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Severiano Aleixo Valeriano

Teorias da Criatividade e Teorias da Inovação


(Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações)

Universidade Rovuma
Nampula
ii
2022

Severiano Aleixo Valeriano


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Teorias da Criatividade e Teorias da Inovação

O presente trabalho de caracter avaliativo da


cadeira de Psicologia Cognitiva, Curso de
Psicologia Social e das Organizações, a ser
entregue no departamento de Educação e
Psicologia, 2º ano 2º semestre e leccionado
pelo Docente:

Prof. Doutor: Mussa Abacar

Universidade Rovuma

Nampula
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2022

Índice

1. Introdução............................................................................................................................3
3

1.1. Objectivo geral...................................................................................................................5

1.2. Objectivo especifico...........................................................................................................5

2. Método de Pesquisa...............................................................................................................5

3. Metodologia..........................................................................................................................5

IV- REVISÃO DA LITERATURA..........................................................................................6

4. Teoria da Criatividade (A Teoria do Investimento em Criatividade)....................................6

4.1. Inteligência........................................................................................................................6

4.1.2. Estilos Intelectuais...........................................................................................................7

4.1.3.Conhecimento...................................................................................................................7

4.2.4. Personalidade..................................................................................................................8

4.1.5. Motivação........................................................................................................................8

4.1.6. Contexto Ambiental.........................................................................................................9

5. Teoria da Inovação nas Organizações Públicas.....................................................................9

5.1. Inovação..............................................................................................................................9

5.1.2.Quadro1. Tipos de inovação e sua descrição..................................................................10

5.1.3. Inovação no Sector Publico...........................................................................................10

5.1.4. Inovação nas perspectivas teóricas funcionalistas.........................................................11

5.1.5. Inovação nas perspectivas teóricas interpretacionista...................................................11

5.1.6. Inovação nas perspectivas pós-estruturalistas e dos teóricos críticos............................12

Conclusão................................................................................................................................13

Referencias..............................................................................................................................14

Introdução
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Muitas teorias relatam aspectos relevantes para a criatividade no indivíduo e no contexto


em que se insere, algumas trazendo modelos de interações entre esses componentes. Entretanto,
diante da diversidade de teorias e de variáveis que podem afetar a criatividade, este artigo visa
identificar os principais fatores que influenciam a criatividade e como se relacionam entre o
indivíduo e este inserido em grupos de projeto e em determinado contexto ambiental. Para isso,
realizou-se uma revisão de literatura sobre os aspectos da criatividade no indivíduo e no
contexto ambiental, incluindo abordagens cognitivas e sociais da criatividade.

Um dos conceitos mais explorados e aceitos sobre a criatividade é o que a define como a
produção de novas ideias ou soluções, que sejam úteis e apropriadas ao contexto, referindo-se
tanto ao processo de geração de ideias ou resolução de problemas, quanto à ideia ou solução em
si.
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1. Objectivo geral

 De maneira clara apresentar as teorias da criatividade


 Fundamentar abordagens sobre as teorias de Inovação

1.1. Objectivo especifico

 Mencionar os tipos da Teorias da Criatividade


 Mencionar teorias de Inovação
 Abordar fundamentos teóricos da Criatividade e Inovação

2. Método de Pesquisa

Para a realização do presente trabalho, consistiu no uso do Método de Pesquisa Bibliográfico.,


no qual consistiu na leitura de vários obras e vários artigos de autores como Sternberg e Lubart
(1995, 1996) assim como de Burrell e Morgan (1979, p. 3), Como verificação da relevância da
informação usou-se internet como apoio no esclarecimento dos mesmos conteúdos

3. Metodologia

No que se refere a metodologia, o trabalho esta estruturado pelo seguinte critérios:

Índice

Desenvolvimento

Conclusão

Referencias bibliográficas
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IV- REVISÃO DA LITERATURA

4. Teorias da Criatividade (A Teoria do Investimento em Criatividade)

Visto que existem varias teorias que descrevem a criatividade, basear-me na teoria do
Investimento da Criatividade Sternberg.

Em sua formulação inicial de uma Teoria da Criatividade de Sternberg (1988), embora


considerasse que um modelo completo deste fenômeno devesse incluir tanto o ambiente como
variáveis pessoais que facilitam ou impedem a ma infestação da criatividade, restringiu-se a
alguns atributos internos do indivíduo que contribuem para o funcionamento criativo, dando
destaque à inteligência, estilo cognitivo e personalidade/motivação.

Nos últimos 20 anos, novas contribuições teóricas surgiram, englobando distintos


componentes considerados necessários para a ocorrência da criatividade. Até os anos 70, o
objetivo era delinear o perfil do indivíduo criativo e desenvolver programas e técnicas que
favorecessem a expressão criativa. Após essa data, os estudiosos voltaram sua atenção, de
forma mais sistemática, para a influência de fatores sociais, culturais e históricos no
desenvolvimento da criatividade. Em anos posteriores, Sternberg (1991) e Lubart (1991, 1993,
1995, 1996) ampliaram o modelo originalmente formulado, considerando o comportamento
criativo como resultado da convergência de seis fatores distintos e inter-relacionados,
apontados como recursos necessários para a expressão criativa. Estes seriam: (a) inteligência,
(b) estilos intelectuais, (c) conhecimento, (d) personalidade, (e) motivação e (f) contexto
ambiental.

4.1. Inteligência

Com relação à inteligência, Sternberg e Lubart (1995, 1996) consideram que especialmente
três habilidades cognitivas são importantes. A primeira diz respeito à habilidade sintética de
redefinir problemas, ou seja, a habilidade de ver o problema sob um novo ângulo; a segunda
seria a habilidade analítica de reconhecer dentre as próprias ideias aquelas em que valeria a
pena investir; e a terceira, a habilidade prática-contextual, diz respeito a ser capaz de persuadir
outras pessoas sobre o valor das próprias ideias. Sternberg e Lubart vão além, sublinhando que
a confluência destas três habilidades é importante. Consideram, por exemplo, que habilidade
analítica utilizada na ausência das duas outras habilidades geraria pensamento crítico, mas não
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criativo ou que habilidade sintética na ausência das duas outras habilidades geraria novas
ideias, porém não necessariamente ideias promissoras ou aplicáveis.

4.1.2. Estilos Intelectuais

Segundo Sternberg (1991) " há três estilos intelectuais, os quais


se referem à forma como a pessoa usa, explora ou utiliza a sua
inteligência, denominando-os: legislativo, executivo e judiciário".

O primeiro estaria presente naquela pessoa que gosta de formular problemas e criar novas
regras e maneiras de se ver as coisas, sendo particularmente importante para a criatividade.
Uma pessoa com esse estilo tem prazer em criar as suas próprias regras e trabalhar em
problemas que não sejam pré-fabricados. As pessoas criativas seriam, pois, mais propensas a
preferir o estilo legislativo. O segundo estaria presente naquela pessoa que gosta de
implementar ideias, com preferência por problemas que apresentam uma estrutura clara e bem
definida. O terceiro caracterizaria aquelas que têm preferência por emitir julgamentos, avaliar
pessoas, tarefas e regras, tendo prazer em emitir opiniões e avaliar as dos demais.

4.1.3. Conhecimento

Um terceiro componente da teoria proposta por Sternberg e Lubart é o conhecimento.


Lembram estes autores que, para dar uma contribuição significativa a uma determinada área, é
de fundamental relevância ter o conhecimento sobre aquela área. Ressaltam ainda que sem tal
conhecimento, corre-se o risco de se descobrir o que já se sabe, deixando de se identificar
problemas da área efetivamente importantes. Os autores discriminam também dois tipos de
conhecimento: o formal e o informal, considerando ambos importantes para a criatividade. O
primeiro seria aquele conhecimento de uma determinada área ou de um dado trabalho que se
adquire através de livros, palestras ou qualquer outro meio de instrução. O informal seria
aquele que se adquire por meio de dedicação a uma determinada área, sendo raramente
ensinado explicitamente e, a maior parte das vezes, impossível sequer de ser verbalizado.
Sternberg e Lubart (1991, 1995)

Ainda com relação a este componente, estes teóricos sublinham que a criatividade em
grande número de áreas requer o conhecimento do que vem ocorrendo naquela área específica,
sendo, entretanto, necessário se libertar dos limites e entraves daquele conhecimento.
Justificam lembrando que ao mesmo tempo em que um vasto conhecimento permite um maior
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número de associações e isto é benéfico para a criatividade, pode também dificultar à pessoa
visualizar de uma forma diferente questões de interesse do domínio. Sternberg e Lubart (1991,
1995)

4.2.4. Personalidade

Quanto à personalidade, outro componente da teoria de Sternberg e Lubart, lembram os


autores que alguns traços de personalidade contribuem mais do que outros para a expressão da
criatividade, destacando as pessoas com alta produção criativa pela apresentação de um
conjunto de traços de personalidade, como predisposição a correr riscos, confiança em si
mesmo, tolerância à ambiguidade, coragem parar expressar novas idéias, perseverança diante
de obstáculos e ainda um certo grau de autoestima, embora nem todos eles estejam
necessariamente presentes.

4.2.5. Motivação

Os recursos motivacionais dizem respeito às forças impulsionadoras da performance


criativa. Especialmente a motivação intrínseca, centrada na tarefa, é de inestimável importância
para a criatividade, uma vez que as pessoas estão muito mais propensas a responder
criativamente a uma dada tarefa, quando estão movidas pelo prazer de realizá-la. Este aspecto
foi observado em vários estudos revistos por Sternberg e Lubart (1995) com profissionais que
vinham realizando trabalhos altamente criativos em distintas áreas, e que se diziam mobilizadas
pelo amor pela tarefa, focalizando muito mais sua atenção e energia no trabalho em si do que
em possíveis prêmios ou reconhecimento por sua realização.

Consideram, entretanto, que ambos os tipos de motivação - intrínseca e extrínseca, estão


frequentemente em interação, combinando-se mutuamente para fortalecer a criatividade. Neste
sentido, Sternberg e Lubart citam várias pesquisas que apontam o papel mobilizador tanto da
motivação intrínseca como da extrínseca para a criatividade. Em um destes estudos,
desenvolvido por Ochse (em Sternberg & Lubart, 1995), investigaram-se motivadores
considerados especialmente relevantes por pessoas que vinham dando contribuições criativas
em áreas diversas. Notou-se que, dentre estes, vários foram lembrados, alguns que refletiam
uma motivação intrínseca e outros que traduziam uma motivação extrínseca. Alguns exemplos:
(a) o desejo de obter domínio sobre um dado problema; (b) o desejo de se obter
reconhecimento; (c) o desejo de se alcançar auto-estima; (d) o desejo de se alcançar
imortalidade; (e) o desejo de se descobrir uma ordem subjacente nas coisas.
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4.1.6. Contexto Ambiental

Um último componente presente na teoria de Sternberg e Lubart diz respeito ao contexto


ambiental. Sabe-se que a criatividade não ocorre no vácuo e não pode ser vista fora deste
contexto, especialmente porque tanto a pessoa como o produto são julgados e avaliados como
criativos ou não por pessoas do seu contexto social. Entretanto, o tipo de ambiente que facilita
o desenvolvimento e realização do potencial criativo depende também de outros fatores, como,
por exemplo, do nível do potencial criativo da pessoa e da área em que a pessoa criativa se
expressa. Desta forma, o ambiente que facilita a expressão criativa interage com variáveis
pessoais e situacionais de uma forma complexa.

Ainda segundo Sternberg e Lubart, o contexto ambiental afeta a produção criativa de três
maneiras distintas: (a) grau em que favorece a geração de novas idéias; (b) extensão em que
encoraja e dá o suporte necessário ao desenvolvimento das idéias criativas, possibilitando a
geração de produtos tangíveis; e (c) avaliação que é feita do produto criativo.

5. Teoria da Inovação nas Organizações Públicas

Com a escassez de recursos para atender às demandas crescentes da sociedade, a inovação


tem sido apontada como requisito necessário para a solução dos desafios e problemas
enfrentados pela administração pública. A globalização, o combate à desigualdade, o respeito à
diversidade e a busca pela boa governança são alguns dos desafios enfrentados pelos governos
que exigem criatividade e abordagens inovadoras (SOARES, 2010).

5.1. Inovação

Os primeiros estudos sobre inovação trataram de explicar a relação entre o desenvolvimento


econômico e inovação tecnológica com foco no desenvolvimento de processos e produtos com
aplicação comercial no setor privado. Schumpeter (1982) foi um dos pioneiros a relacionar
desenvolvimento econômico com inovações tecnológicas. Na teoria schumpeteriana a inovação
é descrita como novas combinações entre materiais e forças produtivas a fim de viabilizar
novos produtos e o desenvolvimento econômico, e esse processo dinâmico de substituição de
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antigas tecnologias por novas é denominado “destruição criadora” (SCHUMPETER, 1982, p.


48).

Quadro1. Tipos de inovação e sua descrição

Tipo de Inovação Descrição


Introdução de um bem ou serviço, incluindo melhoramentos
significativos em especificações técnicas, componentes e
Inovação de Produto
materiais, softwares incorporados, facilidade de uso ou outras
características funcionais
Implementação de um método de produção ou distribuição,
incluindo mudanças significativas em técnicas, equipamentos
Inovação de Processo
e/ou softwares utilizados para produzir bens e serviços.

Inovação de Marketing Implementação de um novo método de


marketing com mudanças significativas na concepção do
Inovação de Marketing
produto ou em sua embalagem, no posicionamento do produto,
em sua promoção ou na fixação de preços
Implementação de um novo método organizacional nas práticas
de negócios da empresa, na organização do seu local de
Inovação Organizacional
trabalho ou em suas relações externas.

Fonte: Compilado do Manual de Oslo (2005).

Dos quatro tipos de inovação identificados anteriormente, destacam-se a inovação de


produto e a inovação de processos. Nestes dois tipos percebe-se a sua distinção em relação à
noção atribuída por Schumpeter, pois incorporam melhorias ao longo do processo de inovar,
também denominadas inovações incrementais e que são mais adequadas para analisar o
ambiente das organizações de serviços, posto que estes setores tradicionalmente são usuários
das inovações tecnológicas.

5.1.2. Inovação no Sector Publico

Quando se trata de setor público há muito ceticismo em relação à capacidade de inovação de


políticas públicas, organizações e serviços. Muitas pessoas, especialmente aquelas empregadas
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no setor privado, consideram o setor público como uma gestão caracterizada por uma
burocracia lenta ou inerte. A avaliação crítica da capacidade de inovação do setor público não é
totalmente equivocada.

5.1.3. Inovação nas perspectivas teóricas funcionalistas

Os trabalhos de Taylor e Fayol do início do século passado foram os precursores das teorias em
organizações em geral e, especificamente, das teorias situadas no paradigma funcionalista. A
Administração Científica e a Teoria Clássica legitimam a idéia de que a sociedade e suas
organizações (racionais e burocráticas) constituintes são regidas por leis científicas, refutando
qualquer idéia de subjetividade ou até irracionalidade. A inovação nesse contexto racional
poderia ser obtida principalmente através da aplicação de princípios e habilidades capazes de
trazer mais eficiência na produção, ou seja, relacionando-se mais às melhorias nos processos
produtivos do que às mudanças em produtos oferecidos aos consumidores. Com o passar dos
anos, entretanto, esse modelo racional não conseguiu responder mais a questões diversas como,
por exemplo, a alienação do trabalhador, o que demandou outros estudos no campo. Além
disso, foram identificadas "disfuncionalidades da burocracia", no contexto das organizações do
tipo mecanicista (MORGAN, 1996, p. 357)

5.1.4. Inovação nas perspectivas teóricas interpretacionista

Na construção dos quatro paradigmas sociológicos realizada por Burrell e Morgan (1979, p.
3), o interpretacionismo situa-se no quadrante que tem como uma de suas características a visão
"subjetivista", baseada numa ontologia nominalista, em uma epistemologia antepositiva, no
voluntarismo como essência da natureza humana e em metodologias ideográficas. Dessa forma,
esse paradigma se alinha ao idealismo germânico, uma das tradições intelectuais que
dominaram as ciências sociais desde fins do século XVIII, que considera que o que existe é
absoluto, incondicional, espiritual e se manifesta fenomenologicamente CALDAS, 2005, p.
67). A outra característica que situa o quadrante interpretacionista é a sociologia de regulação, a
qual busca explicar a sociedade em termos de sua unidade e coesão subjacentes, incluindo
temas como status quo, ordem social, consenso, integração e coesão social, solidariedade,
necessidade de satisfação e realidade. As teorias em organizações situadas no paradigma
interpretacionista começaram a ganhar mais visibilidade na década de oitenta do século
passado, a partir da interposição que alguns autores começaram a fazer com o
institucionalismo, uma das correntes do paradigma funcionalista, com o intuito de melhorar o
entendimento de aspectos culturais e qualitativos (FINE, 2005).
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Como é possível perceber, a grande contribuição dos interpretacionistas consiste em


contestar o "objetivismo" da realidade social. Para alguns deles, as organizações são processos
que surgem de ações intencionais das pessoas, individualmente ou em harmonia com outras.

Vergara e Caldas (2005, p. 67) "afirmam que as pessoas


interagem na "tentativa de interpretar e dar sentido ao mundo",
composto por uma rede de interpretação complexa e subjetiva.
Dessa forma, as teorias interpretacionistas consideram o ponto de
vista do sujeito da ação." Os enfoques do interpretacionismo,
conforme apresentam Vergara e Caldas (2005, p. 68), são o
solipsismo, a fenomenologia e a hermenêutica.

Os autores descrevem o solipsismo como um enfoque que considera que o mundo é criação
da mente ("do eu"). "Ontologicamente, não há criação de coisa alguma". No que diz respeito à
fenomenologia, o objetivo é que o pesquisador deixe de lado seus pressupostos para se chegar
ao fenômeno em sua essência.

5.1.5. Inovação nas perspectivas pós-estruturalistas e dos teóricos críticos

Antes de trazer definições ao pós-estruturalismo e à teoria crítica, é interessante delinear como


essas correntes se situam no contexto paradigmático proposto por Burrell e Morgan (1979).
Ambas figuram no quadrante humanista radical, cuja preocupação consiste em desenvolver, a
partir de uma perspectivas "subjetivista", uma sociologia de mudança radical baseada numa
ontologia nominalista, em uma epistemologia antepositiva, no voluntarismo como essência da
natureza humana e em metodologias ideográficas.

Assim, de maneira geral, os trabalhos situados nesse paradigma, como é o caso daqueles
elaborados no âmbito da teoria crítica e do pós-estruturalismo, estão preocupados em
transcender as limitações dos arranjos sociais existentes, de forma a libertar o ser humano do
domínio das superestruturas ideológicas. Dentre os pontos em comum entre os trabalhos de
autores pós-estruturalistas e críticos, destacam-se: uma visão desnaturalizada da Administração,
marcada por interesses ideológicos e políticos subjacentes; uma desvinculação da performance
ou uma posição antimanagement; e um ideal de emancipação do sujeito, ou pelo menos sua
intenção emancipatória (DAVEL; ALCADIPANI, 2003).
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Conclusão

Sob os pressupostos da inovação, o entrave encontrado no setor público advém de seus


determinantes históricos marcados por disfunções da burocracia, inércia e impasses,
decorrentes de uma democracia em processo de consolidação. Uma outra questão levantada
neste trabalho está relacionada à discussão sobre as opções teórico-metodológicas dos
investigadores. A forma como a inovação se insere em cada uma das teorias em organizações
difere caso a caso: percebe-se a influência do contexto no qual elas foram desenvolvidas, de
disciplinas como a economia e a psicologia e dos pressupostos paradigmáticos, para utilizar os
termos
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Referencias

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IPEA, 2005
REED, M. Teorização Organizacional: um campo historicamente contestado. In: CLEGG, S.
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SCHUMPETER, J. Teoria do desenvolvimento econômico.São Paulo: Abril Cultural, 1988
SOUZA, J; BASTOS, A. Esquema de Organização Inovadora e Padrões de Inovação
Organizacional: Uma Análise do Pensamento Gerencial. Anais do XXXI ENANPAD. Rio de
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TIDD, J; BESSANT,J; PAVITT,K. Managing innovation. Chichester: John Wiley & Sons,
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http://dx.doi.org/10.21527/2237-6453.2019.46.74-87

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