ausência de deposições até 7 dias)
6. Investigar alergias e medicações

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar- se a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Avalia sinais vitais, avaliar fontanela, avaliar cordão umbilical e genitais.
4. Pesa a criança e mede o comprimento, solicita gráficos e plota tudo no cartão da
criança.
5. Pede para vestir a criança e venha até a mesa.

Orientação e conduta:
1. Indica as vacinas que serão oferecidas a criança nos 4 meses (pentavalente, pólio-
VIP, rotavirus e pneumo 10-valente)
2. Orientar sobre a importância do aleitamento exclusivo até os 6 meses de vida e
complementar até os 2 anos.
3. Informas benéficos do aleitamento (mãe: vínculo com filho, barato, anticoncepcional
e previne Ca de mama e ovário) (criança: previne doenças diarreicas, respiratórias e
alérgicas)
4. Orientar cuidados gerais (banho, dormir decúbito dorsal, higiene perianal)
5. Explica a importâncias das consultas de puericultura. Marca próxima consultas
(1,2,4,6,9,12 meses)
6. Perguntas se tem dúvidas?
7. Despede-se de maneira adequada.

ADENDO: Iniciar profilaxia de Ferro a partir dos 6m até 2 anos: 1mg/kg/d


Vitamina D- do nascimento ate 1º ano (400u.i) RECOMENDAÇÃO SBP
12-24 meses (600u.i)

20
INTRODUÇÃO ALIMENTAR

Mãe atende ao serviço de consulta referindo que seu filho vai completar 6 meses
e quer saber como iniciar os alimentos.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
3. Antecedentes do pré-natal (doenças, consultas, medicamento, alterações)
4. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo peito, parabenizar se aleitamento exclusivo, investigar uso de chás ou
líquidos.
5. Antecedentes patológicos, medicamento.
6. Hábitos: alimentares, sono, atividades.

Exame físico:
1. Examinar os marcos do crescimento e desenvolvimento.
2. Pesar, medir e plotar os dados no gráfico e informar os resultados encontrados

Orientação e conduta:
1. Ao completar os 6 meses, vamos iniciar as papas salgadas no almoço e papas de
frutas durante dia (papa salgada não quer dizer que precise colocar sal)
2. Papa salgada será oferecida uma vez no dia/ escolher o melhor horário/
preferencialmente almoço
3. Lavar bem os alimentos.
4. Para preparar a papa salgada:
5. Escolher um tubérculo ou cereal: arroz, aipim, macarrão, batata doce
6. Escolher um leguminoso: feijão, ervilha, soja
7. Escolher legumes e verduras: folha verdes, verduras
8. Alimento de origem animal: frango, carne de boi ou peixe.
9. Deve ser oferecido espesso desde o início (1 pastosa, gradativamente aumentar a
consistência)
10. Não usar liquidificador ou peneira, pode só amassar com garfo
11. Papa de fruta: Oferecer duas frutas diferentes no dia
12. Cada dia trocar os alimentos da papa salgada e as frutas.
13. Alimentos recusados tentar oferecer novamente
14. Não oferecer os alimentos todos misturados
15. Não pode mel no primeiro ano de vida
16. Ovo pode à partir dos 7 meses
17. Indicar profilaxia de Ferro 1mg/kg/dia, oferecer água para a criança
18. Perguntas se tem dúvidas?
19. Marcar retorno.
20. Despede-se de maneira adequada.

21
OBESIDADE INFANTIL

Mae atende ao serviço de consulta, com filho de 7 anos referindo que o filho é
muito baixo, passa muito tempo na frente da televisão, não come bem, só come
besteira.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso, comprimento
e IMC)
2. Investigar hábitos alimentares da criança (o que ela come, quantas refeições, lanches
na escola, última refeição, frutas e verduras) recebeu leite materno?
3. Investigas atividades realizadas (horários de dormir, horário de acordar, atividade
física na escola, brinca no parque, investigar tempo na frente da televisão ou na frente
de jogo-video game)
4. Altura dos pais (se a queixa for de baixa estatura) saber altura normal Homem e
mulher.
5. Antecedentes patológico (doenças na infância)
6. Antecedentes familiares (obesidade familiar, HTA familiar, dislipidemia)
7. Alergias e medicamento

Exame físico:
1. Pede autorização para examinar a criança.
2. Lava as mãos e aquece, antes e depois.
3. Pesa a criança, altura da criança (solicitar tabelas). Calcular IMC
4. Medir da PA (Escolher o manguito, medir distância do acrômio ao olécrano, marcar o
ponto médio e medir a circunferência. A altura-largura do manguito deve medir mín 40%
da circunferência e o comprimento do manguito deve se 80%-100% da circunferência)
5. Solicitar gráficos e classificar. (< p90 PA normal / p90 - p95 PA elevada / > p95 ou <
95+12 mmhg HAS Estagio 1 PA-130X80, >95+12 mmhg HAS Estagio 2 PA-140X90)
6. Medir circunferência abdominal da criança, pesquisar acantose nigrans.
7. Solicitar os gráficos e plotar, informando os resultados

Orientações e conduta:
1. Identifica crescimento normal ou anormal (dependo do caso)
2. Identifica o quadro de OBESIDADE GRAVE (escore z >3)
3. Identificar o quando de PA ELEVADA p90-p95
4. Solicita exames laboratório: Hemograma, ureia, creatinina, perfil lipídico, glicemia,
enzimas hepáticas- TGO/TGP.
5. Explica para mãe que a obesidade pode estar associada a fatores genéticos ou
desmame precoce, dieta desequilibrada e sedentarismo.
6. Orienta sobre a necessidade de mudança de hábitos alimentares e prática de
atividade física (dependendo da idade somente brincar e correr)
7. Orienta sobre a necessidade de diminuir os horários na frente dos eletrônicos
(máximo 2 horas dia)
8. Orienta sobre a necessidade uma nova aferição da pressão arterial, e que a criança
não precisará tomar medicação.
9. Orienta sobre a importância da consultar periodicamente para controle da PA e peso.
10. Marcar retorno. Dúvidas? Despede-se cordialmente.

22
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO = BAIXA ESTATURA FAMILIAR

Mae atende ao serviço referindo está muito preocupada, porque na escola o filho
dela de 7 anos é o mais baixo da turma. E ela não quer que seu filho seja baixo,
quer medicamentos para ele crescer.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome.
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Investiga desde de quando a mãe percebeu isso, se quando ele era mais novo as
outras crianças eram maiores que ele.
3. Investigar hábitos alimentares da criança (o que ela come, quantas refeições, lanches
na escola, última refeição, frutas e verduras) recebeu leite materno?
4. Investigas atividades realizadas (horários de dormir, horário de acordar, atividade
física na escola, brinca no parque, investigar tempo na frente da televisão ou na frente
do computador)
5. Investigar estatura dos pais (se a queixa for de baixa estatura) calcular alvo genético
(altura do pai + altura da mãe) + 13/2 (meninos) e Meninas: (altura do pai + altura da
mãe) -13/2. Se considera baixa estatura 1,63 homem e mulher 1,51
6. Avaliar no cartão da criança a velocidade de crescimento (Pré Escolar: 7-8cm/ano
Escolar: normal 5-6 cm/ano e Adolescente: menina-8cm/ano / menino-9cm/ano)
7. Antecedentes patológico (doenças na infância)
8. Antecedentes familiares (obesidade familiar, HTA familiar, DM, dislipidemia)
9. Alergias e medicamento

Exame físico:
1. 2. Lavar as mãos e aquecer. Pedir autorização para examinar a criança.
2. Solicita peso, estatura da criança (solicitar tabelas).
3. Medir da PA (Escolher o manguito, medir distância do acrômio ao olécrano, marcar o
ponto médio e medir a circunferência. A altura-largura do manguito deve medir mín 40%
da circunferência e o comprimento do manguito deve se 80%-100% da circunferência)
4. Solicitar gráficos e classificar. (< p90 PA normal / p90 - p95 PA elevada / > p95 ou <
95+12 mmhg HAS Estagio 1 PA-130X80, >95+12 mmhg HAS Estagio 2 PA-140X90)
5. Calcular IMC da criança. (Descartar baixa estatura por desnutrição)

Orientações e conduta:
1. Solicita radiografia de mão e punho esquerdo (para avaliar idade óssea) nesse caso
a velocidade óssea está compatível para a idade.
2. Informar para a mãe que é o que seu filho tem é uma BAIXA ESTATURA FAMILIAR,
como ela e seu marido são baixos, o filho será baixo
3. Informa que a criança está crescendo o esperado para sua idade (velocidade de
crescimento normal + idade óssea normal) se idade óssea estivesse incompatível para
a idade seria retardo do crescimento.
4. Informa para a mãe que não se pode usar medicamento para estimular o crescimento
que isso pode trazer prejuízo.
5. Orientar sobre educação alimentar e prática de atividade física
6. Perguntar se tem dúvidas? Despede-se da mãe.

23
ATRASO CONSTITUCIONAL DO CRESCIMENTO

Mae atende ao serviço referindo está muito preocupada, porque na escola o filho
dela de 7 anos é o mais baixo da turma. E ela não quer que seu filho seja baixo.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Investiga desde de quando a mãe percebeu isso, se quando ele era mais novo as
outras crianças eram maiores que ele.
3. Investigar hábitos alimentares da criança (o que ela come, quantas refeições, lanches
na escola, última refeição, frutas e verduras) recebeu leite materno?
4. Investigar atividades realizadas (horários de dormir, horário de acordar, atividade
física na escola, brinca no parque, investigar tempo na frente da televisão ou na frente
de jogo)
5. Investigar estatura dos pais (se a queixa for de baixa estatura) calcular alvo genético
(altura do pai + altura da mãe) + 13/2 (meninos) e Meninas: (altura do pai + altura da
mãe) -13/2. Se considera baixa estatura 1,63 homem e mulher 1,51
6. Avaliar no cartão da criança a velocidade de crescimento (Pré Escloar: 7-8cm/ano
Escolar: normal 5-6 cm/ano e Adolescente: menina-8cm/ano / menino-9cm/ano)
7. Antecedentes patológico (doenças na infância)
8. Antecedentes familiares (obesidade familiar, HTA familiar, DM, dislipidemia)
9. Alergias e medicamento

Exame físico:
1. Pede autorização para examinas a criança. Lava as mãos e aquece, antes e depois.
2. Solicita peso, estatura da criança (solicitar tabelas).
3. Medir da PA (Escolher o manguito, medir distância do acrômio ao olécrano, marcar o
ponto médio e medir a circunferência. A altura-largura do manguito deve medir mín 40%
da circunferência e o comprimento do manguito deve se 80%-100% da circunferência)
4. Solicitar gráficos e classificar. (< p90 PA normal / p90 - p95 PA elevada / > p95 ou <
95+12 mmhg HAS Estagio 1 PA-130X80, >95+12 mmhg HAS Estagio 2 PA-140X90)
5. Calcular IMC da criança.

Orientações e conduta:
1. Solicita radiografia de mão e punho esquerdo para avaliar idade óssea
idade óssea << para a idade cronológica da criança.
2. Informar para a mãe que é o que seu filho tem é um ATRASO CONSTITUCIONAL
DO CRESCIMENTO, logo ele vai chegar na altura para idade. (Alvo familiar é normal)
3. Informa que a criança está crescendo o esperado para sua idade (velocidade de
crescimento normal + idade óssea atrasada)
4. Informa para a mãe que não se pode usar medicamento para estimular o crescimento
que isso pode trazer prejuízo.
5. Perguntar dúvidas? Esclarecer dúvidas.
6. Despede-se da mãe.

ADENDO: Peso e estatura diminuídos perto do fim da infância, ficam paralelo ao normal
na idade escolar e ocorre atraso da puberdade. Estirão de crescimento é tardio. Estatura
volta ao normal no final da adolescência.

24
SÍNDROME DE TURNER

Mae traz sua filha de 13 anos, refere que está acontecendo algo estranho com a
filha pois todas as meninas já tem peitos e sua filha não. Ela é a mais baixa da
turma, tem uma colega mais baixa que ela porém essa já menstrua.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome.
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Investigar desde de quando a mãe percebeu isso, se quando ele era mais nova as
outras crianças eram maiores que ele.
3. Investigar hábitos alimentares da criança (o que ela come, quantas refeições, lanches
na escola, última refeição, frutas e verduras) recebeu leite materno?
4. Investigar atividades realizadas (horários de dormir, horário de acordar, atividade
física na escola, brinca no parque, investigar tempo na frente da televisão ou na frente
de jogo)
5. Investigar estatura dos pais (se a queixa for de baixa estatura) calcular alvo genético
(altura do pai + altura da mãe) + 13/2 (meninos) e Meninas: (altura do pai + altura da
mãe) -13/2. Se considera baixa estatura 1,63 homem e mulher 1,51
6. Avaliar no cartão da criança a velocidade de crescimento (Pré Escloar: 7-8cm/ano
Escolar: normal 5-6 cm/ano e Adolescente: menina-8cm/ano / menino-9cm/ano)
conclusão (baixa estatura patológica) acender a luz para doenças endócrinas e
genéticas.
7. Antecedentes patológico (doenças na infância)
8. Antecedentes familiares (doenças genéticas)
9. Hábitos da criança, uso de algum medicamento.

Exame físico:
1. Pede autorização para examinas a criança. Lava as mãos e aquece, antes e depois.

25
2. O que se pode encontra no exame físico (cabeça: implantação baixa do cabelo na
nuca, pescoço alado, pelos reduzidos, pele frouxa, tórax largo)
3. Pode se ter que estadiar Tanner (início da puberdade meninas broto mamário 8-13
anos, meninos aumento do volume testicular 9-14) A paciente vai se M1P1
5. Solicitar Peso, Estatura e IMC - plotar nas tabelas). Baixa estatura <p3 ou z-2
6. Medir sempre PA e plotar.

Orientações e conduta:
1. Solicitar cariótipo e função tireoidiana sempre está associada a Turner,
Ecocardiograma, eletrocardiograma, U.S.G renal.
2. Informar a mãe o diagnóstico, dar um minuto de silêncio para ela digerir a notícia.
3. Informar que os profissionais farão todo o possível para ajudar.
4. Informar que o acompanhamento e multidisciplinar e encaminhar (Ginecologista,
endócrino, oftalmologista,)
5. Esclarecer dúvidas?
6. Marcar retorno

26
FARINGITE BACTERIANA

Mãe atende a consulta com seu filho de 10 anos, que estava bem, mais hoje cedo
acordou reclamando de muita dor na garganta e dificuldade para engolir
alimentos.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Investigar queixa principal e início dos sintomas;
3. Determine se é primeira consulta ou consulta de retorno para este problema.
4. Investiga febre (início, duração, usou termômetro, tomou algum remédio, calafrios)
5. Investigou tosse (inicio, duração, intensidade, fatores de alivio e exacerbação,
produtiva ou seca)
6. Investigou sintomas acompanhados (náuseas, vômitos, sudorese)
7. Antecedentes patológicos.
8. Hábitos da criança (alimentação, atividade física)
9. Alergias a medicamentos.

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar-se a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Exame físico (sinais vitais, oroscopia, otoscopia, linfonodos cervicais, tórax,
abdômen) Pele (pode ter exantema) e mucosa
4. Descreve o que se visualiza na foto da orofaringe. (Presença de abaulamento de
palato Amígdalas? com membrana branco-acinzentada? Amígdalas
hiperemiadas? com pontos purulentos ou petequeias em palato? Presença de
vesículas e/ou hiperemia de garganta?

Orientação e conduta:
1. Solicita swab de orofaringe e hemograma (informa que a origem é bacteriana)
2. Informa para a mãe o diagnóstico FARINGITE BACTERIANA, que se trata de uma
inflamação na garganta.
3. Prescreve penicilina Benzatina <25kg 600.000ui , > 25kg 1.200.000ui IM/DU
4. Prescreve analgésico / antitérmico.
5. Orienta oferta de líquidos com maior frequência.
6. Explicar para mãe a importância de usar o tratamento correto, explicar possíveis
complicações (febre reumática, GNPE).
7. Afasta a criança da escola, pelo menos 24 horas depois de iniciar tratamento.
8. Orientar sinais de alarme (vômitos persistentes, dificuldade para se alimentar,
sonolência, tremores) se apresentar retornar imediatamente.
9. Orientar a mãe retorno em 48-72hs para observar a evolução
9. Pergunta se tem duvidas
10. Despede cordialmente.

27
OTITE MEDIA AGUDA

Mãe traz seu filho de 15 meses, ao pronto socorro com história de coriza e
obstrução nasal a 3 dias, desde de ontem vem apresentando febre alta é chorando
mais que o habitual. (Lembrar que o quadro sempre vai estar relacionado com um
episódio de resfrio comum anteriormente, se tratando de uma complicação,
acendo a luz para sinusite e otites)

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Investigar queixa principal e início dos sintomas; investigar sobre intensidade da
otalgia.
3. Determine se é primeira consulta ou consulta de retorno para este problema.
4. Investigar se notou alguma secreção pelo ouvido.
5. Investigar febre (início, duração, usou termômetro, tomou algum remédio, calafrios,
sudorese)
6. Investigou tosse (inicio, duração, intensidade, fatores de alivio e exacerbação,
produtiva ou seca) .
7. Investigou sintomas acompanhados (náuseas, vômitos)
8. Investigou sinais de perigo (MUITO IMPORTANTE PERGUNTAR), criança consegue
beber ou mamar no peito, vomita tudo que ingere, apresentou convulsões ou
movimentos anormais há menos de 72 horas?
9. Antecedentes patológicos
10. Hábitos da criança (alimentares...)
11. Alergias a medicamentos.

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar-se a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Exame físico. Sinais vitais (temperatura, FR por um minuto) oroscopia, otoscopia,
linfonodos, tórax, abdômen).

28
4. Descreve o que se visualiza na foto da otoscopia (identificar abaulamento da
membrana timpânica e hiperemia.) palpar parte posterior da orelha.
5. Pede para vestir a criança e venha até a mesa.

Orientação e conduta:
1. Informa a mãe sobre o diagnóstico de OTITE MEDIA AGUDA. (Se trata de uma
inflamação do ouvido, uma complicação do Resfriado dela)
2. Prescreve antibiótico (amoxicilina 40-80mg/kg- AIDIPI 8/8 Horas) 7-10 dias
3. Prescreve analgésico (Paracetamol)
4. Indicar lavagem nasal com soro fisiológico quando necessário.
5. Explicar a importância de tomar o remédio, esclarecendo possíveis complicações.
6. Marca retorno em 48-72 horas, e se sinais de perigo ou piora clínica retorno imediato.
7. Esclarece dúvidas. (Entendeu Carla, como você tem que dar o remédio, quando vai
voltar, precisa tomar os medicamentos até o final do tratamento, mesmo melhorando
continuar tomando)
8. Despede-se de maneira adequada

29
SINUSITE

Mãe atende ao serviço de consulta, referindo que o filho estava com muita tosse
durante todo o dia e noite, e que estava resfriado e não melhora dessa tosse, e
tem bastante secreção nasal.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e altura)
2. Investigar queixa principal e início dos sintomas; investigar sobre tosse (início,
duração, intensidade, característica da tosse (cuidado com coqueluche).
3. Determine se é primeira consulta ou consulta de retorno para este problema.
4. Investiga febre (início, duração, usou termômetro, tomou algum remédio)
5. Investigou sintomas acompanhados (náuseas, vômitos, escalafrios, dor de cabeça só
depois de 4-6 anos)
6. Investigou sinais de perigo (MUITO IMPORTANTE PERGUNTAR), criança consegue
beber ou mamar no peito, vomita tudo que ingere, apresentou convulsões ou
movimentos anormais há menos de 72 horas?
7. Antecedentes patológicos
8. Hábitos da criança (alimentares...)
9. Alergias a medicamentos.

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Exame físico. Sinais vitais (temperatura, FR por um minuto) oroscopia, otoscopia,
linfonodos, tórax, abdômen).
4. Descreve o que se visualiza na foto da oroscopia (hiperemia das fossas nasais)
5. Pede para vestir a criança e venha até a mesa.

Orientação e conduta:
1. Informa a mãe sobre o diagnóstico de SINUSITE (uma complicação do Resfrio)
2. Prescreve antibiótico (amoxicilina 40-80mg/kg- AIDIPI 8/8 Horas) 7-10 dias
9. Prescreve analgésico (Paracetamol)
3. Indicar lavagem nasal com solução salina nasal.
4. Explicar que precisa tomar o remédio, esclarecendo possíveis complicações. (Celulite
Periorbitaria)
5. Marca retorno em 48-72 horas, se piora clínica ou sinais de perigo retorno imediato.
6. Esclarece dúvidas. (Entendeu Carla, como você tem que dar o remédio, quando vai
voltar, precisa tomar os medicamentos até o final do tratamento, mesmo melhorando
continuar tomando)
7. Despede-se de maneira adequada.

30
LARINGITE VIRAL AGUDA – CRUPE VIRAL

Mãe atende ao serviço de consulta com o filho de 4 anos, refere que o mesmo
estava dormindo e acordou com uma tosse estranha.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso).
2. Primeira vez que atende com essa queixa?
3. Investiga a queixa de tosse (início, duração, intensidade, produtiva ou seca, metálica,
perruna-ladrante, fatores de alivio e exacerbação?)
4. Sintomas acompanhados (febre, vômitos, dificuldade para respirar, se está escutando
algum som estranho, rouquidão).
5. Se estava apresentando algum resfriado antes (sintomas catarrais).
6. Sinais de alarme?
7. Antecedentes patológicos? Alimentação? Atividade? Alergias?

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Exame físico completo: Avalia sinais vitais (FC, FR , STO2, PULSO); direcionado ao
tórax (sinais de dificuldade respiratório, tiragem, batimentos nasais, gemido,
cianose), pode auscultar estridor expiratório, sibilos) Rouquidão

Orientação e conduta:
1. Informa para a mãe que seu filho tem: CRUPE VIRAL
2. Explicar que não precisa de exames complementares.
3. Informa que precisa ficar em observação.
4. Prescrever NBZ com adrenalina. (1:1000) 0,5ml/kg/ máximo 5 ml
5. Prescrever corticoide (dexametasona 0,3 mg/kg DU)
6. Paracetamol para febre 1 gota/kg
7. Explicar a necessidade de observação por efeito rebote da adrenalina por no mínimo
4-6 horas e tb por inicio do efeito do corticoide.
8. Alta com corticoide VO por 3-5dias (prednisolona 3mg/ml – Dose: 1-2mg/kg/dia)
9. Orientar oferta de líquidos com maior frequência.
10. Orienta retorno em 48-72 horas para observar a evolução.
11. Orienta retorno se sinais de piora.
12. Confere entendimento e despede-se cordialmente.

31
BRONQUIOLITE

Mãe comparece com seu filho de 2 meses, referindo que a criança estava resfriada
em uso de paracetamol, e agora a criança piorou.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga a queixa: tosse (quando apareceu, aumentou com o passar dos dias,
produtiva ou seca? Piorou depois de algo, melhorou, passou alguma coisa, aspecto,
tomou alguma coisa?).
3. Sintomas acompanhados (febre: inicio, aferiu, calafrios, quantas vezes?) dor:
(localização, intensidade, frequência, irradiação), dificuldade para respirar? Alterações
na cor da criança), diarreia?
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas?)
5. Investigar fatores de risco (tabagismo materno, história de prematuridade,
aglomerações, se esta amamentando)
6. Questiona antecedentes patológicos (cardiopatia congênita, imunodeficiência)
7. Perguntar sobre vômitos, xixi, evacuações, sono (normal evacuações até 10 vezes,
xixi até 8, ausência de deposições até 7 dias)

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquecê-las e solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita. 2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Sinais vitais (SAT 02, FC, FR).
4. Oroscopia, otoscopia, avaliar sinais de dificuldade respiratória (tiragem subcostal,
batimento da aSa do nariz, gemência e cianose), tórax e abdômen. O marcador clinico
é (SIBILÂNCIA)
5. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico: BRONQUIOLITE, precisa ficar hospitalizado por
sinais de gravidade (FR>70, SATO2 <90, Tiragem).
2. Solicitar RX tórax (Sinais de hiperinsuflação, atelectasia)
3. Dieta zero (se sinais de dificuldade respiratória) e Hidratação venosa
4. Postura de elevação da cabeceira: 30 graus.
5. Prescreve antitérmico para febre.
6. O2 suplementar se (manter SATo2 >92%)
7. NBZ salina hipertônica (diminui tempo de internação)
8. Limpeza de vias aéreas com solução salina.
9. Controle (oxímetro de pulso, diurese, balanço hídrico e sinais vitais)
10. Avaliar se será necessário usar palivizumabe 5 doses mensais para (nascidos com
<28 semanas, criança menores de 2 anos com cardiopatia congênita, doença pulmonar
crônica da prematuridade) anticorpo monoclonal anti- VSR, está disponível na rede
pública
11. Desfaz dúvidas e faz as perguntas de verificação.
12. Orientar lavagem das mãos em ambiente hospitalar.
13. Questiona o entendimento e despede-se da mãe.

32
ADENDO: BROQUIOLITE AMBULATORIAL. Conduta:
1. Limpeza de vias aéreas com solução salina.
2. Orientar lavagem das mãos.
3.Orienta sinais de gravidade para retorno (não consegue bebe ou mamar, piora do
estado geral, aparecimento de febre) (em caso de pneumonia não grave, que vai ser
tratada em casa)

33
PNEUMONIA HOSPITALAR

Mãe comparece com seu filho de 5 anos de idade, refere muita tosse, febre.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e estatura)
2. Investiga a queixa: tosse (inicio, aumentou com o passar dos dias, produtiva ou seca?
Duração? Fatores de alivio e exacerbação, tomou algum remédio?).
3. Sintomas acompanhado (febre: início, verificou com termômetro, calafrios ou
sudorese, quantas vezes?) dor: (localização, intensidade, frequência, irradiação),
dificuldade para respirar? Alterações na cor da criança)
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
5. Questiona antecedentes patológicos (doença pulmonar crônica, doença cutânea
crônica, medicamentos, alergia? Alguém na família com os mesmos sintomas.
6. Hábitos (alimentar, atividades)
7. Investigar condições de cuidado (para decidir sobre tratamento domiciliar ou
hospitalar)

Exame físico:
1. Lavar as mãos, aquecê-las e solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita. 2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Sinais vitais (SATO2, FC, FR, temperatura). Se frequência respiratória aumentada,
pensar direto em pneumonia.
4. Exame físico tórax: inspeção (pct despido), palpação (falar 33- FTV aumentado)
percussão (macicez) ausculta (estertores)
4. Oroscopia, Otoscopia, avaliar sinais de dificuldade respiratória (tiragem subcostal,
batimento da asa do nariz, gemência e cianose), palpar linfonodos e abdômen.
5. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico: de PNEUMONIA BACTERIANA com sinais de
complicação.
2. Informa que a criança precisa ficar internada e solicita exames complementares. (RX
de tórax PA/perfil, Hemograma, hemocultura, gasometria arterial e PCR)
3. Explicar resultado do RX (opacidade em lob sup direito com broncograma aéreo /
Condensação Pulmonar / infiltrado alveolar)
4. Dieta zero (se sinais de dificuldade respiratória)
5. Indicar suporte de oxigênio em cateter nasal.
6. Prescreve antitérmico para febre. Antiemético/ SN
7. Perguntar se tem alergia a algum medicamento. Prescreve penicilina G cristalina EV
OU Ampicilina
8. Controle (oxímetro de pulso, diurese, balanço hídrico e sinais vitais)
9. Perguntar a mãe se entendeu e desfazer dúvidas.
10. Despede-se cordialmente.
ADENDO: Se não tiver resposta terapêutica do paciente internado, pensar em
complicações (derrame pleural: puncionar todo derrame pleural > 1cm) objetivo

34
diferenciar: derrame inflamatório de empiema. Critérios de empiema: aspecto
purulento, pH < 7,2, glicose < 40, gram e cultura positivo: Drenar).

35
PNEUMONIA AMBULATORIAL

Mãe comparece com seu filho de 5 anos de idade, refere muita tosse, febre.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e estatura)
2. Investiga a queixa: tosse (inicio, aumentou com o passar dos dias, produtiva ou seca?
Duração? Fatores de alivio e exacerbação, tomou algum remédio?).
3. Sintomas acompanhado (febre: início, verificou com termômetro, calafrios ou
sudorese, quantas vezes?) dor: (localização, intensidade, frequência, irradiação),
dificuldade para respirar? Alterações na cor da criança)
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
5. Questiona antecedentes patológicos (doença pulmonar crônica, doença cutânea
crônica, medicamentos, alergia? Alguém na família com os mesmos sintomas.
6. Hábitos (alimentar, atividades)
7. Investigar condições de cuidado (para decidir sobre tratamento domiciliar ou
hospitalar)

Exame físico:
1. Lavar as mãos, aquecê-las e solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita. 2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Sinais vitais (SATO2, FC, FR, temperatura). Se frequência respiratória aumentada,
pensar direto em pneumonia.
4. Exame físico tórax: inspeção (pct despido), palpação (falar 33- FTV aumentado)
percussão (macicez) ausculta (estertores)
4. Oroscopia, Otoscopia, avaliar sinais de dificuldade respiratória (tiragem subcostal,
batimento da asa do nariz, gemência e cianose), palpar linfonodos e abdômen.
5. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico: de PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE
(PAC)
2. Informa que a criança não precisa ficar internada
3. Perguntar se tem alergia a algum medicamento. Prescreve Amoxicilina 50mg/kg/
8/8hs x 7-10 dias
4. Prescreve analgésico/antitérmico para febre.
5. Orientar a oferta de líquidos com maior frequência
6. Orientar retorno em 48-72hs para observa evolução
7. Orientar sobre sinais de alarme e retorno imediato caso piora clínica.
8. Perguntar a mãe se entendeu e desfazer dúvidas.
9. Despede-se cordialmente.

36
ASMA AMBULATORIAL

Paciente masculino de 10 anos de idade vem a consulta acompanhado de sua


mãe, que relata que seu filho tem tido dificuldade respiratória várias vezes na
semana. A falta de ar melhora com repouso e piora com o exercício. No momento
o paciente está sem queixas.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga a queixa principal (dificuldade para respirar, início, piora, evolução, tomou
algum medicamento, quantos episódios?)
3. Pergunta se é a primeira vez que apresenta esse quadro/ casos semelhantes na
família? Casos de asma, rinite, dermatite atópica
4. Investiga Dificuldade em realizar atividade física?
5. Perguntar se apresenta falta de ar durante a noite e/ou dia e quantos episódios
aconteceu na última semana. Perguntar o A- atividade limitada? B- Bombinha de
alívio? C- cordou a noite D- diurnos, sintomas >2x sem?
5. Investiga fatores desencadeantes (poeira, plantas, gatos) / medicamentos que faz
uso? / alergia.
6. Hábitos (alimento, atividades, moradia)

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se a direita. Pedir autorização para examinar a criança.
2. Sinais vitais (FC, FR, STO2, PF) avaliar estado general. (Consciência, se consegue
falar)
3. Exame físico direcionado do tórax (Sibilos)

Orientação e conduta:
1. Solicitar espirometria com prova broncodilatadora
2. Solicitar Rx de tórax (descrever os achados de hiperinsuflação) e hemograma
3. Informar para a mãe o diagnóstico de ASMA e classificar o tipo de asma
(controlada, parcialmente controlada ou não controlada).
4. Explicar o diagnóstico com clareza e tranquilizar a mãe
5. Prescrever o tratamento de acordo com o STEP terapêutico
6. Orientar sobre medidas ambientais e de higiene
7. Orientar a forma de uso dos medicamentos
8. Perguntar se a mãe tem alguma dúvida
9. Marcar retorno para avaliação e adesão do tratamento
10. Despede-se cordialmente

37
CRISE ASMÁTICA

Paciente masculino de 10 anos de idade vem ao pronto socorro acompanhado de


sua mãe, que relata que seu filho está com dificuldade respiratória.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga a queixa principal (dificuldade para respirar, início, piora, tempo de evolução,
tomou algum medicamento, quantos episódios?)
3. Pergunta se é a primeira vez que apresenta esse quadro/ casos semelhantes na
família? Casos de asma, rinite, dermatite atópica
4. Investiga Dificuldade em realizar atividade física?
5. Perguntar se apresenta falta de ar durante a noite e/ou dia e quantos episódios
aconteceu na última semana. Perguntar o A- atividade limitada? B- Bombinha de
alívio? C- cordou a noite D- diurnos, sintomas >2x sem?
5. Investiga fatores desencadeantes (poeira, plantas, gatos) / medicamentos que faz
uso? / alergia.
6. Hábitos (alimento, atividades, moradia)

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se a direita.
2. Sinais vitais (FC, FR, STO2, PF) avaliar estado general. (Consciência, se consegue
falar) Avaliar necessidade de VA avançada.
3. Exame físico direcionado do tórax (Sibilos)

Orientação e conduta:
1. Informa para a mãe que seu filho tem CRISE ASMÁTICA.
2. Solicitar pico de fluxo expiratório PEF
3. Solicitar rx tórax, hemograma, gasometria arterial, eletrólitos, função renal
4. Prescreve oxigênio sob mascara 6-8 litros, se SATO2 < 93.
5. Prescrever NBZ com fenoterol (1 gota/3kg) ou b2 curta (SABA) 20/20min 1ºhora
6. Prescrever NBZ com ipratrópio (< 10kg 10 gotas, > 10kg 20 gotas), por 20 minutos.
7. Prescrever corticoide (prednisona) oral ou EV
8. Manter em observação por 4-6 horas.
9. Avaliar e classificar o tratamento para asma (sintomas diurnos, acorda à noite, uso
de broncodilatadores, cansa ao realizar atividade física)
10. Dar alta e prescrever tratamento domiciliar (de acordo step terapêutico) + corticoide
oral por 5 dias.
11. Orientar retorno se piorar.
12. Esclarece dúvidas e despede-se de maneira adequada.

38
COMO MONTAR UM ESPAÇADOR PARA AEROSOL

1. INDICAR PARA AGITAR O MEDICAMENTO ANTES OU DEPOIS DE


ENCAIXADO

2. DEMONSTRAR COMO APLICA O MEDICAMENTO


• Na posição sentada, coloca a máscara ajustada ao rosto, cobrindo
boca e nariz
• Acionar um jato de cada vez, deixando a máscara por 10-30 seg.
• Afastar a máscara do rosto e aguardar 15-30 seg para acionar o
próximo jato.

39
TUBERCULOSE

Mãe comparece ao serviço de consulta com seu filho de 8 anos de idade, referindo
que a criança está com um quadro de tosse há mais de 15 dias, que já tomou
alguns medicamentos e não melhora.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. É a primeira consulta para o quadro? Ou já consultou antes com a mesma queixa?
3. Investiga a queixa: tosse (inicio, aumentou com o passar dos dias, produtiva ou seca?
Duração? Fatores de alivio e exacerbação, tomou algum remédio?). Mãe vai referir uso
de algum medicamento (sem melhora com uso ATB) ou algum exame de radiografia?
4. Sintomas acompanhados (febre: início, duração, aferiu com termômetro, calafrios,
Sudorese noturna, perda de peso, dificuldade para respirar? Diarreia? Irritabilidade
5. Alguém na casa ou contato com alguém com os mesmos sintomas?
6. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
7. Investigar antecedentes patológicos.
8. Hábitos alimentares, vivenda.

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita. 2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Sinais vitais (SAT 02, FR, FC).
4. Oroscopia, otoscopia, avaliar sinais de dificuldade respiratória, tórax e abdômen.
5. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Solicita exames complementares (Rx tórax, PPD), na radiografia podemos encontrar
adenomegalia hilar e/ou paratraqueais. Opacidade parenquimatosa (lob sup D)
2. Orienta a mãe sobre o diagnóstico de TUBERCULOSE PULMONAR, através do
esquema de pontos (1) Clínica: febre ou sintomas como tosse, emagrecimento e
sudorese: 15 pontos, 2) PPD 5-9mm: 5 pontos PPD >10mm: 10 pontos, 3) contato
últimos 2 anos: 10 pontos, 4) achados na RX: 15 pontos, 5) desnutrição grave: 5 pontos)
> 40 pontos, Dx: provável, 30-35 pontos, Dx: possível, < 29 pontos, DX: pouco
provável. Tentar acalmar a mãe.
3. Medicamentos para febre.
4. Indica tratamento esquema RIP 2 meses, RI 4 meses, tratamento supervisionado.
5. Indicar medidas de controle de ambiente (imunizados, que tenha bastante ventilação)
6. Informar que seu filho não transmite a doença para ninguém.
7. Investigar contato domiciliar, ou pessoas com os mesmos sintomas. (Se mais de 10
anos, baciloscopia), sintomáticos: RX E ESCARRRO, assintomático: PPD E RX DE
TÓRAX (se ppd>5- fazer tto para TB Latente com Isoniazida por 6 meses)
8. Orienta retorno para controle, informar possíveis efeitos colaterais à medicação (dor
abdominal, vômitos, náuseas)
9. Perguntar se precisa de atestado médico.
10. Notificação semanal. 11. Questionar dúvidas. Despede-se.

40
CORPO ESTRANHO NASAL

Mae atende ao serviço de consulta, referindo que o filho de 3 anos está espirrando
muito e tem saído uma secreção estranha pelo nariz.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Investigar queixa principal e início dos sintomas, quando inicio o quadro, se foi brusco,
se ela estava resfriada antes.
3. A secreção como é o aspecto, se é de ambas as narinas, a cor, o cheiro
4. Pergunta se a criança costumar brincar sozinha, se ela tem brinquedos pequenos.
5. Se ela costuma colocar brinquedos na boca.
6. Investiga febre (início, duração, usou termômetro, tomou algum remédio)
7. Investigou tosse e expectoração
8. Investigou sintomas acompanhados (náuseas, vômitos, escalafrios)
9. Antecedentes patológicos.

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar-se a direita.
2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Exame físico (sinais vitais, oroscopia, otoscopia, tórax, abdômen)
4. Descreve o que se visualiza na foto da oroscopia
5. Solicita rinoscopia direta também

Orientação e conduta:
1. Informa para a mãe o diagnóstico de CORPO ESTRANHO NO NARIZ
2. Acalmar a mãe que a criança vai ficar bem
3. Que precisa ser encaminhada para um otorrino. (pode ser que tenha que remover na
prova: explicar o procedimento e solicitar autorização, p/ elevar pressão no lado que
está obstruído, tapar o nariz saudável, utilizar pinça de pressão com rinoscopia
4. Informar para a mãe que a cuidados com a criança e evitar brinquedos pequenos
para a idade.
5. Esclarece duvidas
6. Despede da mãe.

41
SARAMPO

Mãe atende ao serviço com seu filho de 8 meses de idade, referindo várias
manchas no corpo que inicio pela cabeça e agora está em todo o corpo e febre.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga a queixa exantema (quando apareceu as manchas, localização,
aumentaram com o passar dos dias, piorou depois de algo, melhorou, passou alguma
coisa, cor)
3. Investiga sintomas da fase prodrômica (febre, tosse seca, conjuntivite, fotofobia,
coriza, machas de koplin)
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
5. Investigar pessoa com os mesmos sintomas ou viagens para exterior ou Roraima,
quantos filhos tem? Alguém gestante? Alguém com alguma doença crônica?
6. Questiona antecedentes patológicos, medicamentos, alergia?
7. Hábitos: Alimentação?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Sinais vitais, oroscopia, otoscopia, cardiopulumar (principal causa de morte
pneumonia), nesse momento aparecer as imagens, olho: conjuntivite bilateral não
purulenta)
4. Pele e mucosa: exantema: Máculopapular morbiliforme de progressão
craniocaudal (quanto mais aumenta rash, maior a febre) (Boca: manchas de koplik
4. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico suspeito de: SARAMPO, fala que a criança não
precisa ficar internada, tranquiliza a mãe.
2. Orienta a mãe sobre as complicações e sinais de alerta (dispneia, taquicardia, otite
conjuntivite purulenta, pneumonia, encefalite)
3. Prescreve antitérmico. Paracetamol
4. Prescreve vitamina A (Duas doses, uma no diagnóstico e outra no dia seguinte)
<6m 50.000ui/dia 6-12m 100.000ui >1 ano 200.000ui
5. orientar hidratação, alimentação e repouso

42
6. Indicar profilaxia para contactantes susceptíveis com Vacina Até 72 horas
apenas maiores de 6 meses, e Imunoglobulina para menores de 6 meses, gravidas
e imunossuprimidos.
7. Instituir dose Zero da vacina (tríplice viral) em crianças de 6-12 meses
8. Informar o risco de contagio caso contato com pessoas não vacinadas.
9. Marca retorno em 48 horas, se sinais de perigo retorno imediato.
10. Notificação Compulsória imediata.
11. Esclarece duvidas
12. Despede da mãe.

43
RUBÉOLA

Mãe atende ao serviço com seu filho de 8 mese, referindo ele apresentava febre
caroço no pescoço e olhos vermelhos.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga a queixa exantema (quando apareceu, localização, aumentaram com o
passar dos dias, piorou depois de algo, melhorou, passou alguma coisa, cor)
3. Investiga sintomas da fase prodrômica (febre baixa, dor de garganta, conjuntivite
sem fotofobia, linfonodos- cervical, retroauricular e subocipital)
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
5. Investigar pessoas em casa com os mesmos sintomas? quantos filhos tem? Alguém
gestante? Alguém com alguma doença crônica?
6. Questiona antecedentes patológicos, medicamentos, alergia? Alimentação?
7. Questiona antecedentes pré-natal? Se mãe teve rubéola

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Sinais vitais, oroscopia (enantema- petéquias puntiformes em palato mole – manchas
de Forcheimer), otoscopia, cardiopulumar
4. Pele: exantema: Máculopapular rubeoliforme de progressão face-craniocaudal
fugaz (desaparece a medida que desce para outras partes do corpo)
5. Linfonodos: cervical posterior, retroauricular e subocciptal
4. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico suspeito de: RUBÉOLA, fala que a criança não
precisa ficar internada, tranquiliza a mãe.
2. Solicitar hemograma (leucopenia, trombocitopenia) e sorologia para rubéola. Solicitar
ecocardiograma, audiometria)
3. Orienta a mãe sobre as complicações e sinais de alerta (artralgia. Encefalite,
panencefalite, epistaxe, trombocitopenia. SD. Rubéola congênita – CATARATA /
SURDEZ/ CARDIOPATIA CONGÊNITA- pca, estenose pulmonar)
4. Prescreve antitérmico. Paracetamol
5. orientar hidratação, alimentação e repouso

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6. Indicar profilaxia pós exposição com Vacina em até 72 horas
7. Instituir dose Zero da vacina (tríplice viral) em crianças de 6-12 meses
8. Informar o risco de contagio. Evitar contato com gestantes susceptíveis
9. Marca retorno em 48 horas, se sinais de perigo retorno imediato.
10. Notificação Compulsória imediata.
11. Esclarece duvidas
12. Despede da mãe.

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EXANTEMA SÚBITO

Mãe atende ao serviço com seu filho de 5 mese, referindo ele apresentava febre
muito alta, e de repente a febre passou e apareceu manchas no corpo.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga a queixa febre: início, duração, intensidade, medicamento, termômetro.
3. Investiga Exantema (quando apareceu, localização, aumentaram com o passar dos
dias, piorou depois de algo, melhorou, passou alguma coisa, aspecto).
4. Sintomas acompanhado (coceira, tosse, rinorreia, inflamação da faringe)
5. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
6. Investigar pessoa em casa com os mesmos sintomas, quantos filhos tem? Alguém
gravida? Alguém com alguma doença crônica?
7. Questiona antecedentes patológico (doença pulmonar crônica, doença cutânea
crônica, medicamentos, alergia?
8. Hábitos: Alimentação?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Sinais vitais – FC, FR, SATO2, TEMP
4. Pele (descrever a foto: exantema maculopapular rosado pequenas que surgem
após desaparecimento da febre e começam no tronco-pescoço-extremidades)
desaparece 1-3d sem descamação.
5. Oroscopia (manchas na junção entre úvula e palato), Otoscopia, exame físico
pulmonar.
4. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico de: EXANTEMA SÚBITO
2. Informa que não precisa realizar exames complementares.
3. Prescreve antitérmico para febre.
4. Orienta sinais de gravidade para retorno (não consegue bebe ou mamar, piora do
estado geral, aparecimento de febre, convulsão febril)
5. Orienta pratica de higiene pessoal, alimentos e domiciliar.
6. Orientar retorno em 48 horas.

46
7. Desfaz duvidas e fazer as perguntas de verificação (quando tem que voltar, se piorar
o que fazer? Quais sinais de piora? Como fazer o soro caseiro)
8. Despede-se cordialmente.

47
MONONUCLEOSE

Mãe atende ao serviço de consulta, referindo que o filho estava com a garganta
inflamada que levou ela na UPA, passaram um remédio para o filho e agora
apareceu varia manchas no corpo.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga a queixa (quando apareceu as manchas, aumentaram com o passar dos
dias, piorou depois de algo, melhorou, passou alguma coisa, cor) no caso piorou depois
de usar amoxicilina ou ampicilina.
3. Sintomas acompanhado (dor na garganta, edema de pálpebras, aparecimento de
linfadenomegalia, fadiga, febre)
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
5. Investigar pessoa em casa com os mesmos sintomas? quantos filhos tem? Alguém
gravida? Alguém com alguma doença crônica?
6. Questiona antecedentes patológicos, medicamentos, alergia?
7. Hábitos: Alimentação?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Sinais vitais, oroscopia, otoscopia, pele e mucosa. Tórax e Abdome: faringite.
linfadenopatia epitroclear, esplenomegalia, hepatomegalia, exantema:
maculopapular eritematoso,
4. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico suspeito de: MONONUCLEOSE, tranquiliza a mãe.
2. Solicita hemograma: linfócitos atípicos.
3. Prescreve antitérmico em caso de febre.
4. Informar que precisa ficar em repouso relativo, evitar esporte com contato corporal.
5. Orienta sinais de gravidade para retorno (não consegue bebe ou mamar, piora do
estado geral, aparecimento de febre)
3. Orienta a mãe sobre as complicações: convulsão, ruptura esplênica, Metamorfopsia.
6. Orienta pratica de higiene pessoal, alimentos e domiciliar.
7. Orientar retorno em 48 horas.
8. Desfaz duvidas
9. Despede-se cordialmente.

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VARICELA

Mãe atende ao serviço com seu filho de 2 anos referindo ele tem vários carocinhos
na cabeça, e que agora estão por todo o corpo e que tem febre.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga a queixa (quando apareceu, aumentaram com o passar dos dias, piorou
depois de algo, melhorou, passou alguma coisa, aspecto).
3. Sintomas acompanhado (febre, coceira, tosse, cefaleia, dor abdominal)
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
5. Investigar pessoa com os mesmos sintomas, quantos filhos tem? Alguém gravida?
Alguém com alguma doença crônica?
6. Questiona antecedentes patológico (doença pulmonar crônica, doença cutânea
crônica, medicamentos, alergia?
7. Hábitos: Alimentação?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Sinais vitais, pele (descrever a foto: maculas, pápulas e vesículas – polimorfismo
regional, distribuição centrípeta), pode acometer mucosa oral e genitálias, oroscopia,
otoscopia, exame físico pulmonar.
4. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico de: VARICELA
2. Informa que não precisa realizar exames complementares.
3. Prescreve antitérmico para febre.
4. Não prescrever aciclovir (indicado só para > 13 anos, não gestante, <13 anos se for
o 2º caso na família, ou em uso de corticoide e salicilatos)
5. Imunodeprimidos devem fazer aciclovir endovenoso- internado
6. Prescrever anti-histamínico.
7. Indicar vacina até 5 dias pós exposição: se criança > 9 meses. Indicar imunoglobulina
se <9m e hospitalizados

49
8. Se tiver exposição de imunodeprimidos, gravidas, RN < 28 semanas independente
da história da mãe (oferecer imunoglobulina até 96 horas)
9. Informar que precisa ficar em repouso relativo, cortar as unhas.
10. Orienta sinais de gravidade para retorno (não consegue bebe ou mamar, piora do
estado geral, aparecimento de febre)
11. Orienta a mãe sobre as complicações: sd. De Reye, hepatite, infecção bacteriana
da pele, encefalite, reativação por herpes-zoster.
12. Orienta pratica de higiene pessoal, alimentos e domiciliar.
13. Orientar retorno em 48 horas.
14. Desfaz dúvidas
15. Despede-se cordialmente.

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ESCARLATINA

Mãe atende ao serviço de consulta referindo que seu filho de 2 anos, está
apresentando um quadro de febre e manchas pelo corpo.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga a queixa exantema (quando apareceu, onde iniciou? aumentaram com o
passar dos dias, piorou depois de algo, melhorou, passou alguma coisa, aspecto).
3. Sintomas acompanhado (febre- inicio, duração, calafrio? coceira, tosse, cefaleia,
vômito)
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
5. Investigar pessoa com os mesmos sintomas na escola ou na família, quantos filhos
tem? Alguém gravida? Alguém com alguma doença crônica?
6. Questiona antecedentes patológico (doença pulmonar crônica, doença cutânea
crônica, medicamentos, alergia?
7. hábitos: Alimentação?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Sinais vitais- FC, FR, SATO2, Temp. Pele (áspera em lixa – exantema
micropapular em pescoço, tronco, membros)
4. Oroscopia (língua em morango- hipertrofia e hiperemia das papilas linguais),
5. Sinal de filatov: palidez perioral com sinal da face esbofeteada (bochecha
eritematosa), Sinal da pastia (eritema acentuado nas pregas flexora),
4. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informou e explicou para mãe o diagnóstico: ESCARLATINA
2. Informa que a criança não precisa ficar internada e nem de exames complementares.
3. Prescreve antitérmico para febre.
4. Prescreve penicilina benzatina IM <25kg 600.000ui, > 25kg 1.200.000ui IM/DU
5. Informa a importância do tratamento como profilaxia primaria, explica as possíveis
complicações – febre reumática e GNPE.
6. Orientar retorno escolar somente 24 horas de início do tratamento.

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7. Orienta sinais de gravidade para retorno (não consegue bebe ou mamar, piora do
estado geral, aparecimento de febre, artralgia, dispneia, taquicardia)
8. Marcar retorno em 48hs
9. Desfaz duvidas e fazer as perguntas de verificação.
10. Despede-se cordialmente.

52
DOENÇA DE KAWASAKI

Mãe atende ao serviço de consulta com o filho de 4 anos de idade, referindo que
a criança está a 6 dias de febre, e os olhos estão vermelhos parecendo aquela tal
de conjuntivite.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, eu que vou
está realizando o atendimento de vocês.) qual o nome da senhora é do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga a queixa febre: início, duração, intensidade, medicamento, termômetro.
3. Conjuntivite: (quando apareceu, o que melhora o que piora, passou alguma coisa,
secreção?).
4. Exantema (quando apareceu, aumentaram com o passar dos dias, piorou depois de
algo, melhorou, passou alguma coisa, aspecto).
5. Sintomas acompanhado (náuseas, vômitos, sintomas respiratórios, tosse)
6. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
7. Questiona antecedentes patológico (doença pulmonar crônica, doença cutânea
crônica, medicamentos, alergia?
8. Hábitos: Alimentação?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Sinais vitais- FC, FR, SATO2, Temp. Pele (exantema maculopapular,
escarlatiniforme ou polimórfico, descamação Periungueal, edema de membros)
4. Oroscopia (língua em framboesa, fissura, eritema),
5. Pescoço: linfadenopatia cervical, hiperemia conjuntival bilateral não purulenta
6. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico de: DOENÇA DE KAWASAKI, tranquiliza a mãe;
2. O diagnóstico é feito pelos critérios: > 5 dias de febre + 4 características:
conjuntivite, linfadenopatia cervical, alterações das extremidades, lesões orais,
exantema.
3. Não precisa exames complementares para diagnostico.
4. Informar para a mãe que a criança vai precisar ficar hospitalizada
5. Prescrever imunoglobulina 2G/U/kg
6. Prescrever AAS 100mg/kg/ 4x dia (dose alta)
7. Prescreve antitérmico para febre.

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8. Solicitar exames para avaliação complementar (VHS, PCR, TROMBOCITOSE,
ECOCARDIOGRAMA), depois de 3 semanas precisa solicitar novo ECO.
9. explicou as complicações (aneurisma das artérias coronárias)
10. Mae pergunta (meu filho vai morrer?) Carla na grande maioria das vezes essa
doença responde bem ao tratamento, vamos fazer de tudo para que seu filho fique bem.
11. Desfaz duvidas
12. Despede-se cordialmente.

54
DIARREIA AGUDA PLANO A

Mãe atende a consulta com seu filho de 2 anos de idade, referindo que a criança
está com diarreia.
Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e comprimento
ao nascer) em especial avaliar vacina rotavírus.
2. Característica das fezes (início, consistência, volume, quantas vezes, presença de
sangue, presença de muco, cheiro? Tem relação com a ingesta de alimentos?)
3. Investigar a ocorrência de febre: dia, hora da aferição, verificada com termômetro,
calafrio ou sudorese, fatores de alívio)
3. Sintomas e sinais acompanhados (vômitos e suas características, investigar sintomas
respiratório) algum positivo perguntar mínimo 3 coisas para definição.
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas)
5. Perguntar sobre alimentação, atividades, doenças, alergias, uso de medicamentos?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Solicitar sinais vitais: FC, FR, TEMP
4. Exame físico (avaliar hidratação: estado geral, olhos, sinal da prega, sede, pulso
e enchimento capilar)
5. Solicitar dados antropométricos (solicitar tabelas, anotar no cartão da criança,
informar para a mãe os valores) importante pesar a criança, o peso pode nos orientar
na melhora do quadro)
Criança vai estar: alerta, bebe normalmente, lagrimas presentes, mucosas
úmidas, sinal da prega desaparece rápido, enchimento capilar < 3seg, déficit de
peso <3%

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico de: DIARREIA AGUDA, SEM DESIDRATAÇÃO,
que a mãe não precisa se preocupar, que a criança vai ficar bem. Tto Domiciliar.
2. Indica que não existe necessidade de exames complementares.
3. Orientar o aumento da oferta de líquidos (SRO ou caseiro) ao longo do dia de 50-
100ml após cada evacuação.
4. Orienta continuar com alimentação habitual.
5. Prescreve Zinco oral 1x/dia por 10-14 dias (< 6 meses: 10mg/dia, > 6 meses: 20mg/d)
6. Orientar como fazer soro caseiro (copo de 200 ml, um punhado da mão de açúcar, e
3 dedos de sal ou 2 medidas de açúcar e 1 medida de sal)
7. Se a criança vomitar aguardar 10 minutos e tentar novamente.
8. Orienta sinais de gravidade para retorno (piora diarreia, vômitos repetidos, muita
sede, febre, recusa alimentos ou incapaz de beber ou mamar, sangue nas fezes.)
9. Orienta pratica de higiene pessoal, alimentos e domiciliar.
10. Desfaz duvidas e fazer as perguntas de verificação (quando tem que voltar, se piorar
o que fazer? Quais sinais de piora? Como fazer o soro caseiro)
11. Despede-se cordialmente.

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DIARREIA AGUDA PLANO B

Mãe atende a consulta com seu filho de 2 anos de idade, referindo que a criança
está com diarreia.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei realizando
o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e comprimento ao
nascer) em especial avaliar vacina rotavirus.
2. Característica das fezes (início, consistência, volume, quantas vezes, presença de
sangue, presença de muco, cheiro? Tem relação com a ingesta de alimentos?)
3. Investigar a ocorrência de febre: dia, hora de início, verificada com termômetro, calafrio
ou sudorese, fatores de alívio)
3. Sintomas e sinais acompanhados (vômitos e suas características, investigar sintomas
respiratório) algum positivo perguntar mínimo 3 coisas para definição.
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que ingere?
Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas)
5. Perguntar sobre alimentação, atividades, doenças, alergias, uso de medicamentos?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Solicitar sinais vitais: FC, FR, TEMP
4. Exame físico (avaliar hidratação: estado geral, olhos, sinal da prega, sede, pulso e
enchimento capilar)
5. Solicitar dados antropométricos (solicitar tabelas, anotar no cartão da criança, informar
para a mãe os valores) importante pesar a criança, o peso pode nos orientar na melhora do
quadro)
Criança vai estar: irritado, sedento, olhos fundos, lágrimas diminuída, mucosas secas,
sinal da prega desaparece lentamente < 2s, enchimento capilar lento 3-5 segundos,
déficit de peso de 3-9%.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico de: DIARREIA AGUDA COM DESIDRATAÇÃO, que a
criança precisar ficar em observação na unidade de saúde por 4-6hs, para se tomar algumas
medicações
2. Indicar jejum. Manter apenas aleitamento materno.
2. Indicar TRO com SRO 50-100ml/kg no intervalo de 4-6 horas, será administrado com
copo ou seringas. (Isso é o plano B)
3. Se vômitos persistentes podemos usar ondansetrona (0,02mg/kg/dose, até 3x dia) AIDIPI.
4. Prescreve zinco oral (< 6 meses10mg/dia, > 6 meses 20/mg dia – 10-14 dias)
6. Se reavaliará paciente continuamente com controle de sinais de desidratação e pesando
a criança. Quando desaparecer esses sinais, ela recebe alta com o PLANO A.
7. Se a criança vomitar aguardar 10 minutos e tentar novamente.
8. Orienta sinais de gravidade para retorno (não consegue bebe ou mamar, piora do estado
geral, aparecimento de febre, sangue nas fezes)
9. Orienta pratica de higiene pessoal, alimentos e domiciliar.
10. Desfaz duvidas e fazer as perguntas de verificação (quando tem que voltar, se piorar o
que fazer? Quais sinais de piora? Como fazer o soro caseiro)
11. Despede-se cordialmente.

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DIARREIA PLANO C

Mãe atende a consulta com seu filho de 2 anos de idade, referindo que a criança
está com diarreia.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei realizando o
atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e comprimento ao
nascer) em especial avaliar vacina rotavirus.
2. Característica das fezes (início, consistência, volume, quantas vezes, presença de sangue,
presença de muco, cheiro? Tem relação com a ingesta de alimentos?)
3. Investigar a ocorrência de febre: dia, hora de início, verificada com termômetro, calafrio ou
sudorese, fatores de alívio)
3. Sintomas e sinais acompanhados (vômitos e suas características, investigar sintomas
respiratório) algum positivo perguntar mínimo 3 coisas para definição.
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que ingere?
Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas)
5. Perguntar sobre alimentação, atividades, doenças, alergias, uso de medicamentos?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Solicitar sinais vitais: FC, FR, TEMP
4. Exame físico (avaliar hidratação: estado geral, olhos, sinal da prega, sede, pulso e
enchimento capilar)
5. Solicitar dados antropométricos (solicitar tabelas, anotar no cartão da criança, informar para a
mãe os valores) importante pesar a criança, o peso pode nos orientar na melhora do quadro)
Criança vai estar: Letárgico, incapaz de beber, olhos muito fundos, lagrimas ausente,
mucosas secas enchimento capilar muito lento >5 seg.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico de: diarreia aguda com desidratação grave, que a criança
precisar ficar internada no serviço, para se tomar algumas medicas.
2. Indica fase rápida:
< 1 ano: 30ml/kg na primeira hora e 70ml/kg nas outras 5 horas (pode ser SF 0,09% ou ringer
lactato). <5anos SF0.9% 20ml/kg em 30 min repetir até que a criança esteja hidratada. (MS)
> 1 ano: 30ml/kg em 30 minutos e 70ml/kg em 2h:30 minutos. (OMS/AIDIPI). >5anos SF0.9%
30ml/kg em 30min após RL 70ml/kg em 2h30min (MS)
3. Reavaliar de 30/30 minutos, se não melhorar aumentar gotejamento.
4. Se conseguir tomar alguma coisa, oferecer 5ml/kg/hora de SRO
5. Fase manutenção: 1º 10kg: 100ml/kg, 10-20kg: 100ml+ 50kg acima de 10kg, > 20kg: 1500+
20ml/kg acima de 20, total divide em 5 (1/5 será solução fisiológica 0,9 %, 4 partes de solução
glicosada 5%) + 1ml de KCL 19,1 % para cada 100ml de solução.
6. Fase de reposição: reposição das percas, 50ml/kg de soro adicional de manutenção (1/1 SFO
0,9 + glicosado 5%)
7. Prescreve zinco oral (< 6 meses10mg/dia,> 6 meses 20/mg dias – 10-14 dias)
8. Orienta sinais de gravidade para retorno (não consegue bebe ou mamar, piora do estado geral,
aparecimento de febre, sangue nas fezes) REPOSIÇAO E MANUTENÇAO SÃO PASSADAS
JUNTAS/ 2 VIAS.
9. Orienta pratica de higiene pessoal, alimentos e domiciliar.
10. Desfaz duvidas e fazer as perguntas de verificação (quando tem que voltar, se piorar o que
fazer? Quais sinais de piora? Como fazer o soro caseiro)
11. Despede-se cordialmente.

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PALESTRA DE PARASITOSE

Você foi convidado por uma rádio para explicar a população ouvinte sobre
parasitose intestinal.

1. Identifica-se e cumprimenta o radialista se o mesmo estiver, cumprimenta os ouvintes.


2. Usar linguagem pausada, simples e acessível, resposta empática.
3. Explicar que parasitose é uma doença comum no Brasil.
4. Explica que é comum em regiões de baixo saneamento básico.
5. Explica que existem diferentes espécies de parasitas intestinais.
6. Explica que a maioria da população é assintomática, mas mesmo assim deve ser
tratada, pois pode propagar os parasitas.
7. Explica que o quadro clínico pode ser variável, sendo diagnostico diferencial de todas
as doenças que acometem o sistema gastrointestinal.
8. Explica que alguns podem causar sintomas respiratórios.
9. Explica que alguns podem levar a lesões na pele e anal.
10. Explica que a forma de transmissão é fecal- oral, relação sexual, percutânea
11. Explica que se pode diagnosticar com exames (EPF)
12. Explica que o tratamento é empírico, com seu uso regular em algumas vezes do ano
em áreas endêmicas.
13. Orienta medidas de prevenção (Higiene pessoal, preparo de alimentos, uso de
calçados)
14. Orienta quanto à presença de animais domésticos e seus cuidados.
15. Propõe busca ativa na comunidade, principalmente escola, com articulação direta
com posto de saúde.
16. Desfaz duvidas e verifica a compreensão das informações

58
SÍNDROME NEFRÍTICA + AFERIÇÃO DE PA

Você está no PS, quando adentra um paciente de 8 anos de idade. Acompanhante


refere diminuição da diurese, hematúria e rosto inchado há um dia. Não apresenta
outros sintomas. Seu exame físico revelou bom estado geral, eupneia, edema
bipalpebral discreto e de membros inferiores +/4+, FC de 56 bpm, PA de 150 x 100
mmHg, saturação de O2 de 98% em ar ambiente, ausculta cardíaca e pulmonar
normais, ausência de visceromegalias à palpação abdominal e lesões crostosas
com sinais de coçadura em membros inferiores.

Tarefas
1. Realize o exame físico desse paciente.
2. Qual sua hipótese diagnóstica?
3. Diante de sua principal hipótese diagnóstica, qual sua conduta?
4. Qual o tratamento indicado?

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Investigar a queixa edema: inicio do quadro? De forma brusca? Já acontece outras
vezes? Comeu alguma coisa diferente? Conhece se ele tem alguma alergia? Qual a
região do corpo esta inchado?
3. Sintomas acompanhados: febre, náuseas, vômitos, diarreia, dor de cabeça.
3. Investigar sintomas urinários: urinando pouco? alterações na cor da urina? Notou
urina escura ou vermelha?
4. Antecedentes patológicos: estava com a garganta inflamada nas últimas 2 semanas,
ou teve infeção na pele nas últimas 3 semanas? Tem algum problema nos rins? Já teve
que ficar internado antes? Faz algum tratamento? HAS? DM? Febre reumática? LES?
5. Antecedentes famílias: doença renal, malformações renais, IRA, HTA, diabetes,
obesidade?
6. Hábitos: alimentação? Atividade física? Alergia a algum medicamento?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Sinais vitais (FC, FR, Sto2, PA) peso, altura, IMC. Pele (lesões dermatológicas) e
mucosa. Oroscopia e otoscopia/ ausculta pulmonar/ ausculta cardíaca/ abdômen /MMII/
Presença de Edema Periorbitário.

Procedimento de Aferição da PA na criança 1-13 anos:


1. Explicou o procedimento de aferição de PA ao paciente
2. Pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira
3. Braço na altura do coração
4. Perguntou se estava fazendo atividade física há menos de 60-90 min?
5. Perguntou se comeu há menos de 30 min?
6. Pedir para esvaziar a bexiga
7. Fez medição do braço para escolha do manguito? medir distância do acrômio ao
olécrano

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8. Fez medição do braço para colocação correta do manguito? marcar o ponto médio
e medir a circunferência do braço
9. Escolheu manguito adequado? A altura-largura do manguito deve medir mín 40%
da circunferência e o comprimento do manguito deve se 80%-100% da
circunferência
10. Realizou a aferição da PA com estetoscópio na artéria braquial BRAÇO DIREITO
11. Solicitar gráficos e classificar. (< p90 PA normal / p90 - p95 PA elevada / > p95 ou <
95+12 mmhg HAS Estagio 1 PA-130X80, >95+12 mmhg HAS Estagio 2 PA-140X90)

Orientação e conduta:
1. Informar que precisa solicitar exames: EAS: pesquisa de dismorfismo eritrocitário/
Hemograma/ uréia / creatinina/ ASLO para faringoamidalites / Complemento C3/C4
Proteína de 24 horas < 3,5 g/ Anti-DNAse B- piodermites.
2. Informa o diagnóstico: SÍNDROME NEFRÍTICA/GNPE
3. Informa que necessita de internação hospitalar, tranquilizar a mãe, que vai ficar tudo
bem.
4. Indicar: Restrição hídrica e Restrição Salina
5. Furosemida Antihipertensivo / Controle de diurese
6. Repouso no leito/ pesar diariamente em jejum/ Controle da PA
7. Penicilina G benzatina 1.200.000 UI/ IM dose única.
8. Marca retorno/ esclarecer dúvidas.

60
SÍNDROME NEFRÓTICA

Menina de dois anos e quatro meses, primeira filha de pais consanguíneos


(primos de primeiro grau), nascida de gestação a termo, peso de nascimento:
3.200g, apresentava edema em pálpebras e membros inferiores há um mês.

RESULTADOS: Ao exame físico, estava eutrófica, PA 110/60mmHg, edema em


membros inferiores, sem alterações de outros sistemas ou órgãos. Os exames
laboratoriais revelaram exame de urina com proteínas +3, com hematúria (7 a 10
hemácias por campo), proteinúria de 513,2mg/kg/dia, albumina sérica de 1,9g/dl.
uréia sérica pouco elevada (75mg/dl) e creatinina sérica de 0,6mg/dl.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho.
2. Cumprimentar a criança e perguntar seu nome
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Investigar a queixa edema: inicio do quadro? De forma brusca? Já acontece outras
vezes? Comeu alguma coisa diferente? Conhece se ele tem alguma alergia? Qual a
região do corpo está inchado?
3. Sintomas acompanhados: febre, náuseas, vômitos, diarreia, dor de cabeça.
3. Investigar sintomas urinários: urinando pouco? alterações na cor da urina? Notou
urina escura ou vermelha?
4. Antecedentes patológicos: estava com a garganta inflamada nas últimas 2 semanas,
ou teve infeção na pele nas últimas 3 semanas? Tem algum problema nos rins? Já teve
que ficar internado antes? Faz algum tratamento? HAS? DM? Febre reumática? LES?
5. Antecedentes famílias: doença renal, malformações renais, IRA, HTA, diabetes,
obesidade?
6. Hábitos: alimentação? Atividade física? Alergia a algum medicamento?

Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para examinar a criança.
3. Sinais vitais (FC, FR, Sto2, PA) peso, altura, IMC. Pele (lesões dermatológicas?) e
mucosa. Oroscopia e otoscopia/ ausculta pulmonar/ ausculta cardíaca/ abdômen /MMII/
Presença de Edema Periorbitário e MMII.

Orientação e conduta:
1. Informar que precisa solicitar exames: EAS: pesquisa de hematúria, proteinúria
Hemograma/ uréia / creatinina/ ASLO para faringoamidalites / Complemento C3/C4
Proteína de 24 horas > 3,5 g/ Albumina sérica, Lipidograma.
2. Informa o diagnostico: SÍNDROME NEFRÓTICA
3. Informa que necessita de internação hospitalar, tranquilizar a mãe, que vai ficar tudo
bem.
4. Indicar: Restrição hídrica e Restrição Salina
5. Furosemida / IECA ou BRA / Controle de diurese
6. Prescreveu corticóide 2mg/kg/dia
7. Tratar a dislipidemia
8. Repouso no leito/ pesar diariamente em jejum/ Controle da PA
9. Marca retorno/ esclarecer dúvidas.

61
FEBRE REUMÁTICA

Escolar de 8 anos é levado ao pronto socorro com relato de febre diária há 15 dias,
associada a dor, rubor e edema no joelho e tornozelo esquerdos.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investiga início dos sintomas da febre: início, duração, medicamentos, calafrios?
3. Dor articular: início, se aumentou? Migração? Quantas articulações? Episódios
anterior?
4. Antecedentes patológicos? Faringites? Infecção na pele? Há quanto tempo? Tomou
algum remédio?
5. Investiga perda de peso?
6. Hábitos?

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita. 2. Pede autorização para examinar a criança
3. Peso e altura? Gráficos?
4. Sinais vitais? Oroscopia? Otoscopia? Mucosa? Abdômen? Tórax? Ausculta
cardíaca? Ausculta pulmonar? Abdominal?
5. Pele (procurar eritemas, nódulos)
6. Articulações? Sinais de inflamação? Edema?

Orientação e conduta:
1. Informar que precisa solicitar exames complementares (PCR, VHS e Mucoproteína,
ASO, ECG e Ecocardiografia, cultura de orofaringe).
2. Falar o diagnóstico de febre reumática.
3. Diagnostico feito por critérios (> Cardite, nódulos, artrite, eritema marginado, coreia
de Sydenham); (< artralgia, febre, aumento dos reagentes, aumento do intervalo PR)
4. Indica internação por cardite.
5. Indica penicilina benzatina 1.200.000 UI, via IM
6. Indica prednisona (Para cardite)
7. Indica AAS
8. Acompanhamento com PNC benzatina (sem cardite 5 anos, com cardite 10 anos,
com prolapso por toda a vida)
9. Desfaz dúvidas e despede-se.

62
CONVULSÃO FEBRIL

Você está de plantão não UPA, é chamado para atender uma criança de 2 anos. A
mãe fala que a criança está toda se tremendo.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico rapidamente (Eu sou médico do atendimento e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro)
2. Estabelece clima harmônico (acalmando a mãe, informando que tudo vai ficar bem)

Conduta e tratamento:
1. Avaliar a criança rapidamente
2. Identificar crise convulsiva.
3. Não introduzir objetos na cavidade oral durante a crise.
4. Proteger o paciente para evitar traumas, não conter para evitar traumas
musculoesquelético.
5. Solicita ajuda da enfermeira (sinais vitais: FC, FR, SATo2)
6. Ofertar oxigênio.
7. Solicita a canalização de uma veia.
8. Controle da crise: diazepam 0,2 a 0,3 mg/kg/ dose EV ou Via retal.
9. Sintomáticos: dipirona 25mg/ EV SOS.
10. Monitorização continua.
11. Ficar em observação hospitalar 4-6 horas.

Orientações
1. Informar que tem um quadro de crise convulsiva febril.
2. Orientar quanto à benignidade do caso.
3. Exame físico completo (oroscopia, otoscopia, rinoscopia). Tórax, abdômen.
4. Solicitar exames de acordo com os achados do caso.
5. Orientar sinais de alarme.
6. Investigar antecedentes: Patológico, não patológicos......

63
MENINGITE BACTERIANA

Mãe atende ao serviço com seu filho de 12 meses, referindo febre intensa e várias
manchas no corpo, fala que a criança estava resfriada antes.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso). Vacinas
(pneumo, meningo, haemofilo)
2. Primeira vez que atende com essa queixa?
3. Investigar sintomas da febre (início, duração, intensidade, frequência, tomou algum
remédio, calafrios).
4. Lesões na pele (quando apareceu, foi progredindo, melhorou, usou algum remédio?)
5. Investiga sintomas acompanhado (vômitos em jato, náuseas, convulsões, decaimento
do estado geral)
6. Investigou sinais de perigo (MUITO IMPORTANTE PERGUNTAR), criança consegue
beber ou mamar no peito, vomita tudo que ingere, apresentou convulsões ou
movimentos anormais há menos de 72 horas?
7. Alguém na casa com os mesmos sintomas? Ou contato com alguém assim?
8. Antecedentes patológicos: doenças pulmonares, cardíacas, otites, sinusite?

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque criança sobre a maca,
posicionar-se a direita. (Luvas e máscara).
2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Exame físico completo: Avalia sinais vitais (FC,FR,STO2, PULSO), avaliar fontanela,
e genitália, tórax, abdome, membros. (Rash petequial na pele)
4. Realizar kerning e Brudzinsky, lasegue.

Orientação e conduta:
1. Informar a mãe que precisa solicitar alguns exames (hemograma, punção lombar).
Se paciente estiver estável, solicitar hemocultura e ATB. Se não estiver, estabilizar
primeiro e depois hemocultura.
2. Informar para mãe o diagnóstico de: Meningite bacteriana com ou sem choque
séptico.
3. Informar que precisará ficar hospitalizada a criança/ iniciar antibiótico ceftriaxone
100mg/kg 12/12 horas.
4. Se choque: 20ml/kg em 5 minutos
5. Iniciar corticoterapia: dexametasona 10mg 6/6 horas.
6. Indicar isolamento até 24 horas de início de ATB.
7. Avaliar contato domiciliar e indicar rifampicina.
8. Notificar o caso.
9. Orientar higiene pessoal e domiciliar.
10. Investiga dúvidas
11. Despede-se cordialmente.

64
ANEMIA FALCIFORME

Mãe atende ao serviço de consulta com seu RN de 6 meses de idade, referindo


que ele está amarelo e que as mãos e os pés começaram a inchar.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês) Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro)
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços).
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso). Vacinas
(pneumo, meningo, haemofilo)
2. Primeira vez que atende com essa queixa?
3. Investiga a queixa (início, primeira vez, melhorou ou piorou). Pele amarela: início,
duração, intensidade, se foi aumentando.
4. Investiga sintomas acompanhados (febre, náuseas, vômitos, diarreia)
5. Antecedentes pré- natais (intercorrências, medicamentos, realizou)
6. Antecedentes do parto (de termo, precisou ficar hospitalizado, usou algum remédio,
esplenectomizado?)
7. Fez o teste do pezinho, teste do olhinho, teste do coraçãozinho? Se sim, resultado?
A mãe fez! Mas nunca tinha mostrado para ninguém, no teste tinha predomínio de
hemoglobina falciforme.
8. Investiga aleitamento? Hábitos? Sinais de perigo?

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita.
2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Exame físico completo: Avalia sinais vitais (FC, FR, STO2, PULSO), avaliar fontanela,
e genitália, tórax, abdome, membros. (Icterícia), extremidades (edema, dactilite).

Orientação e conduta:
1. Informa a mãe que precisa solicitar alguns exames (Hemograma, eletroforese de
hemoglobina).
2. Informa aumento de bilirrubinas e que a criança tem uma doença chamada: anemia
falciforme.
3. Indica que a doença é de herança genética
4. Indica a evolução da doença e a necessidade de acompanhamento.
5. Informa que se tiver outro filho ele pode ter o mesmo problema.
6. Indica internação, analgesia, hidratação, oxigenoterapia e antibiótico.
7. Desfaz dúvidas.
8. Despede-se cordialmente.

65
MAUS TRATOS

Mãe atende ao serviço com seu RN de 6 meses, falando que a criança caiu do
berço e que está chorando muito.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro)
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços).
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investigar quando aconteceu, como aconteceu, que horas (vai falar muito tempo
atrás, e somente agora está trazendo a criança), investigar últimos acontecimentos
envolvendo a criança? (Atento com a idade da criança e as queixas, se a idade é
realmente compatível para o acontecimento).
3. Questionar se a criança tem cuidador, se ela fica sozinha em casa?
4. Questionar se é a primeira vez que isso acontece.
5. Investigar sintomas acompanhados (febre, convulsões, vômitos, choro intenso).
6. Antecedentes patológicos: doenças, alergias, medicamentos?
7. Hábitos? Aleitamento?

Exame físico:
1. Lava as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se a direita.
2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Exame físico completo: Avalia sinais vitais, avaliar fontanela e genitália, tórax,
abdome, membros. (Pode se encontrar hematomas)
4. Pesa a criança e mede o comprimento, solicita gráficos e plota tudo no cartão da
criança.

Orientação e conduta:
1. Explica par a mãe o diagnóstico de maus tratos.
2. Tratar as injurias referidas ou diagnosticadas.
3. Notificar o caso ao conselho tutelar e SINAN.
4. Se a criança tiver risco de sofrer violência novamente, pode internar a criança e ela
só vai sair do hospital com ordem judicial.
5. Solicitar radiografia óssea (<2 anos de todo o corpo, para identificar lesões anteriores,
>2 anos de acordo com a queixa)
6. Solicitar avaliação psicológica.
7. Solicitar tomografia de crânio e fundo de olhos (síndrome do bebe sacudido).

66
SINDROME DE DOWN

Mãe chega ao atendimento de consulta e relata que seu filho é estanho, percebeu
desde o nascimento que ele tem algumas coisas diferentes das outras crianças.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome, e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro).
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços).
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso).
2. Primeira vez que atende com essa queixa?
3. Investigar as percepções da mãe sobre as características.
4. Identificar as características das fotos mostradas pela mãe.
5. Questionar a mãe sobre o que ela conhece sobre síndrome de Down.
6. Investiga antecedentes familiares de doenças genéticas. (Da mãe e do pai).
7. Investiga se realizou teste do pezinho quando nasceu, se tem resultado (descartando
hipotireoidismo)

Orientação e conduta: SPIKES


1. Explica para a mãe o diagnóstico de síndrome de Down
2. Foi baseado nos critérios (epicanto, macroglosia, tônus muscular diminuído, 5 dedo
da mão curto, afastamento do 2 dedo do pé)
3. Acolhe todas as emoções da mãe (Eu percebo que a senhora está triste; eu entendo
sua tristeza; não pedir para ela ficar bem); não era a notícia que eu queria passar para
a senhora, mas estamos aqui para ajudar)
4. Informa que tem uma equipe multidisciplinar para fazer acompanhamento e cuidado
da criança.
5. Quando mais cedo for estimulado o desenvolvimento, melhor para seu filho.
6. Questiona as principais dúvidas da mãe
7. É importante que ele participe da escola, como todas as outras crianças.
8. Cuidado compartilhado com médico, cardiologista, fonoaudiólogo
9. Solicita cariótipo.

67
MICROCEFALIA E ICTERICIA

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, eu que vou
está realizando o atendimento de vocês.) qual o nome da senhora é do seu filho.
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
3. Antecedentes do pré-natal (doenças, consultas, medicamento, alterações)
4. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo o peito, parabenizar se aleitamento exclusivo, investigar uso de chás ou
líquidos.
5. Investigar técnica de amamentação. Sente dor? Incômodo ou desconforto?
6. Investigou sinais de perigo (MUITO IMPORTANTE PERGUNTAR), criança consegue
beber ou mamar no peito, vomita tudo que ingere, apresentou convulsões ou
movimentos anormais há menos de 72 horas?
7. Perguntar sobre vômitos, xixi, evacuações, sono (normal evacuações até 10 vezes,
xixi até 8, ausência de deposições até 7 dias)

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita.
2. Exame físico geral (Identifica icterícia), solicitar tabelas. Falar a zona de Krammer.
3. Avaliar peso, comprimento, perímetro cefálico (identifica perímetro cefálico alterado
< 34 cm)
4. Identificar microcefalia.

Orientação e conduta:
1. Solicitar BI, BT, Grupo e fator RH, Combs indireto do RN.
2. Solicitar investigação de sorologia para zika.
3. Solicita USG Transfontanela, triagem auditiva neonatal, triagem oftalmológica
neonatal.
4. Solicita gráficos e tabelas de fototerapia/ falar se vai precisar ou não de fototerapia.
5. Explica para mãe o diagnóstico de microcefalia (entra todo protocolo de más notícias)
6. Não se pode prever se o bebê ficará com problemas.
7. Desfaz dúvidas.
8. Orienta sobre a importância de estimulo precoce para desenvolvimento da criança/
acompanhamento multidisciplinar.

68
HIPERATIVIDADE E DÉFICT DE ATENÇÃO

Mãe atende ao serviço de consulta falando que seu filho de 5 anos é muito
desatento, e que não está indo bem na escola, vive mexendo em tudo em casa.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro).
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços).
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Investigar o sintoma: desatenção: tem dificuldade de prestar atenção nas atividades,
parece não escutar quando lhe dirigem palavras, não termina as tarefas na escola,
facilmente se distrai nas atividades.
3. Hiperatividade: agita as mãos ou pés ou se remexe nas cadeiras em sala de aula,
corre ou escala muito, dificuldade em brincar ou se envolver em atividade, está
frequentemente a “mil”
4. Impulsividade: dar respostas precipitadas, interrompe ou se mete em assuntos dos
outros.
5. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
6. Antecedentes do pré-natal (doenças, consultas, medicamento, alterações)
7. Perguntas sobre aleitamento (tipo de aleitamento da criança, quantas vezes está
oferecendo peito, parabenizar se aleitamento exclusivo, investigar uso de chás ou
líquidos).
8. Antecedentes patológicos, medicamentos.
9. Hábitos: alimentares, sono, atividades.

Exame físico:
1. Possivelmente não seja preciso examinar a criança.

Orientação e conduta:
11. Informa a mãe que o filho tem um diagnóstico de: transtorno do déficit de atenção
12. Que o diagnóstico e feito através de critérios (desatenção, hiperatividade,
impulsividade)
13. Informar que o filho precisa ser acompanhado por um psicólogo.
14. Com acompanhamento especifico na escola
15. Que a família precisa participar do processo de recuperação da criança.
16. Prescrever metilfenidato: 0,3-1mg/kg, usar até um ano do desaparecimento dos
sintomas.
17. Orientar retorno.

69
ANOREXIA

Adolescente de 15 anos, atende ao serviço de consulta da unidade referindo que


está se sentindo muito fraca. (A queixa pode ser atraso menstrual, insônia,
depressão).

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese
1. Investiga início dos sintomas (quando iniciou, depois de algum acontecimento, se
piorou com o passar dos dias, se estava doente)
2. Sintomas acompanhados (náuseas, vômitos, perda de peso, desânimo, tristeza,
vontade de ficar sozinha)
3. Investigar desejo de emagrecer.
4. Sintomas desencadeantes (separação, morte, problemas na escola)
5. Investigar sintomas de depressão/ avaliar suicido.
6. Antecedentes ginecológicos. (DUM, Ciclos...)
7. Antecedentes patológicos (depressão, Bullying )
8. Antecedentes familiares (doenças psiquiátricas)
9. Hábitos alimentares (o que come, quantas vezes), atividade física.

Exame físico:
1. Solicita presença de um auxiliar de enfermagem
2. Lava as mãos e aquece.
3. Solicita sinais vitais (FC aumentada, hipotensão)
4. Pele e mucosas (seca e pálidas), cabelo fino, quebradiços e com queda.
5. Oroscopia (perda de dentes, hipertrofia das glândulas salivares)
6. Peso e IMC (Leve < 17, moderada < 16- <17, grave < 15- 15,99, extrema < 15 IMC)
Se grave internar.

Orientação e conduta:
1. Solicitar exames complementares (hemograma: pancitopenia), TSH E T4 Livre, ureia
e creatinina, glicemia, proteínas totais, eletrocardiograma.
2. Informa o quadro de transtorno alimentar (anorexia nervosa)
3. Explica a importância de acompanhamento multidisciplinar (psiquiatra, nutricionista)
4. Avaliar início do tratamento (fluoxetina 20mg/dia)
5. Psicoterapia
6. Solicitar autorização para informar aos pais o quadro, que eles são importantes para
ajudar no tratamento.
7. Se risco de suicídio, comunicar imediatamente.
8. Despede-se, esclarece dúvida, marca retorno

70
BULIMIA

Adolescente atende ao serviço de consulta referindo dor abdominal após vários


episódios de vômitos.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro).
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços).
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese
1. Investiga o início dos sintomas de vômito (quando iniciou, depois de algum
acontecimento, se piorou com o passar dos dias, se estava doente, se provocou o
vômito, aspecto do vômito). Quantas vezes provoca no dia? Isso classifica a gravidade.
2. Primeira vez que atende com essa queixa?
3. Sintomas acompanhados (náuseas, perda de peso, desânimo, tristeza, vontade de
ficar sozinha, se tem aumentado a ingesta de comida)
4. Investigar desejo de emagrecer.
5. Sintomas desencadeantes (separação, morte, problemas na escola)
6. Investigar sintomas de depressão/ avaliar suicido.
7. Antecedentes ginecológicos. (DUM, Ciclos...)
8. Antecedentes patológicos (depressão, Bullying )
9. Antecedentes familiares (doenças psiquiátricas)
10. Hábitos alimentares (o que come, quantas vezes), atividade física.

Exame físico:
1. Solicita presença de um auxiliar de enfermagem
2. Lava as mãos e aquece.
3. Solicita sinais vitais (FC aumentada, hipotensão)
4. Pele e mucosas.
5. Oroscopia (perda de dentes, hipertrofia das glândulas salivares)
6. Peso e IMC.

Orientação e conduta:
1. Solicitar exames complementares (hemograma: pancitopenia), TSH E T4 Livre, ureia
e creatinina, glicemia, proteínas totais, eletrocardiograma.
2. Informa o quadro de transtorno alimentar (bulimia). (É preciso ter mais de 2 episódios
para fazer diagnostico, por semana em 3 meses)
3. Explica a importância de acompanhamento multidisciplinar (psiquiatra, nutricionista)
4. Avaliar início do tratamento (fluoxetina 20mg dia)
5. Psicoterapia
6. Solicitar autorização para informar aos pais o quadro, que eles são importantes para
ajudar no tratamento.
7. Se risco de suicídio, comunicar imediatamente.
8. Despede-se, esclarece dúvida, marca retorno

71
AUTISMO

Mãe comparece ao serviço de saúde referindo que o filho de 2 anos tem


apresentado comportamento estranho, que seu filho gosta de fazer sempre as
mesmas coisas e usar os mesmos brinquedos.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro).
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços.
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Pergunta quando a mãe começou a notar esse comportamento na criança? Se
aconteceu alguma coisa que desencadeou o início dos sintomas?
3. Reciprocidade social? Não gosta de brincar com outras crianças? Não tem interesse
em mostrar novos objetos? Não compartilha nada com vocês?
4. Comunicação não verbal: não olha nos olhos? Não tem expressão facial? Não faz
gestos ou posturas? Não estende o braço para ir pro colo.
5. Relação social: não gosta de interagir? Gosta de estar sozinho? Não olha nos olhos?
6. Comportamento estereotipado: apegamento a objeto? Gosta de fazer as mesmas
coisas? Atração por objetos redondos? Gosta de brincar com as mesmas coisas? Gosta
de comer os mesmos alimentos?
7. Alterações no sono, não gosta de sons muitos altos?

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se a direita.
2. Tenta conversar com a criança? Atraso na fala, difícil comunicação verbal,
3. Pede autorização para tocar a criança.
4. Pode estar presente déficit motores (marcha anormal, hipotonia leve)
5. Pede para vestir e voltar à mesa.

Orientação e conduta:
1. Pergunta para a mãe se ela está com alguém? Se está se sentindo bem? Aqui entra
todo o protocolo de más notícias.
2. Explicar que o diagnóstico é de autismo; fazer um minuto de silencio; não falar que
sente muito; falar que entende o sofrimento. (Perguntar o que ela conhece sobre a
doença).
3. Falar que está à disposição para ajudar e tirar dúvidas.
4. Explica que o diagnóstico é por critérios (déficit da reciprocidade social, déficit de
comportamento, déficit do desenvolvimento, padrões repetitivos, interesses fixos).
5. Acompanhamento multidisciplinar (pediatra, psiquiatra infantil, fonoaudiólogo,
terapeuta ocupacional, assistente social)
6. O objetivo do acompanhamento é melhorar a qualidade de vida.
7. Falar que a criança pode ir para a escola.
8. Retira toda as dúvidas e despede-se.

72
FIMOSE E PARAFIMOSE

Mãe comparece no serviço de emergência com seu filho de 3 anos de idade,


referindo que está sentindo muita dor na região do pênis, que foi de início rápido.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro).
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços.
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. Investigar o início dos sintomas (início da dor, primeira vez, o que estava fazendo a
criança antes, investiga trauma na região, se estava vestido antes? Se estava
manipulando a região, se teve algum trauma).
3. Investiga sintomas acompanhados
4. Investiga como a mãe realiza a limpeza da região? Com que frequência? E como
estava a última vez que limpou?
5. Investiga se a mãe conseguia retrair totalmente o prepúcio?
6. Antecedentes patológicos: doenças, trauma anterior, fimose, procedimento
geniturinário?
7. Hábitos?

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se a direita.
2. Pede autorização para tocar a criança e verbalizar que irá examiná-la.
3. Exame geral rápido. Verbalize que vai partir para o exame especifico da queixa.
4. Avaliar região (se evidencia edema, prepúcio retraído, sem sinais de necrose) explica
que a criança tem parafimose.
5. Pede para mãe autorização para realizar manobra para tentar reverter o quadro.
6. Pede autorização para a criança.
7. Informar como será o procedimento (comprimira a glande com os primeiros
quirodáctilos, e tracionar distalmente o prepúcio).
8. Informar para a mãe que reverteu o quadro.

Orientação e conduta:
1. Informa para a mãe que seu filho tem também fimose.
2. Orientar que precisa ser encaminhado para o serviço de urologia para remoção
(postectomia)
3. Orientar a mãe que não é necessário realizar mais massagens.
4. Que a limpeza precisa ser realizada com cuidado.
5. Esclarece dúvidas e despede-se.

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CRIPTORQUIDIA

Mãe atende ao serviço de consulta com seu filho de 6 meses, falando que ele não
tem um dos testículos.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro).
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços).
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e
comprimento)
2. Investigar início dos sintomas, sintomas acompanhados? Náuseas, vômitos,
sonolência, febre, convulsão?
3. Antecedentes natais (como ocorreu o parto, condições de nascimento da criança, se
chorou, se precisou ficar internado ou tomar algum remédio)
4. Antecedentes familiares: hérnia inguinal, criptorquidia ou síndromes.
5. Antecedentes patológicos, medicamentos.
6. Hábitos: alimentares, sono, atividades.

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se à direita.
2. Exame físico geral.
3. Exame de abdômen (hérnias pesquisar)
4. Exame de região inguinal / bolsa escrotal (identifica que testículo está ausente, da
região inguinal e escroto)
5. Identifica 2 testículos na bolsa escrotal.
6. Avalia crescimento e desenvolvimento.

Orientação e conduta:
1. Explica o diagnóstico para a mãe de criptorquidia (que o testículo dele não desceu)
2. Orienta que poderia ter descido espontaneamente até os 6 meses de idade.
3. Orienta que precisa fazer cirurgia no primeiro ano de vida, se não descer no final do
primeiro ano.
4. Orienta que isso não interfere nas condições de sexualidade do filho
5. Orienta a associação com neoplasia.
6. Orienta possíveis complicações (esterilidade e torção)
7. Solicita avaliação pelo cirurgião no primeiro ano de vida
8. Orientar cuidados gerais (banho, dormir de decúbito dorsal, higiene perianal, cordão
umbilical álcool 70. Não se recomenda a higiene bucal antes da erupção do primeiro
dente decíduo).
9. Explica a importâncias das consultas de puericultura.
10. Perguntas se tem dúvidas

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ITU

Mãe comparece ao serviço de saúde com sua filha de 2 anos, referindo quadro
clínico de febre intensa e que tem notado a urina da filha com uma cor estranha.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho?
2. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. É a primeira consulta para o quadro?
3. Investiga a queixa: Febre:(quando apareceu, aumentou com o passar dos dias, piorou
depois de algo, melhorou, tomou alguma coisa? Usou termômetro? (A febre é o principal
marcador de cistite e pielonefrite)
4. Mau cheiro na urina: Quando percebeu? Piorou? Tomou alguma coisa? A cor da
urina? Aspecto?
5. Sintomas acompanhados (náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal eventual, se a
criança chora quando faz xixi, incontinência urinaria)
6. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que
ingere? Apresentou convulsões ou movimentos anormais nas últimas 72 horas.)
7. Antecedentes natais?
8. Antecedentes patológicos? Ausência de circuncisão em meninos e sinéquia de lábios
em meninas, internação anterior? Oxiuriase?
9. Hábitos alimentares? Constipação? Manipulação uretral? Roupas apertadas?

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se a direita.
2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Sinais vitais, frequência cardíaca, FR, temperatura, pele, mucosas....
4. Oroscopia, otoscopia, avaliar sinais de dificuldade respiratória, tórax e abdômen.
(Manobra de Giordano, pontos ureterais abdômen, Blumberg)
5. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Solicitar exame de urina (leucocitose > 5, nitrito +, hematúria>5). Na fita pode ter
esterase leucocitária.
2. Solicitar urocultura (saco coletor: qualquer valor, só é valorizado quando negativo,
jato médio > 100.000 UFC, Cateterismo > 50.000 UFC, Punção supra púbica qualquer
valor).
3. Informa para mãe que a filha tem o diagnóstico de infecção do trato urinário
(pielonefrite), que vai precisara ficar internada e que ficará bem.
4. Explica a necessidade de realizar o tratamento (ceftriaxone)
5. Paracetamol para febre.
6. Solicitar USG de vias urinarias (para descartar malformações)
7. Indica medida de higiene para mãe com a criança.
8. Depois de 7 dias fazer novamente urocultura.
9. Orienta a mãe sobre não usar roupas apertadas.
10. Desfaz duvidas e faz as perguntas de verificação.
11. Despede-se cordialmente.

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ESCABIOSE

Lactente de 3 meses é levado para consulta por lesões cutâneas notadas há


alguns dias. Familiar informa que a criança está irritada e incomodada desde os
surgimento das lesões, principalmente no período noturno.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou o médico da unidade básica de saúde e estarei
realizando o atendimento de vocês). Qual o nome da senhora e do seu filho? Tratar
sempre pelo nome, e nunca usar o termo mãe ou mãezinha. Sempre cumprimentar a
criança (depende da idade, claro).
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta,
tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços).
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.

Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso)
2. É a primeira consulta para o quadro?
3. Investiga as lesões: Quando apareceram? Se foram aumentando? Se piorou com
alguma coisa? Se melhora com alguma coisa? Onde estão mais localizadas?
4. Sintomas acompanhados: coceira, se aumenta a noite ou depois de banho quente?
Febre? Náuseas? Vômitos?
5. Investiga contato ou caso semelhante na casa?
6. Antecedentes patológicos (doença imunológica)
7. Hábitos

Exame físico:
1. Lavar as mãos e aquecê-las, solicitar à mãe que coloque a criança sobre a maca,
posicionar-se a direita.
2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Sinais vitais, frequência cardíaca, FR, temperatura, pele, mucosas…peso e
comprimento.
4. Foto da lesão (lesões nodulares em túnel) mais comum em regiões de dobras e mãos.
5. Pede para vestir e voltar para mesa.

Orientação e conduta:
1. Informa para mãe o diagnóstico de escabiose
2. Informa que não precisa fazer exames complementares.
3. Indica tratamento da criança com permetrina 5% (aplicar pelo corpo, poupar cabeça,
por 3 noites, lavar o corpo na manhã seguinte e repetir por 7 dias); < 4 meses (pasta
d’água com enxofre); grávidas permetrina por 2 horas.
4. Indicar tratamento para os outros familiares com ivermectina.
5. Orientar cuidado com roupas da criança.
6. Desfaz duvidar e verifica o entendimento
7. Despe-se cordialmente, orienta retorno se piorar ou não melhorar.

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