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HEFSIBA INSTITUTO SUPERIOR CRISTÃO

TRABALHO DE PSICOLOGIA DE NEUROPSICOLOGIA

CURSO: PSICOLOGIA CLÍNICA


CADEIRA: NEUROPSICOLOGIA
GRUPO: 1º GRUPO

Carlota Inácio C. Limane


Óscar Lourenço Zacarias
Esperança Artur Manuel
Marcelina Bacelar Rosário
Fernando João Rodrigues
Elisa Salimo Sualei
Victória Bernardo Lopes

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
TESTES PROJETIVOS
DEPRESSÃO (SINAIS, SINTOMAS E CAUSAS)

MOCUBA
2023
Discentes
Carlota Inácio C. Limane
Óscar Lourenço Zacarias
Esperança Artur Manuel
Marcelina Bacelar Rosário
Fernando João Rodrigues
Elisa Salimo Sualei
Victória Bernardo Lopes

AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
TESTES PROJETIVOS
DEPRESSÃO (SINAIS, SINTOMAS E CAUSAS)

Docente: dr. Abdul Liance Assuade

MOCUBA
2023
Índice
I. INTRODUTÓRIA .............................................................................................................4

1. Introdução ............................................................................................................................4

II. OBJECTIVOS ................................................................................................................5

1. Objectivos Gerais ................................................................................................................5

2. Objectivos Específicos ........................................................................................................5

III. METODOLOGIA ..........................................................................................................5

IV. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................6

1. Conceito de avaliação ........................................................................................................6

1.1. Avaliação neuropsicológica (AN)..................................................................................6

1.1.1. Importância da avaliação neuropsicológica .................................................................7

1.1.2. Avaliação Neuropsicológica na criança .......................................................................8

1.1.3. Avaliação neuropsicológica no adulto .........................................................................9

2. Testes projetivos (medidas de resposta livre)................................................................10

2.1. Exemplos de testes ou instrumentos projetivos .............................................................11

2.1.1. Teste de Rorschach (teste das manchas tintas)...........................................................11

2.1.2. Teste de Apercepção Temática para Crianças – CAT-A ...........................................11

2.1.3. O Teste HTP (House, Tree, Person = Casa, Arvore, Pessoa) ...................................11

2.1.4. Teste psicológico PMK ..............................................................................................12

3. Depressão ..........................................................................................................................12

3.1. Sinais e sintomas ............................................................................................................13

3.2. Causas da depressão .......................................................................................................13

3.3. Tratamento da Depressão ...............................................................................................14

V. CONCLUSÃO ..................................................................................................................15

VI. BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................16
I. INTRODUTÓRIA
1. Introdução

No âmbito da cadeira de Neuropsicologia, foi feito o presente trabalho, que tem por intuito
principal abordar acerca da avaliação neuropsicológica, os testes projetivos e a depressão.

A Neuropsicologia é uma área de interface entre a Neurologia e a Psicologia. De um lado há


o estudo detalhado do sistema nervoso e do outro há a análise do comportamento humano e dos
processos psicológicos. Os testes psicológicos são instrumentos capazes de ajudar o sujeito a
ter uma visão mais clara de algo que ele ainda não tem muita consciência. Através dos testes
pode-se mensurar algo do comportamento humano, como também ser projetado algo que está
inconsciente para o consciente, seja em forma de histórias, desenhos entre outros.

De acordo com Anastasi (1954, p. 28) citado em Hongan (2006, p. 28) os testes psicológicos
são “uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento”. Já Croanbach
(1996, apud SILVA, 2009) os testes são um procedimento sistemático para se observar um
comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou de categorias fixas.

Em 1939, surge termo “método projetivo”, indo de contraponto a utilização de testes como
finalidade única de mensurar aptidões e dificuldades, baseando-se no estudo da personalidade
através do teste de associações de palavras de Jung, do teste de manchas de tinta de Rorschach
e do teste de apercepção temática de Murray. Estas técnicas se fazem demasiadamente
necessárias visto que não se limitam em medidas ou quantificações comparativas, mas sim
proporcionam um amplo campo de interpretação e valorizando o simbólico de maneira
integrativa com a realidade interior de cada indivíduo (Formiga & Mello, 2000).

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II. OBJECTIVOS
1. Objectivos Gerais
 Analisar a avaliação neuropsicológica, sua importância, a avaliação nas crianças e
adultos;
 Conhecer os testes psicológicos projectivos e os sinais e sintomas, causas da depressão.

2. Objectivos Específicos
 Conceituar a avaliação neuropsicológica;
 Identificar as sua importância e como é feito nas crianças e adutos;
 Descrever os testes projetivos com exemplos concretos;
 Mencionar os sinais e sintomas, causas da depressão.

III. METODOLOGIA

Quanto aos procedimentos de pesquisa, fez-se o uso da pesquisa bibliográfica,


desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente por livros e artigos
científicos (Gil, 1999:65). A pesquisa bibliográfica foi fundamental, pois a partir desta técnica,
foi possível formular a pesquisa, com base em livros, teses, e estudos feitos a respeito do
assunto.

"A pesquisa bibliográfica consiste na busca, seleção e análise crítica da literatura


existente sobre um determinado tema, fornecendo o embasamento teórico para o
estudo" (Prodanov & Freitas, 2013, p. 32).

No que concerne ao método de pesquisa, usou-se a pesquisa qualitativa, que é uma


abordagem que busca compreender e interpretar fenômenos complexos a partir da perspectiva
dos participantes envolvidos. Segundo Creswell (2013), a pesquisa qualitativa envolve a coleta
de dados descritivos, como observações, entrevistas e análise de conteúdo, e busca explorar as
experiências, percepções e significados atribuídos pelos indivíduos.

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IV. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. Conceito de avaliação

Segundo Cipriano Carlos Luckesi, citado por Libâneo (1991:196) "a avaliação é uma
apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia
o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho."

"A avaliação significa atribuir valor a uma dimensão mensurável do comportamento em


reação a um padrão de natureza social ou científica". (BRADFIELD e MOREDOCK, 1963,
p. 177).

"A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação, essa, que nos impulsiona a novas
reflexões. Reflexão permanente do educador sobre sua realidade, e acompanhamento, passo a
passo, do educador, na sua trajetória de construção na qual educandos e educadores aprendem
sobre si mesmos e sobre a realidade escolar no ato próprio da avaliação." (HOFFMANN, 1992,
p. 18)

1.1. Avaliação neuropsicológica (AN)

É uma investigação detalhada dos domínios cognitivos do indivíduo. A avaliação


neuropsicológica une as ciências da neurologia e da psicologia para avaliar um paciente. Nesse
sentido, o exame consiste em investigar como o funcionamento do cérebro influencia as funções
cognitivas, emocionais e comportamentais, tais como: Emoção, atenção, memória,
sensopercepção, raciocínio, abstração, cálculo e planejamento, linguagem e capacidade
intelectual, dentre outros domínios que são muito importantes para as atividades diárias das
pessoas.

Conforme Mäder (1996) AN é o método para investigação do funcionamento cerebral


através do estudo comportamental que têm basicamente como objetivos: auxiliar do diagnóstico
diferencial, constatar ou não a presença de disfunção cognitiva e o nível de funcionamento em
relação ao nível ocupacional; e ainda, localizar alterações sutis com o objetivo de detectar as
disfunções ainda em estágios iniciais.

De acordo com Lezak (1995), neuropsicologia é a ciência que estuda a expressão


comportamental das disfunções cerebrais. Já Luria definiu Neuropsicologia como uma ciência
que tem como objetivo específico à investigação do papel dos sistemas cerebrais individuais
nas formas complexas da atividade mental (AMBRÓZIO; RIECHI, 2005).

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1.1.1. Importância da avaliação neuropsicológica

A avaliação neuropsicológica é de extrema importância por uma variedade de razões, todas


relacionadas à compreensão das funções cognitivas, emocionais e comportamentais de um
indivíduo em relação à integridade do sistema nervoso central. Aqui estão algumas das razões
pelas quais a avaliação neuropsicológica é significativa:

1. Diagnóstico Preciso: A avaliação neuropsicológica é fundamental para o diagnóstico


preciso de distúrbios neurológicos e neuropsiquiátricos. Essa avaliação fornece uma
visão abrangente das capacidades cognitivas e comportamentais do paciente, o que pode
levar a diagnósticos mais específicos e informados.
2. Planejamento de Tratamento: Compreender as áreas específicas de deficiência
cognitiva e comportamental de um indivíduo permite que os profissionais de saúde
desenvolvam planos de tratamento personalizados. Isso pode incluir intervenções
terapêuticas, terapias ocupacionais, modificações no ambiente ou medicamentos
específicos.
3. Monitoramento da Progressão: A avaliação neuropsicológica é usada para
acompanhar a evolução de distúrbios neurológicos ao longo do tempo. Isso permite que
os profissionais de saúde avaliem se as intervenções estão funcionando, se os déficits
estão piorando ou melhorando e se ajustes no tratamento são necessários.
4. Informações para Educação e família: A avaliação neuropsicológica oferece
informações valiosas para educadores e familiares. Compreender as áreas de força e
fraqueza de um indivíduo pode ajudar a adaptar estratégias de ensino, oferecer suporte
educacional adequado e ajustar expectativas.
5. Pesquisa e avanços científicos: Através da avaliação neuropsicológica, os
pesquisadores podem coletar dados que contribuem para a compreensão das relações
entre o cérebro e o comportamento. Isso é essencial para o avanço da neurociência e
para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas.
6. Apoio jurídico e decisões legais: Em casos legais, a avaliação neuropsicológica pode
ser usada para determinar a capacidade cognitiva de um indivíduo para tomar decisões,
como em questões de competência legal ou testamentos.
7. Melhoria da qualidade de vida: Através da identificação de áreas de deficiência, a
avaliação neuropsicológica pode levar a intervenções que melhoram a qualidade de vida
do indivíduo, permitindo que eles enfrentem os desafios de forma mais eficaz e
alcancem seu potencial máximo.

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Em outras palavras, a avaliação permite mapear o funcionamento cognitivo, contribuindo
para a elaboração e execução de programas tanto de estímulo e prevenção quanto de reabilitação
neuropsicológica em indivíduos com demandas associadas a condições neurológicas
específicas ao longo do ciclo vital. Auxiliando no processo de melhoria da qualidade de vida.

Desta forma, para reabilitar ou programar um treino cognitivo, é necessário em primeiro


lugar, avalia-lo. Esse processo sempre será planejado de acordo com a demanda do paciente,
exigindo ao neuropsicólogo constante atualização profissional, formação continuada e grande
repertório experimental e clínico.

Esta avaliação além de fornecer importantes informações diagnósticas sobre a criança,


apresenta um papel fundamental do ponto de vista preventivo, sendo a identificação precoce
dos transtornos do desenvolvimento um fator fundamental para estabelecer e estruturar rotinas
de tratamentos e orientações com foco na prevenção de dificuldades ou transtornos mais sérios
em outras etapas da vida.

1.1.2. Avaliação Neuropsicológica na criança

A avaliação neuropsicológica infantil é uma avaliação sistemática das relações entre cérebro
e comportamento.

A neuropsicologia infantil, conforme Costa et al. (2004) tem como objetivo a identificação
precoce de alterações no desenvolvimento cognitivo e comportamental. Nesse ponto, tornou-se
componente essencial das consultas periódicas de saúde infantil. Para tal, são utilizados
instrumentos adequados a esta finalidade, como testes neuropsicológicos e escalas para a
avaliação do desenvolvimento.

Os resultados de tais instrumentos apontam os principais ganhos ao longo do


desenvolvimento e tem como objetivo, determinar o nível evolutivo específico da criança, no
qual sua importância está principalmente na prevenção e detecção precoce de distúrbios do
desenvolvimento e do aprendizado, que, por sua vez, indicam de forma minuciosa o ritmo e a
qualidade do processo e ainda possibilita um mapeamento qualitativo e quantitativo das áreas
cerebrais e sistemas funcionais, buscando intervenções terapêuticas precisas e precoces
(COSTA et al., 2004).

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De uma forma geral, a avaliação consiste:

Desenvolvimento em crescimento: crianças estão em constante desenvolvimento


cognitivo, emocional e neurológico. Isso significa que os testes e avaliações precisam
ser adaptados para a faixa etária, levando em consideração os marcos de
desenvolvimento típicos.
Comunicação: Crianças podem ter dificuldades em expressar seus pensamentos e
sentimentos de maneira clara, especialmente se forem muito jovens ou tiverem
dificuldades linguísticas. Os avaliadores precisam usar métodos de comunicação
adequados à idade e à capacidade da criança.
Materiais e tarefas: Os testes e tarefas utilizados na avaliação neuropsicológica infantil
são projetados para serem envolventes e relevantes para as crianças. Jogos, quebra-
cabeças e atividades lúdicas podem ser incorporados para manter a atenção e o interesse
da criança.
Observação comportamental: Além dos testes formais, a observação do
comportamento e da interação da criança durante a avaliação é essencial para avaliar
áreas como atenção, regulação emocional e interação social.
Colaboração com pais e educadores: Envolver pais e professores é crucial para obter
informações sobre o comportamento da criança em diferentes contextos. Isso ajuda a
entender se os problemas observados são consistentes em várias situações.
1.1.3. Avaliação neuropsicológica no adulto

A avaliação do idoso consiste em medir os déficits cognitivos decorrentes da idade


avançada, por meio de escalas, testes e baterias padronizados das funções cognitivas do idoso,
como orientação, percepção, atenção, memória (principalmente a episódica), funções
executivas, entre outras (Reis, 2019).

De uma forma geral, ela consiste:

Estabilidade cognitiva: Em comparação com crianças, as habilidades cognitivas de


adultos tendem a ser mais estáveis, embora possam ser afetadas pelo envelhecimento e
por condições médicas.
Histórico pessoal e médico: Uma parte fundamental da avaliação de adultos é coletar
informações detalhadas sobre o histórico médico, psiquiátrico e cognitivo, bem como
qualquer medicação em uso.

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Testes estandardizados: Muitas vezes, testes padronizados são usados para avaliar
funções cognitivas específicas, como memória, atenção, linguagem e habilidades
executivas.
Avaliação das habilidades funcionais: Além das habilidades cognitivas, a avaliação
nos adultos também pode se concentrar nas habilidades funcionais do dia a dia, como
habilidades de vida independentes e habilidades de trabalho.
Considerações culturais e educativas: Avaliadores precisam estar cientes das
influências culturais e educacionais que podem afetar o desempenho cognitivo dos
adultos, garantindo que as diferenças culturais sejam consideradas na interpretação dos
resultados.
2. Testes projetivos (medidas de resposta livre)

Os testes projetivos são um dos tipos de testes psicológicos, caracterizados pela


apresentação de estímulos ambíguos ou pouco estruturados, permitindo que o indivíduo projete
seus pensamentos e sentimentos ao responder às questões. A interpretação dessas respostas
geralmente requer habilidades específicas do psicólogo.

As técnicas projetivas se caracterizam pela apresentação de estímulos pouco estruturados,


o que permite uma ampla variedade de respostas, maior foco nos aspectos qualitativos do
desempenho e uma maior interação do psicólogo com o avaliado (Miguel, 2014, p. 2)

É comum a associação deste termo á psicanálise, devido ao nome “projetivo” ter origem
dentro da teoria psicanalítica. Freud caracterizou o termo “projeção”, inicialmente, como um
mecanismo de defesa do ego. Este conceito se desenvolveu ao longo de sua obra e, em “Totem
e Tabu”, terminou por ser qualificado como um mecanismo normal, que permite que a
percepção do mundo seja alterada conforme as vivências afetivas anteriores. Sendo assim, a
projeção não é apenas utilizada unicamente em situações de conflito interno (Miguel, 2014).

“As técnicas projetivas proporcionam um amplo campo de interpretação no que trata


do resgate do inconsciente do indivíduo, porém sua cientificidade é questionada devido
à falta de provas empíricas. Contudo, a aplicação de métodos projetivos nos permite
resultados práticos como levantamento do problema, formulação de hipóteses, estudos
de variáveis e comprovação ou refutação dos fatos observados, assim como nos demais
métodos científicos” (Formiga & Mello, 2000).

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2.1. Exemplos de testes ou instrumentos projetivos
2.1.1. Teste de Rorschach (teste das manchas tintas)

Neste teste a o indivíduo tem que interpretar o significado das manchas de titã que são
mostradas a ele em diversas laminas.

(Meyer, Viglione, Mihura, Erard, & Erdberg, 2011)

 Objectivo: Avaliação da dinâmica e da estrutura da personalidade, buscando identificar


o padrão de resposta do sujeito diante de problemas visuais, cognitivos e perceptuais.
 Público-alvo: 17 a 69 anos de idade
 Aplicação e duração: Individual/ tempo livre, leva em média até 90 minutos Teste de
Apercepção Temática – TAT (Pearson)

Técnica que consiste em apresentar uma serie de pranchas, selecionadas pelo examinador
ao sujeito, que devera, assim, contar uma história para cada prancha.

(Murray & Silva, 2003)

 Objectivo: Avaliar as principais características da personalidade, ou seja, identificar


impulsos, emoções, sentimentos e conflitos marcantes da personalidade.
 Público-alvo: De 14 a 40 anos
 Aplicação e duração: Individual/ Tempo livre
2.1.2. Teste de Apercepção Temática para Crianças – CAT-A

(Miguel et al., 2013)

 Objectivo: Investigar a dinâmica da personalidade da criança em sua singularidade, de


modo a compreender o mundo vivencial da criança, sua estrutura afetiva, a dinâmica de
suas reações diante dos problemas que enfrenta e a maneira como os enfrenta.
 Público-alvo: Crianças entre 5 e 10 anos.
 Aplicação e duração: Individual/ Tempo livre, porém leva em média 45 minutos
2.1.3. O Teste HTP (House, Tree, Person = Casa, Arvore, Pessoa)

É um teste de grafismo aplicado em avaliações psicológicas, para avaliar características de


personalidade. Através do desenho de uma criança pode-se descobrir partes ocultas da sua
personalidade.

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Buck (2003), define o H.T.P, como um “teste projetivo que serve para obter informações de
como uma pessoa experiência a sua individualidade em relação ao ambiente do lar e em relação
a outras pessoas.”

O teste consiste em se submeter uma folha em branco com o tema Casa, Árvore e Pessoa.
Através da análise do desenho produzido busca-se um traço de personalidade: a imagem interna
de si mesmo e de seu ambiente. Considera-se, no teste HTP, que os desenhos têm grande poder
simbólico, reveladores de experiências emocionais e de ideais ligados ao desenvolvimento da
personalidade.

 Objectivo: Fornecer informações sobre como uma pessoa experiencia sua


individualidade em relação aos outros e ao ambiente do lar.
 Público-alvo: A partir de 8 anos
 Aplicação e duração: Individual, tempo livre, leva em média 30 a 90 minutos
2.1.4. Teste psicológico PMK

O Teste PMK também é uma técnica projetiva que tem como objetivo explorar a percepção
visual e a atitude do indivíduo em relação a si mesmo e aos outros, bem como possíveis questões
de identidade de gênero. Ou seja, é um teste psicológico que avalia características estruturais e
reacionais de personalidade.

 Objectivo: avaliar as características de personalidade a partir do registro gráfico dos


movimentos musculares do indivíduo nos diferentes eixos de deslocamento no espaço
(vertical, horizontal e sagital).
 Público-alvo: 18 e 70 anos com qualquer nível de escolaridade.
 Aplicação e duração: individual e sem limite de tempo, sendo que a maioria leva em
média 40 minutos.
3. Depressão

A depressão é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o "Mal do


Século". No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, que
aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. A depressão é um transtorno mental
grave que afecta a maneira como uma pessoa pensa, sente e se comporta. Ela vai além de
sentimentos temporários de tristeza ou desânimo.

Alain Ehrenberg (1998) citado por Maciel (2000) denomina a depressão como a
“patologia da liberdade” expressando uma falta de tensão entre as forças internas que
respondem às diversas demandas com que os sujeitos se confrontam.

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Estão presentes pensamentos constantes de cunho negativo, sentimento de culpa e sensação
de inutilidade, diminuição do prazer e do ânimo para atividades cotidianas e de lazer e perda da
capacidade de planejamento para o futuro (Corrêa, 1995; Assunção et al., 1998).

3.1. Sinais e sintomas

Além das alterações de humor ou irritabilidade, ansiedade e angústia a depressão possui


diversos sinais e sintomas, que podem ser isolados ou somatizados. Os principais sintomas da
depressão são:

Irritabilidade, ansiedade e angústia;


Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer;
Desinteresse, falta de motivação e apatia;
Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero e desamparo;
Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima;
Sensação, inutilidade, ruína e fracasso;
Interpretação distorcida e negativa da realidade;
Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
Diminuição do desempenho sexual;
Perda ou aumento do apetite e do peso;
Insônia ou despertar matinal precoce;
Dores, problemas digestivos, dores de cabeça crônicas e outros sintomas físicos não
justificados por problemas médicos;
Pensamentos Suicidas: pensamentos recorrentes sobre morte, suicídio ou
autodestruição. Esses pensamentos são graves e requerem atenção imediata.
3.2. Causas da depressão

Existem alguns factores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da


depressão.

Factores histórico familiar Psicossociais: Isolamento social, falta de apoio emocional e


conflitos interpessoais.
Transtornos psiquiátricos correlatos
Estresse crônico
Ansiedade crônica
Disfunções hormonais

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Excesso de peso
Sedentarismo e dieta desregrada
Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)
Uso excessivo de internet e redes sociais
Traumas físicos ou psicológicos
Pancadas na cabeça
Problemas cardíacos
Separação conjugal
Enxaqueca crônica
3.3. Tratamento da Depressão

O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. A psicoterapia auxilia na


reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua compreensão sobre o processo
de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse.

A depressão não tem tempo para passar. Pode durar dias, semanas, meses ou anos. A pessoa
em crise, após superar o transtorno mental, também pode, a qualquer momento, experimentar
novos episódios da depressão. Na maioria das vezes, o tratamento para depressão é feito
combinando psiquiatra e psicoterapia, por meio de psicólogos.

Existem também medicamentos antidepressivos, que ajudam a regular a química cerebral e


é aplicado conforme cada caso, de acordo com cada paciente. Nesse contexto, o Sistema Único
de Saúde (SUS) tem papel importante na atenção à saúde e tratamento de pessoas com depressão
e outros problemas mentais.

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V. CONCLUSÃO

Em gesto de conclusão, é imperioso afirmar que a avaliação neuropsicológica desempenha


um papel crucial na compreensão e tratamento de distúrbios neurológicos e neuropsiquiátricos,
além de contribuir para a pesquisa científica e para a melhoria da vida das pessoas afetadas por
esses distúrbios.

Esta avaliação é adaptada para atender às necessidades específicas das crianças e dos
adultos. Nos dois casos, o objetivo é identificar padrões de funcionamento cognitivo, emocional
e comportamental para fornecer intervenções adequadas e orientações para melhorar a
qualidade de vida do indivíduo. É importante reconhecer que a depressão é uma condição
médica séria e que buscar ajuda de profissionais de saúde mental é fundamental para
diagnóstico, tratamento e manejo adequados. O tratamento pode incluir psicoterapia,
medicamentos, terapias complementares e mudanças no estilo de vida.

O teste projetivo é um tipo de teste livre onde o testando irá ter um estímulo seja uma
imagem, uma frase, algo que faça com que o testando crie uma resposta consciente ou
inconsciente para o estimulo dado. Essa resposta será interpretada pelo psicólogo, mas este terá
que seguir regras estabelecidas em manuais para a correção dos testes projetivos.

As técnicas projetivas podem ser empregadas nas clinicas, em aconselhamento, em escolas


e também usadas em pesquisas. Entre as técnicas projetivas mais utilizadas estão: o teste de
mancha de tinta de Rorschach, o teste de Apercepção Temática (TAT) teste de Apercepção
infantil (CAT), teste Gestáltico Visuomotor de Bender, teste de Completar Frases, teste de
Desenho de Figura humana, teste Casa-Arvore-Pessoa (HTP) e teste de Desenho da família em
movimento Hongan (2006).

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VI. BIBLIOGRAFIA

HOGAN, T. Introdução à prática de testes psicológicos. LTC. Rio de Janeiro, 2006.


SILVA, Marlene Alves da. Teste conciso de raciocínio e exame teórico-técnico sobre o
trânsito: evidência de validade. Itatiba, 2009
https://www.funcionalita.com.br/o-que-e-avaliacao-neuropsicologica-quando-
necessaria
https://www.einstein.br/estrutura/centro-
reabilitacao/especialidades/psicologia/avaliacao-neuropsicologica
https://www.sinopsyseditora.com.br/blog/qual-a-importancia-da-avaliacao-
neuropsicologica-na-infancia-e-na-adolescencia-367
BUCK, J. N. (2003) H- T-P: Casa- árvore- pessoa, técnica projetiva de desenho:
manual e guia de interpretação. Tradução de Renato Cury Tardivo; revisão Iraí Cristina
Boccato Alves.1ª ed. São Paulo: Vetor.
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Meyer, G.J., Viglione, D. J., Mihura, J. L., Erard, R. E. & Erdberg, P. (2011). Rorschach
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Murray, H. A. & Silva, M. C. V. M. (2003). Teste de Apercepção Temática. São Paulo:
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LEZAK, M. Neuropsychological Assessment [Avaliação Neuropsicológica]. New
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MÄDER, M. J. Avaliação Neuropsicológica: Aspectos históricos e situação atual.
Psicologia: ciência e profissão, 16(3), 12-18, 1996.

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