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Processos Psíquicos
1º Ano
Universidade Rovuma
Extensão de Lichinga
2022
Anastância Cristina Ziade
Processos psíquicos
(Licenciatura em Ensino Básico)
Universidade Rovuma
Extensão de Lichinga
2022
Índice
1. Introdução.............................................................................................................................3
1.3. Metodologias...................................................................................................................3
2.2.1. Sensação............................................................................................................................4
2.3. Qualidade.............................................................................................................................5
2.4. Intensidade...........................................................................................................................5
2.5. Duração................................................................................................................................5
3. Percepção................................................................................................................................7
3.2................................................................................................................................................8
3.13. ALUCINAÇÃO...............................................................................................................11
4. Atenção.................................................................................................................................13
5. Pensamento...........................................................................................................................15
6. Memória................................................................................................................................18
8. Conclusão..............................................................................................................................24
9. Referências bibliográficas.....................................................................................................25
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1. Introdução
Os processos cognitivos são os processos que caracterizam a aquisição, a organização e a
utilização do conhecimento. Neste sentido, são diversos os processos que permitam ao
indivíduo a apreensão do mundo, bem como a explicação do comportamento humano, tais
como a atenção, a percepção, a representação e memória, a linguagem, o raciocínio e a
tomada de decisão.
1.3. Metodologias
Para a obtenção desde trabalho, o autor recorreu a consulta bibliográfica que versa sobre o
tema e, as obras usadas estão devidamente mencionadas na última página do mesmo trabalho.
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2. Processos Psíquicos
2.2.1. Sensação
Segundo SARAIVA (S/D:96) “ Sensação, é o estado da consciência provocado pela
excitação de um órgão sensorial”.
Sensação é a detecção pelo corpo de um estímulo externo ou interno através dos sentidos. É o
passo anterior para a percepção, ocorrendo antes que o cérebro seja capaz de interpretar o
significado do estímulo recém detectado.
É o fenómeno primário e mais simples de toda a vida prática, falando com rigor não pode
definir-se mas pode descrever-se como:
Uma sensação é a forma mais simples de processo mental. É apenas uma impressão produzida
no cérebro por um estímulo. Esse estímulo é detectado por um órgão sensorial e,
posteriormente, transmitido a um centro sensorial no cérebro, onde é traduzido no que
entendemos por sensação.
Sensação pura é algo que não ocorre em adultos, porque o cérebro interpreta imediatamente o
que está acontecendo. Dessa maneira, o estímulo recebido (que pode vir de fora e de dentro
do próprio corpo) imediatamente se torna uma percepção.
Sensações puras ocorrem apenas em bebés recém-nascidos, que ainda não conseguem
interpretar o significado dos estímulos. No entanto, na psicologia, falamos sobre sentimentos
para entender melhor o processo de interpretação que nos leva a ter percepções.
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2.3. Qualidade
A primeira característica fundamental das sensações é a sua qualidade. Tem a ver com o tipo
de estímulo que os produz; Por exemplo, um som produz uma sensação com uma qualidade
diferente de um sabor.
Por outro lado, dentro de estímulos do mesmo tipo, aqueles que produzem uma sensação
diferente também diferem em qualidade. Por exemplo, a cor vermelha tem uma qualidade
diferente da amarela e ambas têm uma cor diferente da cor azul. O mesmo vale para sons,
cheiros ou sabores.
Essa diferença de qualidade é explicada pela teoria de Muller sobre energia nervosa
específica. Segundo esse psicólogo da percepção, cada estímulo carrega consigo um tipo de
energia que estimula um órgão sensorial.
Por sua vez, isso transmite um tipo específico de energia ao cérebro através dos nervos
sensoriais (como o nervo óptico ou o nervo auditivo).
2.4. Intensidade
Característica que diferencia as sensações é sua intensidade. Mesmo que um estímulo tenha a
mesma qualidade que outro, ele pode ter uma intensidade maior, portanto a sensação que
causará será mais forte.
Dependendo do tipo de significado a que estamos nos referindo, a intensidade será traduzida
de uma maneira ou de outra. Por exemplo, uma luz fraca produz uma leve sensação de
luminosidade; pelo contrário, uma luz intensa causará uma sensação luminosa muito forte.
2.5. Duração
A duração é o tempo durante o qual a sensação é mantida após ter sido produzida. Essa
característica altera a parte subjectiva de uma sensação; Por exemplo, um som que dura dois
segundos será diferente do que um que dura trinta.
Limiar absoluto;
Limiar diferencial.
Sensações orgânicas;
Sensações especiais;
Sensações motoras ou cinestésicas.
As actividades de alguns órgãos internos enviam o estímulo para os nervos sensoriais, que o
transferem para o cérebro na forma de energia.
Algumas dessas sensações orgânicas são fome, sono, sede ou dor interna. Às vezes, eles
também são conhecidos como o “barómetro da vida”, porque nos informam sobre as
condições do nosso próprio corpo.
Outra de suas características mais peculiares é que elas não são fáceis de lembrar, ao contrário
de sensações especiais. Além disso, eles afectam profundamente o nosso bem-estar.
Sua principal função é fornecer informações sobre elementos externos para nós mesmos e,
devido à sua importância para a nossa sobrevivência, eles são mais facilmente distinguíveis
um do outro e existem mais tipos de tipos.
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Cegueira;
Surdez;
Falta de olfacto;
Falta de gosto;
Transtornos da sensibilidade;
Agnosias.
Estimular.
3. Percepção
Segundo FOUQUIÉ citado por RIBEIRO (2005:118) “ Percepção é o acto pelo qual o
espírito interpreta os dados sensoriais e os refere a um objecto exterior ou é o conhecimento
de um objecto externo, provocado por uma excitação sensorial e acompanhado de um
sentimento da realidade”.
Esta integridade da imagem, forma-se com base na sintetização dos conhecimentos sobre
diversas propriedades e qualidades do objecto, recebidas sob forma de sensação.
Nos seres humanos, as formas mais desenvolvidas são a percepção visual e auditiva, pois
durante muito tempo foram fundamentais à sobrevivência da espécie (A visão e a audição
eram os sentidos mais utilizados na caça e na protecção contra predadores). Além da
percepção ligada aos cinco sentidos, os humanos também possuem capacidade de percepção
temporal e espacial.
Percepção visual;
Percepção auditiva;
Percepção olfactiva;
Percepção Gustativa;
Percepção táctil;
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Percepção temporal;
Percepção espacial.
O tacto não é distribuído uniformemente pelo corpo. Os dedos da mão possuem uma
discriminação muito maior que as demais partes, enquanto algumas partes são mais sensíveis
ao calor.
3.13. ALUCINAÇÃO
Segundo a definição clássica de Bell, alucinação é a percepção sem objecto. Enquanto,
graças à ilusão, se deforma a realidade percebida, mediante a alucinação se acredita
perceber o que realmente não existe.
Alucinação auditiva – Denomina-se acusma a falsa percepção de ruídos (sibilos, tiros, etc.).
Fonema é a falsa percepção de palavras. Estas podem ser de pessoas conhecidas ou
desconhecidas, dirigidas ao doente ou não, bem compreensíveis, às vezes, ouvidas apenas por
um ouvido ou por ambos ao mesmo tempo. É possível ouvir também várias pessoas
simultaneamente.
Activas - quando o paciente acredita que toca em alguma coisa que não existe,
observando-se nas psicoses tóxicas e nos delírios místicos;
Passiva - quando o paciente é tocado por alguma coisa estranha, pessoa, animal ou
objecto. Não é raro que estas sensações se realizem nos órgãos genitais.
Alucinações gustativas e olfactivas – O doente queixa-se, por exemplo, de que sente veneno
na comida ou que puseram remédios para lhe roubar a potência. Observam-se na
esquizofrenia e na parafrenia, acompanhando-se, geralmente, de delírio de perseguição e de
influência.
Alucinações cenestésicas – Os pacientes têm sensação de que coisas anormais se passam com
seus órgãos. O coração não tem sangue, o estômago está perfurado, a medula foi torcida, o
cérebro está cheio de areia, o fígado passou para o lado esquerdo, etc. São comuns nos estados
neurasténicos, depressivos, nos delírios de negação, hipocondríaco, esquizofrenia, etc.
4. Atenção
A atenção é um mecanismo cognitivo através do qual exercemos controlo voluntário a sobre a
nossa actividade cognitiva e comportamental. Este mecanismo é dependente do controlo
voluntário e da consciência que se emprega a esses fenómenos enquanto formas de
processamento. A atenção é um processo complexo, de natureza hierárquica e multimodal,
que permite o processamento de informação sensorial, cognitiva ou motora, sendo impossível
processar todos os estímulos com os quais nos confrontamos.
Faz com que no cérebro surja uma zona de excitação enquanto outras estão em
inibição;
Supõe uma elevação do nível da actividade sensorial, intelectual e motora;
Graças a atenção a nossa actividade tem uma orientação definida e selectiva;
Atenção é quase sempre caracterizada com uma orientação selectiva da consciência
para uma determinada coisa;
Estabilidade da atenção – o facto de alguém se concentrar por muito tempo num
conteúdo. Determina-se pelo tempo durante o qual se pode manter a atenção.
Manifesta-se na concentração da energia nervosa exigida num determinado período do
tempo mais ou menos prolongado;
Distribuição da atenção – é a capacidade do sujeito de aperceber-se de vários objectos
simultaneamente; define-se pelo número de objectos ou fenómenos que podem ser
percebidos simultaneamente com o mesmo nível de precisão e clareza;
Orientabilidade – consiste na escolha voluntária, nas necessidades correspondentes,
nos objectivos e tarefas da sua actividade;
Mudança – consiste na capacidade de variar rapidamente de uma determinada atitude
nova para uma outra que corresponde às alterações efectuadas. Requer a agilidade de
actuação que é uma característica muito necessária quando a atenção passa de uma
actividade para outra ou de uma acção para outra;
Flutuação – são as mudanças involuntárias periódicas de curta duração do nível de
concentração (tensão) da atenção.
Selectiva;
Alternada;
Sustentada;
Concentrada.
Atenção Sustentada: ideal para quem precisa manter o foco durante um longo tempo, em
uma actividade ininterrupta e constante.
5. Pensamento
Etimologicamente, pensar significa avaliar o peso de alguma coisa. Em sentido amplo,
podemos dizer que o pensamento tem como missão tornar-se avaliador da realidade.
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Pensamento é um processo mental que permite aos seres modelarem o mundo e com isso lidar
com ele de uma forma efectiva e de acordo com suas metas, planos e desejos. O pensamento é
considerado a expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de imagens e ideias
revela justamente a vontade deste.
Pensamento reflexivo;
Pensamento crítico;
Pensamento analítico;
Pensamento lógico;
Pensamento sistémico;
Pensamento analógico;
Pensamento criativo;
Pensamento deliberativo;
Pensamento prático.
Pensamento reflexivo: esse tipo de pensamento foi exposto por um dos maiores estudiosos
norte-americanos, John Dewey, em seu livro: “como pensamos”. Neste livro, reconhece os
seguintes valores no pensamento reflexivo: facilita uma acção sistemática, orienta nossas
acções para um objectivo de maneira consciente, facilita o controlo entre o pensamento e a
acção e nos encoraja a procurar o significado de nossas acções ou das situações.
O pensamento reflexivo, de acordo com Dewey, refere-se às diferentes maneiras pelas quais
as ideias ou as situações podem ser representadas e expressas, o qual nos ajuda a aumentar a
consciência sobre nossas próprias acções. Em resumo, podemos dizer que esse tipo de
pensamento nos ajuda a planejar de maneira ordenada e da forma mais consciente nosso
comportamento de acordo com nossas expectativas.
Pensamento analítico: esse tipo de pensamentos nos ajuda a entender melhor uma situação,
classificando e/ou organizando a realidade para que possamos processá-la da melhor maneira.
As pessoas que adotam esse tipo de pensamento tendem a ter suas ideias bem claras e
definidas, pois fazem uma análise exaustiva e reflexiva sobre um problema ou situação. Isso é
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Pensamento lógico: esse tipo de pensamento é baseado na expressão das ideias de maneira
ordenada, o que pode nos levar a nos convencer que temos razão. As pessoas que adotam esse
tipo de pensamento são fundamentalmente baseadas nas regras que já estão estabelecidas por
um sistema lógico.
Pensamento criativo: esse tipo de pensamento refere-se à produção de novas ideias, novas
experiências, novas realidades, pois as pessoas que adotam normalmente com esse tipo de
pensamento acreditam que tudo são possíveis, para que não sejam limitadas na hora de criar.
6. Memória
Para SARAIVA (S/D:138) “A memória é o conjunto das funções psíquicas de fixação,
evocação e reconhecimento”
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Ela está intimamente relacionada com os fenómenos de associação. Porém, para que estes
sejam associados é necessário que se tenham conservado no espírito e possam reaparecer pois
a associação é a lei fundamental da memória.
Memória sensorial;
Memória a curto prazo;
Memória imediata;
Memória de trabalho
Memória sensorial: a memória sensorial é um tipo de memória que tem origem nos órgãos
sensitivos. As informações obtidas pelos sentidos são armazenadas por um curtíssimo espaço
de tempo (0,1 a 2 segundos). Se a informação armazenada não for processada perde-se se for
passa para a memória a curto prazo.
Memória a curto prazo: este tipo de memória retém informação durante um período
limitado de tempo, podendo ser esquecida ou passar para a memória de longo prazo. Na
memória a curto prazo pode-se distinguir duas memórias: memória imediata e memória de
trabalho.
Memória imediata: a informação recebida fica retida durante um curto período de tempo
(cerca de 30 segundos).
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Memória de trabalho: neste tipo de memória mantemos a informação enquanto ela nos e
útil. A memória de trabalho reporta-se as actividades mentais em que o objectivo não é a sua
memorização, mas que, não obstante disso, implicam uma certa memorização para se
poderem aplicar de modo eficaz. Este tipo de memória é utilizada por exemplo quando o
patrão pede que no dia seguinte cheguemos uma hora mais cedo, manterás na memória esta
informação, que irá ser esquecida depois de a teres cumprido o pedido, ou seja, depois de
teres chegado uma hora mais cedo. Chama-se memória de trabalho à actividade de
armazenamento e de utilização de informação ligada especificamente à realização de uma
tarefa: refere-se, portanto, a um tipo de memória que trabalha.
Memória declarativa também pode ser designada por explícita ou memoria com registo,
(implica a consciência do passado, levando a reportarmo-nos a acontecimentos, fatos e
pessoas que conhecemos/ aconteceram no passado. Este tipo de memória reúne tudo o que
podemos evocar/declarar por meio de palavras (daí o termo declarativa). Distinguem-se, neste
tipo de memória, dois subsistemas: a memória episódica e a memória semântica;
Episódica: quando envolve eventos datados, recordações (rosto de amigos pessoas famosas,
músicas, fatos e experiências pessoais) ou seja relacionados com o tempo.
Semântica: abrange a memória do significado das palavras. Este tipo de memória refere-se ao
conhecimento geral sobre o mundo (fórmulas matemáticas, regras gramaticais, leis da
química, fatos históricos, etc.
Memória não-declarativa: difere-se da memória declarativa porque esta não precisa ser
declarada (enunciada). É uma memória automática. É a memória usada para procedimentos e
habilidades, como por exemplo: andar de bicicleta, jogar bola, atar os cordões, lavar os
dentes, ler um livro, etc. A memória não declarativa também pode ser designada por memória
implícita ou sem registo.
A memória tem, pelo menos, três funções: codificar e armazenar o mais variado tipo de
informações e conhecimentos, recuperar a informação quando dela precisamos e esquecer.
Conforme esta autora, caso alguma dessas funções esteja comprometida, o indivíduo pode
apresentar dificuldades para analisar e executar as tarefas de forma independente e autónoma.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2002), função ou funcionalidade passa a englobar
a capacidade do indivíduo para executar as actividades que integram o seu quotidiano (CIF,
2004).
Para Sternberg (2012), é através dos processos mentais que o homem conhece objectos e
pessoas, desenvolve as suas capacidades de falar, ler, escrever, planear e executar acções,
adquirindo mecanismos internos para pensar, tomar decisões e recordar fatos. Os processos
mentais, também indicados como processos cognitivos, possibilitam a interacção do indivíduo
com o meio, daí o uso frequente de funções cognitivas. Nestas funções podemos incluir as
funções receptivas e as funções expressivas.
funções que entendemos a maioria dos componentes, desde o mais simples até as situações de
maior complexidade, exigindo estas actividades cerebrais mais elaboradas.
Essas funções derivam tanto das interacções de processos inatos quanto de processos
adquiridos, junto a relações do individuo de experiência e vivência com o meio.
Apesar das distinções desses processos é por meio de sua relação e influência que se pode
compreender a dinâmica da mente, pois eles interagem e até dependem de outros processos.
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8. Conclusão
Como votos, tendo realçado no início da embarcação leva-se em mente que a capacidade de
lembrar o que foi de algum modo vivido. Ela corresponde as seguintes operações ou
processos: a aquisição, a fixação, a evocação, o reconhecimento e a localização das
informações resultantes de percepções e aprendizagem. A memória facilita a organização, a
fixação e retenção do aprendido, assim como a sua evocação, quando essa informação for
necessária. Não haveria evolução dos nossos conhecimentos se na medida que adquiríssemos,
os perdêssemos. A memoria conserva o passado e permite incorpora-lo na estrutura cognitiva
do sujeito.
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9. Referências bibliográficas
.
RIBEIRO, J. Bonifácio & SILVA, José da; Compêndio de Filosofia 6º e 7º ano Liceal; 9. ed.;
Livraria Popular de Francisco Franco, Lisboa; 2005
American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders. 4th
ed. Washington (DC); 1994Moya, J. M. O. (s.f.). Procesos cognitivos y tipos de pensamiento.