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LIDANDO COM O TEA

ORIENTAÇÃO
ESCOLAR
Grupo:

Cristiane, Eilane, Luzete, Vanessa


O QUE É IMPORTANTE
SABER

Autismo é uma desordem neurológica caracterizada por movimentos repetitivos e


estereotipados e problemas de comunicação social. Não se prendam ao rótulo! O autismo é
só uma condição não é a criança. Seu aluno é o Davi, o João, o Luiz, etc.

Evidências científicas mostram que entender algumas características comuns a pessoas com
Autismo/transtorno do espectro do autismo, pode auxiliar muito a agir em diferentes
situações (na escola, em casa, na terapia).

A intervenção precoce é fator fundamental na evolução de crianças com TEA. Este fato está
diretamente relacionado à neuroplasticidade ao longo da primeira infância. Portanto, quanto
mais precoce a intervenção, melhores os resultados para a criança e para sua família
(KASARI et al., 2006; KELLEY et al., 2006).

Mas é importante lembrar que cada pessoa é única e tem suas particularidades (idade,
escolaridade, aspectos sociais, linguísticos, cognitivos, motores, familiares e sócio-
culturais, grau de autismo, síndromes ou transtornos associados, etc) que precisam ser
levadas em consideração!
PLANEJAMENTO ESCOLAR

• Cabe aos pais do aluno com TEA a decisão de compartilhamento do diagnóstico com a
equipe escolar. Porém, visando a melhoria das intervenções de inclusão, é importante
esse compartilhamento com os profissionais que trabalham diretamente com o aluno.

• Adequar o currículo escolar aos alunos com TEA a partir do estilo cognitivo individual
preocupando-se com a estimulação das funções neuropsicológicas necessárias ao
aprendizado eficiente. A adequação curricular não significa simples redução, mas a
forma como o conteúdo é apresentado ao aluno em foco.

• Garantir ao aluno com TEA acesso ao currículo escolar por meio de adaptações que
envolvam materiais adaptados, jogos pedagógicos, uso de imagens, fotos, esquemas,
signos visuais além de permitir o acesso á materiais e móveis adaptados visando à
organização sensório-motora e adequação postural do aluno.
PLANEJAMENTO ESCOLAR

Lembrando que:

Conforme disposto no Cap V (Da Educação Especial) do Título V da Lei 9.394 de 20 de


dezembro 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional é preciso
garantir ao aluno com TEA atendimento educacional gratuito em classes, escolas ou
serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não
for possível a sua integração em escolas de ensino regular.

E que o foco é trabalhar os...

Déficits persistentes na comunicação e interação social em múltiplos contextos.

Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades


NO DIA A DIA

• Uma boa comunicação entre os pais e o professor é de fundamental importância na


inclusão. Isso pode ser realizada através de reuniões regulares para melhor
acompanhamento dos objetivos educacionais e comportamentais e o uso de agenda a
fim de estabelecer uma comunicãção diária (sobre sono, medicamentos, intercorrências
em casa, etc).

• Identificar intolerância aos estímulos auditivos, bem como tempo de tolerância e


atenção durante aprendizado em sala de aula.

• Traçar objetivos a curto prazo nas áreas de comunicação social, lógico-matemática,


linguagem e atividades de vida diária.

• Organizar um sistema de registro individual de desempenho e comportamento que vise


acompanhar o desenvolvimento do aluno com TEA.
NO DIA A DIA

• Estes frequentemente apresentam exagerado apego a rotinas. Dessa forma, o professor


deve facilitar a previsibilidade usando preditores visuais como agendas ilustradas,
calendários e sequência das atividades, indicando o que vai acontecer e em quais
momentos.

• Na medida do grau de funcionalidade do aluno com TEA, a escola deve oferecer um


professor auxiliar para acompanhá-lo em sala de aula e demais atividades escolares.

• O uso de recursos visuais também é destacado quando o assunto é intervenção nos


TEA. A utilização de recursos visuais como desenhos, figuras, fotografias, vídeos ou
objetos concretos que se pretende desenvolver ou à atividade planejada, pode ajudar na
compreensão e interesse.
INTERVENÇÕES
POSSÍVEIS

• Aproveite os momentos de maior atenção da criança para conversar com ela, usando
palavras simples e frases curtas.

• Busque oportunidades para elogiar a criança. Ensine e incentive formas adequadas de se


comunicar, compartilhar, esperar, etc.

• Faça pedidos que você sabe que a criança pode realizar para promover situações em que
ela será “bem-sucedida”.

• Você pode dividir as tarefas e atribuições em partes menores, como por exemplo:
guardar uma peça de cada vez do jogo ao invés de pedir que guarde todas as peças de
uma só vez.

• Use interesses específicos e preferências da criança para incentivar habilidades e talentos.

• O uso de jogos, brincadeiras e atividades que incentivam a atenção compartilhada e


simbolização são muito importantes. Você pode usar bonecos, “bichinhos” de pelúcia e
outros brinquedos para dar banho, fazer “comidinha”, dividir o lanche, fazer um passeio
e imitar outras situações do cotidiano.
INTERVENÇÕES
POSSÍVEIS

• Brincadeiras simples com bolinhas de sabão e cócegas podem proporcionar situações de


contato visual, atenção compartilhada e habilidades sociais.

• Atividades motoras como jogo de boliche, basquete, futebol, jogar bola um para o outro ou
jogar para o alto e pegar, sempre mostrando como essas “brincadeiras” podem ser
prazerosas.

• Propiciar situações de trabalho em grupo, observando como a criança se comporta e sempre


buscando favorecer a interação dele com os outros alunos.

• Se a criança com TEA apresentar comportamentos considerados agressivos como quebrar


objetos, bater em outras pessoas ou em si mesmo, analise o que ocorre antes e após esta
situação e busque formas de modificar o ambiente e as situações em que ocorre o
comportamento considerado inadequado (dar atenção aos sons e estímulos presentes).

• Na sala de aula indicar que a criança sente-se próxima ao professor e/ou ao lado de outras
crianças “comunicativas” que auxiliem na interação social.
RELATOS

Relatos de pais , professores e terapeutas de crianças com TEA

“Eu amo o meu trabalho, sou dedicada e tenho experiência com criança, mas não sei lidar
com o autismo do meu aluno” (Professora)

“Eu me sinto insegura e angustiada, ele não fala e não liga para nada do que eu faço”
(Terapeuta)

“Entra ano, sai ano e ele não aprende nada” (Professora)”

“Eu estudo muito, fiz duas pós-graduações, mas não consigo aplicar a teoria na prática”
(Terapeuta e Professora)

“Eu tenho receio que me achem incompetente, porque o meu paciente não melhora”
(Terapeuta)

“Peguei medo dele, já apanhei muito” (Professora)

“Não encontro terapia para meu filho, ele tem autismo, por favor me ajude!” (Mãe)
DUVIDAS?
SÃO MUITAS…

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