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Alberto Carlitos Domingos

Isac Celestino Mangueci


Manuel Maurinho E. Nhamitambo
Salia Jorge Matias
Samuel Tomas Machimba
Ussene Ernesto Domingos

Caracterização Dos Fenómenos Psíquicos

INSTITUTO MEDIO PROVINCIAL DA FRELIMO


Beira, 2023
Alberto Carlitos Domingos
Isac Celestino Mangueci
Manuel Maurinho Elissa Nhamitambo
Salia Jorge Matias
Samuel Tomas Machimba
Ussene Ernesto Domingos

Caracterização Dos Fenómenos Psíquicos

Docente: Dr. Manuel

INSTITUTO MEDIO PROVINCIAL DA FRELIMO


Beira, 2023
Índice

Introdução ………………………………………………………………………………….... 5

1.1. Objectivos............................................................................................................................6

1.1.1. Objectivo geral..................................................................................................................6

1.1.2. Objectivos específicos......................................................................................................6

2. Metodologias..........................................................................................................................6

3. Conceito dos Fenómenos Psíquicos........................................................................................7

3.1. Classificação dos Fenómenos Psíquicos..............................................................................7

3.2. Sensação………………………………………………………………………………….. 7

3.2.1.1. Sensações Visuais..........................................................................................................8

3.2.1.2. Sensações auditivas........................................................................................................8

3.2.1.3. Sensações olfactivas.......................................................................................................8

3.2.1.4. Sensações gustativas......................................................................................................8

3.2.1.5. Sensações factivas..........................................................................................................8

3.2.1.6. Sensações Espaciais.......................................................................................................8

3.3. A percepção.........................................................................................................................9

3.3.1. Tipos de percepções..........................................................................................................9

3.3.1.1. Percepção visual.............................................................................................................9

3.3.1.2. Percepção auditiva.........................................................................................................9

3.3.1.3. Percepção gustativa........................................................................................................9

3.3.1.4. Percepção olfactiva......................................................................................................10

3.3.1.5. Percepção táctil............................................................................................................10

3.3.1.6. Percepção temporal......................................................................................................10

3.4. Imaginação.........................................................................................................................10

3.5. Pensamento........................................................................................................................10

3.6. Linguagem.........................................................................................................................11
3.7. Memória ……………………………………………………………………………..…. 12

3.7.1. Codificação.....................................................................................................................12

3.7.2. Armazenamento..............................................................................................................12

3.7.3. Evocação ou reprodução.................................................................................................12

3.7.4. Tipos de memória...........................................................................................................12

3.7.5. Memória sensorial...........................................................................................................13

3.7.6. Memoria a curto prazo....................................................................................................13

3.7.7. Memoria Imediata...........................................................................................................13

3.7.8. Memória de trabalho.......................................................................................................13

3.7.9. Memoria a longo prazo: Memória declarativa e Memoria não declarativa....................13

3.8. Emoções………………………………………………………………………………… 14

3.8.1. Classificação das Emoções.............................................................................................14

3.8.1.1. Emoções Primárias.......................................................................................................14

3.8.1.2. Emoções secundárias...................................................................................................14

3.8.1.3. Emoções de Fundo.......................................................................................................15

3.8.2. Funções das emoções......................................................................................................15

3.9. Vontade ……………………………………………………………………………….... 15

3.10. Sentimentos......................................................................................................................15

3.11. Carácter............................................................................................................................16

Conclusão …………………………………………………………………………………… 17

Referências Bibliográficas........................................................................................................18
Introdução

O presente trabalho com o tema caracterização dos fenómenos psíquicos, tem como
objectivo principal fazer a revisão bibliográfica do tema caracterização dos fenómenos
psíquicos, onde a metodologia utilizada para a realização do trabalho foi a pesquisa
bibliográfica.
Começar por dizer que a palavra psíquica vem do Grego Psićque significa (Mente). A
expressão fenómeno psíquico, empregada no conceito moderno de psicologia, é útil, portanto,
para de limitar um campo de investigação, sem lançar mão de pressuposições como a de uma
alma ou de uma substância que possua as actividades psíquicas como uma propriedade sua.
E sobre os fenómenos psicológicos, referem-se a processos que acontecem em nosso
mundo interno e que são construídos durante a nossa vida. São processos contínuos, que nos
permitem pensar e sentir o mundo, nos comportarmos das mais diferentes formas, nos
adaptarmos à realidade e transformá-la. Os processos psíquicos compreendem os processos
conscientes ou inconscientes.
Importa-nos trazer neste trabalho a lucidez das propriedades psíquicas que são
fenómenos psíquicos que geralmente se reflectem nas condições e em determinadas
actividades realizadas pelo homem tornando-se característica duráveis e estáveis que
permitem a diferenciação de um indivíduo do outro tais como: tendência, carácter, aptidão e o
temperamento.
Agora, os estados psíquicos são fenómenos psíquicos que geralmente acompanham os
processos psíquicos, servindo-lhe de fundo pois não são fenómenos independentes. O estado
psíquico exerce influências sobre os fenómenos psíquicos que acompanham sofrendo
condicionamento, a influência de outras actividades psíquicas.
Por fim, com este trabalho será possível percebermos a temática da caracterização dos
fenómenos psíquicos. Portanto, o trabalho tende a ilustrar de forma positiva a importância dos
fenómenos psíquicos, este tema em pesquisa poderá ser um tema que contribuirá de forma
científica aos estudantes, a sociedade, e toda comunidade estudantil, que queiram sabre a
disciplina da Psicopedagogia.
O trabalho apresenta a seguinte estrutura: Introdução (contextualização do trabalho),
Objectivos da pesquisa, Metodologia da pesquisa; Apresentação e discussão dos resultados; a
conclusão e as referências bibliográficas.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral

 Fazer a revisão bibliográfica do tema caracterização dos fenómenos psíquicos.

1.1.2. Objectivos específicos

 Apresentar o conceito da caracterização dos fenómenos psíquicos;


 Caracterizar as propriedades da caracterização dos fenómenos psíquicos;
 Descrever os conceitos dos fenómenos psíquicos como a sensação, percepção,
imaginação, pensamento, imaginação, memoria, emoções, vontades, sentimentos e
carácter.

2. Metodologias

Quanto aos procedimentos técnicos, foram utilizados a pesquisa bibliográfica. Para o


efeito do presente trabalho recorremos ao método de pesquisa bibliográfica como o método
crucial para a concretização do mesmo.
O primeiro passo realizado na construção do trabalho foi o resgate bibliográfico, com
leitura, fichamento e análise de livros, teses, dissertações, monografias e artigos acerca de
tema como caracterização dos fenómenos psíquicos. Segundo Gil (2008), uma das principais
vantagens desse tipo de pesquisa é permitir ao pesquisador, uma série de fenómenos muito
mais ampla do que aquela obtida apenas por meio de pesquisas directas.

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3. Conceito dos Fenómenos Psíquicos

Fenómenos psíquicos são conjunto de características psicológicas de um indivíduo, ou


conjunto de fenómenos psíquicos e processos mentais (DAMASIO, 2000).
Assim, os fenómenos psíquicos são representados pelas manifestações primeiras da
psique e ainda pelas propriedades que oferecem, sem incluir a causa substancial que
eventualmente tenha.

3.1. Classificação dos Fenómenos Psíquicos

Os fenómenos psíquicos classificam-se como segundo Abreu (2005):


 Sensação;
 A percepção;
 Imaginação;
 Pensamento;
 Imaginação;
 Memoria;
 Emoções;
 Vontades;
 Sentimentos;
 Carácter.

3.2. Sensação

Sensação é reacção física do corpo ao mundo físico, sendo regida pelas leis da física,
química, biologia, que resulta na activação das áreas primárias do córtex cerebral. Vivência
simples, produzida pela acção de um estímulo (externo ou interno: luz, som, calor, etc)
(BALLONE, 2007, pp. 44-46).
3.2.1. Tipos de sensações
 Sensações Visuais;
 Sensações auditivas;
 Sensações olfactivas;
 Sensações gustativas;
 Sensações Factivas;
 Sensações Espaciais.

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3.2.1.1. Sensações Visuais

O órgão sensorial que controla as nossas sensações visuais é o olho. Quando os nossos
olhos captam raios de luz a imagem que está no nosso horizonte é nítida na retina, de seguida
a lente (cristalino) está logo atrás da pupila, dobra e foca a imagem que é depois enviada para
a parte de trás do olho! A parte de trás do olho está formada por milhares de células.

3.2.1.2. Sensações auditivas

O nosso órgão sensorial que predomina nele as sensações auditivas é o ouvido. As


vibrações ao qual chamamos de som, entra no nosso ouvido e faz o nosso tímpano vibrar. Este
ao abanar faz vibrar três osso chamados ossículos (martelo, bigorna, estribo) que enviam as
vibrações para a cóclea.
A cóclea é um órgão cheio de água que detecta a frequência do som e envia-a ao
cérebro. A parte do córtex cerebral responsável por a audição reconhece o som e aí temos uma
sensação auditiva.

3.2.1.3. Sensações olfactivas

O órgão responsável pelo olfacto e também uma parte do sistema respiratório é o


nariz. As moléculas aromáticas (cheiros) são inaladas (misturadas no ar) pelo nariz, onde, um
conjunto de várias células chamado de epitélio olfactivo.

3.2.1.4. Sensações gustativas

Pelo gosto, é possível saber se aprecia um determinado tipo de alimento ou não. Os


receptores do paladar detectam químicos dos alimentos dissolvidos na saliva.

3.2.1.5. Sensações factivas

O sentido tacto está em toda a pele. Temos milhares de nervos na pele que, conforme a
pressão que recai sobre ele, envia sinais ao cérebro e aí temos uma sensação factiva.

3.2.1.6. Sensações Espaciais

O sentido do equilíbrio tem a ver com a sensação de lateralidade, de em cima, em


baixo. É responsável pela sensação de elevação, de queda. Um dos seus desvios é a tontura.
Funciona a partir de um intrincado sistema de órgãos minúsculos existente no ouvido interno.

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3.3. A percepção

A percepção é apenas uma consequência da nossa sensação e nem sempre está


inteiramente disponível a nossa consciência, pois é filtrada pelo mecanismo da atenção, sono
e emoção (BALLONE, 2007, pp. 48-49).

3.3.1. Tipos de percepções

 Percepção auditiva;
 Percepção visual;
 Percepção gustativa;
 Percepção olfactiva;
 Percepção táctil;
 Percepção temporal.

3.3.1.1. Percepção visual

Percepção visual uma das percepções mais desenvolvidas nos seres humanos e é
Caracterizada pela recepção de raios luminosos pelo sistema visual. O princípio do
fechamento (Gestalt) é melhor compreendido em relação a imagens do que a outras formas de
percepção. A percepção visual compreende a percepção de formas, relações espaciais
(profundidade), cores, movimentos, intensidade luminosa.

3.3.1.2. Percepção auditiva

Percepção Auditiva também considerada uma das percepções mais desenvolvida nos
seres humanos. É a percepção de sons pelos ouvidos e uma aplicação particularmente
importante da percepção auditiva é a música. A percepção auditiva compreende: percepção de
timbres, alturas ou frequências, intensidade sonora, volume, ritmo e localização auditiva,
sendo um aspecto associado a percepção espacial que permite distinguir o local de origem do
som.

3.3.1.3. Percepção gustativa

Percepção gustativa Importante para nossa sobrevivência, evitado que ingerimos


alimentos estragados. O paladar é o sentido dos sabores pela língua, sendo o principal factor
dessa modalidade de percepção a discriminação dos sabores doce, amargo, azedo e salgado.

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3.3.1.4. Percepção olfactiva

Percepção olfactiva importante na afectividade (memória olfactiva) e também na nossa


alimentação. O olfacto é a percepção de odores pelo nosso nariz. A percepção olfactiva
engloba a discriminação de odores, o que diferencia um odor dos outros e o efeito de sua
combinação. O alcance olfactivo nos seres humanos é limitado.

3.3.1.5. Percepção táctil

Percepção táctil também importante na afectividade e é sentido pela pele do corpo


todo, embora sua distribuição não seja uniforme. Os dedos da mão possuem uma
discriminação muito maior do que as demais partes, assim como algumas áreas são mais
sensíveis ao calor que outras. A percepção táctil permite reconhecer a presença, a forma e o
tamanho dos objectos em contanto com o corpo, bem como sua temperatura. Importante
também na percepção da dor.

3.3.1.6. Percepção temporal

Percepção temporal não existe órgãos específicos para a percepção de tempo e esbarra
no próprio conceito da natureza do tempo. Essa percepção é desenvolvida com as próprias
experiências e é adquirida com o passar das idades.

3.4. Imaginação

A imaginação é uma capacidade mental que permite a representação de objectos


segundo aquelas qualidades dos mesmos que são dadas à mente através dos sentidos -
segundo a concepção sartriana apresentada em sua obra O imaginário: psicologia
fenomenológica da imaginação. Em filosofia, tais qualidades são chamadas de qualidades
secundárias quando a erecção do subconsciente se pronuncia à da consciência (BALLONE,
2007, pp. 50-51).

3.5. Pensamento

O pensamento é a capacidade de compreender, formar e organizar conceitos,


representando-os na mente. Diz respeito à habilidade em manipular conceitos mentalmente,
estabelecendo relações entre eles ligando-os e confrontando-os com elementos oriundos de
outras funções mentais (percepção, memória, linguagem, afecto, atenção, etc.) e criando
outras representações (novos pensamentos). Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o
pensamento não é uma habilidade cognitiva exclusiva da espécie humana. Pode-se dizer que
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os animais, como um todo (excepção feita aos que não possuem sistema nervoso como as
esponjas e, talvez, dos cnidários), possuem algum tipo de estruturação de pensamento
(compreendido no sentido lato, ou seja, a capacidade de processar informação através de um
sistema nervoso organizado), mas obviamente sem ter o nível de complexidade alcançado
pelos seres humanos. O pensamento está geralmente associado com a resolução de problemas,
tomadas de decisões e julgamentos.
 Lógica e raciocínio formal ou natural
 Formação de conceitos
 Resolução de problemas
 Julgamento e tomada de decisão

3.6. Linguagem

A linguagem refere-se à capacidade de receber, interpretar e emitir informações para o


ambiente. Dentre os temas estudados pela psicologia cognitiva, a linguagem é um dos mais
pesquisados, junto com a memória e a inteligência, porque é área de interesse de várias
ciências, como a antropologia, a sociologia, a filosofia e a comunicação (DAMASIO, 2000).
Dentre as habilidades que caracterizam a espécie humana, a linguagem tem sido
aquela mais apontada pela maioria dos autores. Através da linguagem, conseguimos
manipular de forma abstracta os símbolos linguísticos, permitindo desta forma a troca de
informações entre as pessoas.
A linguagem reflecte, em boa medida, a capacidade de pensamento e abstracção,
embora seja uma função mental distinta do pensamento: uma pessoa pode ter transtornos na
linguagem (por5 exemplo, uma afasia) e manter a função do pensamento preservada, mas se
tiver um transtorno de pensamento (como pode ocorrer, por exemplo na esquizofrenia), a
linguagem será mais ou menos prejudicada. A habilidade linguística é desenvolvida de forma
integrada com os processos cognitivos. À medida que as funções mentais vão se
desenvolvendo e tornando-se mais complexas, a linguagem vai ampliando seus recursos.
 Gramática e Linguística
 Fonética e fonologia
 Aquisição de linguagem

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3.7. Memória

A memória1 é a capacidade de registar, armazenar e evocar as informações recebidas e


processadas pelo organismo (ABREU, 2005). Ela é provavelmente uma das funções mentais
mais estudadas pela psicologia Cognitiva, juntamente com a linguagem e a inteligência.
Talvez isso se deva ao fato de que é relativamente simples solicitar a memorização e
recordação de informações através das experiências. Contudo, existe um número expressivo
de modelos de memória, categorizando-as de várias formas. Resumidamente, a memória pode
ser dividida em três processos.
 Codificação;
 Armazenamento;
 Evocação ou reprodução.

3.7.1. Codificação

Codificação Processo de entrada e registo inicial da informação. A codificação diz


respeito à capacidade que o aparato cognitivo possui de captar a informação e mantê-la activa
por tempo suficiente para que ocorra o processo de armazenamento, segunda etapa da
memória.

3.7.2. Armazenamento

Armazenamento Capacidade de manter a informação pelo tempo necessário para que,


posteriormente, ela possa ser recuperada e utilizada.

3.7.3. Evocação ou reprodução

Evolução ou reprodução Capacidade de recuperar a informação registada e


armazenada, para posterior utilização por outros processos cognitivos (pensamento,
linguagem, afecto, etc.).

3.7.4. Tipos de memória

Os tipos de memória são:


 Memória sensorial;
 Memoria a curto prazo;

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A memória é o que permite a aprendizagem pois é através da memória que os conhecimentos se consolidam. E
só o que aprendemos com a memória, nos possibilita aprender coisas novas (aumentando assim o nosso
conhecimento). Portanto Podemos definir memória como o processo cognitivo que inclui, consolida e recupera,
toda a informação que aprendemos.
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 Memoria Imediata;
 Memória de trabalho;
 Memoria a longo prazo: Memória declarativa e Memoria não declarativa.

3.7.5. Memória sensorial

A memória sensorial é um tipo de memória que tem origem nos órgãos sensitivos.
As informações obtidas pelos sentidos são armazenamento por um curtíssimo espaço de
tempo (0,1 a 2 segundo). Se for a informação armazenada não for processada perde-se se for
para a memoria a curto prazo.

3.7.6. Memoria a curto prazo

Este tipo de memória retém informação durante um período limitado de tempo,


podendo Ser esquecida ou passar para a memória de longo prazo. Na memória a curto prazo
pode-se distinguir duas memórias: memória imediata e memória de trabalho.

3.7.7. Memoria Imediata

A informação recebida fica retida durante um curto período de tempo (cerca de 30


segundos). Investigações efectuadas vieram mostrar que podemos conservar sete elementos
(letras, palavras, algarismos, etc), variando entre cinco e nove unidades

3.7.8. Memória de trabalho

Neste tipo de memória mantemos a informação enquanto ela nos é útil. A memória de
Trabalho reporta-se as actividades mentais em que o objectivo não é a sua memorização, mas
que, não obstante disso, implicam uma certa memorização para se poderem aplicar de modo
eficaz.

3.7.9. Memoria a longo prazo: Memória declarativa e Memoria não declarativa

Memória declarativa também pode ser designada por explícita ou memoria com
registo, (implica a consciência do passado, levando a reportarmo-nos a acontecimentos, fatos
e pessoas que conhecemos/aconteceram no passado).
É devido a este tipo de memória que consegues descrever as funções das áreas pré-frontais: os
heterónimos de Fernando Pessoa, o nome dos teus amigos, o aniversário da tua mãe. Este tipo
de memória reúne tudo o que podemos evocar/declarar por meio de palavras (daí o termo
declarativa).

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3.8. Emoções

Emoções são uma experiência subjectiva, associada a temperamento, personalidade e


motivação. A palavra deriva do latim emovere, onde o e- (variante de ex-) significa "fora" e
movere significa "movimento”. Seja para lidar com estímulos ambientais, seja para comunicar
informações sociais biologicamente relevantes, as emoções apresentam diversos componentes
adaptativos para mamíferos com comportamento social complexo, sendo cruciais, até mesmo,
para a sua sobrevivência. Não existe uma taxionomia ou teoria para as emoções que seja geral
ou aceite de forma universal. Várias têm sido propostas, como: Tristeza (litografia de Vincent
van Gogh, 1882).
Comportamentos gerados e as expressões emocionais. As pessoas frequentemente se
comportam de certo modo como um resultado directo de seus estados emocionais, como
chorando, lutando ou fugindo. Ainda assim, se pode ter a emoção sem o seu correspondente
comportamento, então nós podemos considerar que a emoção não é apenas o seu
comportamento e muito menos que o comportamento seja a parte essencial da emoção. A
Teoria de James-Lange propõe que as experiências emocionais são consequência de
alterações corporais. A abordagem funcionalista das emoções (como a de Nico Frijda)
sustenta que as emoções estão relacionadas a finalidades específicas, como fugir de uma
pessoa ou objecto para obter segurança.

3.8.1. Classificação das Emoções

Existem três tipos de emoções nomeadamente:

 Primaria;

 Secundaria e as de

 Fundo.

3.8.1.1. Emoções Primárias

Emoções primárias são aquelas facilmente perceptíveis pelas pessoas, como por
exemplo, o medo e a alegria.

3.8.1.2. Emoções secundárias

Emoções secundárias não são tão fáceis de notar, como por exemplo, o nervosismo, a
culpa ou a vergonha, a inveja

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3.8.1.3. Emoções de Fundo

Emoções de fundo são as não perceptíveis, como por exemplo, a calma ou fadiga.

3.8.2. Funções das emoções.

Para Damásio a emoção tem duas funções biológicas: A primeira produz uma reacção
específica para a situação indutora e a segunda função é de Homeostase, regulando o estado
interno do organismo, visando essa reacção específica. Ou seja, as emoções são a forma que a
natureza encontrou para proporcionar aos organismos comportamentos Rápidos e eficazes
orientados para a sua sobre vivência.

3.9. Vontade

Vontade é a capacidade através da qual tomamos posição frente ao que nos aparece.
Diante de um fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo. Antes um pensamento, podemos afirmá-
lo, negá-lo ou suspender o juízo sobre ele (BO CK, 2002).

3.10. Sentimentos

Sentimentos são o que seres biológicos são capazes de sentir nas situações que
vivenciam. Por exemplo, medo é uma informação de que há risco, ameaça ou perigo directo
para o próprio ser ou para interesses correlatos (BALLONE, 2007, pp. 53-55).
A empatia é informação sobre os sentimentos dos outros. Esta informação não resulta
necessariamente na mesma reacção entre os receptores, mas varia, dependendo da
competência em lidar com a situação, e como isso se relaciona com experiências passadas e
outros factores.
O sistema límbico é a parte do cérebro que processa os sentimentos e emoções. A
medicina, biologia, filosofia, matemática e a psicologia estudam o sentimento humano. Os
sentimentos são únicos aos seres humanos, podemos considera-los uma evolução das
emoções.
O sentimento é um auto percepção do próprio corpo, acompanhada pela percepção de
pensamentos com determinados temas e pela percepção de um modo de pensar. O sentimento
pressupõe necessariamente um juízo sobre um conjunto de auto percepções e neste sentido
sentimento assemelha-se a um tipo de meta cognição, porém na sua essência, os sentimentos
são ideias.
Resumindo, os sentimentos são ideias sobre o corpo e/ou organismo, quando este é
perturbado de alguma forma pelos processos emocionais. Os sentimentos são mais
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conscientes que a emoção, pois enquanto as emoções muitas vezes chegam ao ser humano e
aos animais de forma inconsciente, o sentimento é uma espécie de juízo sobre essas emoções,
que devido às emoções serem inconscientes, nem sempre corresponde à verdade.

3.11. Carácter

Carácter é um termo usado em psicologia como sinónimo de personalidade. Em


linguagem comum o termo descreve os traços morais da personalidade. Muitas pessoas
associam o carácter a uma característica relacionada à Genética, o que não ocorre. O carácter
de uma pessoa é algo Independente de sua referência genética. As escolas da caracteriológica
alemãs e franco-holandesa esforçaram-se por dar aos dois termos (personalidade e carácter)
um significado diferente, sem que, no entanto, se chegasse a um consenso.
Carácter refere-se ao conjunto de disposições congénitas, ou seja, que o indivíduo
possui desde seu nascimento e compõe, assim, o esqueleto mental do indivíduo;
Já a personalidade, é definida como o conjunto de disposições mais "externas", como
que a "musculatura mental" - todos os elementos constitutivos do ser humano que foram
adquiridos no correr da vida, incluindo todos os tipos de processo mental.

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Conclusão

Chegamos a conclusão que os fenómenos psíquicos são representados pelas


manifestações primeiras da psique e ainda pelas propriedades que oferecem, sem incluir a
causa substancial que eventualmente tenham Assim, a memória é o que permite a
aprendizagem pois é através da memória que os conhecimentos se consolidam. No entanto, a
emoção é uma experiência subjectiva que envolve a pessoa toda, a mente e o corpo. É uma
reacção complexa desencadeada por um estímulo ou pensamento e envolve reacções
orgânicas e sensações pessoais. Diferentemente dos Sentimentos que são o que seres
biológico s são capazes de sentir nas situações que vivenciam.
Deste modo, Vontade é a energia ou força interior, um desejo ou um impulso que leva
os indivíduos a envolverem-se em certos comportamentos. Já o Temperamento é um aspecto
da personalidade que aponta as particularidades do comportamento.
No entanto, as aptidões São Habilidade de realizar uma tarefa de forma correcta. Do
latim “aptitudine ” que significa “capaz de ”. Ter aptidão é reunir um conjunto de
características indicativas das habilidades próprias do indivíduo, que o torna capaz de adquirir
algum conhecimento específico. É a capacidade de aprender. Contusos, o carácter são a
definição da personalidade de uma pessoa. É a forma predominante de agir de cada um; é
individual, o resultado da junção de todos os seus traços comportamentais.

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Referências Bibliográficas

ABREU, E. (2005). Psiquiatreia, revistas e cadernos. LISBOA: PPe Editores.


BALLONE, O. (2007). psicologia comportamental cognitiva. São Paulo: FForbe.
BO CK, T. (2002). Fenomenos psiquicos . EUA: Fij Editores.
DAMASIO, J. (2000). Processos e fenomenos psiquicos (apostila). Porto: 2 Ed.
GIL, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (6ª ed.). São Paulo: Atlas.

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