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FACULDADE DE EDUCAÇAO
LICENCIATURA EM PSICOLOGIA EDUCACIONAL COM HABILITAÇÕES EM
INTERVENÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E APRENDIZAGEM
4º Ano
1o GRUPO
QUELIMANE
2023
1o GRUPO
QUELIMANE
2023
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Índice.
Índice. ..................................................................................................................................... 2
Introdução. .............................................................................................................................. 3
Objectivos. .............................................................................................................................. 4
Gerais: ..................................................................................................................................... 4
Específicos: ............................................................................................................................. 4
Metodologia. ........................................................................................................................... 4
1. Teoria da Avaliação Psicológica. .................................................................................... 5
1.1. História da Avaliação Psicológica. .............................................................................. 6
1.2. Avaliação Psicológica e Testagem Psicológica. .......................................................... 7
2. Teoria do Desenvolvimento Cognitivo. .......................................................................... 7
3. Teoria do Desenvolvimento Emocional. ......................................................................... 9
3.1. A dependência absoluta e a memória da presença. .................................................... 10
3.2. Dependência relativa. ................................................................................................. 10
3.3. Rumo à independência. .............................................................................................. 11
3.4. Memória da presença no setting analítico. ................................................................. 11
4. Teoria do Desenvolvimento Afetivo. ............................................................................ 12
4.1. Teoria do apego de John Bowlby. ............................................................................. 12
4.1.1. Fases do desenvolvimento da afetividade infantil segundo Bowlby. ..................... 13
4.2. Fases do desenvolvimento da afetividade segundo Henry Wallon. ........................... 13
4.2.1. Estágios do desenvolvimento da afetividade de acordo com Wallon. ................... 14
4.3. Fases do desenvolvimento da afetividade segundo Sigmund Freud. ......................... 14
5. Teoria da Personalidade na Infância e na Adolescência. ............................................... 15
5.1. Principais Teorias Psicológicas do Desenvolvimento da Personalidade Infantil. ..... 15
5.1.1. Teoria do Desenvolvimento — Jean Piaget. .......................................................... 15
5.2. Teoria do Desenvolvimento — Henry Wallon. ......................................................... 16
5.3. Teoria do Desenvolvimento — Vygotsky. ................................................................ 17
Conclusão. ............................................................................................................................ 19
Referências Bibliográficas. ................................................................................................... 20
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Introdução.
Estre trabalho é produzido por estudantes do grupo com vista a abordar aspectos
importantes em volta da avaliação psicológica, teoria do desenvolvimento cognitivo, teoria do
desenvolvimento afectivo, teoria do desenvolvimento emocional e a teoria da personalidade na
infância e na adolescência.
A avaliação psicológica é, talvez, uma das áreas mais antigas da psicologia. Ao nascer,
teve uma de suas aplicações práticas – o desenvolvimento dos testes psicológicos e da
psicometria – voltada para seleção de soldados nas grandes guerras (Anastasi & Urbina, 2000).
Objectivos.
Gerais:
Específicos:
Metodologia.
Este estudo teve como base de pesquisa a revisão de literatura. De acordo com Gil
(2017) a pesquisa bibliográfica é baseada em materiais já desenvolvidos, que são, em grande
parte, constituídos por artigos científicos e livros. A pesquisa bibliográfica possui vantagens se
comparada com outros tipos de pesquisa, como por exemplo, permitir ao investigador a
cobertura de vários fenômenos amplos, diferentemente de pesquisas que vão unicamente no
assunto. Esta pesquisa foi elaborada com base em materiais já desenvolvidos, sendo composta
por artigos científicos e livros, seguindo o rigor dessa metodologia.
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O termo avaliação psicológica foi utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos em
1948, com a publicação da Oficina de Serviços Estratégicos do Exército. Tanto a história da
avaliação psicológica, quanto a história dos testes psicológicos, se confundem, dando a entender
que as duas coisas tivessem a mesma finalidade. (Avoglia, 2012)
A avaliação psicológica é, talvez, uma das áreas mais antigas da psicologia. Ao nascer,
teve uma de suas aplicações práticas – o desenvolvimento dos testes psicológicos e da
psicometria – voltada para seleção de soldados nas grandes guerras (Anastasi & Urbina, 2000).
Dessa forma, a avaliação é muitas vezes identificada com um segmento particular da psicologia
dedicado à criação de instrumentos e técnicas.
Levou séculos para que o homem entendesse as diferenças que cada indivíduo tem,
fossem comportamentos “anormais” ou problemas mentais sérios. Para que fossem explicadas
tais “anormalidades”, o homem criou as mais variadas explicações para esses fenômenos, como
explicações religiosas ou mágicas, o que fazia com que se distanciassem da realidade de
enxergar esses problemas como parte da condição humana. A atenção nas diferenças
individuais, cresceu muito por volta do final do século XVIII e início do século XIX. E foi nesse
contexto que surgiram os testes psicológicos, sofrendo influências de conceitos do campo da
Física, Química, Astronomia, Medicina, Psiquiatria e da investigação social. (Werlang;
Villemor-Amaral; Nascimento, 2010)
Por volta do século XIX os testes tiveram grande valor para a psicologia, do ponto de
vista do desenvolvimento científico, já que os psicofísicos alemães Weber e Fechner deram os
primeiros passos para que a psicologia fosse reconhecida como uma disciplina científica, cujo
grande pioneiro deste feitio foi Wilhelm Wundt, com a criação do primeiro laboratório dedicado
à pesquisa psicológica, na Alemanha, mais especificamente em Leipzig (Ambiel, 2011).
de provas para avaliar o nível do desempenho cognitivo de pessoas com danos cerebrais ou que
sofriam de outros transtornos.
Segundo Machado (2007, p. 15) “testes e avaliações não são sinônimos. Os testes são
uma das ferramentas usadas no processo de avaliação. Avaliar é muito mais do que aplicar
testes. Avaliar é um processo dinâmico”. Levando em conta essa informação, é possível inferir
que no processo de avaliação tem diversas ferramentas que são utilizadas, sendo os testes
apenas outros meios pelo qual se podem obter mais informações sobre o avaliando.
A Teoria cognitiva surgiu nos Estados Unidos entre as décadas de 1950 e 1960 como
uma forma de crítica ao Comportamentalismo, que postulava, em linhas gerais, a aprendizagem
como resultado do condicionamento de indivíduos quando expostos a uma situação de estímulo
e resposta. (Carmo, 2021)
O termo cognição pode ser definido como o conjunto de habilidades mentais necessárias
para a construção de conhecimento sobre o mundo. Os processos cognitivos envolvem,
portanto, habilidades relacionadas ao desenvolvimento do pensamento, raciocínio, linguagem,
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memória, abstração entre outros. Têm início ainda na infância e estão diretamente relacionados
à aprendizagem. (Carmo, 2021)
Podemos apontar que a principal contribuição das teorias cognitivas é permitir um maior
nível de compreensão sobre como as pessoas aprendem, partindo do princípio de que essa
aprendizagem é resultado da construção de um esquema de representações mentais que se dá a
partir da participação ativa do sujeito e que resulta, em linhas gerais, no processamento de
informações que serão internalizadas e transformadas em conhecimento. (Carmo, 2021)
a ela reconhecer exatamente o que ele precisa, por meio da sua própria experiência como bebê
(Winnicott, 1963b/1983, p. 81).
A dependência absoluta tem como princípio indispensável, como o próprio nome diz,
uma dependência extrema do ambiente. O que melhor explica essa dependência é o chamado
holding, ou seja, o segurar e sustentar o bebê enquanto corpo e pessoa realizados pela mãe ou
por quem exerce esse papel. (Winnicott, 1960/1983, p. 44)
No início da vida do bebê, não há um eu, mas uma tendência inata à integração dada a
todo indivíduo, que não garante, porém, a integração. Esta precisa ser conquistada,
possibilitando que o psiquismo se forme. Esse potencial criador humano refere-se à capacidade
para viver experiências, como a singular forma de criar a realidade vivida pelo bebê, o que
Winnicott nomeará ilusão de onipotência.
3.2.Dependência relativa.
de modo que " se pode distinguir entre a dependência que está além da capacidade de percepção
do lactente e a dependência da qual o lactente pode tomar conhecimento" (Winnicott,
1963b/1983, p. 83). O que ocorre é que o bebê começa a conhecer o ambiente como externo, e
torna-se capaz, por exemplo, de perceber quando será alimentado, já que " pode esperar uns
poucos minutos porque os ruídos na cozinha indicam que a comida está prestes a aparecer. Ao
invés de simplesmente ficar excitado pelos ruídos, o lactente usa esses novos itens para se
capacitar a esperar" (Winnicott, 1963b/1983, p. 83).
3.3.Rumo à independência.
A conquista desta fase é a vivência pelo bebê de cada vez menos adaptação do ambiente
materno, pois agora ele já tem condições mais elaboradas de lidar com o mundo. A base foi
bem constituída, a confiança no ambiente que constituiu a memória da presença dá espaço agora
à experiência com uma memória representacional e isto é um passo importante na perspectiva
winnicottiana. Conforme Winnicott, o bebê consegue viver sem cuidado real, mas isso " é
conseguido através do acúmulo de recordações do cuidado, da projeção de necessidades
pessoais e da introjeção de detalhes do cuidado materno, com o desenvolvimento da confiança
no meio" (1960/1983, p. 46).
Com isso, o bebê começa a operar ações no mundo e pode começar a lidar com suas
consequências. Ele faz e percebe que isso gera mudanças no mundo externo e um matiz de
sentimentos é descoberto a partir de então.
de forma isolado, pois os dois ocorrem conjuntamente. Com isso, interessa-se pelo contexto
ambiental e " não apenas a regressão a pontos bons ou maus nas experiências instintivas do
indivíduo, mas também pontos bons ou maus na adaptação do ambiente às necessidades do ego
e do id na história do indivíduo" (Winnicott, 1954/2000, p. 380).
As crianças nascem com uma série de comportamentos: sugar, sorrir, chorar. Esses
comportamentos têm como objetivo provocar certas respostas na mãe ou nos cuidadores,
mantendo a proximidade e buscando vínculos afetivos. Esses comportamentos são as primeiras
manifestações afetivas do bebê. Vários autores observaram e analisaram as mudanças que as
crianças vivenciam ao longo dos primeiros anos de vida. Todos afirmam que o estabelecimento
de vínculos afetivos desde o nascimento do bebê é de vital importância. Esses primeiros
vínculos, bem como sua qualidade, vão determinar a evolução e o desenvolvimento afetivo da
criança.
Os comportamentos e respostas do bebê são mais orientados para a mãe. Ele sorri,
balbucia e segue a mãe com os olhos. Apesar disso, ele não demonstra ansiedade de separação
quando a perde de vista. No entanto, ele fica irritado com a perda do contato humano.
O vínculo afetivo entre mãe e filho é evidente. Nessa fase, a criança mostra ansiedade e
irritação diante da separação da mãe. Por volta dos oito meses, o bebê começa a rejeitar outras
pessoas próximas do seu entorno. Ele só se acalma com a presença e a voz da mãe. Portanto,
nessa fase, os esforços da criança estão focados em atrair a atenção e a presença da mãe.
De acordo com Wallon, vários aspectos devem ser combinados para o desenvolvimento
da criança: aspectos motores, afetivos, cognitivos e psicomotores. Todos eles são importantes,
por sua vez, para desenvolver as emoções, a percepção, o pensamento e a linguagem.
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Além disso, ele se concentra em quatro fatores que explicam a evolução psicológica da
criança e que constroem a personalidade: as emoções, o outro, o ambiente – que pode ser físico,
biológico e social – e o movimento.
Além das relações com as pessoas e o ambiente, ele também estabelece relações, de
apego inclusive, com os objetos ao seu redor.
É caracterizado por uma contradição entre o que é conhecido e o que se deseja conhecer.
Surgem conflitos, ambivalências afetivas e desequilíbrios na esfera emocional.
O vínculo afetivo segue um curso fixo. Ou seja, começa com a adaptação da criança à
figura do cuidador para, posteriormente, se estender ao restante da família.
A criança já nasce em uma rede de relações, a sua família. Desde o seu nascimento
interage com as pessoas que a cuidam e a estimulam, pelo olhar, fala e afeto. As primeiras
impressões do bebê — visuais, auditivas e sensoriais — vão moldando a sua maneira de
interagir com o mundo. (Bissoli, 2020)
Ψ Maturação;
Ψ Experiência física e lógico-matemática;
Ψ Transmissão ou experiência social;
Ψ Equilibração;
Ψ Motivação;
Ψ Interesses e valores;
Ψ Valores e sentimentos.
Como Piaget, Wallon propõe estágios de desenvolvimento, mas que não são lineares.
Isso porque a criança se desenvolve com conflitos, internos e externos, com momentos de crise.
Cada estágio vai estabelecendo uma possibilidade de interação com outro. No início o biológico
é mais forte, depois o social.
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Para Vygotsky, a criança estabelece a linguagem na interação com o outro, pois nasce
inserida em um meio social. Sua teoria concebe o sujeito como interativo, que se desenvolve
na interação com o outro. A formação de sua personalidade se dá através das relações sociais.
(Bissoli, 2020)
A internalização das palavras faz com que a criança se aproprie da fala do outro e
construa a sua própria. Os signos internalizados irão possibilitar a interação social e a
comunicação. Da mesma forma, a criança vai aprendendo a usar instrumentos, objetos do
cotidiano, para alcançar objetivos.
diferenciando cada indivíduo, por meio de suas relações, o que produz personalidade
(MARTINS, 2004 apud CABRERA, 2014).
Remete ao plano da pessoa, do homem como ser social, “que faz, pensa e sen-te, e é
neste plano que nos deparamos com a personalidade”, portanto, “a ciên-cia da personalidade é
a ciência da vida real dos indivíduos, pela qual constroem uma maneira particular de
funcionamen-to” (MARTINS, 2004, p.84, apud CA-BRERA, 2014, p. 9). Assim, a
personalidade não pode ser descolada da atividade principal de cada pe-ríodo, pois, ela só irá
se construir, através das relações obtidas por meio do desenvolvimento causado pela atividade
principal. Assim, acredi-tase que a atividade principal, juntamente com a personalidade, não
está ligada exclusivamente à genética e sim aos resultados compostos nes-te desenvolvimento
psíquico (LEONTIEV, 1979 apud CABRERA, 2014).
Dessa forma, para Elkonin (1987) apud Facci e Reis (2014), é no período da adoles-
cência, em que podemos esclarecer a atividade principal, como a comunicação íntima pessoal.
O adolescente, por sua vez, desenvolverá dife-rentes relações com os adultos, ampliando crí-
ticas acerca de suas relações e contradições presentes nela, como imagem de si e do outro na
sociedade, diferenciando-se do período da infância. Neste período, a atividade de estudo
(atividade dominante) permanece juntamente com a comunicação pessoal (atividade princi-
pal), intensificando a junção das duas, através da relação externa dos adolescentes para com o
mundo adulto, grupos de amigos e lazer aos quais mantém diferentes regras compostas por
valores éticos e morais, não direcionando somente suas relações em âmbito familiar, “ o
desenvolvimento do adolescente depende de muitas condições e, por isso, pode se dar de
maneira desigual, coexistindo aspectos da infância e da vida adulta.” (PETROVISKI, 1979 &
FACCI, REIS 2011, p. 7).
A personalidade é considerada por Vigotsky (1996) & Facci e Reis (2011) uma estrutura
psíquica a qual decorre de um processo dialético, por meio de crises existentes de um período
ao outro em que ocorrem de forma diferente de indivíduo para indivíduo, por meio das
apropriações culturais existentes nas relações sociais que o cercam. “A personalidade incide em
envolver o ser humano como decorrência de um processo histórico, no qual o biológico é
decomposto pelas relações sociais que se estabelecem, compondo as funções psíquicas e a
consciência humana” (CABRERA, 2014, p.22).
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Conclusão.
Referências Bibliográficas.