Você está na página 1de 18

4

Alexandre Arlindo Mula


Helena Isabel Manhiça
Miguel Bernardo Muandula
Moisés Artur Maculuve
Osvaldo Rodrigues Nhatsodo
Zulmira Lhavate

Processos Psíquicos Cognitivos

Psicologia Geral

Licenciatura em Ensino de Filosofia


1o ano laboral

Universidade Pedagógica
Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia
Maputo
2022
5

Alexandre Arlindo Mula


Helena Isabel Manhiça
Miguel Bernardo Muandula
Moisés Artur Maculuve
Osvaldo Rodrigues Nhatsodo
Zulmira Lhavate

Processos Psíquicos Cognitivos

Licenciatura em Ensino de Filosofia

Psicologia Geral

1o ano laboral

Trabalho de Psicologia elaborado sob


orientação de Docente José
Reginaldo

Universidade Pedagógica

Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia

Maputo

2022
6

Indíce
1.0 Introdução........................................................................................................................................4

1.1 Objectivos.....................................................................................................................................4

1.2 Metodologia.............................................................................................................................4

2.0 Processos Psíquicos Cognitivos........................................................................................................5

2.1.1Sensações...................................................................................................................................5

2.1.2 Características das sensações.................................................................................................6

2.1.3 Perturbações das sensações............................................................................................................6

2.1.4 Importância das sensações.........................................................................................................7

2.2 Percepção.........................................................................................................................................7

2.2.1 Factores que influenciam a Percepção.......................................................................................7

2.2.2 Perturbações da percepção.....................................................................................................8

2.3 PENSAMENTO...............................................................................................................................9

2.3.1 Estágios Que Caracterizam O Pensamento Da Criança Segundo Piaget..................................10

2.3.2 Elementos Do Pensamento..................................................................................................11

2.3.3 Tipos De Pensamento..................................................................................................................12

2.3.4 Raciocínio................................................................................................................................13

2.5.Estratégias para estimular os processos psíquicos (cognitivos)..............................................14

3.0 Conclusão.......................................................................................................................................16

4.0 Bibliografia.................................................................................................................................17
7

1.0 Introdução
O presente trabalho faz uma abordagem minuciosa a cerca de processos psíquicos
cognitivos com objectivo de melhor compreender-se a existência do Homem na natureza,
bem como a sua coabitação com outros seres e a sua relação com estados e fenómenos.
O Homem é dotado de órgãos dos sentidos que lhe permitem receber e perceber
informações do mundo exterior e interior.
A sensação surge não apenas quando o organismo sofre a correspondente influência do
excitante material, mas sim quando existe também correspondência do próprio organismo.

1.1 Objectivos
Geral:
 Compreender os processos psíquicos cognitivos
Específicos:
 Definir e caracterizar os processos psíquicos cognitivos
 Descrever os tipos de dos processos psíquicos cognitivos

1.2 Metodologia
Para a elaboração de trabalho recorreu-se à pesquisas bibliográficas, internet e manuais
electrónicos, onde fez se analise dos conteúdos que debruçam sobre o tema.
8

2.0 Processos Psíquicos Cognitivos


Os processos cognitivos são processos que caracterizam a aquisição, a organização e a
utilização do conhecimento.

Processo cognitivo são os que condicionam a actividade cognitiva.

Ex: Atenção, Sensação, Percepção, Memória, Pensamento, Imaginação e Linguagem.

2.1.1 Sensações
O ser Bio – Psico – Socio – Cultural (homem) possui vários órgãos dos sentidos de entre os
quais a visão, audição, o tacto, o olfacto, o sentido álgico, entre outros. Estes órgãos o
permitem receber informações sobre o ambiente interno e externo, isto é, sobre o que nos
rodeia bem como sobre o estado geral do organismo.
Segundo PETROVSKI (1985: 207) – as sensações são processos cognitivos que consistem
em reflectir as propriedades isoladas dos objectos e fenómenos do mundo material, assim
como o estado interno do organismo, por meio da acção directa dos estamos materiais nos
receptores correspondes.
Através dos órgãos sensoriais as propriedades dos objectos tais como a cor, luz, cheiros e
estados orgânicos (sensação de dor, fome,) são reflectidos no nosso cérebro. Estes órgãos
permitem receber, seleccionar, acumular a informação e transmiti-la para o órgão central
(cérebro). Essa transmissão é feita através de impulsos nervosos que são responsáveis pela
regulação da temperatura do corpo, do metabolismo, das glândulas de secreção.
Uma sensação só pode ocorrer quando as condições próprias estiverem criadas, isto é, na
presença de:
 Estimulo – que é todo o agente susceptível de provocar resposta de um organismo
(luz, som, etc);
 Excitação – que corresponde à modificação momentânea, impressão a que segue
uma reacção de organismo.
Segundo Muller, “A sensação surge como resultado da transformação da energia
específica nervosos”.
Alguns aspectos fundamentais do surgimento das sensações:
9

 Físico: existe contacto directo entre estímulo e receptor. Exemplo: pisar em um


caco de vidro; ser picado por uma abelha;
 Psíquico: interpretação do estímulo. Exemplo: puxar a manta no frio; a estranha
sensação que nos aparece após visualizarmos imagens muito fortes de um acidente de
viação (o carro totalmente espatifado com indivíduos gravemente feridas ou mortos)
Nota: É impossível que haja sensação sem a reacção do organismo.

2.1.2 Características das sensações


As sensações caracterizam-se pela recepção de estímulos, selecção, acumulação,
transmissão, excitabilidade, qualidade, amplitude, intensidade, aglutinação, e localização do
estímulo no espaço.
 Qualidade: é a propriedade de distinguir o sabor de uma das outras.
 Intensidade: consiste na variação da grandeza. Exemplo: som forte, luz viva
 Amplitude: é o tempo que dura a sensação.
 Aglutinação: consiste na junção de diversas qualidades, propriedades e partes que
na realidade jamais podem constituir único.
 Excitação: modificação momentânea (impressão) a que segue uma reacção de um
organismo.
 Localização do estímulo no espaço: para que a sensação seja perfeita.

2.1.3 Perturbações das sensações


As experiências sensoriais não ocorrem em todas as pessoas do mesmo modo. Assim, a
perda total ou imparcial do sistema sensorial impossibilita o indivíduo de ter a participação
do mundo que o rodeia e funcionar cabalmente dentro da sociedade. Por exemplo, nas
crianças com problemas cerebrais, a capacidade visual/auditório é mais pobre do que a de
uma criança normal.
Quando o sistema sensorial é danificado o indivíduo fica incapacitado de realizar
actividades, o que origina a Apatia que consiste na insensibilidade e indiferença face aos
estímulos.
De realçar algumas perturbações da sensibilidade táctil, sensibilidade da dor, alucinações
visuais, surdez, cegueira, etc.
10

• Hipertesia – é a propriedade de sentir o estímulo adequado com muita intensidade.


• Hipostesia – é a propriedade de diminuição da sensibilidade.
• Anestesia – é a propriedade de falta de dor.
• Paraestesia – propriedade e o estímulo não produz a sensação adequada e habitual.

2.1.4 Importância das sensações


Através da sensação, no processo educativo, tomamos conhecimento do mundo em redor
(sons, cores, cheiro, tamanho). São os primeiros elementos que nos põem em contacto com
a realidade e facilitam a apreensão do material. Os órgãos dos sentidos recebem,
seleccionam e acumulam a informação e, transmitem ao cérebro, surgindo o reflexo
adequado do mundo circundante e ao próprio organismo.

2.2 Percepção
Percepção corresponde acto de organização de dados sensorial pelo qual conhecemos a
presença actual de objecto exterior. Temos consciência da existência de objectos e suas
qualidades.
A percepção consiste na função que permite ao indivíduo identificar, organizar e atribuir
significados aos estímulos que apreendem através dos órgãos sensoriais, a partir de
histórico de vivencia passadas. A percepção pode ser estudada do ponto de vista
estritamente biológico ou filosófico envolvendo estímulos eléctricos invocados pelos
estímulos nos órgãos dos sentidos.
Do ponto de vista psicológico ou cognitivo a percepção envolve também os processos
mentais, a memória e outros aspectos que podem ser influenciar na interpretação dos dados.
Segundo MONTEIRO E FEREIRA (2006: 36) a percepção é precisamente um processo
cognitivo através do qual caracterizamos no mundo o que se caracteriza pelo facto de
exigir a presença do objecto da realidade a conhecer.
11

2.2.1 Factores que influenciam a Percepção


O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um processo de
observação selectiva por nós efectuada. Este processo faz com que nós percebamos alguns
elementos em desfavor de outros.
Os factores que influenciam a percepção encontram-se agrupados em duas categorias: os
factores externos (do meio ambiente) e os factores internos (do nosso organismo).
• Externos
Intensidade – a atenção é particularmente despertada por estímulos que se apresentam com
grande intensidade. Ex: as sirenes das ambulâncias possuem um som insistente e alto.
O contraste - a atenção será muito mais despertada quanto mais contraste existir entre os
estímulos. Ex: os sinais de trânsito pintados em cores vivas e contrastantes
Movimento - constitui um elemento principal no despertar da atenção. Ex: as crianças e os
gatos reagem mais facilmente a brinquedos que se movem do que estando parados.
Incongruência - presta muito mais atenção às coisas absurdas e bizarras do que ao que é
normal. Ex: na praia num dia “verão” prestamos mais atenção a uma pessoa que apanhe sol
usando um cachecol do que a uma pessoa usando um traje de banho normal.
Isolamento - uma única palavra na página da revista, desperta mais atenção.
Repetição - anúncios na televisão.
• Internos
Motivação -prestamos muito mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às
coisas que não nos interessam. Ex: o indivíduo faminto fixa a sua atenção nos alimentos.
Experiência anterior a força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já
conhecemos e entendemos.
Fenómeno social explica que a nossa natureza social faz com que pessoas de contextos
sociais diferentes não prestem igual atenção aos mesmos objectos. Ex: os livros que se dão
mais importância na cidade, não despertam a mesma atenção no campo.

2.2.2 Perturbações da percepção


Em algumas circunstâncias, a percepção pode não reflectir a realidade, sem que isto
implique patologia alguma. Estes “falhos” na percepção podem tratar-se de uma ilusão ou
de uma alucinação.
12

Agnosia: Perturbação grave da percepção que consiste na incapacidade de interpretar os


dados da sensibilidade. O indivíduo sente (vê, ouve, etc.) elementos isolados mas não é
capaz de reconhecer o todo (objecto, situação, pessoa). Deve-se a lesão cerebral.
A ilusão faz referência a uma interpretação errada de um estímulo externo real, enquanto a
alucinação consiste numa percepção errada sem a presença de um estímulo externo real.
Estes fenómenos podem dar-se sem patologia, provocados pelas características fisiológicas
ou cognitivas do sistema, ou por estados alterados (consumo de substâncias ou sono),
principalmente.
Um exemplo da ilusão, seriam as conhecidas ilusões ópticas (perceber as cores iguais de
maneira diferente, perceber movimento de uma imagem estática, etc.).
As alucinações mais comuns seriam as hipnagógicas (quando esta a adormecer e percebe
uma figura um som ou sente que lhe toca), as hipnopómpicas (as mesmas sensações, mas
quando esta acordar) e as derivadas do consumo de drogas aluciogenias (como LSD ou
cogumelos alucinogenos, que provocam alucinações mas elaboradas). Mesmo assim, as
ilusões e alucinações também põem serem patológicas relacionadas com a esquizofrenia,
episódios de psicose ideias delirantes.

2.3 PENSAMENTO
Conceito de pensamento

Segundo Petrovski, Pensamento é o processo psíquico que consiste em reflexo indireto e


sintetizado da realidade através da análise e síntese.

Portanto, o pensamento é um processo mental que confere ao ser humano a capacidade de


estruturar e reestruturar conceitos, relações, ideias, intenções, bem como de formar modelos
e estratégias cognitivas, sem se basear em mecanismos instintivos, automáticos, ou em
reflexo, daí que, pensamento é generalizado e unitário da realidade; não é formado por
unidades separadas, como acontece com a linguagem, embora a generalização seja expressa
ou comunicada através da linguagem, que é formada por palavras.

Experiências recentes colaboram com a ideia de que as pessoas ao pensarem utilizam mais
quadros mentais que as descrições verbais. Isto quer dizer que, não pensamos geralmente
13

em palavras embora isso aconteça, mas sim através de imagens que desfilam no nosso
cérebro.

Os psicólogos parecem concordar em que no processo do pensamento desfilam diferentes


tipos de imagens visuais, auditivas, tácteis, gustativas que acompanham o processo.

O pensamento é muitas vezes caracterizado como uma fala interior. O indivíduo fala
consigo mesmo mas não duma forma coerente. As frases são incompletas sem as vezes
nenhum sentido gramatical. Experiências realizadas confirmam a ideia de que as pessoas
falam consigo mesmas enquanto pensam.

Como se desenvolve o pensamento lógico?

Algumas correntes advogam que o pensamento é condicionado socialmente e está


estritamente ligado a linguagem. Entende-se por linguagem a forma de exteriorização do
pensamento.

A abordagem de Vigotsky sobre o pensamento baseia-se na teoria marxista na qual refere


que as mudanças históricas na sociedade e a vida material produzem mudanças na natureza
humana. Este teórico vê o desenvolvimento do pensamento (desenvolvimento cognitivo)
como condicionado pelas relações sociais.

Para Vygostsky não é possível separar o desenvolvimento do contexto social e o


pensamento é afectado pela cultura onde o indivíduo se encontra inserido. Neste processo a
linguagem assume um papel importante no desenvolvimento das capacidades cognitivas da
criança. Cada

Um outro psicólogo bem conhecido que se dedicou sobre o desenvolvimento do


pensamento, o desenvolvimento cognitivo portanto, foi PIAGET. Na sua óptica
considerava o desenvolvimento do pensamento como sendo condicionado pela maturação
biológica e que as mudanças que possam ocorrer no pensamento da criança são apenas
mudanças qualitativas e não quantitativas.
14

Para determinar o desenvolvimento da criança Piaget usava diversos. Piaget usava as


seguintes perguntas:

“De onde vem o vento”?

“O que faz você sonhar”.

Para além deste método usava o de observação das actividades do indivíduo (da criança).
Piaget observou como as crianças lidam com os conceitos de número, espaço, velocidade,
tempo e outros e a partir dos resultados obtidos formulou a sua teoria de desenvolvimento
do pensamento.

Para ele o pensamento se desenvolve em etapas diferentes que ele próprio designou de
estágios. Os estágios que caracterizam o pensamento da criança segundo Piaget são quatro.

2.3.1 Estágios Que Caracterizam O Pensamento Da Criança Segundo Piaget


Estádio sensório-motor (do nascimento aos 2/3 anos) - a criança desenvolve um conjunto
de "esquemas de acção" sobre o objecto, que lhe permitem construir um conhecimento
físico da realidade. Nesta etapa desenvolve o conceito de permanência do objecto, constrói
esquemas sensório-motores e é capaz de fazer imitações, construindo
representações mentais cada vez mais complexas.

Estádio pré-operatório ou intuitivo (dos 2/3 aos 6/7 anos) - a criança inicia a construção da
relação causa e efeito, bem como das simbolizações. É a chamada idade dos porquês e do
faz-de-conta.

Estádio operatório-concreto (dos 6/7 aos 10/11 anos) - a criança começa a construir
conceitos, através de estruturas lógicas, consolida a conservação de quantidade e constrói o
conceito de número. Seu pensamento apesar de lógico, ainda está preso aos conceitos
concretos, não fazendo ainda abstracções.

Estádio operatório-formal (dos 10/11 aos 15/16 anos) - fase em que o adolescente constrói
o pensamento abstracto, conceptual, conseguindo ter em conta as hipóteses possíveis, os
diferentes pontos de vista e sendo capaz de pensar cientificamente.
15

Apesar de Piaget ter dado grande contributo no estudo do pensamento da criança a sua
teoria não era de todo perfeito. Ele tem sido criticado por as tarefas usadas para determinar
o desenvolvimento do pensamento da criança serem muito complexas e envolverem o uso
das aptidões verbais. Piaget não deu importância o aspecto social (a cultura) e baseou-se
mais nas mudanças qualitativas que quantitativas.

O seu mérito reside em que a sua teoria permite captar as grandes tendências de
desenvolvimento da criança e também permite encarar as crianças como sujeitos activos na
aprendizagem. A teoria de Piaget teve influência na educação através dos princípios de:

a) Aprendizagem por descoberta

b) Prontidão para aprendizagem e

c) Diferenças individuais

A teoria de Piaget parte de uma abordagem construtivista onde o papel do professor é o de


facilitar e não o de direccionar.

2.3.2 Elementos Do Pensamento


O pensamento caracteriza-se por três elementos a saber:

 Imagem;
 Acção;
 Representação.

A imagem refere-se a aparência física dos objectos e fenómenos. Por exemplo: se quiser
descrever a aparência física de seu pai você formará uma imagem visual do seu pai.

A acção acompanha o pensamento. As pessoas geralmente limitam os seus movimentos a


gestos como franzir a cara, morder o lápis, coçar a cabeça. Estas acções ocorrem quando
estamos a pensar. Quando isso acontece as pessoas que estão perto de nós nos perguntam:
“o que estás a pensar”? “Aconteceu alguma coisa” A acção refere-se a movimentos
relacionados com a linguagem, atitudes, manifestações e comportamentos.
16

A representação constitui a componente básica do pensamento. O pensamento envolve a


representação de itens que não estão imediatamente presentes. Ao conversar ou escrever
compartilhamos os nossos conceitos com as pessoas.

2.3.3 Tipos De Pensamento


O processo de pensamento actua de diversas formas. Diferentes indivíduos podem também
evidenciar diferentes tipos de pensamento. No início da nossa discussão sobre o
pensamento afirmamos que o pensamento ocorre sob forma de imagens segundo os
resultados de pesquisas realizadas. Isto quer dizer que ao pensamos sobre um objecto ou
fenómeno este é representado sob forma de imagem. Para compreendermos como decorre o
processo de pensamento importa referirmos sobre alguns dos tipos de pensamento mais
conhecidos:

 Pensamento visual-figurativo
 Pensamento abstracto
 Pensamento reprodutivo
 Pensamento criador.

Pensamento Visual-Figurado
Este tipo de pensamento baseia-se nas representações (gravuras, modelos, etc.) e permite a
que o indivíduo possa reflectir de uma forma diversificada a realidade dos objectos. Este
tipo de pensamento é mais comum em crianças em idade pré-escolar (entre os quatro e sete
anos de idade). As crianças nesta idade ainda não dominam as noções e o pensamento
encontra-se ainda ligado às acções práticas uma característica peculiar de desenvolvimento
das crianças em idade pré-escolar

Pensamento Abstracto
No pensamento abstracto o indivíduo não só usa imagens mentais como pressuposto básico
para a resolução de problemas ou para descrever as características dos objectos ou
fenómenos. Ele usa conceitos abstractos, isto é, abstrai-se dos modelos e das gravuras
usando também o processo verbal. Imaginemos que você pensa sobre um assunto por
exemplo em química ou matemática. Você vai utilizar noções e conceitos abstractos, vai
17

dar nomes aos fenómenos mesmo que não seja possível observa-los. A aquisição de
conceitos e noções abstractas ocorre num determinado período de desenvolvimento da
criança.

Pensamento Criador
O pensamento criador consiste sobretudo em conjugar elementos que normalmente são
tidos como independente, isto é, que não pertençam ao conjunto de características do
objecto ou fenómeno objecto do nosso pensamento para com eles produzir algo de novo. O
pensamento criador ou inovador é muito importante porque permite imaginar sobre coisas
novas que não existem no fenómeno objecto do nosso pensamento. Os cientistas usam
muito o pensamento criador para fabricar objectos novos.

2.3.4 Raciocínio
Uma das formas do pensamento é o raciocínio. O raciocínio é uma operação mental que faz
inferências de novos conhecimentos a partir do conhecimento dado. Neste caso, o
pensamento parte da análise de duas ou mais relações conhecidas, podem ser relações de
afirmação ou de negação, para concluir uma outra relação que estava implicitamente
contida.

Memoria

Capacidade que permite a codificação, o armazenamento e recuperação de dados. De forma


resumida a memória pode ser dividida em três processos: codificação, armazenamento e
recuperação/evocação.

Imaginação

Capacidade mental de representar imagens. Capacidade de evocar imagens de objectos


anteriormente percebidos. A imaginação pode ser entendida como o elo de ligação
entre o consciente e o subconsciente

Tipos de Imaginação
18

Imaginação reprodutora – refere-se ao poder do espírito de fazer reviver as imagens dos


objectos sensíveis, tais como aparecem pela primeira vez. Ou evocar imagens tal como
foram fixadas pela memoria
Imaginação criadora – poder do espírito de combinar imagens antigas para formar novos
agregados que os sentidos nunca presenciaram. Ou construção de estruturas representativas
novas, pela decomposição e novo arranjo de estruturas perceptivas anteriores.

2.5 Estratégias para estimular os processos psíquicos (cognitivos)


Estratégias para estimular pensamento e imaginação (criatividade / transferência
positiva de aprendizagem) dos alunos no PEA.

 Dar exercícios que desafiam as capacidades dos alunos;


 Apresentar problemas que existe na comunidade para os alunos proporem soluções
(meio ambiente, consumo de droga, violência domestica, HIV/SIDA, etc);
 Dar trabalhos de investigação;
 Relacionar a aula com a vivência do aluno;
 Centrar o ensino no aluno (utilizar métodos participativos);
 Encorajar os alunos para expressarem as suas ideias livremente;
 Utilizar meios de ensino adequados.
Estratégias para estimular a memorização (retenção / percepção) dos conteúdos

 Fazer revisão dos conteúdos;


 Dar exercícios de consolidação;
 Dar conteúdos em dosagens adequadas;
 Relacionar os conteúdos com a vivencia do aluno;
 Dar TPC;
 Dar trabalhos de investigação;
 Explicar os conteúdos de forma clara;
19

 Centrar o ensino no aluno (usar métodos activos);


 Usar meios de ensino adequados.
Estratégias para estimular a atenção (interesse ou motivação)

 Dar trabalhos em grupo;


 Centrar o ensino no aluno;
 Relacionar a aula com a vivencia do aluno;
 Explicar a importância da matéria para a vida do aluno;
 Indicar aos alunos os objectivos da aula
 Avaliar (avaliação formativa) sempre o desempenho dos alunos;
 Explicar os conteúdos de forma clara;
 Chamar os alunos pelos seus nomes durante a aula;
 Seleccionar bem os meios de ensino.

Relação entre aprendizagem e linguagem

Entre aprendizagem e linguagem há uma relação de interdependência. Para usarmos a


linguagem precisamos de aprendê-la, mas para aprendermos precisamos da linguagem.
20

3.0 Conclusão
Findo trabalho concluiu-se que existem vários tipos de processos psíquicos cognitivos
importantes, na aquisição, organização e utilização de conhecimento.
É de realçar que são as sensações que nos relacionam com o nosso próprio organismo e
com o mundo exterior, e a percepção permite ao indivíduo identificar, organizar e atribuir
significados aos estímulos que apreendem através dos órgãos sensoriais.
É através dos órgãos dos sentidos localizados ao longo da superfície do corpo, que chegam
no meio interno as mais diversas informações provenientes do meio externo, assim sendo,
podemos concluir que a sensação é o primeiro e principal processo cognitivo para a
sobrevivência do Homem na Natureza.
Para todos os efeitos e razões apresentadas, pode concluir se que, o Pensamento é
importantíssimo na vida de um indivíduo, em todas as etapas do seu desenvolvimento, pois,
em todos os momentos do desenvolvimento deparar-se-á com problemas e que para a sua
solução, a intervenção do pensamento é indispensável, tendo como auxílio a linguagem,
onde através dela exterioriza o pensamento.
21

4.0 Bibliografia
DAVIDOFF, L.. Introdução à Psicologia. 3ª Edição, São Paulo, Pearson Makron Books,
2001.

MULLER, F.L. História da Psicologia: Da antiguidade a Bergson. Portugal: Publicações


Europa-América, 2001.
NASCIMENTO, R. O. (2009). Processos cognitivos como elementos fundamentais para
uma educação crítica: Ciências & Cognição. Vol 14 (1). ISSN 1806-5821. Brasil: Minas
Gerais. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cc/v14n1/v14n1a18.pdf
PETROVKY, A. et all, Introdução a Psicologia Geral. Moscovo Lisboa – Portugal 1989.
SARAIVA, Augusto. Psicologia. 10ª ed. Educação Nacional, Portugal, 1972.

Você também pode gostar