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André Daniel

Dinis Rafael Trigo

Júlia Francisco Iko

Joaquina Amisse

Narciso Jorge Naite

Arguumentação e comunicação
Licenciatura em ensino de filosofia com habilitações em ética

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023

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André Daniel

Dinis Rafael Trigo

Júlia Francisco Iko

Joaquina Amisse

Narciso Jorge Naite

Processos psíquicos cognitivos


Licenciatura em ensino de filosofia com habilitações em ética

Trabalho de carácter avaliativo a ser


apresentado no departamento de ciências
sócias e letras na cadeira de Psicologia Geral,
1o ano, orientado por:

Dr. Adolfo Brides

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023

1
Índice
Introdução ................................................................................................................................................. 3
Objectivos Geral: ...................................................................................................................................... 3
Objectivos Específicos: ............................................................................................................................. 3
Processos psíquicos cognitivos ................................................................................................................. 4
Sensação........................................................................................................................................................ 4
1. Leis da sensação ................................................................................................................................ 4
1.1. Características da sensação ........................................................................................................... 4
1.2. Propriedades das sensações ........................................................................................................... 4
Percepção ...................................................................................................................................................... 5
2. Leis da percepção .............................................................................................................................. 5
2.1. Características da percepção ......................................................................................................... 5
2.2. Propriedades da percepção ............................................................................................................ 6
Memória ........................................................................................................................................................ 6
Leis da memória ........................................................................................................................................ 6
3. Características da memória ............................................................................................................... 6
3.1. Propriedades da memória .............................................................................................................. 6
Pensamento ................................................................................................................................................... 6
3.2. Leis do pensamento....................................................................................................................... 7
4. Características do pensamento .......................................................................................................... 7
4.1. Propriedades do pensamento ......................................................................................................... 7
4.3. Leis Psicofísicas das sensações ......................................................................................................... 8
Tipos de processos psíquicos ........................................................................................................................ 8
6. A perturbação da linguagem ............................................................................................................. 9
6.1. Perturbações da memória .............................................................................................................. 9
6.2. Perturbações do pensamento ....................................................................................................... 10
7. A Perturbação atenção .................................................................................................................... 10
7.1. Perturbação da emoção ............................................................................................................... 10
7.2. Perturbações de Aprendizagem ................................................................................................... 11
8. Perturbação da inteligência ............................................................................................................. 11
8.1. Perturbação motivação ................................................................................................................ 11
8.2. Perturbação sensação .................................................................................................................. 12
9. Relação entre pensamento e linguagem .............................................................................................. 12
Conclusão.................................................................................................................................................... 14
Referencies bibliográficas ........................................................................................................................... 15

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Introdução
Diferentes disciplinas abordaram o estudo da cognição, da neurologia, da psicologia, da
antropologia, da filosofia e até das ciências da informação. Mas, foi a psicologia cognitiva a que
começou a estudar como o processamento da informação influi na conduta e que relação tinham
os diferentes processos mentais na aquisição do conhecimento. O presente trabalho aborda sobre
os processos psíquico cognitivo. O trabalho procura desenvolver pesquisas no âmbito dos
processos cognitivos básicos (percepção, atenção e sensação).

Objectivos Geral:
 Analisar os processos psíquico cognitivo (sensação, percepção e atenção)

Objectivos Específicos:
 Caracterizar a sensação como processo psíquico;
 Descrever a percepção como processo cognitivo;
 Explicar a atenção enquanto processo psíquico cognitivo. Para a realização do trabalho o
proponente adoptou como procedimentos metodológicas uma pesquisa bibliográfica que
consistiu numa vasta e extensa procura por fontes de diferentes obras e autores que falam
sobre os processos psíquicos em alusão.

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Processos psíquicos cognitivos
São processos que tem como característica mais saliente representar o sujeito, um objecto ou
fenómeno, em geral, exterior ao próprio sujeito. A sua indiferença e não objectiva do mundo que
nos rodeia. A sensação aparece como componente da reacção sensório - motora, ou seja,
a resposta do centro nervos ao determinado estímulo que é colhido pelos receptores,
enviado ao centro nervoso pelos nervos aferentes e a resposta dada, se for motora,
é canalizada aos órgãos executores pelos nervos eferentes. ( Oliveira, 2010) Uma
sensação é uma resposta do organismo a um estímulo específico. O estímulo pode
ser proximal ou distal. É distal quando o objecto/fenómeno se encontra a uma certa
distância do sujeito. E é proximal quando o padrão de energias com origem no
estímulo distal acaba por atingir uma superfície sensorial do organismo.

Sensação é a activação dos órgãos dos sentidos por uma fonte de energia física.

1. Leis da sensação
Segundo Fechner e Weber afirma que sensação depende da estimulação, quanto maior for a
intensidade do estimulo, maior será a sensação

1.1.Características da sensação:
 Modalidade é a propriedade que permite-nos distinguir as sensações entre si. Ex.
Sensações visuais, olfactivas, gustativas, tácteis e auditivas;
 Intensidade – refere se a totalidade em que as sensações podem se apresentar;
 Qualidade – é aquela que permite distinguir as diferenças sensoriais dentro da mesma
modalidade. Ex. Som baixo, médio ou alto.
 Duração – é o lapso de tempo que mede entre o início e o fim da sensação;
 Extensão - é o espaço de tempo afectado pela sensação. ( Chicote, 2010).

1.2.Propriedades das sensações


Para Almeida (2004) As propriedades tais como a cor, o tamanho e a forma são reflectidas
no nosso cérebro; isto quer dizer que podemos identificar a cor, a forma, o
tamanho objectivamente. A sensação e percepção são processos quase similares, a
diferença, porem, esta no facto de que a sensação reflecte as propriedades
particulares de um objecto, enquanto que a percepção apresenta o objecto como um todo.
Condições necessárias para ocorrência das sensações uma sensação só pode ocorrer

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quando as condições próprias estiverem criadas, isto e, na presença de: estímulo e
excitação.

Estímulo : é todo o agente susceptível de provocar resposta de um organismo (luz, som,);

Excitação : corresponde a modificação momentânea impressão a que se segue uma


reacção de um organismo entre uma picadela de mosquito, por exemplo, até a
produção de uma sensação (dor, comichão) decorre um certo tempo. Quer dizer ao ser
picado por um mosquito você pode não sentir imediatamente. Este tempoque
decorre entre a picadela e a produção da sensação designa-se de tempo de latência.(Idem)

Percepção Segundo Rubinstein (1982) a percepção é o ato de organização de dados


sensoriais pelo qual conhecemos "a presença actual de um objecto exterior": temos
consciência da existência do objecto e suas qualidades.

A percepção pode definir-se então como a capacidade de captar, processar e dar


sentido deforma activa à informação que alcança os nossos sentidos. Quer dizer, a
percepção é o processo cognitivo que nos permite interpretar o nosso meio-envolvente
através dos estímulos que captamos através dos órgãos sensoriais..

2. Leis da percepção
Perante uma situação perceptiva, você estrutura o seu campo perceptivo de acordo com certos
princípios gerais e em conformidade com a sua própria experiência. Esses princípios podem ser:
agrupamento, proximidade, semelhança, continuidade, simetria.

2.1.Características da percepção
Segundo SANTOS (2007) As percepções são constantes, podem ser facilmente retidas,
são independentes da vontade. Não podem ser modificadas nem evocadas arbitrariamente.
Propriedades ou particularidades da percepção Em algumas circunstâncias, a percepção pode não
reflectir a realidade, sem implicar nenhuma patologia. Essas "falhas" podem ser uma ilusão ou
uma alucinação. A ilusão refere-se a uma interpretação errónea de um estímulo externo real,
enquanto a alucinação consiste numa percepção erróneas sem a presença de um
estímulo externo real.

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2.2.Propriedades da percepção
 Integridade;
 Constância;
 Estruturalista;
 Selectividade.

Memória é a capacidade da mente humana de fixar, reter, evocar e reconhecer impressões ou


factos passados.

Leis da memória A memória necessita de duas funções neuropsiquícas fundamentais; a


capacidade de fixação, que é a função responsável pelo acréscimo de novas impressões à
consciência e graças à qual é possível adquirir novo material mnemónico, e a capacidade de
evocação, ou reprodução, pela qual os traços mnêmicos são revividos e colocados à disposição
livremente da consciência.

3. Características da memória
A memoria é caracterizada por;

 Adquirir;
 Armazenar;
 Recuperar.

3.1.Propriedades da memória
 Precisão – é determinada pela correspondência das informações recebidas e produzidas;
 Volume – caracterizada pela quantidade de informações registadas;
 Velocidade de memorização – é determinada pela eficiência do processamento e registo
de dados;
 Velocidade de reprodução – indica a capacidade das estruturas cerebrais de restaurar
informações antes armazenadas.

Pensamento é a capacidade de compreender, formar conceitos e organiza-lo. Estabelece relações


entre os conceitos por meio de elementos de outras funções mentais (emoção, memoria…) além
de criar novas representações, ou seja, novos pensamentos. O pensamento possibilita a
associação de dados e sua transformação em informação estando consequentemente associado
com a resolução de problemas, tomadas de decisões e julgamentos.

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3.2.Leis do pensamento
Os elementos do pensamento eles referem-se a um modelo de pensamento que ajuda a entender
como as diferentes partes do pensamento podem ser divididas. Esses elementos podem ser
divididos em propósitos, informação, inferência e conclusão, conceitos, pressupostos,
implicações e consequências, pontos de vista e questões. Entender os elementos do pensamento
permite aos humanos disseminar, de uma maneira lógica, o pensamento e o pensamento dos
outros.

4. Características do pensamento
 Ponto de vista: o ponto de vista e como vemos as coisas, como vemos as ideias, como
vemos os outros e como vemos o mundo. Representa as crenças, valores mais básicos de
cada individuo. Geralmente o ponto de vista e consistente e não muda facilmente. Este
elemento e um reflexo de quem somos como pessoas; oque usamos para fazer as nossas
suposições e tomar nossas decisões.
 Propósito: isso significa que fazemos as coisas por um motivo, com um objectivo em
mente, e uma acção que queremos realizar. Um propósito e sempre especifico e deve ser
razoável e realista, algo que possa ser alcançado. O propósito ajuda a se concentrar no
pensamento, pode-se dizer que e como um laser que mantem o pensamento concentrado.
 Problema em questão: as perguntas são a maneira como aprendemos sobre o mundo.
Algumas perguntas são factos simples com respostas que podem ser encontradas, mas
outros tipos de perguntas podem levar mais tempo para responder, já que precisamos
pensar profundamente. As questões mais complicadas levam-nos a descobrir maneiras
diferentes de pensar sobre um tópico

4.1.Propriedades do pensamento
O raciocínio indutivo é um método de pensamento lógico que combina observações com
informações experienciais para chegar a sua conclusão. Quando você pode olhar para um
conjunto especifico de dados e formar conclusões gerais com base no conhecimento existente de
experiencias anteriores, esta usando o raciocínio indutivo.

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4.2.Leis da sensação Para SANTOS (2007) São leis das sensações as seguintes:

4.3.Leis Psicofísicas das sensações


Em relação aos estímulos, com a ajuda da psicofísica pode se falar do limiar de
excitação absoluto e do limiar da diferença. A lei do limiar absoluto da excitação
defende que para um estímulo ser percebido é preciso uma intensidade específica. Este pode
ser subdividido em:

Limiar absoluto da excitação mínima que é a intensidade mínima de excitação necessária para
que uma sensação se produza; e Limiar absoluto da excitação máxima que é a intensidade
máxima de estímulo, na qual ainda é possível sentir a sensação de uma determinada
qualidade. A lei do limiar da diferença que é a razão da relação entre a intensidade de
dois estímulos para que se possam produzir sensações diferentes.

5. Leis psicofisiológicas das sensações são leis psicofisiológicas das sensações as


seguintes:

Lei da adaptação e acomodação de um órgão a um estímulo permanente que


defende que presença prolongada de um estímulo pode diminuir a intensidade
sensorial devido à diminuição da frequência dos impulsos nervos os.

Existem 2 tipos de receptores: os de adaptação rápida (ao estímulo e sua rápida


habituação); e os de adaptação lenta (ao estímulo em que a sensação apenas diminui). (Santos,
2007).

Leis psicológicas das sensações Estas consideram as relações da sensação como os estados
psíquicos anteriores. São elas:

A lei da relatividade (que afirma que toda a sensação depende dos estados que a
acompanham);

A lei da Fusão (que afirma que todas as impressões simultâneas ainda que
derivadas de vários sentidos, tendem a formar um mesmo estado de consciência).(Idem).

Tipos de processos psíquicos


 Linguagem;

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 Sensação;
 Pensamento;
 Atenção;
 Emoção;
 Aprendizagem;
 Inteligência;
 Motivação;
 Memória;

6. A perturbação da linguagem
Pode ser identificada se forem encontradas determinadas características de diagnóstico como,
dificuldades na aquisição e uso da linguagem devido a défices na compreensão e produção de
vocabulário, estruturação frásica e discurso. Quando os défices na linguagem são evidentes na
comunicação falada, escrita ou gestual poderemos estar perante um caso de perturbação da
linguagem. A capacidade e uso da linguagem dependem tanto das capacidades receptivas como
expressivas do indivíduo. A capacidade expressiva refere-se à produção de sinais vocais, verbais
ou gestuais e a capacidade receptiva refere-se ao processo de receber e compreender as
mensagens linguísticas. Assim sendo, as competências linguísticas têm que ser avaliadas, quer na
modalidade expressiva, quer na modalidade receptiva, uma vez que estas podem diferir em
termos de gravidade. Por exemplo, a capacidade expressiva pode estar comprometida sem que a
capacidade receptiva esteja afectada.

Os problemas na memorização de novas palavras e frases podem manifestar-se através da


dificuldade em seguir instruções, em repetir sequências de informação verbal ou da dificuldade
em recordar sequências sonoras novas, habilidade que é importante para a aquisição de novas
palavras.

6.1.Perturbações da memória
Amnésias: Ocorrem quando um indivíduo perde total ou parcialmente a função anémica e o
indivíduo não é capaz de fixar nem reproduzir o passado no presente. O indivíduo não se lembra
praticamente o que aconteceu antes e não é capaz de explicar nenhum evento relacionado com o
que viu no passado. Este tipo de perturbação pode ser causada pelo cansaço excessivo, consumo
excessivo de drogas ou emoções violentas.

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6.2.Perturbações do pensamento
Encontram-se ao nível do curso, da forma, da posse e do conteúdo. Alterações do curso do
pensamento Alterações do ritmo taquipsiquismo ou pensamento acelerado - Aumento da
velocidade do fluxo do pensamento com reflexo no discurso (aumento do débito verbal). As
palavras não acompanham a velocidade do pensamento. Pode associar-se ou não a fuga de ideias.
Associa-se aos episódios de hipomania, mania, intoxicação alcoólica e psicoses tóxicas. Fuga de
ideias - Pensamento fugidio. Raciocínio perde-se por associações fortuitas dos significantes, sem
qualquer ordenação dos significados. Pensamento perde-se por linhas laterais, sem nunca atingir
os seus objectivos.

7. A Perturbação atenção
É actualmente considerada a desordem psiquiátrica infantil mais comum. A sua prevalência a
nível mundial estima-se que seja de 5,29% em crianças e 2,5% nos adultos. Tendo em conta o
elevado impacto socioeconómico que a doença pode acarretar, torna-se imperativo conhecer a
doença e as terapêuticas disponíveis. O primeiro relato conhecido sobre a PHDA remonta ao ano
de 1728, pelo médico Alexander Crichton, que observou dificuldades de algumas crianças em
manter uma concentração constante a determinado objecto.

7.1.Perturbação da emoção
A perturbação emocional diz respeito ao desequilíbrio mental associado a quadros ansiogénicos e
depressivos, frequentes na infância e adolescência. Referimo-nos a uma perturbação emocional,
especialmente no que diz respeito às mais comuns, a ansiedade e a depressão, quando estamos
perante uma reacção não adequada, tanto no que diz respeito ao medo como no que diz respeito a
uma alteração sistemática do humor (Crujo, & Marques, 2009).

Segundo Murta (2007) e corroborando estas teorias, a perturbação emocional abarca todas as
outras perturbações que se relacionam com o humor e o comportamento, tais como a depressão,
o comportamento desviante e outros igualmente graves. Habitualmente estes problemas
encontram-se associados a indivíduos provenientes de famílias desestruturadas, com alto risco de
violência doméstica, problemas comunitários e toxicodependência (Murta, 2007).

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7.2.Perturbações de Aprendizagem
A aprendizagem é uma combinação de capacidades tais como o processamento visual e auditivo,
a atenção, a memória e a resolução de problemas, estando correlacionadas com diferentes regiões
do cérebro.

As Perturbações de Aprendizagem denominam-se de acordo com o (s) tipo(s) de dificuldade(s)


apresentada(s) pela criança, podendo verificar-se dificuldades na leitura, na escrita e/ou no
cálculo. Estas perturbações salientam dificuldades no processo de aprendizagem, mas também
conduzem a problemas emocionais.

As crianças com Perturbação de Aprendizagem tendem a revelar baixa auto-estima, ansiedade e


pouca persistência face às actividades de foro académico, o que pode culminar em
comportamentos de resistência ou mesmo desistência/evitamento em tarefas que as confrontam
com as dificuldades. No entanto, deve ser tido em conta que as crianças não diferem dos seus
colegas no que diz respeito ao desejo de estudar e aprender, mas têm diferentes necessidades que
precisam ser colmatadas.

8. Perturbação da inteligência
A Perturbação da inteligência é uma perturbação do neuro desenvolvimento que afecta o Sistema
Nervoso Central.

É caracterizada por uma eficiência intelectual significativamente inferior à norma considerada


para a idade do indivíduo, associada a limitações no seu funcionamento em actividades do
quotidiano, como sejam a comunicação, autocuidados, socialização e aprendizagem escolar. No
geral, apresentam dificuldades na tomada de decisões, bem como na socialização; podem
manifestar isolamento e ingenuidade no julgamento social, que pode levar a comportamentos
inconsequentes.

8.1.Perturbação motivação
A perturbação motivação é uma perturbação de personalidade que integra o grupo das
perturbações de personalidade com características de ansiedade e medo (Grupo C, no Eixo II do
Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais).

Caracteriza-se pela hipersensibilidade à crítica dos outros e crença de si mesmo enquanto


inadequado socialmente. Neste sentido, o indivíduo com perturbação evitante da personalidade

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tende a evitar situações nas quais se sinta exposto ou possa ser, na sua perspetiva, rejeitado pelos
outros. Este padrão manifesta-se nos diferentes contextos de vida da pessoa, designadamente no
contexto laboral/académico, familiar e social.

8.2.Perturbação sensação
As Perturbações de sensações são caracterizadas por pensamentos desagradáveis e sensações
fisiológicas intensas associadas a medos e preocupações. Existem diferentes Perturbações de
Ansiedade com causas distintas, embora as sensações experienciadas no corpo sejam
semelhantes.

Pensamentos negativos (sintomas cognitivos);

Mãos/pés frios ou suados e boca seca;

Ritmo cardíaco acelerado;

Dificuldade em respirar ou falta de ar;

Tremores e incapacidade de se manter calmo e parado;

Tensão muscular.

9. Relação entre pensamento e linguagem


Pensamento e Linguagem Distinguem-se Pinker (1994, citado em Wolff & Holmes, 2011, p.
254) reforça a noção de que a indistinção entre o pensamento e a linguagem está errada,
argumentando que os seres humanos têm “pensamentos difíceis de expressar, o que não seria o
caso se os pensamentos fossem só representados na linguagem natural”; por outro lado, se
pensássemos só com palavras, não poderiam ser inventadas palavras para expressar novos
conceitos (pois não haveria forma de imaginar os seus significados).

Acrescem Wolff e Holmes (idem, ibidem) que a investigação revela que as crianças conseguem,
mesmo na ausência de linguagem, usar formas sofisticadas de pensamento, o que aponta para a
existência do mentalês: um meio de pensamento para a categorização, o raciocínio e a memória
“que é independente dos tipos de representações usadas para especificar os significados das
palavras e as construções linguísticas”.

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A Relatividade Linguística e a Hipótese de Sapir-Whorf Salientam porém Eysenck e Keane
(2005, p. 426) que «a melhor teoria conhecida sobre a inter-relação entre a linguagem e o
pensamento foi a proposta por Whorf» em 1956, que adaptou e desenvolveu a perspetiva do
antropólogo e linguista alemão Edward Sapir: Os seres humanos estão muito à mercê da língua
específica que se tornou o meio de expressão para a sua sociedade. É algo ilusório imaginar que
alguém se ajusta à realidade essencialmente sem o uso da linguagem. Vemos e ouvimos e temos
outras experiências, da forma que temos, em grande medida porque os hábitos de linguagem da
nossa comunidade predispõem determinadas escolhas interpretativas.” (Sapir, 1929, citado por
Whorf, 1956, p. 134)

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Conclusão
Depois de uma leitura exaustiva percebe que processos cognitivos são processos subjacentes à
elaboração do conhecimento. Entre eles podemos encontrar a percepção, a memória, a
aprendizagem e a consciência. Os processos cognitivos são muito complexos, porque implicam
um conjunto de estruturas que recebem, filtram, organizam, modelam, retêm os dados
provenientes do meio. por um lado, designa o conjunto de processos de conhecimento através
dos quais um organismo adquire, trata, conserva, pondera e explora informação e, por outro lado,
o resultado mental desses processos, isto é, os conhecimentos propriamente ditos.

E concluí que tanto o pensamento como a linguagem são processos psicológicos indispensáveis
para a formação do ser humano e que eles têm uma relação. Este trabalho foi muito importante
para o meu conhecimento e a compreensão deste tema.

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Referencies bibliográficas
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