Você está na página 1de 80

Disciplina: INTERVENÇÃO E ESTIMULAÇÃO

PRECOCE E MEDIAÇÃO ESCOLAR NO


TEA
Professor: LUZIA FERRARI
Pedagoga especialista em: Psicopedagogia, Neuropsicologia,
Educação Especial, Distúrbio da Visão, Psicomotricidade e
Distúrbios de Aprendizagem
Email: espacopedgogicolf@gmail.com
Me disseram uma vez que eu não era capaz, eu até
acreditei, mas quando consegui vencer meu medo, provei
que fui capaz de ir muito mais além.
Marcela Figueiredo
ESTIMULAÇÃO PRECOCE NO TEA
 Consiste em um plano sistemático de intervenção com critérios
definidos e com amplas possibilidades de estratégias de trabalho,
contemplando várias áreas do desenvolvimento;

 Atua na correção e habilitação do desenvolvimento neuropsicomotor,


comportamental e da comunicação;

 Atua como forma preventiva nos processos de aprendizagem evitando


futuras dificuldades, quanto ao desenvolvimento global;

 Possibilidade de atuar quanto aos pré-requisitos nas áreas do


desenvolvimento, promovendo aprendizagem significativa.
Estimulação precoce: Conjunto de ações terapêuticas e educativas
para estimular os processos de aprendizagem no âmbito sensorial,
motor, linguagem, emocional e social (Back, 1983).

Uma série de exercícios para desenvolver as capacidades da


criança de acordo com a fase do desenvolvimento em que ela se
encontra, segundo Piaget.

Tem-se tornado possível graças a identificação cada vez mais


cedo.
ESTIMULAÇÃO
Ato ou efeito de estimular. É
indicado o uso dessa terminologia
ao trabalho direcionado a uma
habilidade não emergente, isto é,
quando alguma habilidade que a INTERVENÇÃO
criança não tem será trabalhada
Ato ou efeito de intervir, interceder e
para que inicie e se desenvolva, até
mediar. Envolve modificar as
dizermos que a criança a adquiriu.
variáveis do ambiente para que a
habilidade que a criança – embora
tenha iniciado sua aquisição – ainda
não usa espontânea, intencional,
funcional ou sistematicamente.
Lopes - Herrera
Estimulação precoce, estimulação sócio sensorial, estimulação
essencial

Várias são as nomenclaturas para designar uma prática que diz


essencialmente respeito dos serviços de apoio e recursos necessários
para responder às necessidades das crianças;

Inclui atividades e oportunidades que visam incentivar o aprendizado e


o desenvolvimento infantil;

Serve de apoio e recursos necessários para que as famílias possam


promover o desenvolvimento dos seus filhos, criando oportunidades
para que elas tenham um papel ativo neste processo.
Com uma intervenção precoce é possível
atuar ao nível da transformação das
sinapses neuronais, que estão ainda
flexíveis.

EM QUALQUER IDADE
PERDE-SE HABILIDADES

O maior problema enfrentado no TEA é o início muito tardio, de um


trabalho estimulador.

Depois da primeira infância, as respostas para uma intervenção, é mais


difícil. Portanto quanto mais rápido o diagnóstico for feito, mais rápido a
criança se desenvolve e os resultados aparecem.
A escola é um ambiente
Entenda porque a riquíssimo de estimulação,
Escola precisa tanto de materiais
estar alinhada sensoriais, pedagógicos e
com a equipe lúdicos , como de
socialização.
A intervenção precoce deve ser
estabelecida em conjunto com os
profissionais de saúde, escola e
família para a construção de um plano
de ação, que permita o desenvolvimento
de estratégias sincronizadas e
adequadas para as necessidades de
cada criança.

Mais do que ensinar, a escola possui o importante


papel: ser o local dos primeiros grupos sociais.

APROVEITE ESSE LOCAL COM


MAESTRIA!
ESCOLAS E AMIZADES

A criança com TEA precisa fazer um tremendo esforço para se adaptar


ao nosso mundo social. Ele faz o melhor que pode com suas
habilidades sociais e seu quociente social, por isso ele sabe quando
você acredita nele e quando não acredita.
.

O que os professores podem fazer?

Quando há o interesse pelo aluno, muito se pode fazer, com amor,


dedicação e paciência poderá ganhar eterna confiança da criança.
Um amigo com autismo é o melhor que
se pode ter na vida. Você nunca será
traído ou enganado e poderá contar
sempre com ele.
Livro: Mundo Singular-Entenda o autismo

Comece a ver as coisas de outro lado

Não adianta ensinar as crianças com TEA se não


estivermos dispostos a aceitar e respeitar o fato
de que elas pensam de modo diferente; temos
de encontrar maneiras eficazes de adaptar a
nossa maneira de ensinar.
O QUE O PROFESSOR PRECISA SABER

 Buscar informações, orientações,


apoio de profissionais e da família
para encontrar a melhor forma de se
relacionar com seu aluno.

 É necessário estar familiarizado com


sinais que podem indicar um possível
transtorno, o mais precocemente
possível.
O professor precisa compreender as dificuldade de
comunicação e interação social, assim como outras
características, como hipersensibilidade e
comportamentos estereotipados e repetitivos.

Compreender as características do espectro, assim


como conhecer diferentes metodologias para ensinar
o aluno com autismo - essencial para o processo de
inclusão.

Encontrar formas de se comunicar, como brincadeiras


e jogos, modificar o ambiente da sala e estabelecer
uma rotina agradável, aspectos fundamentais para
gerar empatia com o aluno com autismo.
 Concentrar no contato visual, buscando o
olhar do aluno para as atividades que ele
realiza.
 Conhecer as potencialidades e particularidades e
buscar formas para desenvolvê-las.

 Ter afeto, fundamental para a construção do


processo de ensino e aprendizagem.
Qual o verdadeiro papel do mediador?

O que o mediador escolar pode


fazer para ajudar no trabalho em
sala de aula?
É obrigação da escola aceitar
meu filho?
ATUAÇÃO DO MEDIADOR ESCOLAR

SOCIAIS Atividades diversas:


E
COMPORTAMNETAIS Brincadeiras e jogos;

Tarefas e conteúdos
pedagógicos;

Engajamento social.
COMUNICAÇÃO
LINGUAGEM
Estabelecer um contato diário com a família
caso necessário utilizar uma agenda;

Atuar no ambiente escolar, dentro da sala e


demais dependências, e em atividades extras;

 Ser assíduo e pontual, respeitando os horários, as regras e normas


da instituição.

 Ser discreto e profissional evitando envolver-se em assuntos que não


dizem respeito ao trabalho de mediação;

 Vestir-se adequadamente, utilizando sempre roupas que possibilitem


uma fácil movimentação;
Solicitar apoio e supervisão da equipe
responsável sempre que sentir
necessidade;

Entrar em contato com os terapeutas responsáveis


caso perceba a necessidade de uma reunião extra
com o professor ou equipe pedagógica;

Conversar com o professor explicando, sempre


que necessário, os porquês dos procedimentos
e intervenções realizados no ambiente escolar.
Manter sempre a atenção da criança voltada para as ordens e
informações dadas pelo professor.

Orientar o grupo de colegas da sala a não valorizar ou mesmo ignorar


as estereotipias e outros comportamentos inadequados.

Atuar no momento da entrada ou saída escolar, direcionando a criança


ao grupo e ensinando-a como se comportar naquele momento,
estimulando o cumprimento da rotina e das ordens dadas pela
professora.

Auxiliar a criança no desenvolvimento de sua autonomia, iniciativa e


compreensão daquilo que está fazendo ou do que precisa fazer.
Durante o recreio mediar à relação da criança com os seus colegas nas
brincadeiras e situações sociais.

Dirigir-se com a criança ao banheiro, caso haja necessidade, auxiliando-a


em seus hábitos de higiene promovendo assim maior independência e
autonomia.

Manter-se sempre junto ao grupo e ao professor de sala, cumprindo,


dentro do possível, toda a rotina e as atividades pedagógicas.

Atuar em parceria com o professor dentro da sala de aula.

O mediador deve estar sempre próximo do aluno, participando


desde os momentos que envolvam os conteúdos até as
brincadeiras.
Mediar as situações sociais ensinando a
criança como participar, compartilhar e interagir
no grupo.

Ensinar a criança a abordar o


Minimizar a tendência da
outro na tentativa de interação,
criança ao isolamento,
estimulando o contato visual e a
facilitando sua interação.
utilização dos cumprimentos.

Ensinar a olhar para o grupo, observando o comportamento


dos colegas, estimulando a “imitação”, direcionar o olhar
apenas falando ao seu ouvido ou virando seu corpo para a
posição onde estão os outros.
Ignorar, corrigir ou redirecionar Aproveitar, sempre que
um comportamento inadequado.
possível, os interesses
Sempre que necessário, dizer o
que se espera dela em cada restritos, tornando-os uma
situação. fonte motivadora.

Organizar, sempre que


necessário, a sequência das
atividades diárias através de
informações visuais, com o
Encorajar a criança a objetivo de reduzir o nível de
solicitar ajuda do professor ansiedade do aluno.
ou dos colegas.
Ensinar noção de tempo, de forma Sempre que possível, ensiná-lo
simples e objetiva, de fácil a se colocar no lugar do outro,
compreensão, utilizando materiais ou refletindo sobre o pensamento e
através da rotina diária sentimento das pessoas.

Oferecer reforço positivo,


sempre que apresentar um
comportamento adequado para
a situação.
INTERVENÇÕES PRECOCE
Necessidade de agir antes que uma determinada situação se
agrave.
Comece por você, ‘SE REEDUQUE!’
-Falepouco;
-Frases curtas e claras;
-Aprenda a gostar de que ele gosta;
-Aprenda a ceder, sem se entregar;
-Esqueça os preconceitos;
-Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras (história carroça);
-Aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade;
-Aprenda a valorizar os mínimos gestos;
-Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele;
-Aprenda a traduzir sentimentos (agressividade- frustração);
Luzia Ferrari
INTERVENÇÃO E ESTIMULAÇÃO PRECOCE
Fundamental trabalhar as habilidades essenciais

HABILIDADES ESSENCIAIS

 Imitação;
 Comunicação;

 Motricidade Ampla e Fina;


 Estímulos sensoriais;

 Integração Olho e Mão;


 Comportamento;

 Percepção
 Desempenho cognitivo
TRABALHAR A MOTRICIDADE AMPLA E FINA

Todo tipo de atividade psicomotora, REDUZ várias formas de


comportamento, incluindo ESTEREOTIPIA, AUTO-LESÃO e
AGRESSÃO.

Pode ser realizado com um MÍNIMO de DICA e não requer um


observador dedicado ou terapeuta, nem material sofisticado. Demanda
apenas de uma equipe menos intensiva do que as intervenções
baseadas em consequências.

Ajuda a criar INDEPENDÊNCIA, preparando o desenvolvimento motor


para as atividades da vida diária, a socialização, a escrita e a leitura.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES, BRINCADEIRAS E JOGOS PARA
HABILIDADE DE MOTORA AMPLA E FINA

HABILIDADES MOTORA AMPLA

 Andar sozinho;
 Subir e descer uma escada, ( na vertical e horizontal )
 Atividades de equilíbrio;
 Jogo “O mestre mandou”;
 Dançar;
 Jogar boliche;
 Jogar bola: na parede, para uma pessoa, para cima e pegar...;
ACERTAR O
ALVO

AMARELINHA
DIFERENTE SEGUIR PERCURSOS
COM OBSTÁCULOS

ROLAR SOBRE A
BOLA BOLBAT
HABILIDADES MOTORA FINA

 Atividades de dobradura;

 Uso da tesoura;
BOLINHA DE
 Bolinha de sabão; GUDE/BORRACHA
PEQUENA
 Massinha de modelar;
CAIXA
SENSORIAL
 Calçar sapatos;

 Pintar com tintas;


 Colagem (figuras grandes);

 Adesivos (animais/ personagens);

 Imãs (categorização);

 Seringas de injeção;

 Hashi (com presilhas);

 Tábua de roscas;

 Alinhavos.
Luzia Ferrari
SEGUIR CAMINHOS
LABIRINTO

PALITO COM IMÃ

PRANCHAS
VAZADOS
PAREAMENTO DE
FORMAS, FIGURAS,
LETRAS

ENFIAR PALITOS
MORANGUINHO

ATIVIDADES COM
PREGADORES DE VÁRIOS
TAMANHOS E CORES JOGO TAPA O
CERTO
PINTURA A DEDO: PINTE CADA QUAL É A MINHA COR?
BALÃO NA COR INDICADA PINTE CADA FRUTA COM A COR
CORRESPONDENTE
HABILIDDAE OLHO-MÃO
Envolve habilidade motora fina

 Copiar do quadro, de um livro, uma figura;

 Desenhar, pintar com limite;

 Empilhar blocos;

 Encontrar a figura ou objeto diferente;

 Encontrar o par do seu calçado;

 Quebra-cabeça numerado ou não;


 Categorização; por classe (Animal, pessoa, objetos)
-por características (cores) Carimbos com tintas
-por letras iniciais
-por função (comer, vestir, brincar)

Trabalho com imãs, adesivos.

Labirinto seguindo
trilhas

Brincar com bexigas


Cobrir pontilhados
HABILIDADE COMPORTAMENTO/INTEGRAÇÃO SOCIAL

As crianças com TEA apresentam O contato social é prejudicado,


dificuldades em socialização em não por falta de interesse, mas
diferentes níveis. porque não sabem ou não
aprenderam a arte de interagir
e manter vínculos.

Na maioria das vezes, se


encontram sozinhas e isoladas.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O
DESENVOLVIMENTO DA INTERAÇÃO SOCIAL

Mediar encontros programados com os colegas


( sair da sala de aula com um colega nos 10min finais
de uma aula, 5 dias seguidos);

Respeitar quando o estudante


demonstrar não querer participar
de uma atividade social.
Examinar se ele quer privacidade
ou se gostaria de participar, mas não
se sente capaz e amparado.
Estimulá-lo a usar a Ensiná-lo a fazer
imaginação considerações sobre os
compartilhada para pensamentos e pontos de
brincar com um vista alheios;
amigo;

Fazê-lo perceber que os


outros têm pensamentos e
reações favoráveis ou não, a
respeito do que ele diz e faz.
Criar atividades cruzando os interesses dos
colegas – aproximação através das afinidades
( mesmo esporte, mesma brincadeira );

Oferecer apoio durante as atividades de


recreação não dirigidas, para que possa
participar interagindo com os colegas;
Dez passos para melhorar a habilidade social:

1. Erradicar a ideia de “consertar”;

2. Desenvolver a autoestima da criança para que possa assumir riscos


sociais, formando um escudo contra possíveis grosserias;

3. Concentrar-se no pensamento social como o meio de desenvolver


habilidades sociais;

4. Criar circunstâncias nas quais ele possa praticar habilidades sociais


com êxito, constantemente, não esporadicamente.

5. Ser específico na definição dos objetivos sociais.


6. Começar no nível real do processamento social da criança;

7. Ensinar por meio de pequenos passos;

8. Manter uma definição flexível do que constitui progresso. Dois passos


para frente e um passo para trás ainda é crescimento;

9. Fornecer uma saída sensata para situações sociais que envolvam


assumir riscos. Se não conseguir, elogiar pela tentativa;

10. Lembrar que as regras e as expectativas sociais mudam com o tempo


e dentro de contextos.

Não solicite à criança informações sobre o que está acontecendo,


imediatamente. Acalme-o, permita um tempo para o processamento.
“Pode parecer que eu não quero brincar com as outras crianças no
parquinho, mas a verdade é que simplesmente não sei como iniciar
uma conversa ou entrar em uma brincadeira. Ensine-me a brincar com
as outras crianças. Incentive-as a me convidar para brincar com elas;
talvez eu fique contente por ser incluído.”
Ellen Notbohm

Pensar socialmente consiste em deixar de lado


qualquer pressuposição de que ele será capaz de
adquirir sensibilidade social ao observar outras
pessoas com habilidade social.
Ellen Notbohm
Crises e descontrole
emocional é uma mensagem
clara de uma criança que não
consegue dizer, de nenhuma
outra maneira, que alguma
coisa no seu ambiente, fez
seu delicado sistema nervoso
ficar maluco.
ALGUNS FATORES ALGUNS SINAIS ANTES
QUE DESENCADEIAM DA CRISE
UMA CRISE
Inquietação;

Sobrecarga Sensorial; Coceira;

Quebra de rotina; Nervosismo, respiração rápida;

Ambientes novos; Cor avermelhada na pele;

Espera prolongada; Olhar desnorteado; tapar os


ouvidos
Situações de conflito
Comportamento compulsivo.
Birra ou Descontrole Emocional?
CRISE

É resultado de uma sobrecarga


emocional;

Não tem interesse na reação do adulto;

Não tem nenhum objetivo;

Demora muito tempo para passar.


Esteriotipias x Agressividade

O que fazer quando as estereotipias


envolvem agredir a si mesmo ou a
outras pessoas?

Bloquear a estereotipia? ( X )
Ou conversar para que pare?
Estabelecer limites

Minimizar a exposição aos limites,


priorizando os mais importantes. ( na vida
temos tantos limites ).

Falar o “não”, calmamente. Reinvente uma resposta mais


convincente, com explicações claras, objetivas e racionais.
Não ceder uma vez que o limite tenha sido imposto.
Diante de gritos, choro e agressões em protesto ao limite, o que
fazer?

 Permanecer confortável – oportunidade do aluno digerir o “não”;

 Avaliar a necessidade de levar o aluno a um outro ambiente,


enquanto ele protesta ( oferecer algo atrativo para os outros alunos);

 Sugerir alternativas calmantes – fazê-lo entender que essa


estratégia é ineficaz. “O bolo você pode comer, mas o brigadeiro
não”.

Todos os profissionais que estiverem em contato com o aluno na


escola, devem estar conscientes dos limites, das razões para cada
limite e das estratégias específicas a serem utilizadas.
HABILIDADE DA IMITAÇÃO

BRINCAR COMPARTILHADO

Para despertar o interesse do seu aluno no que está apresentando a


ele, é importante SEGUIR A LIDERANÇA dele, entrando na brincadeira
dele e tornando-se interessada no que está fazendo.

Após ele estar bem engajado, apresente uma variação para ele te
imitar, aumentando assim o repertório de brincadeiras, tornando-o mais
apto a interagir com outras crianças.

O CONTATO VISUAL e a IMITAÇÃO são pré-requisitos para a


linguagem verbal.
É composta por programas de ensino como Sentar, Esperar e
Contato Visual.

 Oferecer um item que a criança gosta e fazer com que ela sente para
receber;
 Oferecer dois itens e pedir para a criança escolher um, em seguida,
pedir que sente para receber;
 Respeitar o tempo de permanência da criança que ela nos permite;
 Promover jogos e brincadeiras onde a criança tenha de esperar a
vez para participar.
PESCARIA
BATE- MONSTRO

Mostre o brinquedo e estimule a


brincar dizendo: “Vamos fazer igual? Pesca um cada vez, observar:
cor, quantidade, quem pescou
mais, menos.

Cada um escolhe a cor;


- Deve ser colocado uma espada por vez.
- Trabalhar o inesperado.

PULA PIRATA
Ensinar a criança bater palmas, dar tchau, colocar mão sobre a
cabeça. (música cabeça, Ombro, joelho e pé);

Imitar ações com objetos, colocar chapéu na cabeça, fazer uma


bolinha, apertar a massinha modelar, bater sino;

Apontar, ações com as mãos e dedos ( fantoches).;

Movimentos com a boca som do carrinho, dos animais, como


soprar,(bolinhas de sabão) apitar;

Imitar uma sequência de ações, colocar bola dentro do carrinho e


empurrar, puxar.
HABILIDADES DE PERCEPÇÃO E ESTÍMULOS SENSORIAIS

MATERIAIS

MACIOS: Tapete
Algodão
Esponja (lado macio)
Toalha felpuda
Roupão

CERDAS: Escovinhas
Penas
Penacho (limpador)
COMPRESSORES: Luva
Touca de banho
Lixa

MASSAGEADORES: Massageador p/ rosto e cabeça


Massageador elétrico
Bola espinhos
Cremes
TÉRMICOS: Bolsa térmica (quente e fria)
Gelos pequenos de plásticos
Geleca
Bolinhas de gel Luzia Ferrari
PROCEDIMENTOS PARA INTERVENÇÃO E
ESTIMULAÇÃO PRECOCE NO TEA

Ambiente organizado e previsível.

Estímulos adequados à faixa etária e ao desenvolvimento variando


tanto no âmbito, sensoriais, táteis, visuais, auditivos, como as
oportunidades motoras amplas e finas

Identificar interesses específicos para promover o início do trabalho de


intervenção.

Identificar os estímulos que favorecem o desenvolvimento, e os que


causam dificuldades comportamentais e não contribuem para o
desempenho e sucesso na intervenção.
Mediação Escolar no TEA
Na intervenção com TEA a mediação também utiliza-se através de
interações não verbais, por meio de gestos, pelo aprendizado de ações
e vivências, por meio da imitação, comunicação alternativa, através da
utilização de pictogramas, rotinas estruturadas e histórias sociais.

É essencial o entendimento da condição do Autismo no que compete


aos sinais e sintomas e manifestações comportamentais em cada
criança priorizando os seguintes aspectos:
Identificar as necessidades, priorizar
as questões frente as demandas
emergentes.

Compreender o
comportamento, instrumentos AVALIAR
de ensino, o desempenho frente
ao processo de aprendizagem e
a condição do aprendiz.

TORNE O ATO DE FALAR UMA


BRINCADEIRA, NÃO UMA OBRIGAÇÃO!
MEDIAR
Compreender todos estes fatores e identificar
procedimentos efetivos relevantes que irão
promover uma perspectiva de uma prática
pedagógica consistente e de qualidade na
intervenção do processo educacional.

A mediação não está sujeita à dependência da fala somente, quando


trabalhamos com crianças com TEA;

 A mediação da aprendizagem é sempre repleta de uma


intencionalidade, revela o significado e aquilo que propõem sentido
para o aprendiz.
RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO

Organização dos materiais; ( Livros sonoros, brinquedos com causa


efeito, bolinhas sensoriais, lanternas, brinquedos com piscas, sonoros,
lego, blocos lógicos, massa de modelar... );

Promover o encontro da criança com brinquedo do interesse dela;

Promover a descoberta através do modelo da exploração do


brinquedo, estipulando um tempo, em seguida oferecer outras
possibilidades;

Promover estímulos para que haja uma interação da criança com o


material e o profissional.
 Procurar realizar as atividades em um local onde a criança esteja na
altura dos olhos do aplicador. É importante garantir o contato visual;

 As brincadeiras devem ser curtas, com começo, meio e fim, com


regras claras “traduzindo” o que deve ser feito.

 Apresentar a atividade apenas uma vez no dia, para ficar com


“gostinho de quero mais”;

Verbalizar “minha vez”, quando for o mediador, e “sua vez” quando for
o momento da criança;

Cuidado ao apagar uma atividade já realizada.


Isso pode ser muito doloroso para ela.
 Elogie muito a cada conquista;

 Fazer acontecer uma conexão através da motivação e da diversão;

 Avalie o ambiente;

 Programe atividades interativas.

QUANTO MAIS LONGE UMA


CRIANÇA AUTISTA CAMINHA SEM
AJUDA, MAIS DIFÍCIL SE TORNA
ALCANÇÁ-LA.
O apego à rotina é uma característica bem marcante no Autismo, por
isso, tente direcionar sua aula sem mudanças, ou preparando-o quando
for necessário, para evitar uma crise.

Promova a independência. AUTONOMIA


Incentive-o para que faça as atividades
sem muita ajuda, mesmo que não esteja
totalmente correto.

Tomada de perspectiva é uma habilidade social que implica saber e


compreender que as pessoas podem ter uma percepção diferente das
mesmas palavras, eventos ou objetos.
 Os objetivos não exercem atração em razão da sua função, mas em
razão do estímulo que promovem;

 O grande foco da educação deve estar no processo de aprendizagem


e não nos resultados, pois, nem sempre, eles virão de maneira rápida
e como esperamos; FOQUE NA INTERAÇÃO

 A criança deve visualizar somente os estímulos que irá ser ofertado


para o momento do trabalho, pois o excesso de estímulos pode
dificultar sua capacidade de manter atento e concentrado;

 A capacidade de simbolizar está relacionada à linguagem e, por isso é


extremamente necessário possibilitar estímulos que promova
constantemente este movimento.
Algumas sutilezas como: falar baixo, chamar a atenção de forma
delicada;

Ajudá-lo a entender os conteúdos utilizando vários tipos de


instrumentos: figuras, jogos, materiais práticos;

 Ensine seu aluno a pensar de modo flexível e coesivo. Com


oportunidades frequentes de prática, ele poderá aprender a encarar os
pequenos obstáculos da vida sem entrar em parafuso.

Tomada de perspectiva é uma habilidade social que implica saber e


compreender que as pessoas podem ter uma percepção diferente das
mesmas palavras, eventos ou objetos.
RECURSOS PARA A MEDIAÇÕES PARA ALUNOS COM TEA.

Histórias sociais
MÚSICA
ATRAVÉS DE
IMAGENS
PICTOGRÁFICAS
ROTINAS
ESTRUTURADAS
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA – PECS.

• Ajuda as crianças a adquirir habilidades


de comunicação;

• Visa ajudar a criança perceber que


através da comunicação ela pode
conseguir rapidamente o que deseja;

• Apresenta resultados inquestionáveis na


comunicação e na organização da
linguagem;
NÃO DEMANDA MATERIAIS
• Fácil utilização e execução. COMPLEXOS OU CAROS
JOGOS VARIADOS

QUADRO IMANTADO

COBRAS E ESCADAS

TORREMOTO
CARACTERÍSTICAS DE UM MEDIADOR ESCOLAR NO TEA

• Organizar e sistematizar as informações priorizando a autonomia e


independência na utilização do material pelo aprendiz.

• Oportunizar um diálogo efetivo com objetividade das informações,


sentenças curtas, claras e objetivas.

• Oportunizar recursos visuais e de previsibilidade frente a dinâmica


escolar, das interações e experiências extra classe.

• Organizar os conceitos trabalhados para uma tradução frente ao estilo


cognitivo e de uma sequência de ideias para o ensino de conteúdos.
 Ofertar recursos visuais, filmes, mostrar figuras, desenhos, tabelas,
gráficos, recursos que proporcionem a capacidade do aprendiz com TEA
compreender de uma forma mais precisa e eficaz.

 Se esperarem demais é possível que nunca venham a reparar nos


progressos e tentativas de comunicação;

 Se aceitarem pouco, a qualidade das iniciativas da criança não vão


melhorar;

 Estar informado sobre as novidades, leis que amparam pessoas


com TEA.

 Ter expressividade.
PARA LER E ENTENDER MAIS SOBRE TEA

Luzia Ferrari
A MEDIAÇÃO ACONTECE NAS RELAÇÕES ENTRE:

RELAÇÃO MEDIADOR X FAMÍLIA

 É fundamental o entendimento do papel de cada um frente a criança com


TEA.

 Uma relação de comprometimento e respeito frente às necessidades e o


desempenho frente cada momento em que a relação acontece. CONFIANÇA

 Ter conhecimento da rotina e das necessidades da criança com TEA diante


do entendimento da forma em que a comunicação, as relações e o
comportamento acontece.
Trabalhar para autonomia SEMPRE, e cuidar para que a criança não crie
dependência do mediador/tutor.

Promover desafios consistentes e estruturados para que as relações


aconteçam, oportunidades sejam vivenciadas e aprendizagem aconteça de
forma plena no cotidiano o tempo todo.

Orientar, monitorar o desempenho frente aos processos de aprendizagem, nas


relações em que estabelece e o envolvimento com contexto escolar e social em
que a criança esta inserida.

Mediar os comportamentos diante das condutas específicas frente a condição


comportamental, oferecendo alternativas positivas de intervenção.
RELAÇÃO MEDIADOR X PROFESSOR X ESCOLA.
 Relação extremamente necessária e fundamental para o trabalho em relação
as crianças com TEA.

 Cumplicidade.

 Entendimento do Perfil, estruturação do Ensino, prática pedagógica,


acomodação dos recursos pedagógicos e de estrutura física e de
comunicação.

 Procedimentos efetivos das práticas pedagógicas, controle da execução do


planejamento e entendimento do conhecimento, como monitoramento das
ações efetivas frente as demandas que geram a sensibilização, programas de
trabalho, monitoramento e qualidade do trabalho de intervenção.
RELAÇÃO FAMÍLIA X ESCOLA

 Condição importante e fundamental frente aos combinados como:


organização, currículo, material, mediador, carga horária, cuidados,
condutas comportamentais.

 Transparência, Compromisso, Orientação.

 Renovação dos objetivos e procedimentos


de trabalho.

 Acompanhamento do desenvolvimento e das necessidades


emergentes.
 Apoio da família nas demandas de
atendimento e encaminhamentos.

 Acompanhamento da equipe escolar e núcleos de educação frente


ao conhecimento da criança no espaço escolar e de intervenção e
acompanhamento do processo de aprendizagem e qualidade do
serviço prestado.

 Reuniões, organizadas e sistematizadas frente o desenvolvimento


da criança, das práticas pedagógicas e sistema de avaliação.
OBRIGADA
BIBLIOGRAFIA

SILVA, Ana Beatriz B., GAIATO, Mayra B., REVELES, Leandro T. Mundo Singular- Entenda o
Autismo. Fontanar, 2012.

LEAR, Kathy. Ajude- nos a Aprender- Um programa de Treinamento em ABA. 2º ed. Toronto,
Ontario- Canadá, 2004.

LUSSMAN, Fern. Mais do que Palavras- Um guia para ajudar os pais a pomoverem a
comunicação com Transtorno de Espectro do Autismo. Hanen Centre, Canadá, 2004.

JUNIOR, Francisco Paiva. Autismo, Não Espere, Aja Logo!. M. Books, 2012.

TABACHI, Dalva. Mãe, me ensina a Conversar- Vencendo o Autismo com Amor. 1ª ed. Rocco, 2006,

NOTBOHM, Ellen. Dez Coisas que toda criança com autismo gostaria que você soubesse. Edição
atualizada e ampliada, Inspirado pelo Autismo, 2014,

TEIXEIRA, Gustavo Dr. .Manual dos Transtornos Escolares. 5edição. BestSeller, Rio de Janeiro, 2014.
Luzia Ferrari

Você também pode gostar