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NOSSA HISTÓRIA
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SUMÁRIO
PSICODIAGNÓSTICO ............................................................................... 1
INTRODUÇÃO ........................................................................................... 4
REFERÊNCIAS ....................................................................................... 37
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INTRODUÇÃO
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psicológicos para compreender as potencialidades e as dificuldades apresenta
das pelo avaliando, tendo por base uma teoria psicológica e buscando, assim,
coletar dados mais substanciais para a realização de um encaminha mento mais
apropriado. Então, possibilita descrever o funcionamento atual, confirmar,
refutar ou modificar impressões; realizar diagnóstico diferencial de transtornos
mentais, comportamentais e cognitivos; identificar necessidades terapêuticas
e recomendar a intervenção mais adequada, levando em conta o prognóstico.
DIAGNÓSTICO PSICODIAGNÓSTICO
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ou mais técnicas (observação, entrevista, testes projetivos, testes psicométricos,
etc.) reconhecidas pela ciência psicológica.
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acadêmica.
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O diagnóstico não pode ser considerado como um momento estático, pois
é uma avaliação do aluno que envolve tanto os seus níveis atuais de
desenvolvimento, quanto as suas capacidades e possibilidades de aprendizagem
futura. Por muitos anos, era uma tarefa exclusiva dos especialistas, que
analisavam algumas informações dos alunos, obtidas através da família e às
vezes da escola, e logo após devolviam um laudo diagnóstico, quase sempre com
termos técnicos incompreensíveis. A distância existente no relacionamento entre
os especialistas, a família e a escola impediam o desenvolvimento de um trabalho
eficiente com o aluno.
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aprendizagem. Esse momento não pode estar focado apenas no sujeito, mas em
todas as relações que ele mantém seja na família, na escola ou no grupo de
amigos, dentre outros. O diagnóstico é um momento no qual se pode iniciar o
levantamento de hipóteses sobre como e o que o sujeito aprende, bem como o
que o impede de aprender. Nessa ocasião, já se inicia também o tratamento.
Quando se analisa a situação do sujeito, precisa-se propor desafios de superação,
para que novas hipóteses possam ser levantadas e questões já possam ser
superadas. Logo, não há uma separação rígida entre o período do diagnóstico e
o do tratamento. Ao iniciar o diagnóstico, já se está começando o tratamento.
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sua expressão corporal, seu tom de voz e suas intervenções claras e não-
impositivas poderão contribuir para proporcionar ao cliente um ambiente seguro,
compreensivo e colaborativo para o processo psicoterápico. A partir das
informações colhidas nas entrevistas iniciais, o profissional irá elaborar metas
terapêuticas, baseadas em dados claros e abrangentes, referenciais teóricos
precisos e expectativas realistas, dentro das possibilidades.
Nesse tipo de terapia, Souza (2005) afirma que as entrevistas iniciais têm
como objetivo iniciar o diagnóstico do cliente, através de um processo dinâmico e
longitudinal, sendo preciso considerar aspectos socioculturais, étnicos, estágio do
ciclo vital em que a família se encontra, adequação ou não-adequação ao
mapeamento da estrutura familiar, avaliação dos subsistemas, alianças e
fronteiras. Além disso, é importante perceber o estilo de funcionamento da família
e analisar tanto o papel, quanto a relevância do sintoma para ela.
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A entrevista inicial permite conhecer o tipo de relação que o cliente procura
estabelecer com seu terapeuta e como suas queixas iniciais são verbalizadas,
principalmente a forma pela qual o pedido de ajuda é direcionado ou não a este
profissional. No campo da saúde mental também é possível destacar o papel da
entrevista inicial.
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acessível a ele é fundamental. Especificamente sobre a coleta de dados da
história de vida do paciente (anamnese), Cunha (2000) destaca que ela pressupõe
uma reconstrução global de sua vida, visando conhecer como o problema atual
se enquadra e ganha significação. Assim, a anamnese deve ser realizada de
acordo com os objetivos do diagnóstico e dependendo do cliente, bem como de
sua idade.
ETAPAS DO DIAGNÓSTICO
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O diagnóstico é composto de várias etapas que se distinguem pelo objetivo
da investigação. Desta forma, temos a anamnese só com os pais ou com toda a
família para a compreensão das relações familiares e sua relação com o modelo
de aprendizagem do sujeito; a avaliação da produção escolar e dos vínculos com
os objetivos de aprendizagem escolar; a avaliação de desempenho em teste de
inteligência e viso-motores; a análise dos aspectos emocionais por meio de testes
e sessões lúdicas, entrevistas com a escola ou outra instituição em que o sujeito
faça parte; etc.
2) Entrevista de anamnese;
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escolar, a expectativa em relação ao profissional, a aceitação e o engajamento do
paciente e de seus pais no processo diagnóstico e o esclarecimento do que é um
diagnóstico psicopedagógico.
2. ENTREVISTA DE ANAMNESE
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A história vital nos permitirá “detectar o grau de individualização que a
criança tem com relação à mãe e a conservação de sua história nela” (PAÍN, 1992,
p. 42). É importante iniciar a entrevista falando sobre a gravidez, pré-natal,
concepção. “A história do paciente tem início no momento da concepção e vêm
reforçar a importância desses momentos na vida do indivíduo e, de algum modo,
nos aspectos inconscientes de aprendizagem” (WEISS, 2012, p. 64).
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2012, p. 66). É interessante saber sobre a evolução geral da criança, como
ocorreram seus controles, aquisição de hábitos, aquisição da fala, alimentação,
sono etc., se ocorreram na faixa normal de desenvolvimento ou se houve
defasagens.
Se a mãe não permite que a criança faça as coisas por si só, não permite
também que haja o equilíbrio entre assimilação e acomodação. Alguns pais
retardam este desenvolvimento privando a criança de, por exemplo, comer
sozinha para não se lambuzar, tirar as fraldas para não se sujar e não urinar na
casa, é o chamado de hipoassimilação (PAÍN, 1992), ou seja, os esquemas de
objeto permanecem empobrecidos, bem como a capacidade de coordená-los.
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3. SESSÕES LÚDICAS CENTRADAS NA APRENDIZAGEM (PARA
CRIANÇAS)
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Segundo Alves, (1987, p.1), “o lúdico privilegia a criatividade e a
imaginação, por sua própria ligação com os fundamentos do prazer. Não comporta
regras preestabelecidas, nem velhos caminhos já trilhados, abre novos caminhos,
vislumbrando outros possíveis”.
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A palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Neste brincar estão
incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativa também à conduta
daquele que joga, que brinca e que se diverte. Por sua vez, a função educativa do
jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu conhecimento e sua
compreensão de mundo.
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sua capacidade de lidar com a realidade, com os simbolismos e com as
representações, especialmente com a doença, no caso da criança hospitalizada.
Com o brinquedo a criança satisfaz certas curiosidades e traduz o mundo dos
adultos para a dimensão de suas possibilidades e necessidades.
4. BATERIAS DE TESTES
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número relativamente pequeno de testes com normas brasileiras, recomenda-se
buscar a intervalidação dos resultados, especialmente nos casos em que as
conclusões deverão servir de base para ações decisórias na vida do sujeito.
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com critérios mais flexíveis do que a bateria padronizada. O número de testes, por
exemplo, eventualmente pode ser modificado para mais ou para menos.
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envolvem desenho, não recomendamos acumulá-las no início da testagem.
Quando se trata de crianças, o procedimento não parece indicado, a não ser que
o plano de avaliação não pretenda ultrapassar um nível lúdico, incluindo, ainda,
uma hora de jogo diagnóstica e o Sceno-test. Caso contrário, há sempre o risco
de, na sessão seguinte, a criança desejar persistir no mesmo tipo de atividade,
porque, consciente ou inconscientemente, o psicólogo a motivou nesse sentido.
Quando se trata de adultos, pode-se pressupor que cheguem com disposições
bem variadas. Alguns pretendem se submeter a um exame científico, que
fornecerá dados importantes para o profissional que os encaminhou. Outros vêm
com muita dificuldade para participar do processo do psicodiagnóstico, porque isto
os coloca num status de paciente, que podem considerar humilhante, enquanto
outros comparecem sem qualquer pressuposição do que seja um
psicodiagnóstico, simplesmente porque foram encaminhados, assim como iriam a
um laboratório, porque isto lhes foi indicado.
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À medida que são apresentadas técnicas projetivas, há maior mobilização
da ansiedade, porque os estímulos escassamente estruturados não oferecem
referencial para a produção de respostas, e o paciente tem de assumir a
responsabilidade pelo manejo da situação. Consequentemente, se estão
previstas técnicas projetivas e psicométricas, é conveniente alterná-las, iniciando
e completando a bateria com material pouco ou não-ansiogênico.
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projetivas, de um modo geral, não devem ser interrompidas.
5. SÍNTESE DIAGNÓSTICA
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resumo, é capaz de descrever o paciente. Uma revisão das observações feitas é
indicada para melhor entendimento da maneira como respondeu à situação do
psicodiagnóstico.
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chegar a um entendimento do caso. A contagem, em alguns outros testes, deverá
ser transformada em percentis, em quartis ou em escores T. Tais dados devem
ser analisados e entendidos.
Damos ênfase aos dados quantitativos, uma vez que, havendo mais
pesquisas a respeito, oferecem uma base probabilística maior de acerto do que
as informações oriundas de uma análise qualitativa. No entanto, quando se
pretende ter uma compreensão dinâmica sobre o paciente, muitas vezes, para
fundamentar a formulação diagnóstica ou para chegar a uma orientação sobre o
caso, os dados qualitativos assumem grande importância.
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técnicas, buscando um entendimento de coincidências e discordâncias,
hierarquizando indícios e identificando os dados mais significativos, que,
contrastados com as informações sobre o paciente, são integrados para confirmar
ou infirmar as hipóteses iniciais. A seleção das informações que fundamentam as
conclusões finais deve atender aos objetivos propostos para o psicodiagnóstico e
pressupõe um determinado nível de inferência clínica.
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leitura em casa, amenizar superproteção dos pais ou responsáveis, aumento das
responsabilidades a criança ou até a troca da escola ou turma e indicar os
atendimentos que julgue necessários como psicólogo, fonoaudiólogo,
neurologista, etc. Além disso, o psicólogo também deve fazer a devolutiva na
escola, e traçar com a equipe pedagógica as estratégias necessárias para sanar
as dificuldades.
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Os laudos podem variar em sua estrutura, conforme as questões básicas e
os objetivos do exame ou, ainda, de acordo com o estilo do psicólogo. Em alguns,
por exemplo, os dados da anamnese e sobre a dinâmica familiar se fazem
imprescindíveis para a compreensão do caso, enquanto outros citam apenas os
aspectos mais significativos ou, eventualmente, os omitem, quando são do
conhecimento do receptor.
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No momento da devolutiva, é entregue o laudo com a exposição de todos os
achados e informações sobre o funcionamento cognitivo da criança, assim como
aspectos emocionais e estilo de aprendizagem, seus pontos fortes e fracos. Trata-
se de um momento que visa contribuir para enriquecer a percepção dos pais para
com seu filho e contribuir para os procedimentos médicos, além de oferecer
sugestões para o desenvolvimento e reabilitação das áreas que se encontram
comprometidas.
REFERÊNCIAS
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ALVES, Rubem. Conversas Com Quem Gosta De Ensinar. 19ª Ed. São Paulo:
Cortez, 1987.
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