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Edileuza P.

da Silva
FORMAÇÃO

• Professora Licenciada em Geografia


• Universidade Estadual do Maranhão – UEMA
• Pós-Graduada em Geo-História
• Instituto de Ensino Superior Franciscano – IESF
• Pós-Graduada em Neuropsicopedagogia
• Faculdade Metropolitana
• Pós- Graduação em Intervenção ABA aplicada ao Transtorno do Espectro Autista – TEA ( CURSANDO)
CURSOS DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
• ABA na Educação
• ABA no TEA – Aplicador Aba
• ABA e Autismo na Prática para Profissionais
• AEE –Atendimento Educacional Especializado
• Consciência Fonológica na Prática
• VA-MAPP – Avaliação e Intervenção
AUTISMO,O QUE É?

• Do grego: autos, que quer dizer em si mesmo. A palavra


autismo foi usada pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Leo
Kanner, um psiquiatra infantil americano que percebeu
em sua atuação profissional um grupo de crianças que se
destacava das demais por duas características básicas:
forte resistência a mudanças e incapacidade de se
relacionar com pessoas (estavam sempre voltadas para
si mesmas) (BOSSA, 2000, p. 167).
DSM-5
DSM é a sigla em inglês referente
ao Manual Diagnóstico e Estatístico
dos Transtornos Mentais, que é um
sistema de classificação voltado
aos problemas de saúde mental,
desenvolvido pela Associação
Americana de Psiquiatria, muito
utilizado em diversos países. 
CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças
Autismo
•Segundo o DSM-5, o autismo é definido
como um transtorno do
neurodesenvolvimento caracterizado por
dificuldades de interação social,
comunicação e comportamentos
repetitivos e restritos.
OS SINAIS DE DIFICULDADES NA COMUNICAÇÃO
SOCIAL DO INFANTE PODEM SER IDENTIFICADOS
QUANDO:
Dificilmente ele usa a linguagem para se comunicar com outras pessoas;
Não verbaliza;
Raramente responde quando é chamado;
Não costuma compartilhar interesses ou conquistas com os pais e familiares;
Tem dificuldade em compreender a linguagem não-verbal e dificilmente entende gestos
como apontar ou acenar;
Não desenvolve as expressões faciais, apresentando expressões limitadas para se comunicar;
Tem pouco interesse em interagir com outras crianças, possuindo dificuldades em fazer
amigos;
Apresenta limitação para participar de brincadeiras criativas ou que exigem imaginação.
 
•  
Os sinais de dificuldades no comportamento
ou interesses restritos, repetitivos e sensoriais
da criança podem incluir:
 Manias repetitivas ao brincar ou realizar alguma atividade;
 Verbalização de forma repetitiva;
 Interesses muito peculiares e/ou intensos por determinado assunto;
 Geralmente são crianças metódicas e precisam que as coisas aconteçam sempre da mesma
maneira, da forma que estão acostumadas;
 Problemas em aceitar alterações em sua programação habitual ou mudar de uma atividade
para outra;
 Problemas sensoriais, como sensibilidade a sons, luz ou determinados ambientes.
Demonstram isso com estresse, angústia ou inquietação.
Atividades repetitivas no autismo
Matheus
NÍVEIS DO TEA
O DSM-5 divide autismo em níveis diferentes de acordo com algumas condições do
indivíduo autista. Basicamente, é separado em graus 1, 2 e 3 ou autismo leve, moderado
e severo
• O Nível 1 (autismo leve): alguém neste nível tem problemas para iniciar
interações e mostra menor interesse nos relacionamentos. O
comportamento inflexível leva a dificuldades nas atividades cotidianas. No
critério diagnóstico, essa pessoa pode apresentar pouco ou nenhum prejuízo
na linguagem funcional.
• Nível 2 (autismo moderado): neste nível, as pessoas têm dificuldade
acentuada com a comunicação verbal e não verbal. Elas têm habilidades
sociais limitadas. Seus padrões de comportamentos são rígidos, o que
significa que têm dificuldade em lidar com mudanças. No critério
diagnóstico, elas podem ou não ter deficiência intelectual e linguagem
funcional prejudicada.
• Nível 3 (autismo severo): alguém neste nível tem graves dificuldades de
comunicação. No critério diagnóstico, podem ou não ter deficiência
intelectual e ausência da linguagem funcional.
TDAH E A NOVA LEI SOBRE A
ASSISTENCIA INTEGRAL AO ALUNO
• Em 30 de novembro de 2021, foi sancionada a Lei 14-254.21 que de acordo
com o Diário Oficial da União, “dispõe sobre o acompanhamento integral para
educandos com dislexia ou Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem”.

• Essa lei oferece o acompanhamento e assistência integral aos alunos da


educação básica de escolas públicas e privadas, garantindo que as necessidades
desses alunos sejam atendidas por uma equipe multidisciplinar, com
profissionais da área da saúde, com terapias e medicamentos e da área da
educação.
• A lei ainda determina que os professores da educação
básica recebam as capacitações necessárias por parte
das instituições de ensino, para o reconhecimento
precoce dos indicadores de um transtorno de
aprendizagem e para a devida assistência em sala de
aula.
A assistência integral ao aluno será feita da
seguinte forma
• Reconhecimento precoce do transtorno por parte dos pais e/ou
escola;

• Direcionamento do aluno a uma análise clínica para a


confirmação do diagnóstico;

• Suporte da rede de ensino ao aluno, em relação ao seu nível de


dificuldade e desenvolvimento escolar, em conjunto com uma
equipe médica.
• Os alunos com TDAH ou outros transtornos de aprendizagem
devem receber total assistência e suporte das redes de ensino
e sistemas de saúde, com professores capacitados, recebendo
formação continuada, para atender as necessidades dos
alunos em sala de aula, para seu desenvolvimento escolar e
acompanhamento médico com terapias periódicas e
medicações.
Transtorno de Déficit de Atenção
e Hiperatividade – TDAH

• O TDAH possui três classificações, sendo elas:


• TDAH com predomínio de sintomas de desatenção – falta de
concentração, tudo ao redor acaba sendo distração, tirando o foco de
alguma atividade, esquecimentos e desatenção e falta de foco durante
alguma conversa;
• TDAH com predomínio de sintomas de
hiperatividade/impulsividade – comportamento agitado,
movimentos repetidos, resistência em obedecer limites;
• TDAH combinado – manifestação de comportamento desatento e
hiperativo
• 1. DESATENÇÃO:
• a)Muitas vezes, deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por
descuido na escola, no trabalho ou durante outras atividades.
• b) Muitas vezes tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou
atividades lúdicas (por exemplo, tem dificuldade em permanecer focado
durante as palestras, conversas ou leitura longa).
• c) Muitas vezes parece não escutar quando lhe dirigem a palavra (por
exemplo, a mente parece devagar, mesmo na ausência de qualquer
distração óbvia).
• d) Muitas vezes, não segue instruções e não termina tarefas domésticas,
escolares ou no local de trabalho (por exemplo, começa tarefas, mas
rapidamente perde o foco e é facilmente desviado).
• ) Muitas vezes tem dificuldade para organizar tarefas e atividades (por
exemplo, dificuldade no gerenciamento de tarefas sequenciais, dificuldade
em manter os materiais e os pertences em ordem, é desorganizado no
trabalho, tem má administração do tempo, não cumpre prazos).
• f) Muitas vezes, evita, não gosta, ou está relutante em envolver-se em
tarefas que exijam esforço mental constante (por exemplo, trabalhos
escolares ou trabalhos de casa ou para os adolescentes mais velhos e
adultos: elaboração de relatórios, preenchimento de formulários, etc).
• g) Muitas vezes perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por
exemplo, materiais escolares, lápis, livros, ferramentas, carteiras,
chaves, documentos, óculos, telefones móveis).
• h) É facilmente distraído por estímulos externos.
• i) É muitas vezes esquecido em atividades diárias (por exemplo, fazer
tarefas escolares, adolescentes e adultos mais velhos: retornar
chamadas, pagar contas, manter compromissos).
• HIPERATIVIDADE-IMPULSIVIDADE:

• a) Freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira.


• b) Muitas vezes levanta-se ou sai do lugar em situações que se espera
que fique sentado (por exemplo, deixa o seu lugar na sala de aula, no
escritório ou outro local de trabalho, ou em outras situações que exigem
que se permaneça no local).
• c) Muitas vezes, corre ou escala em situações em que isso é inadequado
(Em adolescentes ou adultos, esse sintoma pode ser limitado a sentir-se
inquieto).
• d) Muitas vezes, é incapaz de jogar ou participar em atividades de lazer
calmamente.
• e) Não pára ou freqüentemente está a “mil por hora” (por exemplo, não é
capaz de permanecer ou fica desconfortável em situações de tempo
prolongado, como em restaurantes e reuniões).
• f) As vezes fala em excesso.
• g) Muitas vezes deixa escapar uma resposta antes da pergunta ser
concluída (por exemplo, completa frases das pessoas; não pode esperar
por sua vez nas conversas).
• h) Muitas vezes tem dificuldade em esperar a sua vez (por exemplo,
esperar em fila).
• i) As vezes interrompe ou se intromete os outros (por exemplo, intromete-
se em conversas, jogos ou atividades, começa a usar as coisas dos
outros sem pedir ou receber permissão).
NEUROCIÊNCIAS
• Compreende-se a neurociência como um campo complexo de pesquisa
pautado em evolução, por se tratar do sistema nervoso e suas
implicações na vida humana. 

• A neurociência trabalha três elementos, sendo estes o cérebro, a medula


espinhal e os nervos periféricos. Essa separação existe para facilitar a
assimilação de profissionais e estudiosos.

• Para Hennemann (2012) através das Neurociências procura-se perceber a


individualidade de cada um, e a partir disso, entender como as lesões no
cérebro interferem no modo de ser dos indivíduos.
O QUE ESSA CIÊNCIA DIZ SOBRE O AUTISMO?
• A neurociência se constitui atualmente como uma grande aliada do professor para
poder identificar o indivíduo como ser único, pensante, atuante, que aprende de uma
maneira toda sua única e especial.
• Para Mietto (2012) graças à neurociência da aprendizagem, os transtornos
comportamentais e da aprendizagem passaram a ser mais facilmente
compreendidos pelos educadores uma vez que proporciona mais subsídios para a
elaboração de estratégias mais adequadas a cada caso.
• Esta nova base de conhecimentos habilita o educador a ampliar ainda mais as suas
atividades educacionais, abrindo uma nova estrada no campo do aprendizado e da
transmissão do saber. O sistema nervoso do aluno precisa estar direcionado à
experiência. Se o professor não consegue chamar a atenção do aluno para que as
redes neurais sejam ativadas, ele não vai memorizar e armazenar informações.
• O professor deve entender que todos podem aprender
desde que as estratégias de ensino sejam adequadas,
motivadoras e estimulantes. Esse é o papel do
profissional da Neurociência, descobrir e adequar estas
estratégias a educação. É o estímulo que a criança e
adolescente recebem do meio externo que fará com
que eles adquiram atitudes, hábitos e valores.
FUNÇÕES CONATIVAS
• A conação diz respeito, em síntese, à motivação, ao temperamento e à
personalidade, subentende o controle e a regulação tônico-energética e
afetiva das condutas, ou da realização e conclusão de tarefas de
aprendizagem, reforçando, assim, a inseparabilidade e irredutibilidade das
funções cognitivas, conativas e executivas.
• Os estímulos que o estudante recebe durante uma aula chegam ao
cérebro pelos órgãos dos sentidos e ativam diferentes conjuntos de
neurônios, conectados entre si, cada um deles envolvido com uma função
mental importante para a aprendizagem. A atenção seleciona as
informações e o cérebro dá um significado a elas. As emoções geram a
motivação necessária para que as funções executivas planejem
estratégias em favor da aprendizagem. 
Funções Executivas
As funções executivas são um conjunto de habilidades necessárias para o
controle de nossa saúde mental e vida funcional.
• Memória de trabalho: permite armazenar, relacionar e pensar
informações no curto prazo. Sem essa capacidade, por exemplo, o
indivíduo não se lembraria do que estava fazendo após ser interrompido.
• Controle inibitório: possibilita controlar e filtrar pensamentos, ter o
domínio sobre atenção e comportamento. Conseguir ler um texto,
mesmo na presença de barulhos incômodos, é um exemplo de uso dessa
habilidade.
• Flexibilidade cognitiva: permite mudar de perspectiva no momento de
pensar e agir, e considerar diferentes ângulos na tomada de decisão. Por
exemplo, essa capacidade é fundamental para o indivíduo perceber um
erro e poder corrigir.
Funções Cognitivas
• Chamamos de cognição a capacidade de receber uma
informação, processá-la e transformá-la em
conhecimento.
Falando assim, parece um processo simples. Mas, tanto
a recepção, quanto o processamento e armazenamento
da informação englobam vários aspectos, que serão
listados a seguir:
•Funções de Recepção
•Referem-se à apreensão dos dados, sendo necessário, para isso, o uso da atenção, da percepção, da
filtragem dos dados e da fixação.
•2. Funções de Integração
•Este é o momento em que o cérebro faz a seleção dos dados importantes e exclusão dos dados
irrelevantes, como em um processo de limpeza. Há também a realização de
comparações, memorização, manipulação de informações e integração de ideias.
•3. Funções de Expressão
•Aqui já houve o tratamento cognitivo da informação e o indivíduo dará a resposta por meio de
pensamento ou comunicação verbal e não verbal.

Basicamente, as funções cognitivas tratam da entrada (input), tratamento e saída (output) da


informação em forma de conhecimento. Nesse processo, o papel dos ambientes em que a criança
está inserida é fundamental para fornecer informações de qualidade, tanto na escola, quanto na
família e nos demais espaços.

É claro que esse processo não é perfeitamente linear, como em um computador. Há interferência de
outros fatores, e é aí que as funções conativas entram.
DICAS PARA DESENVOLVER
ATIVIDADE

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