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Makeliny
Daniela
Agradecimentos
Makeliny
Daniela
Apresentação
Afinal, a criança muitas vezes não consegue falar sobre seus problemas
− como é o caso do nosso sujeito do estudo de caso − e é por meio de
desenhos, jogos − como será observado nas provas projetivas − que ela
poderá revelar a causa de sua dificuldade.
Posto isso, podemos dizer que a psicopedagogia clínica tem como papel
principal retirar os sujeitos de suas condições de não aprendizado, dotando-
os de sentimentos de autoestima e, principalmente, fazendo-os perceber
suas potencialidades para recuperarem seus processos internos de apreensão
da realidade, tanto nos aspectos cognitivos como nos afetivo-emocionais.
Capítulo 1
Essas e outras questões que surgirão no decorrer deste capítulo têm por
função promover uma reflexão a respeito da área que estamos assumindo
como compromisso profissional, mas, acima de tudo, como área de
conhecimento a ser discutida e analisada desde a origem de sua palavra,
passando por sua construção histórica no mundo e no Brasil, até chegarmos
nos dias atuais com os esforços realizados pela ABPp para a
regulamentação e o reconhecimento da profissão.
Nesse sentido, esperamos que, após a leitura deste capítulo, você possa
fazer uma análise da totalidade, mas também das particularidades que
compõem tal área de conhecimento e profissão, bem como compreender
posteriormente nos demais capítulos a importância de cada uma das etapas
que constituem o trabalho multidisciplinar que cerca a análise da
produtividade ou do rendimento escolar dos alunos.
Afinal, como bem pontua Bossa (2000, p. 14), não podemos nos
esquecer de que a psicopedagogia “distingue-se em três conotações: como
uma prática, como um campo de investigação do ato de aprender e como
(pretende-se) um saber científico”. Portanto, de acordo com a mesma
autora, essa área do conhecimento apresenta as suas especificidades, não
podendo ser considerada, assim, “sinônimo de Psicologia Escolar 🕮 ou
Psicologia Educacional” [grifo nosso].
Para tanto, na psicopedagogia, como área de aplicação, atua o
psicopedagogo, que, nas palavras de Bossa (2000), é esse profissional que
se ocupa dos problemas de aprendizagem, os quais anteriormente eram
estudados pela medicina e pela pedagogia e, agora, é estruturado por um
corpo teórico com contribuições de várias áreas.
A psicopedagogia na Argentina
A psicopedagogia na Argentina surgiu, segundo Fontes (2006), em meados
da década de 1960, por meio de profissionais que possuíam outra formação
(por exemplo, em Filosofia), visando ocupar um espaço que não podia ser
preenchido nem pelo pedagogo nem pelo psicólogo. Tais profissionais
“começaram fazendo reeducação, com o objetivo de resolver fracassos
escolares [...] [e] a produzir toda uma metodologia sobre a chamada
dificuldade de aprendizagem🕮” (Bossa, 2000, p. 40-41, grifo nosso).
Nessa última etapa, as duas autoras que mais contribuíram foram Sarah
Pain[5] e Alicia Fernández[6], por possuírem “uma visão psicopedagógica
mais abrangente em relação aos autores que desenvolveram suas ideias até
então, considerando aprendizagem como articulação da inteligência, desejo,
corpo e organismo” (Fontes, 2006, p. 62, grifo nosso).
A psicopedagogia no Brasil
A psicopedagogia no Brasil também tem seu início em justificativas
baseadas em fatores orgânicos. De acordo com Fontes (2006, p. 73), as
ideias vindas da Europa influenciaram fortemente essa área do
conhecimento no Brasil e, até aproximadamente a metade do século XX, “a
abordagem utilizada na Psicopedagogia era basicamente a
psiconeurológica 🕮 do desenvolvimento humano [, ou seja,] problemas de
aprendizagem como afasias🕮, dislexias🕮, disgrafias🕮 ou conceitos como
o de disfunção cerebral mínima 🕮 apontavam para essa visão orgânica”
[grifo nosso].
Bossa (2000, p. 52) ressalta, ainda, que não podemos nos esquecer que
“outro marco na história da Psicopedagogia foi o 1º. Encontro de
Psicopedagogos, em São Paulo, em novembro de 1984, quando Clarissa
Golbert e Sônia Maria Moojen Kiguel apresentaram seus trabalhos, tecendo
considerações a respeito das atividades dos psicopedagogos em Porto
Alegre”.
Posto isso, podemos dizer que a nova lei vem ao encontro da atual
realidade educacional brasileira, tentando, assim, compreender o processo
referente às dificuldades de aprendizagem com a tentativa de transformar a
realidade educacional.
Síntese
O presente capítulo buscou, de forma breve e sucinta, resgatar a construção
histórica da área de atuação psicopedagógica, mostrando seus avanços, bem
como os entraves para que ela venha a se tornar uma profissão reconhecida.
Livros
Canguilhem, G. O normal e o patológico. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2006.
Filmes
O garoto selvagem. Direção: François Truffaut. Produção: Marcel
Berbert. França: United Artists, 1969. 84 min.
Atividades de autoavaliação
1. Assinale a alternativa que completa a frase corretamente. A
psicopedagogia teve seu início:
a. em virtude da necessidade de acompanhar os acontecimentos que
envolviam a psicologia e a pedagogia na Europa.
b. pela necessidade de atender aos ideais escolanovistas (da Escola
Nova).
c. devido à necessidade de contribuir com a busca de soluções para
difíceis questões dos problemas de aprendizagem.
d. pela necessidade de acompanhar os avanços da psicopedagogia
argentina.
2. Assinale (V) para verdadeiro ou (F) para falso:
( ) Hoje, a psicopedagogia é apenas a união de dois saberes: a
psicologia e a pedagogia.
Atividades de aprendizagem
13. O Projeto de Lei nº 3.124/1997 pode ser lido na íntegra no seguinte site:
<http://www.camara.gov.br/sileg/integras/174582.pdf>.
Avaliação psicopedagógica: o
processo de investigação clínica
“Ao considerar […] cada sujeito e seu caso específico, seja no espaço da clínica ou da instituição
[...], o trabalho assume a configuração clínica.”
Marcelo Lopes
Faleceu em 2000.
Esses períodos foram pensados por Piaget para idades mais ou menos
aproximadas, ou seja, nem sempre irão corresponder à idade cronológica da
criança avaliada. Dentro de cada um dos quatro períodos e entre todos os
sujeitos, os ritmos de desenvolvimento variam consideravelmente.
Evidentemente, todas as crianças passarão por esses períodos e irão deixá-
los mais cedo ou mais tarde, dependendo das condições de desenvolvimento
biológico de cada uma delas, bem como do desenvolvimento no meio
sociocultural e familiar em que vivem. As experiências com outras crianças,
com adultos, professores, irmãos etc. e a manipulação de objetos variados
como brinquedos, jogos, blocos e principalmente o contato com o meio
escolar e familiar, com sua variedade de interações e vivências no dia a dia,
são bases fundamentais para o desenvolvimento intelectual, racional, moral
e linguístico, apontando assim a interação social como condição necessária
para a evolução mental da criança.
No início dessa fase, o bebê traz tudo para si, começando a pegar e a
manipular tudo o que vê, ou seja, seus movimentos são sempre no sentido
de trazer os objetos em direção ao seu corpo, para explorá-los ou,
simplesmente e com muita frequência, levá-los à boca, em uma assimilação
sensório-motora. Ao longo dos meses, mais próximo dos 2 anos de idade,
quando iniciam-se a linguagem e o pensamento, ela vai se apropriando
pouco a pouco do mundo exterior (físico e social) que a cerca.
Dessa forma, a criança passa nessa etapa a socializar suas ações por
meio da linguagem, que se torna “um veículo de conceitos e noções que
pertence a todos e reforça o pensamento individual com um vasto sistema
de pensamento coletivo. Neste a criança mergulha logo que maneja a
palavra” (Piaget, 2004, p. 28).
Esse período das operações concretas marca uma fase decisiva de avanços
mentais para a criança, pois se inicia uma fase ininterrupta de novas
construções. Surgem novas formas de organização da vida psíquica,
cognitiva e afetiva, das relações individuais e das inter-relações. A criança
passa a ser capaz de estabelecer relações entre as transformações dos
estados e das coisas, de forma que as ações podem ser executadas
mentalmente em um determinado momento, independentemente da
manipulação dos objetos.
Síntese
Os conceitos teóricos abordados neste capítulo fundamentam o processo de
avaliação psicopedagógica clínica na linha de investigação do
psicopedagogo Jorge Visca, criador da epistemologia convergente. Essa
linha investigativa agrega a psicanálise de Freud, a epistemologia genética
de Piaget e a psicologia social de Enrique Pichon Rivière. Graças à
psicanálise, o desejo do aluno começa a ser visto como algo significativo
para a aprendizagem, ou seja, as questões afetivas ganham destaque na
educação e passam a influenciá-la decisivamente. Com sua epistemologia
genética, Piaget elabora uma teoria com ênfase na ação do sujeito sobre o
mundo. Esse biólogo estudou o processo de construção de conhecimento
pelo sujeito, do nascimento à idade adulta. De acordo com essa teoria, o
desenvolvimento da inteligência e do raciocínio-lógico está organizado em
quatro estruturas de pensamento: estágio sensório-motor (de zero a ± 2
anos), estágio pré-operatório (± 2 aos 7 anos), estágio operacional concreto
(± dos 7 aos 11, 12 anos) e estágio operacional formal (± dos 12 em diante).
A psicologia social de Pichon Rivière, por sua vez, defende a ideia de que,
em meios socioculturais diferentes, as aprendizagens das pessoas também
serão diferentes, pois para esse autor as inter-relações com o meio e a
cultura transformam as experiências dos sujeitos singulares.
Indicações culturais
Documentário
Jean Piaget. Direção: Régis Horta. Brasil: Paulus, 2006. 57 min. (Coleção
Grandes Educadores).
Livro
Visca, J. Clínica psicopedagógica: epistemologia convergente. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1987.
Artigo
Rego, T. C.; Aquino, J. G. (Org.). Freud pensa a educação. Revista
Educação, São Paulo, 2006. (Coleção Biblioteca do Professor, n. 1).
Atividades de autoavaliação
1. Assinale (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as falsas em
relação à seguinte afirmação: A epistemologia convergente de Visca é
uma teoria que:
Atividades de aprendizagem
Objetivos:
Objetivos:
deixar claro para a criança que o objetivo do psicopedagogo é ajudá-la
a superar suas dificuldades e que, para isso, o profissional precisa
conhecer melhor a maneira como a criança avaliada aprende a fazer o
que lhe ensinam, o que ela gosta de fazer e como ela faz o que gosta;
observar e registrar todas as ações da criança e como ela reage à
consigna, a maneira como a criança expressa seus vínculos com a
aprendizagem escolar, seus conhecimentos, conteúdos, conceitos etc.,
observando ainda suas resistências, fugas e defesas em relação às
atividades escolares e aos seus desafios.
a. Provas de classificação
Prova de mudança de critério (dicotomia).
Prova de quantificação da inclusão de classes.
Prova de intersecção de classes.
b. Provas de conservação
Prova de conservação de pequenos conjuntos discretos de
elementos.
Prova de conservação das quantidades de líquido
(transvasamento).
Prova de conservação da quantidade de matéria.
Prova de conservação de peso.
Prova de conservação de volume.
Prova de conservação de comprimento.
c. Provas de seriação
Prova de seriação de palitos.
d. Provas operatórias para o pensamento formal (a partir dos 11/12
anos)
Prova de combinação de fichas.
Prova de permutações possíveis com um conjunto determinado de
fichas.
Provas projetivas:
Par educativo.
Eu e meus companheiros.
Fazendo o que mais gosta.
Família educativa.
Os quatro momentos do dia.
O dia do meu aniversário.
Minhas férias.
A observação lúdica
O mundo infantil é permeado pelo lúdico e pela fantasia. É por meio das
brincadeiras, dos jogos, das imitações e das representações que a criança vai
aprendendo a se comunicar e a conviver socialmente. Assim, podemos
afirmar que “é no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, criança ou
adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e é somente
sendo criativo que o indivíduo descobre o eu (self)” (Winnicott, 1975, p.
80).
A avaliação pedagógica
De acordo com Weiss (2004, p. 93):
Além da leitura, não podemos nos esquecer da escrita, pois ambas são
habilidades essenciais exigidas na sociedade letrada da qual fazemos parte.
Solé, citado por Koch e Elias (2006, p. 13), afirma que “Desse leitor,
espera-se que processe, critique, contradiga ou avalie a informação que tem
diante de si, que a desfrute ou a rechace, que dê sentido e significado ao que
lê.”
42% dos alunos do 3º. ano do ensino médio estão nos estágios “muito
crítico” e “crítico” de desenvolvimento de habilidades e competências
em Língua Portuguesa. São estudantes com dificuldades em leitura e
interpretação de textos de gêneros variados. Não são leitores
competentes e estão muito aquém do esperado para o final do ensino
médio. Os denominados “adequados” somam apenas 5%. São os que
demonstram habilidades de leitura de textos argumentativos. (Araújo;
Luzio, [2004?])
Além disso, Chamat (2004) pontua que devem ser analisados pelo
menos dois cadernos da criança, um das lições de casa e outro utilizado na
sala de aula. Porém, o ideal é analisar quatro cadernos, dois do início do ano
anterior e dois do ano atual, pois assim o psicopedagogo poderá fazer uma
análise comparativa para tentar interpretar e compreender os avanços nas
estruturas cognitivas de pensamento e se estas estão adequadas ou não à
idade da criança. Dessa forma, o psicopedagogo poderá confirmar o
diagnóstico operatório. Segundo Chamat (2004, p. 228):
Matemática
As dificuldades de raciocínio lógico-matemático são muito comuns e
difundidas em larga escala pelo senso comum em nossas escolas e na
sociedade como um todo. Frequentemente ouvimos casos e relatos de
pessoas que desenvolveram verdadeiro “horror” e que entram em pânico
quando o assunto é o “bicho papão” chamado matemática. Dessa forma,
muitos dos alunos que chegam até nós para uma avaliação psicopedagógica
clínica podem estar inseridos nesse grupo dos avessos a essa disciplina.
Porém, assim como a leitura e a escrita, também a matemática é
essencial para a nossa vida em sociedade, pois necessitamos dela, por
exemplo, para pagarmos uma simples conta no banco ou no supermercado,
para adquirirmos uma passagem de ônibus ou para a resolução de
problemas mais complexos, como em provas de vestibular ou de concursos
públicos. O fato é que não podemos viver sem a matemática, pois os
números são instrumentos essenciais às nossas vidas e dominam os meios
de comunicação (por exemplo: a nossa idade ou a de nossos pais e de
nossos filhos, o número de um telefone celular ou o número de um canal de
TV, o número de um documento como a identidade ou CPF, a placa do
nosso carro, o número da nossa casa ou nosso apartamento etc.). Não há
escapatória, os números surgem em todo lugar e a qualquer hora.
A avaliação psicomotora
Gostaríamos de também tratar neste capítulo da questão da
psicomotricidade. Afinal, segundo Barbosa (2002, p. 43), “Hoje, Saúde,
Educação e Bem-Estar Social caminham irmanados na busca do equilíbrio
pleno do ser humano” [grifo do original].
Segundo o autor:
Segundo Weiss (2004), há dois eixos que não podem deixar de ser
investigados no processo diagnóstico:
A obtenção dos dados relacionados aos dois grandes eixos não pode ser
regida por regras externas prefixadas: cada sujeito em exame
representa um caminho próprio que deve ser descoberto e respeitado
pelo terapeuta. Diferentes instrumentos fornecem elementos para
pesquisa do passado, do presente e expectativas do futuro. Por outro
lado, é indispensável que se utilize cada instrumento de pesquisa
captando ao máximo − e de forma articulada − elementos na área
cognitiva, afetivo-social e pedagógica.
Síntese
Neste capítulo, estudamos as etapas do diagnóstico psicopedagógico clínico
de acordo com a perspectiva da epistemologia convergente de Jorge Visca,
apresentando suas sugestões sessão a sessão, trazendo explicações sobre
cada uma dessas sessões, assim como os instrumentos de avaliação
utilizados na clínica de Visca: entrevista inicial (na qual se busca uma
primeira aproximação com o caso a ser investigado, por meio de um
encontro com os pais e/ou responsáveis), anamnese (processo em que se
investiga a fundo toda a história de vida da criança até o presente momento,
buscando pistas para o levantamento de possíveis hipóteses que possam
contribuir para a investigação diagnóstica clínica), entrevista operativa
centrada na aprendizagem – Eoca (na qual se investiga os vínculos da
criança com a aprendizagem formal), o uso de testes, tais como as provas
do diagnóstico operatório e as provas projetivas, que serão especialmente
contempladas no próximo capítulo. Em seguida, apresentamos a caixa de
trabalho de Visca como um recurso para o acompanhamento e tratamento
dos problemas de aprendizagem na clínica psicopedagógica.
Além disso, neste capítulo abordamos o uso de algumas formas de
investigação alternativas ao método da epistemologia convergente de Visca,
podendo estar ou não vinculadas à investigação sugerida por esse estudioso
e ampliando as possibilidades da avaliação psicopedagógica do diagnóstico
clínico, com a observação lúdica e a avaliação pedagógica (leitura e escrita
e matemática).
Indicações culturais
Livros
Visca, J. O diagnóstico operatório na prática psicopedagógica. São José
dos Campos: Pulso, 2008.
Atividades de autoavaliação
1. Analise as afirmações a seguir sobre a entrevista inicial, de acordo
com o conteúdo estudado neste capítulo, marcando (V) para as
afirmativas verdadeiras e (F) para as afirmativas falsas:
Atividades de aprendizagem
“A aprendizagem abre o caminho da vida, do mundo, das possibilidades até de ser feliz.”
Visca (1987, p. 58) aponta que “ninguém pode aprender além do que
sua estrutura cogniscitiva permite”. Por isso, no manejo das provas
operatórias que apresentaremos a seguir é fundamental ao psicopedagogo
articular a aplicação e a análise dessas provas aos estágios do
desenvolvimento propostos por Piaget e sintetizados no segundo capítulo
desta obra.
Provas operatórias
As provas operatórias são divididas em: provas de classificação, provas de
conservação, provas de seriação e provas para o pensamento formal.
Provas de classificação
a) Prova de mudança de critério (dicotomia)
Cleverson Bestel
Procedimentos avaliativos:
Procedimentos avaliativos:
Provas de conservação
a) Prova de conservação de pequenos conjuntos discretos de
elementos
Primeira situação
3. O psicopedagogo registra o que foi feito pela criança e, caso ela não
tenha conseguido realizar o que foi pedido, o psicopedagogo deve
organizar as fichas, para garantir a equivalência inicial dos dois
conjuntos.
Segunda situação
Procedimentos avaliativos:
Cleverson Bestel
3. Após a criança colocar o líquido, questiona: “Se eu beber todo o
líquido do meu copo e você todo o líquido do seu, será que vamos
beber a mesma quantidade, mais ou menos?”.
4. O psicopedagogo vira o líquido de A1 em um recipiente E (fino e alto).
“E agora, será que há a mesma quantidade, mais ou menos?”. Pede que
a criança explique sua resposta: “Como você sabe?”.
Cleverson Bestel
5. Qualquer que seja a resposta da criança, o psicopedagogo deve contra-
argumentar, tomando o ponto de vista oposto ao dela. Por exemplo: se
a criança dá uma resposta não conservadora, dizendo “Este é mais
fino”, o psicopedagogo diz: “Mas este é mais alto também”, ou pode
recordar a igualdade inicial dos dois copinhos idênticos.
6. Ao contrário, se a criança dá uma resposta conservadora, o
psicopedagogo contra-argumenta, dizendo, por exemplo: “Mas este
líquido está mais alto”.
7. Em seguida, o psicopedagogo questiona: “Se eu retornar o líquido de E
para A1, terá mais, menos ou a mesma quantidade de A2?”. Caso a
criança não acerte, realiza o retorno empírico, igualando A1 a A2.
8. O psicopedagogo transfere então o líquido de A1 para L (mais largo e
baixo) e segue os mesmos passos que realizou nos itens 5, 6 e 7, em
relação à contra-argumentação e ao retorno empírico.
Cleverson Bestel
Procedimentos avaliativos:
1. Pede à criança para que esta faça duas bolas que tenham a mesma
quantidade de massa. Em seguida, pergunta à criança se as duas bolas
têm a mesma quantidade de massa.
Cleverson Bestel
3. Qualquer que seja a resposta da criança, o psicopedagogo pede uma
justificativa, o “porquê”.
4. Qualquer que seja a justificativa (conservadora ou não conservadora),
o psicopedagogo contra-argumenta, tomando o ponto de vista oposto
ou não considerado pela criança. Se a resposta for conservadora,
questiona: “A salsicha é mais comprida que a bola? Será que esta tem
mais massa?”. Para a não conservadora, faz a seguinte pergunta: “Você
se lembra de que anteriormente as duas bolas tinham a mesma
quantidade de massa? O que você acha agora?”.
5. O psicopedagogo questiona: “Se eu pegar a salsicha e transformá-la
novamente em bola, será que esta vai ter a mesma quantidade de massa
ou não?”. Caso a criança não dê a resposta correta, iguala novamente
as massas antes de se dar continuidade à prova.
6. Em seguida, transforma a massa (da salsicha) em uma panqueca
(minipizza) e procede como na transformação anterior, fazendo a
contra-argumentação, terminando sempre com o retorno empírico.
Cleverson Bestel
7. Em seguida, o psicopedagogo realiza uma terceira transformação,
fragmentando a massa da pizza em pelo menos quatro bolinhas de
igual quantidade e procede como nas transformações anteriores.
Procedimentos avaliativos:
1. O psicopedagogo pede à criança que escolha uma das cores para ele.
Em seguida, transforma a outra bola em uma salsicha. Após a
transformação, questiona: “Agora, como está o peso da salsicha: igual
ao da bola, mais ou menos pesado que a da bola?”.
Cleverson Bestel
Procedimentos avaliativos:
Condutas não conservativas (geralmente até 6/7 anos): Nível 1 −
Diante de cada transformação, a criança considera que um dos pesos é
maior que o outro. Contudo, o problema de retorno empírico pode ser
resolvido corretamente ou não.
Conduta intermediária (entre 8/9 anos): Nível 2 − A criança oscila
entre a conservação e a não conservação: a) em uma mesma
transformação, b) em diversas transformações, c) em virtude das
contra-argumentações.
Conduta conservativa (geralmente a partir dos 8/9 anos): Nível 3 − A
criança considera, em todas as transformações, os pesos sempre iguais.
Além disso, a criança é capaz de justificar-se, apesar das contra-
argumentações, usando argumentos de identidade, compensação e
reversibilidade.
Cleverson Bestel
Cleverson Bestel
4. Em seguida, o psicopedagogo realiza a transformação da bola que está
fora do copo em salsicha, depois em minipizza e, em seguida, há uma
terceira modificação, na qual a massa é fragmentada em pelo menos 4
bolinhas de igual quantidade de massa. Faz a mesma pergunta sobre a
imersão e o nível do líquido e procede como nas transformações das
provas anteriores, pedindo sempre que a criança explique sua resposta:
“Como você sabe?”.
Procedimentos avaliativos:
Cleverson Bestel
4. Em seguida, o psicopedagogo procede como nas provas anteriores, em
relação à contra-argumentação e ao retorno empírico, agindo de acordo
com as respostas da criança.
Procedimentos avaliativos:
Provas de seriação
a) Prova de seriação de palitos
Cleverson Bestel
4. Em seguida, mostra à criança o resultado. Caso ela não tenha
conseguido, pede para que repita o processo, registrando sempre a
forma com que a criança realiza suas escolhas.
Procedimentos avaliativos:
Ausência de seriação (geralmente antes dos 4/5 anos): Nível 1 − Nesse
nível, podemos distinguir duas etapas. Na primeira, anterior aos 4
anos, a criança não compreende o que lhe é solicitado. Além disso,
costuma justapor 2 palitos sem levar em consideração a verticalidade e
a horizontalidade. Na segunda, podemos observar diferentes condutas:
a criança ordena duplas ou trios; pode ordenar levando em conta
apenas uma das bases dos palitos, sem respeitar a outra; e, em um nível
mais avançado, constrói uma série completa de 4 ou 5 palitos sem
conseguir colocar o restante.
Intermediária (geralmente a partir dos 6 anos): Nível 2 − Nesse nível, a
criança consegue ordenar do menor para o maior e vice-versa,
superpondo e corrigindo erros. A criança volta ao ponto de partida
continuamente para realizar sucessivos ajustes, pois não possui ainda
um método sistemático.
Êxito obtido por método operatório (geralmente a partir dos 6/7 anos):
Nível 3 − A criança consegue antecipar com facilidade a escala,
inclusive a realizada com anteparo, pois coloca todos os palitos com a
mesma linha de base sem ordená-los previamente, demonstrando um
método sistemático para realizar o processo.
Procedimentos avaliativos:
Procedimentos avaliativos:
Vínculos escolares
Técnica 1: Par educativo
Pedir à criança que desenhe 2 pessoas, uma que ensina e uma que
aprende.
Após o término do desenho, solicitar à criança que escreva ou indique
(se não souber escrever) como se chama cada uma das pessoas que
desenhou e que idade elas têm.
Em seguida, solicitar à criança que dê um título ao desenho e que
conte o que está acontecendo nele.
Pode ser solicitado à criança (se ela souber escrever) que vire a folha e
escreva uma história do que está acontecendo na cena.
Realizar as perguntas complementares que julgar necessárias.
Processos avaliativos:
Detalhes do desenho: O tamanho do desenho como um todo está
vinculado à importância que se dá à aprendizagem. Os desenhos muito
pequenos podem indicar um vínculo negativo com o processo de
ensino-aprendizagem; por outro lado, os desenhos muito grandes
também. Em relação às pessoas e aos objetos escolares, a proporção
entre os tamanhos também deve ser analisada. Quando a pessoa que
ensina é muito maior do que a pessoa que aprende, pode indicar
supervalorização da primeira. De maneira inversa, quando a pessoa
que aprende é muito maior do que a pessoa que ensina, pode significar
desvalorização da segunda, como também uma negação das
dificuldades de aprendizagem. Assim também se deve proceder em
relação à análise dos objetos: quando um objeto é muito maior que
outro, isso pode indicar supervalorização do primeiro. De maneira
inversa, quando um objeto é muito menor do que outros, pode
significar desvalorização do primeiro, ou seja, um vínculo negativo.
Título do desenho: O título pode resumir em poucas palavras as
características do vínculo – negativo ou positivo – com o processo de
ensino-aprendizagem. O psicopedagogo deve observar se o título é
coerente com o desenho realizado, pois ele também será indicativo de
vínculo negativo quando for dissociado do desenho.
Fala da criança: A fala da criança pode trazer um importante
complemento às representações gráficas das provas projetivas, pois
não é tão simples transmitir para o papel os sentimentos e afetos em
relação aos vínculos escolares. Para tanto, o psicopedagogo deve
analisar a fala com base em seu conteúdo, pois pode demonstrar
características do vínculo – negativo ou positivo – com o processo de
ensino-aprendizagem. Deve observar também a relação do relato com
o título dado anteriormente ao desenho, ou seja, se são coerentes entre
si, demonstrando correlação ou se são contraditórios e incoerentes.
Processos avaliativos:
Vínculos familiares
Técnica 3: Família educativa
Processos avaliativos:
Processos avaliativos:
Detalhes do desenho: Como nas provas anteriores, nessa técnica é
necessário se observar o tamanho dos desenhos, pois estes podem
apontar o grau de importância dos momentos desenhados para o
sujeito. O tamanho do desenho como um todo está vinculado à
importância que se dá a cada um dos momentos representados. Os
desenhos muito pequenos podem indicar um vínculo negativo com o
respectivo momento; por outro lado, os desenhos muito grandes
também. Em relação às pessoas, a proporção entre os tamanhos
também deve ser analisada. Quando a pessoa é muito maior que os
demais objetos ou pessoas, tal fato pode indicar supervalorização da
primeira ou, ainda, uma desvalorização dos demais indivíduos e
objetos desenhados. Também devem ser observadas as posições das
pessoas e dos objetos que possam compor os quatro momentos,
observando a distância entre eles (pessoas sozinhas ou entre outras
pessoas e objetos) e a coerência entre todos os objetos do desenho.
Título do desenho: O título pode resumir em poucas palavras as
características do vínculo – negativo ou positivo – com os quatro
momentos eleitos para compor o desenho. O psicopedagogo deve
observar se o título é coerente com cada desenho realizado, indicando
vínculo negativo quando for dissociado da produção feita pela criança.
Fala da criança: A criança relatará em sua fala o motivo da escolha dos
quatro momentos, demonstrando suas preferências ou, por outro lado,
a imposição da vontade dos outros sobre ela – demonstrando um grau
de autonomia maior ou menor e, dessa forma, uma capacidade maior
ou menor de fazer suas próprias escolhas. Com base na seleção dos
momentos, o psicopedagogo também pode observar a relação com a
aprendizagem formal, pois geralmente em um dos quatro momentos do
dia a criança representará a escola e deve tomar nota das colocações da
criança em relação ao desenho para que se possa fazer uma
comparação com as provas anteriores. O procedimento para avaliar o
grau de maior ou menor importância em relação a cada momento
também pode ser compreendido com base na fala. Deve observar,
ainda, as contradições e incoerências entre a grafia e a fala que
revelem possíveis conflitos.
Processos avaliativos:
Processos avaliativos:
Processos avaliativos:
Indicação cultural
Atividades de autoavaliação
1. Apresentando a duas crianças 20 fichas de papel de 2 cores diferentes,
sendo 16 vermelhas e 4 azuis, faz-se a seguinte pergunta às crianças
avaliadas: “Existem mais fichas vermelhas ou fichas de papel?”. Ana,
de 5 anos, responde: “Existem mais fichas vermelhas” e Pedro, de 7
anos, responde: “Existem mais fichas de papel do que fichas
vermelhas”. De acordo com as respostas das crianças, assinale (V) ou
(F) para as alternativas a seguir:
( ) Ana não percebeu o fato de que existem mais fichas de papel, pois
ainda não é capaz de fazer agrupamentos.
2. Para o desenvolvimento correto da aplicação e análise das provas do
diagnóstico operatório, o psicopedagogo deve dominar completamente
os estágios piagetianos. Dessa forma, é preciso testar seus
conhecimentos: “Que tipo de pensamento predomina no estágio
operacional concreto?”. Assinale a resposta correta:
a. Pensamento abstrato.
b. Pensamento perceptivo.
c. Mundo interno.
d. Pensamento lógico-matemático.
3. Ainda em relação ao estágio operacional concreto: “Que tipo de
raciocínio predomina no estágio operacional concreto?”. Assinale a
resposta correta:
a. Indutivo: As generalizações partem de exemplos particulares.
b. Dedutivo: As conclusões implícitas são tiradas das
generalizações.
c. Indutivo e dedutivo.
d. Nenhuma das alternativas anteriores.
4. Até aqui, nós identificamos várias operações e características dos
processos de pensamento das crianças por meio da análise dos estágios
piagetianos e das provas operatórias também propostas por Piaget.
Com base em nossos estudos, assinale a alternativa incorreta:
a. Operações são manipulações internas ou agrupamentos de objetos
percebidos pela criança.
b. Classificação é a ação de agrupar objetos em uma classe.
c. Ordenação é o ato relacionar objetos em uma ordem ou série.
d. Seriação é a ação de separar objetos em relação às suas
características semelhantes.
5. Com base em nossos estudos, assinale (V) ou (F) de acordo com o
estágio correspondente:
Atividades de aprendizagem
“Para pensar novas ideias temos que desarmar nossas ideias feitas e misturar as peças, assim como
um tipógrafo ver-se-á obrigado a desarmar os clichês, se deseja imprimir um texto novo num novo
idioma. Um dos primeiros clichês de nosso idioma anterior, que tivemos que desarmar, é o que
considerava o diagnóstico e o tratamento como dois momentos não simultaneizáveis. Como se o
tempo necessário de observação que deve dar-se ao terapeuta ante uma situação recém-conhecida
por ele pudesse isolar-se do vínculo transferencial. Confundia-se assim uma necessidade do
terapeuta com uma necessidade do paciente. Não é o paciente que necessita de um diagnóstico, mas
o terapeuta, para poder intervir.”
Durante a fala, a mãe revelou que Carla e sua irmã já estudaram em três
escolas. Na primeira escola ela se deu bem, segundo a mãe, mas não
justificou a saída delas; na segunda, Carla já sentiu bastante dificuldade,
voltava para casa machucada e era discriminada pelos colegas – a irmã
também passava pelas mesmas situações. No entanto, a mãe não buscou a
ajuda na escola, apenas levou Carla para fazer um eletroencefalograma.
Dados da anamnese
No dia da anamnese, contou-se apenas com a presença da mãe, pois como o
pai viaja muito a trabalho, não pôde comparecer. Contudo, cabe aqui
destacarmos que se faz essencial, quando da família constituída por pai e
mãe, a presença de ambos, para que assim se possa ter uma visão dinâmica
da família, bem como o que a queixa causa em cada um diante do problema
de aprendizagem do(s) filho(s). Passemos ao relato.
Para o pai, o nascimento das filhas foi uma maravilha, pois como ele
tinha outra família e desse relacionamento havia dois meninos – “mas que
não convivem com ele” –, a dedicação foi toda voltada às meninas,
principalmente para Carla.
De acordo com a fala da mãe, durante o parto correu tudo muito bem,
porém o pai não estava presente, devido ao trabalho, e só veio a conhecer a
menina após um mês de vida. O que foi muito difícil para a mãe: “Nós
somos muito unidos! Todos os lugares aos quais vamos, estamos sempre
juntos e na hora senti muito a falta dele”. Carla chorou bastante logo após o
parto, pois era muito agitada, o que levou a mãe a sentir muitas dores antes
do parto, mas, segundo ela, “depois a menina nasceu de uma só vez” –
rapidamente.
Com relação aos vínculos entre Carla e as irmãs, a mãe relatou que
Daiane (a filha mais velha), sempre muito serena, gostava de cuidar da
irmã, ajudar no banho, em tudo. Já Carla, diante da irmã mais nova,
apresentou muitas recaídas, pois achava que os pais davam mais atenção
para a recém-nascida do que para ela. O que, segundo a mãe, não é verdade:
“Carla foi quem recebeu mais atenção”. A menina possuía um vínculo
afetivo maior com a avó.
Com relação ao pai, a mãe colocou que as filhas o dominavam: “Ele não
é de bater, faz tudo o que elas querem, fica retraído de cobrar delas e cobra
de mim as dificuldades na escola”. No que diz respeito à sua relação com
Carla, Maria Antonieta afirmou que, às vezes, a filha era malcriada, mas
que ainda era possível controlá-la. Afinal, para Maria: “Enquanto pequena
tem que ir do jeito que a gente quer. Quando estiver grande pode mudar”.
“Às vezes penso que tenho medo de perder... Desde que ela ficou doente
e que eu quase a perdi... Disseram que quando descobrimos a infecção já
estava bem avançada e não entendi por quê... A alimentação dela sempre foi
boa, sempre tinha acompanhamento nutricional... Então, eu a levei para um
hospital, onde ficou por 15 dias”.
A mãe relatou também que sofreu muito, pois o marido novamente não
estava presente e ela sentiu dificuldade para transferir a menina de um
hospital para outro, pois não queriam deixá-la sair com a menina e nem
ligar para seu esposo e decidir o que fazer. Com muita dificuldade, segundo
ela, conseguiu ligar e levar Carla para outro hospital: “Com muito custo
consegui e quando a levei para o outro hospital, o médico disse que ela
estava quase morrendo”. Nesse momento, o choro se misturava com o
nervosismo. A doença debilitou Carla seriamente e fez com que os pais
fossem mais presentes na vida dela e, ao mesmo tempo, a criança se
acostumou com que todos fizessem tudo o que ela queria.
Dados da Eoca
No dia agendado pela psicopedagoga, Carla compareceu ao consultório
para realizar a entrevista operativa centrada na aprendizagem (Eoca). No
primeiro momento, foi explicado a ela o que seria feito: “Gostaria de
realizar com você algumas atividades para conhecê-la melhor, para saber do
que você gosta e para tentar descobrir por que você está desanimada em
relação a algumas atividades que a professora pede na sala de aula. Você
está disposta a realizar essa atividade?”.
“Esse material foi todo preparado para você mostrar o que sabe fazer, o
que lhe ensinaram a fazer e o que você aprendeu na escola”. Nesse
momento, ainda em silêncio, Carla pegou um livro de histórias, folheou e o
deixou de lado.
“Você pode pegar o que quiser para me mostrar o que aprendeu a fazer,
o que te ensinaram e o que você sabe”. Carla mais uma vez não respondeu à
consigna, permanecendo em silêncio, só que nesse momento com um olhar
mais triste. No entanto, pegou outro livro e agiu da mesma maneira que
anteriormente. Nesse momento, a psicopedagoga fez uma pausa em seu
questionamento para ver qual seria a iniciativa de Carla diante da situação.
Contudo, de nada adiantou, pois Carla permaneceu parada.
“Ainda temos muito tempo, Carla, se quiser pode continuar”. Carla fez,
então, outro desenho: dois corações grandes e vários pequenos e médios,
tampando-os com a mão para que o desenho não fosse observado. Nesse
momento, a psicopedagoga interveio novamente: “Gostaria que você
mostrasse o que você aprendeu na escola. O que você sabe fazer?”. Pela
primeira vez, Carla respondeu: “Eu sei fazer triângulos”. A psicopedagoga
responde: “Pode fazer, se quiser”. Então, Carla começou a desenhar círculos
enfileirados, depois desenhou duas fileiras de quadrados e um boneco com
figuras geométricas. Depois de um tempo e com intervenção da
psicopedagoga, com seus questionamentos, Carla pintou o desenho
utilizando as cores harmoniosamente. Após saber que o tempo estava
terminando, Carla se apressou para concluir a atividade, pintando
rapidamente, mas concentrada no que fazia.
C(2): (Silêncio).
Reconhecimento do
C: Mais ou menos.
material.
P: De que é feito?
C: Papel.
Fez estabelecimento de
C: (Silêncio – arruma igual).
igualdade inicial.
Resposta não
C: A vermelha tem mais.
conservadora.
P: (Repete a consigna).
Resposta conservadora
C: Tem a mesma quantidade.
sem argumento.
P: Por quê?
C: (Silêncio).
C: Seis.
P: Por quê?
C: (Silêncio).
C: (Continuou em silêncio).
C: Estava errado.
P: Por quê?
Nota:
(1)
P = Psicopedagoga
(2)
C = Carla
Conduta do
Entrevistador e entrevistado Estratégia do entrevistador
entrevistado
Reconhecimento
C: Sim.
do material.
P: O que é?
C: Massa.
1ª. ordem.
P: Observe o que eu estou
fazendo (2 bolas). Agora faça
duas bolas com sua massa.
Não conservação
C: A salsicha tem mais massa.
da 2ª. ordem
P: Por que você diz que tem
Pergunta de provocação de argumento.
mais?
C: (Não respondeu).
3ª. ordem.
P: (Transforma a bola em pizza)
E agora? A pizza tem mais,
menos ou a mesma quantidade
de massa que a bola?
C: Errado.
P: Por quê?
C: Boneco.
C: (Silêncio).
Estratégia do Conduta do
Entrevistador e entrevistado
entrevistador entrevistado
Apresentação do
P: Você sabe que material é esse?
material.
C: Sim. Reconhecimento.
P: O que são?
C: Palitos.
Tentou de várias
C: (Não respondeu. Fez uma escada em formato de
maneiras e quis
quadrado com degraus, não concluindo).
desistir.
Pergunta de
P: Por que você não concluiu? provocação de
argumentação.
Dificuldade para
C: Porque os bastões são maiores.
acerto operatório.
Desvio da consigna.
C: (Iniciou uma fogueira, sem conseguir concluir).
Conduta evitativa.
Argumentação
P: Por que você não finalizou sua fogueira?
provocadora.
Conduta do
Entrevistador e entrevistado Estratégia do entrevistador
entrevistado
C: O seu.
Pergunta de provocação de
P: Por que você diz que é o meu?
argumento.
Resposta conservadora
C: Porque a corrente é maior.
por compensação.
Modificação de situação
P: E agora (uma reta e um com curvas anterior.
menores)? Eu andei mais, menos ou
a mesma quantidade que você?
C: Eu andei mais.
Modificação da situação
P: Vamos fazer um novo caminho para anterior.
ver se você consegue explicar o
porquê (os dois caminhos com
ondulações)?
C: Eu cheguei primeiro.
C: Certo. Argumento de
conservação.
P: Por quê?
C: (Não respondeu).
C: Certo.
Argumento de não
conservação e não
C: Errado.
compreensão (conduta
oscilante).
P: Por quê, C.
C: (Não respondeu).
C: Cobra.
Estratégia do Conduta do
Entrevistador e entrevistado
entrevistador entrevistado
C: Sanduíche.
Fuga da consigna de
P: O que tem nesse sanduíche?
forma criativa.
P: O que é isso?
C: O preço do sanduíche.
C: Queijo e presunto.
C: Uns carros.
P: De quem são esses carros?
C: (Sorriu e apontou para o menor e
disse: “É o do Ratinho.”).
C: Vamos.
Reconhecimento do
C: Sim, frasquinhos.
material.
Consigna.
1ª. ordem.
P: Vou colocar um líquido nesse frasquinho e
você vai colocar a mesma quantidade
nesse.
Pergunta de provocação
P: Por que você mediu?
de argumentação.
C: Abacaxi. .
2ª. ordem.
P: (Pegou o vaso menor e mais largo e
colocou o suco de melancia). Eu tenho
mais, menos ou a mesma quantidade que
você?
Resposta conservadora
C: Porque temos a mesma quantidade.
sem argumentos.
Retorno empírico.
P: (Retorna à composição inicial e pergunta)
Temos mais, menos ou a mesma
quantidade?
Argumento de
conservação,
C: Agora estou olhando, o seu tem mais.
compreensão e
identificação.
C: Estamos iguais.
3ª. ordem.
P: E agora (despeja o suco de melancia em
um frasco médio e o de abacaxi em um
frasco longo): temos mais, menos ou a
mesma quantidade?
P: Por quê?
Par educativo
Durante a realização do Par educativo, Carla pegou o papel lentamente,
após ouvir a consigna da psicopedagoga, e começou a desenhar em silêncio.
Durante a confecção do desenho, a menina fez e apagou várias vezes as
pernas desenhadas; fez o rosto com detalhes sem apagar; os braços saíam
quase da cintura. Ao desenhar a segunda pessoa, Carla sentiu as mesmas
dificuldades anteriores, principalmente nas pernas. Escreveu algumas
palavras e apagou.
Após sua fala, foi solicitado à Carla que desse um nome para o desenho,
mas novamente a menina ficou em silêncio, escreveu o nome delas e disse
que elas estavam conversando, mas Carla não falava sobre o que
exatamente era conversado.
Eu e meus companheiros
Durante a realização da prova intitulada Eu e meus companheiros, Carla
demorou a desenhar. Quando começou a desenhar, apagou o que estava
fazendo e começou a fazer um sol pequeno na extremidade superior
esquerda; na parte inferior, desenhou grama do lado esquerdo uma árvore,
depois um vaso com flor, mantendo sempre seu silêncio incansável.
Carla disse que Sara, Jaiane e Lorena, além de terem a mesma idade que
ela, eram as amigas de que ela mais gostava, pois elas não abusavam da
menina como os outros colegas. Depois dessa fala, Carla não quis nem
desenhar nem falar. Atitude que nos leva a vários questionamentos, afinal,
as figuras humanas são desenhadas no último instante como se fossem um
mero detalhe do desenho. Já o cenário tinha uma riqueza de detalhes e
contou com um maior tempo de elaboração.
Família educativa
Durante a construção da Família educativa, Carla desenhou em silêncio,
como de costume, e em sua folha começou a surgir uma casa com telhado,
porta e janela (ambas com o mesmo tamanho e uma saindo da outra) na
extremidade do papel. Em seguida, desenhou ela mesma e sua irmã mais
velha, depois a figura de um animal (cachorro), cujo nome Carla tentou
escrever, finalizando a tarefa na sequência.
Minhas férias
Em silêncio, Carla pegou o papel, dobrou-o em quatro partes e depois fez o
desenho de uma pessoa no primeiro quadrante; no terceiro, desenhou um
boneco de bolas; no segundo, fez várias bolas e, no quarto, um mar com
ondas. Figuras, a princípio, que pareciam sem relação umas com as outras,
mas que, em sua fala, ficava mais claro o que tais símbolos representavam:
“Saio, brinco, jogo bola e vou à praia [...] com minha mãe e minhas irmãs”.
Somente quando questionada é que Carla revelou que o pai também ia
junto.
Síntese
O presente capítulo procurou apresentar algumas técnicas utilizadas em um
estudo de caso real, realizado por uma das autoras em sua prática
psicopedagógica, para que o leitor possa verificar na prática como se deu a
aplicação das teorias que foram apresentadas até o momento.
Indicações culturais
Livros
Chamat, L. S. J. Técnicas de diagnóstico psicopedagógico: o diagnóstico
clínico na abordagem interacionista. São Paulo: Vetor, 2004.
Nesse seu novo livro, Orsa busca realizar uma comparação entre as
diversas formas de análise utilizadas para a compreensão de estudos de
caso, contribuindo com os futuros e atuais psicopedagogos para a
escolha de modelos de sistematizações dos resultados obtidos nas
diversas avaliações realizadas para compreender cada caso.
Atividades de autoavaliação
1. Assinale as alternativas corretas. A queixa apresentada pela mãe de
Carla revela que:
a. Carla vem se apresentando mais nervosa, agressiva e rebelde.
b. por voltar machucada (pela professora) da segunda escola em que
estudou, Carla entrou em um processo de não aprendizado.
c. foi somente na terceira escola que ela percebeu o quanto sua filha
não sabia e o quanto esta estava desmotivada para o aprendizado.
d. apesar do incentivo dado pela escola e de ela ter vontade de
aprender a ler, Carla não consegue aprender.
2. Os laços afetivos entre mãe e filha parecem alicerçados em algumas
questões bem pontuais, envolvendo certo sentimento de culpa. Marque
(V) para as alternativas verdadeiras ou (F) para as respostas falsas em
relação a esse sentimento.
( ) A mãe de Carla revela que gostaria de ter mais tempo para ficar
com a filha depois do horário de escola, pois chega tarde do
serviço.
( ) “Desde que ela ficou doente tenho medo de perdê-la, pois eu quase
a perdi... e não entendo por quê, pois ela tinha uma alimentação
muito boa”.
Atividades de aprendizagem
Segunda parte:
Em grupos maiores, discuta os registros e anote as novas
hipóteses que surgirem juntamente com seus colegas.
Compare as anotações e, por fim, elabore um relatório sobre cada
uma das provas projetivas.
“Na realidade podemos considerar que o tratamento começa com a primeira entrevista diagnóstica,
já que o enfrentamento do paciente com sua própria realidade, realidade esta que provavelmente
nunca precisou se organizar em forma de discurso, o obriga a uma série de aproximações, avanços e
retrocessos mobilizadores de um conjunto de sentimentos contraditórios.”
E, mais,
Para tanto, faz-se necessário seguir alguns passos, ou, nas palavras de
Carlberg (2000), “temos que aprender a comunicar ao outro as conclusões,
sem agredir, sem gerar culpas, tentando esclarecer [...] aquilo que, segundo
o nosso ponto de vista, percebemos como sintomas, obstáculos e possíveis
causas”.
Segundo Pain (1992, p. 72), o que mais nos ajuda durante esse processo
“é aquilo que foi expresso no motivo de consulta, de cuja textualidade se
lançará mão, se necessário. Explicita-se, então, como disseram, o que
disseram e o que não disseram, em função dos dados recolhidos sobre o [...]
[sujeito]”.
I – Dados pessoais
Nome: Carla da Silva Neves
Escola: Particular
II – Instrumentos utilizados
IV – Prognóstico
V – Intervenções
Escola: Particular
II − Introdução
Síntese
O presente capítulo buscou resgatar o processo histórico de construção do
informe psicopedagógico, assim como suas transformações durante o
processo histórico da psicopedagogia.
Indicações culturais
Livro
Sánchez-Cano, M.; Bonals, J. Avaliação psicopedagógica. Porto Alegre:
Artmed, 2008.
Site
Psicopedagogia Brasil. Psicopedagogia Brasil: prazer em aprender.
Disponível em: <http://www.psicopedagogiabrasil.com.br>. Acesso em: 25
maio 2010.
Filme
Nell. Direção: Michael Apted. Produção: Jodie Foster e Renée Missel.
EUA: 20th Century Fox Film Corporation, 1994. 112 min.
Esse filme apresenta a história de Nell, uma jovem sozinha que vive em
uma casa na floresta, após a morte de sua mãe. Por ser eremita, Nell se
expressa por meio de um dialeto próprio. Após o encontro com um
médico, passa-se a verificar a disponibilidade do profissional para
trabalhar com Nell, a tentantiva de integrá-la à sociedade.
Atividades de autoavaliação
1. Assinale a alternativa correta:
a. O sentido mais amplo do psicodiagnóstico é que, por meio dele,
discernimos, conhecemos e vemos o que ocorre com o sujeito.
b. O sentido mais amplo do psicodiagnóstico é que este possibilita ir
além do senso comum.
c. O sentido mais amplo do psicodiagnóstico é que ele nos
possibilita que o conhecimento vá além do senso comum, ou seja,
ele nos possibilita significar a realidade, fazendo o uso de
conceitos, noções e teorias científicas.
d. O sentido mais amplo do psicodiagnóstico é que ele nos
possibilita significar a realidade.
2. Assinale (V) para as alternativas verdadeiras e (F)para as falsas:
Atividades de aprendizagem
Questões para reflexão
1. Explique a afirmação: “O informe psicopedagógico tem sido um
grande desafio para muitos psicopedagogos”.
2. “Uma vez que o psicopedagogo reuniu o maior número de
informações possíveis sobre os diferentes aspectos que envolvem as
dificuldades de aprendizagem durante o processo diagnóstico, ele
deverá se preparar para sistematizar todas essas informações de forma
coesa e precisa por intermédio do informe psicopedagógico”. Diante
de tal afirmação, explique qual a diferença existente entre o informe
psicopedagógico clínico e o informe psicopedagógico institucional
e/ou familiar.
Com base nesta obra, os futuros psicopedagogos terão uma base para
desenvolver o diagnóstico clínico passo a passo em uma perspectiva ampla
e abrangente. Os profissionais que já atuam na clínica, por sua vez, poderão
rever sua prática com base em um olhar holístico, integrando diversas áreas
do saber, tais como a psicologia, a epistemologia genética, a psicanálise, a
psicomotricidade, a educação etc., como previsto no resgate histórico
realizado no primeiro capítulo desta obra.
Cabral, A.; Nick, E. Dicionário técnico de psicologia. 14. ed. rev. e ampl.
São Paulo: Cultrix, 2006.
Nesse livro, Fontes traz aos leitores que querem se embrenhar pela
ceara da psicopedagogia pontos cruciais da história, trazendo
informações complementares para o trabalho realizado por Nadia
Aparecida Bossa no livro A psicopedagogia no Brasil.
Esse livro de Maria das Graças S. Griz nos ajuda a compreender por
quais paradigmas a psicopedagogia já passou, bem como a fazer
articulações entre os diferentes momentos históricos vivenciados por
essa área de atuação e conhecimento. Além do trabalho histórico
realizado pela autora, os estudos de casos apresentados elucidam
significativamente os primeiros passos do profissional de
psicopedagogia, para que este possa pensar de forma ampla e dialética
sobre o fenômeno dos problemas de aprendizagem.
Nome: ___________________________
Profissão: ___________________________
Profissão: ___________________________
Telefone(s): ___________________________
Endereço: ___________________________
Escola: ___________________________
Professor(a): ___________________________
Coordenador(a): ___________________________
Série: ___________________________
Telefone(s): ___________________________
Endereço: ___________________________
Atendimentos anteriores? Atuais? Qual(is)?
___________________________
Indicação: ___________________________
Idade: ___________________________
Turno: ___________________________
ANAMNESE
1 − Identificação
Naturalidade: ___________________________
Idade: ___________________________
Idade: ___________________________
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3 – O dia da criança
Manhã:
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Tarde:
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Noite:
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4 – Ambiente familiar
Irmão(s): ___________________________
Nome: ___________________________
Escolaridade: ___________________________
Idade: ___________________________
Nome: ___________________________
Escolaridade: ___________________________
Idade: ___________________________
Nome: ___________________________
Escolaridade: ___________________________
Idade: ___________________________
Nome: ___________________________
Escolaridade: ___________________________
Idade: ___________________________
Como é a residência?
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Como é a vizinhança?
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Relacionamento do casal:
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5 – Se pais separados
Época da separação?
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Como foi?
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Reação da criança?
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6 − Gestação
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Como?
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8 − Sono
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E atualmente?
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9 – Desenvolvimento psicomotor
Quando sentou?
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Quando engatinhou?
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Quando andou?
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Quando se equilibrou?
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Veste-se sozinha?
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10 – Doenças
Da criança:
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Da família:
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12 − Escolaridade
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Houve mudança de escola?
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Quando?
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Por quê?
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15 – Brincadeiras prediletas:
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16 − Quanto à curiosidade:
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17 – Atenção/concentração:
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21 – Comportamento
Agressividade:
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Medos:
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Aprendizagem:
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O que mais gosta de fazer:
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Gabarito
Capítulo 1
Atividades de autoavaliação
1. c
2. F, F, F, V
3. V, F, F, F
4. b
5. d
Atividades de aprendizagem
Capítulo 2
Atividades de autoavaliação
1. V, F, F, V
2. c
3. V, F, F, V
4. F, F, V, V
5. V, V, V, V
Atividades de aprendizagem
Capítulo 3
Atividades de autoavaliação
1. V, V, V, F
2. V, F, V, F
3. V, F, F, V
4. a
5. d
Atividades de aprendizagem
Capítulo 4
Atividades de autoavaliação
1. V, F, V, V
2. c
3. a
4. d
5. F, F, V, V
Atividades de aprendizagem
Esse material pode ser produzido de maneira simples e barata, mas, para
aqueles que desejam adquirir o kit profissional para a aplicação das
provas do diagnóstico operatório, é necessária a procura desses
materiais em locais específicos nos quais são comercializados
instrumentos para a clínica psicopedagógica, como a livraria Casa do
Psicólogo. Para maiores informações, o leitor pode acessar o seguinte
site: <http://www.casadopsicologo.com.br/>. Depois da confecção e da
organização ou da aquisição do material, os estudantes poderão
exercitar a aplicação das provas operatórias, familiarizando-se com cada
uma delas e tornando-se, pouco a pouco, experientes e adquirindo
conhecimentos teóricos e práticos para o início do exercício das
atividades da clínica psicopedagógica. Com base na aplicação das
provas operatórias e das provas projetivas, os estudantes podem estudar,
tirar as dúvidas e adquirir experiência para atuarem no processo de
investigação psicopedagógica clínica.
Capítulo 5
Atividades de autoavaliação
1. c, d
2. V, V, V, F
3. c
4. d
5. c
Atividades de aprendizagem
Capítulo 6
Atividades de autoavaliação
1. c
2. V, F, V, F
3. a
4. F, V, V, V
5. V, V, F, F
Atividades de aprendizagem