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Orientações a familiares e

professores sobre a inclusão da


criança TEA
AUTISMO NA ESCOLA
O QUE É O AUTISMO ?

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que se caracteriza por


dificuldades na interação social e na comunicação, que se caracteriza com o nível
cognitivo e adaptativo muito abaixo do esperado. Os déficits resultam em prejuízos no
funcionamento adaptativo, de modo que indivíduo não consegue atingir padrões de
independência pessoal e responsabilidade social em um ou mais aspectos da vida diária,
incluindo comunicação, participação social , e funcionamento acadêmico ou profissional
e independência pessoal ou na comunidade. (DSM-5)
Principais Características
 Fala com dificuldade ou ausência de fala;
 Hiperatividade ou passividade;
 Dificuldade em iniciar ou manter uma conversa;
 Dificuldade em participar de atividades e brincadeiras em grupo;
 Dificuldade em interpretar expressões faciais e gestos;
 Falta de contato visual;
 Parece não sentir dor e falta de consciência do perigo;
 Apego a objetos incomuns ou diferentes;
 Dificuldade em compreender os sentimentos dos outros e expressar
os seus;
 Dificuldade com mudança de rotina, mudanças ou a exposição a
ambientes diferentes e barulhentos pode causar perturbações;
COMO POSSO AJUDAR UMA CRIANÇA COM
AUTISMO ?
Primeiro- CONHECER A CRIANÇA Segundo-PROCURE ENTENDER O QUE
CAUSA A SOBRECARGA DE ESTIMULOS?
• Fazer uma breve entrevista com o familiar
cuidador. • Hipersensilidade ( luz, temperatura
ambiente, toque...)
• Seus gostos (Reforçador) e hiperfoco.
• Hiposensibilidade ( cheiro, som, texturas...)
• Quais os principais comportamentos no
momento de crise. (choro, autoagressão, • Não impedir que a crianças faça
agressão) estereotipias nos momentos de crise, pois
elas são um mecanismo de autoregulação
• Se a criança consegue ter uma ( inclinar o trono, sacudir as mãos, correr,
autorregulação. pular, andar em círculos...)
• Se ela responde pelo nome e se ela • Autorregulação através de imagens.
compreende os comandos que são dados à (ensinar a mesma como se acalmar)
ela.
TERCEIRO- PROCURE ANTECIPAR A ROTINA
O que é a desregulação, a crise?
Durante o processo de desenvolvimento do processo da autorregulação há uma integração de
mecanismos regulatórios dos seguintes grupos: regulação cognitiva, regulação emocional e
regulação comportamental. Sendo que há falhas nessas três áreas na criança TEA, gerando a
desregulação.
• Regulação Cognitiva: é definida pela habilidade do indivíduo reter na mente e manipular
as informações, a pessoa consegue ter o controle de resistir à algo que a perturba;
• Regulação Emocional: é definida pelas habilidades e estratégias para manejar, articular,
inibir e aprimorar o emocional;
• Regulação Comportamental: é responsável pela habilidade de desempenhar o controle
do seu próprio comportamento: obedecer demandas dos adultos, controlar respostas
impulsivas.
O que pode ser feito no momento de crise?
• Redirecione e distraia. Assim que for capaz de reconhecer os
sinais de alerta de uma crise iminente, redirecione e distraia a
criança da melhor maneira possível para evitar que suas
emoções aumentem.
• Fique calmo. Sabemos que parece uma estratégia óbvia
demais, mas quando se trata de descobrir como acalmar uma
criança com autismo, nunca subestime o poder das suas
próprias palavras, ações e pistas não-verbais. Dê o exemplo
respirando fundo, evite movimentos repentinos e fale com voz
baixa para ajudar a incutir uma sensação de calma em todos.
COMPORTAMENTO ADAPTATIVO
• É o modo como a pessoa enfrenta efetivamente as exigências comuns da vida e
o grau que experimenta certa independência pessoal compatível com a faixa
etária, bem como a bagagem cultural do contexto comunitário em que está
inserida. Divide-se em:
Habilidades conceituais-
Habilidades sociais Aspectos acadêmicos, cognitivo e de
Competência comunicação.
social

Habilidades Práticas –
Exercício da autonomia
Alcançar a todos, inclusão!
• Educar uma criança autista é um grande desafio devido a complexidade do TEA, mas
também é um privilegio;
• Há a necessidade de repensar o currículo, métodos de avaliação, formação e
estratégias para ensinar a todos.
• É necessário repensar numa prática pedagógica que desperte o interesse do aprendiz
com necessidades especiais e dos outros alunos.

Aprendizagem Significativa pode ser entendida como aquela construída com base nos
saberes que o indivíduo já possui, de forma que ele possa relacionar novas
informações ao que já sabe e produzir, desta forma, novos conhecimentos. É
necessário que o professor contextualize as atividades propostas em aula, de modo
que o estudante possa relacionar os conteúdos estudados às situações por ele
vivenciadas.
Ausubel (1982)
COMO POSSO AJUDAR UMA CRIANÇA COM
AUTISMO NA SALA DE AULA?

• Adaptação de currículo escolar e atividades (constituem possibilidades


educacionais de atuar frente as dificuldades de aprendizagem dos Alunos).
O currículo deve ser pensado de forma individual.

• Práticas pedagógicas adaptadas (Modificação de técnicas e instrumentos


avaliativos, do tempo para a realização, dos procedimentos didáticos nas
atividades).
EXEMPLOS DE MATERIAIS

Alfabeto móvel

Material Adaptado
Material Adaptado

Atividade Funcional
DICAS DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

• Evitar comparações com os demais alunos.


• Dar ordens claras e sequenciais, com explicações objetivas e linguagens de fácil
entendimento.
• Propor tarefas breves e de curta duração.
• Adotar sequências gradativas de conteúdos.
• Introduzir atividades alternativas e complementares às previstas.
• Propor nas atividades pedagógicas pistas visuais vivências e recursos de memória que
oportunizem a realização da tarefa e a fixação da aprendizagem.
• Adotar trabalho colaborativo
• Flexibilizar o tempo de realização da tarefa.
O professor necessita estar ciente que o trabalho com essas crianças,
é um processo continuo demorado e de paciência, até mesmo porque
uma das características do TEA é a falta de atenção, pois, a atenção
deste está sempre comprometida, e para o professor atrair sua atenção
ele necessita de utilizar recursos didáticos de modo que ele irá envolver
a atenção da criança conseguindo então trabalhar e desenvolver-se
com ela, tanto a parte social, quanto a parte motora. Usar atividades
lúdicas, como por exemplo, brincadeiras que prenda a atenção dessas
crianças (futebol, jogos estimulando a coordenação motora e
envolvendo a interação social, junto com a ajuda dos seus colegas de
sala, visando em algo que o faça interagir no meio em que ele está
inserido).

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