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Universidade Politécnica - Á Politécnica

Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias

Psicologia Clínica

2º Semestre

Processos Psicossociais

Quelimane
2022

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Processos Psicossociais

Trabalho de pesquisa, apresentado como exigência


do programa de aulas da cadeira de Processos
Psicológicos do Curso de Licenciatura em
Psicologia Clínica do Instituto Superior de
Humanidades Ciências e Tecnologias. Leccionada
pela:
Docente:

Quelimane
2022

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Índice
1. Introdução..................................................................................................................................4

1.1. Objectivos..........................................................................................................................4

1.1.1. Objectivo Geral..........................................................................................................4

1.1.2. Objectivos Específicos...............................................................................................4

1.2. Metodologia.......................................................................................................................5

1.3. Estruturação do Trabalho....................................................................................................5

CAPÍTULO I....................................................................................................................................6

2. Matrimónio.................................................................................................................................6

2.1. Conceito Geral....................................................................................................................6

2.2. Breve historial....................................................................................................................6

2.3. Matrimônio como factor psico-social.................................................................................7

2.4. Matrimônio ou casamento segundo a Legislação Moçambicana........................................8

2.5. Matrimónio como Sacramento...........................................................................................8

CAPÍTULO II..................................................................................................................................9

2.6. Tipos de Matrimónio..........................................................................................................9

2.7. Regime de bens no casamento..........................................................................................10

2.8. Importância do Matrimônio..............................................................................................10

CAPÍTULO III...............................................................................................................................11

2.9. Matrimônio ou casamento prematuro em Moçambique....................................................11

2.9.1. Factores que influenciam no matrimônio prematuro em Moçambique.....................11

2.9.2. Legislação e documentos oficiais relacionados ao combate aos Matrimônios


prematuros................................................................................................................................11

CAPÍTULO IV...............................................................................................................................13

3. Conclusão.................................................................................................................................13

4. Referências Bibliográficas........................................................................................................14

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1. Introdução

O presente trabalho aborda sobre os Processos Psicossociais mais concretamente, suas


representações, atitudes, valores e normas. Os processos psicossociais alcançaram uma
ênfase em seu desenvolvimento científico no início do século XX com o incremento do
processo de industrialização e a necessidade do aumento da produtividade. Desde então,
diversos autores têm estudado formas de melhorar a eficiência dos processos e a eficácia do
resultado. (Chiavenato, 2001; Maximiano, 2000; Myers, 1999).

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Apresentar um estudo contextual e objectivo sobre os processos psicossociais.

1.1.2. Objectivos Específicos

 Indicar o conceito de processos psicossociais;


 Apresentar e contextualizar as atitudes e representações psicossociais;
 Indicar valores e normas psicossociais.

1.2. Metodologia

O trabalho realizado foi elaborado muito sucintamente através da seguinte metodologia:

 Pesquisa bibliográfica/consulta de sítios na internet, esta última essencialmente para


a caraterização das realidades apresentadas no que concerne aos processos
psicossociais;
 Sintetização de toda a informação recolhida;
 Desenvolvimento teórico das principais representações, atitudes, valores e normas
dos processos psicossociais.

1.3. Estruturação do Trabalho

O presente trabalho foi dividido em 4 capítulos, constando no primeiro uma introdução


ao assunto deste trabalho, os conceitos iniciais, e ainda são listadas as principais normas

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sobre o assunto, bem como os objetivos da pesquisa, descrição da metodologia, as
limitações e a descrição dos capítulos e nos presentes Capítulos podemos encontrar a.

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2. Processos psicossociais

2.1. Conceito Geral

O processo psicossocial tem a intenção de compreender e explicar a maneira pela


qual os pensamentos, sentimentos e comportamentos dos indivíduos são influenciados pela
presença dos demais. É uma forma de explicar as ações humanas, recorrendo às relações
dos sujeitos com outras pessoas ou grupos, pois toda ação humana é social (ALLPPORT,
apud MARTIN-BARÓ, 1983). Os processos psicossociais interferem na formação dos
sujeitos, constituindo não só valores, mas sistemas de orientação para a vida, os quais
atuam, dentre outros, na forma de enfrentamento da doença, na realização e na manipulação
das ações de saúde.

Psicossocial, aqui, fica entendido como a subjetividade do indivíduo que se


materializa em ação. É a emoção, a afetividade, a motivação, a consciência, os valores e os
códigos morais determinando a conduta dos indivíduos.

2.2. Histórico do estudo de processos psicossociais

Segundo Montero (2002; 2004), durante os anos 60 e 70 do século XX, uma série
de movimentos sociais difundiram idéias políticas e econômicas que influenciaram os
modos de fazer e pensar das Ciências Sociais. Esses movimentos sociais, em sua maioria,
foram uma resposta ao aumento do desemprego e da pobreza que se alastravam pelo
mundo. Diante desse cenário, as Ciências Sociais e Humanas sentiram-se pressionadas a
produzir uma ciência comprometida, militante e dirigida fundamentalmente aos grupos
mais necessitados economicamente. Dessa maneira, a Psicologia reviu paradigmas,
explicações e teorias psicológicas vigentes que revelavam-se inadequados, incompletos e
parciais à medida que não conseguiam responder às necessidades da população oprimida
sob um viés multidimensional. Isso gerou, na Psicologia, a urgência em redefinir o objeto, o
método, a teoria e o papel do psicólogo.

Assim, a Psicologia Social Comunitária (que nela está incluso o estudo dos
processos psicossociais), inicia o seu processo de mudança tendo como ponto central a
concepção de sujeito como ser ativo e capaz de modificar as suas condições de vida. Esse

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norte contribuiu para definir a PSC como aquela que trata da comunidade e que se realiza
com a comunidade, não existindo um trabalho comunitário sem a participação de seus
integrantes. Nessa perspectiva, portanto, a comunidade é compreendida como um agente
com poder de voz e ação (Montero, 2004). Freitas (1996), interessada em definir essa área
da Psicologia, traz a seguinte contribuição: "a Psicologia (Social) Comunitária utiliza-se de
um enquadre teórico da Psicologia Social, privilegiando o trabalho com os grupos,
colaborando para a formação da consciência crítica e para a construção de uma identidade
social, norteada por preceitos éticos do ser humano".

Ocupar-se de processos psicossociais que se apresentam nos processos


comunitários como conscientização, sentimento de pertencimento, fortalecimento,
fatalismo, entre outros tornou-se algo extremamente importante para os agentes
comunitários quando compreendem os sujeitos sociais em meio a possibilidades de
construírem novas formas de viver em comunidade.

Nessa linha de pensamento, Ansara e Dantas (2010) explicam que a Psicologia


Comunitária está interessada tanto em conhecer o cenário psicossocial da comunidade
quanto compreender como pessoas e grupos desenvolvem estratégias de resistências e
tornam-se conscientes das inúmeras desigualdades sociais que marcam a sua vida cotidiana.

2.3. Processos Piscosossiais

2.3.1. Liderança

No estudo dos processos psicossociais, a liderança obteve um papel de destaque nas


pesquisas do setor administrativo (Yukl & Van Fleet, 1992; Vroom & Jago, 1988) sendo
foco de grande interesse em suas perspectivas futuras (Hesselbein, 2001; Kouzes & Posner,
2001). Isto é, o líder é reconhecido como peça fundamental para o desenvolvimento das
organizações e aumento da produtividade, independente da área de aplicação.

No desporto não é diferente, a busca por uma melhor performance dos atletas e
equipes tem sido exaustivamente estudada. A influência do líder nesta situação é,
normalmente, determinante para o sucesso do processo. Diversos autores tem estudado o
perfil do técnico (Noce, 2002; Costa, 2003; Serpa, 1990; Chelladurai,Revista Brasileira de
Psicologia do Esporte e do Exercício. v.0, 55-67, 2006 1993; Leitão, 1999) tentando
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identificar o que seria o comportamento ideal para possibilitar o melhor desempenho de
seus atletas e/ou equipes.

Sabe-se ainda que, de acordo com Chelladurai (1999), a performance e a satisfação


dos membros de um grupo depende do comportamento do líder em consonância com os
antecedentes que são as características do próprio líder, dos membros e da situação.

2.3.2. Exclusão

Exclusão é tema da atualidade, usado hegemonicamente nas diferentes áreas do


conhecimento, mas pouco preciso e dúbio do ponto de vista ideológico. Conceito que
permite usos retóricos de diferentes qualidades, desde a concepção de desigualdade como
resultante de deficiência ou inadaptação individual, falta de qualquer coisa, um sinônimo do
sufixo sem (less), até a de injustiça e exploração social.

Em síntese, a exclusão é processo complexo e multifacetado, uma configuração de


dimensões materiais, políticas, relacionais e subjetivas. É processo sutil e dialético pois só
existe em relação à inclusão como parte constitutiva dela. Não é uma coisa ou um estado, é
processo que envolve o homem por inteiro e suas relações com os outros. Não tem uma
única forma e não é uma falha do sistema, devendo ser combatida como algo que perturba a
ordem social, ao contrário, ele é produto do funcionamento do sistema.

2.4. Representações dos processos psicossociais

Representação psicossocial é um conjunto de conceitos, explicações e afirmações


que se originam na vida diária, no curso de comunicações interindividuais (Moscovici,
1981). É a versão contemporânea do senso comum. Vejamos o porquê. A maior parte dos
objetos, conceitos, analogias que se impõem ao nosso entendimento, nos dias de hoje, é
produto de pesquisa científica. Constituem uma massa enorme de conhecimentos que nos
dizem respeito, mas que não estão ligados à nossa experiência direta. Pensamos e vemos
por procuração. Grupos competentes são encarregados de obtê-los e transmiti-los. Temos
que elaborar um novo senso comum a partir de elementos provenientes de um universo do
qual não participamos, que tem uma linguagem e uma lógica que não são as do nosso
universo cotidiano. Este é o universo das representações sociais, o universo consensual. O
da ciência, no que nos diz respeito, é um universo reificado.
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Toda representação psicossocial recorta e simboliza atos e situações que se tornam
ou nos são comuns. Não deve ser vista de um modo passivo, como reflexo na consciência
de um objeto ou conjunto de ideias, mas de um modo ativo: como uma reconstrução do
dado em um contexto de valores, reações, regras com o qual se torna solidário. A
linguagem o traz para o fluxo das associações, o investe de metáforas, o projeta no espaço
simbólico.

Toda representação tende a tornar familiar o não familiar. Na dinâmica da


familiarização, os objetos e eventos são reconhecidos, compreendidos com base em
encontros anteriores, em modelos. Aqui a memória predomina sobre a lógica, o passado
sobre o presente, a resposta sobre o estímulo. O ato de representação transfere o que é
estranho, perturbador do universo exterior para o interior, coloca-o em uma categoria e
contexto conhecidos. Neste universo consensual, o veredicto precede o julgamento.

2.5. Teoria do desenvolvimento psicossocial

De acordo com esta teoria apresentada pelo psicanalista Erik Erikson (1902 - 1994),
o desenvolvimento psicológico do indivíduo depende da interação que mantêm com outras
pessoas num ambiente social.

Ao longo de toda a vida, o ser humano atravessa estágios que servirão de formação
para o seu comportamento, caracterizados pelas chamadas "crises psicossociais", episódios
marcantes que influenciarão as decisões que esta pessoa tomará perante à vida.

2.5.1. Estágios do Desenvolvimento Psicossocial

1º Estágio: confiança e desconfiança

Ao longo do primeiro ano de vida do ser humano, este começa a desenvolver a


confiança sobre o seu próprio corpo e o mundo a sua volta. É nesta fase que o sentimento
de esperança é desenvolvido.

2º Estágio: autonomia, dúvida e vergonha

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Entre 1 e 3 anos de idade, começa a surgir a contradição entre os desejos da criança
e as normas impostas pela sociedade (na figura dos pais ou educadores). O resultado desta
fase é o desenvolvimento do desejo.

3º Estágio: iniciativa e culpa

Entre os 3 e 6 anos, quando a criança percebe o que é certo e errado fazer, o que é
bom e o que é mau.

4º Estágio: produtividade e inferioridade

Entre os 6 e 12 anos de idade, período em que a criança percebe a sua capacidade de


produzir e criar. A competência é a principal característica social desenvolvida.

5º Estágio: identidade e confusão de identidade

Início da adolescência, quando a pessoa procura entender o seu "papel no mundo".


Nesta etapa se desenvolvem as ideias de fidelidade e lealdade, assim como a socialização.

6º Estágio: intimidade e isolamento

Entre os 21 e 40 anos, quando surgem as relações amorosas estáveis e duráveis do


indivíduo. O amor é a característica desenvolvida como uma virtude social.

7º Estágio: generatividade e estagnação

Entre os 35 e 60 anos, fazendo com que surja a necessidade social de cuidar do


próximo.

8º Estágio: produtividade e desespero

Ocorre a partir dos 60 anos, quando a sabedoria é desenvolvida.

2.6. Patologias psicossociais

As patologias psicossociais são aquelas provocadas pela influência do contexto


social e que afetam diretamente o psicológico do indivíduo, refletindo no funcionamento do
seu organismo biológico.

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O stress no ambiente de trabalho é um dos principais motivos para o surgimento das
doenças psicossociais, também conhecidas por doenças ocupacionais.

O esgotamento mental e físico, característico da Síndrome de Burnout, é um


exemplo de patologia psicossocial, que ainda pode levar a alteração no comportamento da
pessoa, tornando-a mais agressiva e ansiosa.

2.6.1. Tratamentos psicossociais

Entre alguns tratamentos utilizados pelos profissionais para lidar com as doenças
psicossociais está a terapia ocupacional, os grupos de convivência, o suporte vocacional,
entre outros.

Vale lembrar que o acompanhamento médico-psiquiátrico é essencial, pois o


tratamento deverá ser direcionado consoante o nível e tipo de doença que o indivíduo
apresentar, assim como outros fatores, como a sua condição familiar, de moradia e etc.

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3. Conclusão

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4. Referências bibliográficas

ANSARA, S., & Dantas, B. S. A. (2010). Intervenções psicossociais na comunidade:


desafios e práticas. Psicologia & Sociedade, 22(1), 95-103.

ERIK ERIKSO, Teoria do desenvolvimento psicossocial, (1902 - 1994)

HESSELBEIN, F.; Goldsmith, M.; Beckhard, P. O líder do futuro. São Paulo: Editora
Futura, 2001.

MONTERO, M. (2004). Introducción a la psicología comunitária: desarrollo, conceptos y


procesos. Buenos Aires: Paidós.

MYERS, D. Introdução à psicologia geral. 5a ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e


Científicos Editora, 1999.

MOSCOVICI, Representações Psicossociais e suas Implicações (1981)

SAWAIA, B. B. Análise psicossocial do processo saúde - doença. Rev. Esc. Enf. USP, São
Paulo, v. 28, n. 1, p. 105-110, 1994.

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