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Rotina e uso

de pistas visuais
Estilos de aprendizagem
▪ Desvio de atenção.
▪ Aprendizagem explícita.
▪ Dificuldade no processamento auditivo.
▪ Funcionamento executivo.
▪ Cognição social.
▪ Alterações sensoriais.
“A criança com autismo vê a árvore,
mas não enxerga a floresta.”
(Eric Schopler)
Pistas visuais
Estratégias antecedentes
Para quem é essa estrutura? Qual é o estilo de apren-
dizagem? Qual é a necessidade? O estímulo discrimi-
nativo é uma propriedade do ambiente que indica o ti-
po de resposta que se espera. Então, como responder?
E para quem? O que fazer? Aonde ir? Como começar?
Rotina
O ambiente guia, antecipa, orienta e traz previsibilida-
de, evitando dependência e ansiedade ou frustração
(são sinalizadores que guiam o comportamento). É pre-
ciso tornar o meio mais previsível e organizado, forne-
cendo pistas visuais sobre os eventos, a fim de poten-
cializar a capacidade de aprendizagem da pessoa. As-
sim, fazendo uso de programadores visuais.
O uso da agenda
É preciso levar em consideração o local onde ficam as agendas (rotinas), o aluno precisa da rotina vi-
sual para se organizar. O local (distância) sempre será definido de acordo com o nível de desenvolvi-
mento do aprendiz. A área de transição, como o próprio nome diz, é uma área de trânsito. Cada vez
que a criança tiver que trocar de atividade, ela deve ir à área de transição a fim de buscar informação
a respeito de qual será a próxima tarefa. A área de transição é onde ficam as agendas dos alunos e,
assim, eles aprendem que sempre que acabam uma tarefa é para lá que devem ir para buscar infor-
mações sobre o próximo passo, a próxima atividade a ser realizada (Leon, 2018).
A agenda é uma estratégia psicoeducacional que utilizamos para organizar o pensamento do apren-
diz em relação ao que ele deve fazer. É a apresentação da rotina, das atividades que serão realizadas
naquele período, seja uma sessão ou turno na escola. É a forma de apresentarmos, em uma lingua-
gem visual, a rotina que foi planejada para o desenvolvimento do plano terapêutico individual. Após o
planejamento da rotina de trabalho, ela precisa ser apresentada em uma linguagem visual para nosso
aluno ou paciente, o que pode ser feito de diferentes formas, que seguem uma hierarquia.
Hierarquia das agendas
A primeira forma desta apresentação seria por meio de objetos. O objeto
é o material mais concreto. Primeiramente, deve-se utilizar o objeto em si.
Por exemplo, apresentamos uma caneca e, nela, servimos algo para ser
bebido; mostramos uma bola, e a criança tem que realizar uma atividade
com essa bola no momento da psicomotricidade (Leon, 2018).
A segunda forma de apresentação da rotina é a utilização de um objeto
em miniatura, ou seja, ainda com características bem concretas, ao mes-
mo tempo em que se remete a certo grau de representação, pois a cri-
ança não vai utilizar aquele objeto. O objeto em miniatura é uma pista
do objeto real que a criança vai utilizar na atividade.
Agenda com Agenda com desenhos Agenda com
fotos ou pictogramas palavras
Extensão da agenda
A extensão da apresentação da rotina se dá por meio do nível de compreensão de tempo do apren-
diz, da concentração e atenção do mesmo. Inicialmente, apresenta-se uma atividade por vez. Em um
segundo momento, já são apresentadas duas informações, fazendo-se, então, referência ao conceito
de "agora" e "depois". Posteriormente, passam-se a utilizar mais informações. Assim, temos a exten-
são de três atividades e, depois, vamos expandindo a agenda. A agenda sempre deverá ter uma ex-
tensão da esquerda à direita, ou de cima para baixo.
Manejo da agenda
▪ Retirar as fichas e realizar o pareamento com outra ficha
idêntica.
▪ Remover a ficha e guardar na caixinha do "acabou".
▪ Virar a ficha do avesso.
▪ Riscar na ficha.
Dica para iniciar
Ao terminar uma atividade, o aprendiz deverá checar sua agenda. Mas como dar uma pista visual para
que ele entenda que precisa ir até a área de transição para ver qual será a próxima atividade? Usa-
remos a instrução verbal "vá checar a próxima atividade“, pareada com os objetos de preferência do
aprendiz, assim como o pareamento com sua própria foto e com seu nome escrito.
Protocolo da agenda
Cinco componentes:
▪ Forma.
▪ Duração/extensão.
▪ Localidade.
▪ Pista para iniciar.
▪ Gerenciamento/manejo.

Os interesses do aluno podem ser incorporados na agenda.


Referências
• FONSECA, M. E. G.; JULIANA, C. B. C. Vejo e aprendo: fundamentos • LEON, V. C.; OSÓRIO, L. O Método TEACCH. In: SCHWARTZMAN, J. S.
do Programa TEACCH: O ensino estruturado para pessoas com S.; ARAÚJO, C. A. (Eds.). Transtornos do Espectro do Autismo. São
autismo. 1ª ed. Ribeirão Preto, São Paulo: Book Toy, 2014. Paulo: Memnom, 2011.

• LEON, V. C.; FONSECA, M. Contribuições do ensino estruturado na • LEON, V. C. Práticas baseadas em experiência para aplicação do
educação de crianças e adolescentes com Transtornos do Espectro TEACCH® nos Transtornos do Espectro do Autismo. São Paulo:
do Autismo. In: SCHIMIDT, C. (Org.). Autismo, educação e transdis- Memnon, 2016.
ciplinaridade. Campinas, São Paulo: Papirus, 2013.
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