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Carola Flávio Mbezane

Crisalda Mário Chelengo


João Chame Chale
Tunelga Miguel Mandlate

Licenciatura em Psicologia Clínica

Avaliação Psicológica para portadores de Necessidades Educativas Especiais (NEE)

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE

Maputo, Março de 2023


Carola Flávio Mbezane
Crisalda Mário Chelengo
João Chame Chale
Tunelga Miguel Mandlate

Avaliação Psicológica para portadores de Necessidades Educativas Especiais (NEE)

O presente trabalho é apresentado à


Universidade Alberto Chipande como
exigência de avaliação da disciplina de
Métodos e Técnicas de Diagnostico,
ministrada pelo MSC Isaías Benjamim
Benzana

Docente: MSC Isaías Benjamim Benzana

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE

Maputo, Março de 2023


ÍNDICE

1. CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................4

1.1. Objectivos.....................................................................................................................4

1.1.1. Geral......................................................................................................................4

1.1.2. Específicos............................................................................................................4

1.2. Metodologia.................................................................................................................4

2. CAPÍTULO II: AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA PORTADORES DE


NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS (NEE)........................................................5

2.1. Conceito de Avaliação Psicológica..............................................................................5

2.2. Instrumentos ou técnicas da Avaliação Psicológica.....................................................5

2.2.1. Testes psicológicos...............................................................................................6

2.2.2. Observação............................................................................................................6

2.2.3. Entrevista..............................................................................................................6

2.3. Administração de testes psicológicos...........................................................................7

3. A EDUCAÇÃO ESPECIAL.............................................................................................8

3.1. Os Portadores de Necessidades Educativas Especiais.................................................8

3.2. Importância da Avaliação Psicológica para portadores de Necessidades Educativas


Especiais..................................................................................................................................9

3.3. Testes psicológicos mais usados no âmbito das NEE................................................10

3.3.1. Testes de comportamento...................................................................................11

3.3.2. Testes de habilidades/ inteligência/ aptidões......................................................11

4. CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................12

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................13
1. CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Métodos e técnicas de diagnóstico e


subordina-se ao seguinte tema: Avaliação Psicológica para portadores de Necessidades
Educativas Especiais (NEE).

A avaliação psicológica é compreendida como uma investigação sobre a dinâmica dos


elementos que estruturam o funcionamento psíquico das pessoas a partir de uma perspectiva
que considere seus aspectos biológicos, pessoais e sociais, para isso, é preciso de extensa e
variada gama de instrumentos e procedimentos que devem fornecer indicadores para a
compreensão das características de quem é avaliado, de seu desempenho social, acadêmico e
de suas condições enquanto portador de Necessidade Educativa Especial.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Analisar o comportamento da Avaliação Psicológica em relação aos portadores de
Necessidades Educativas Especiais.

1.1.2. Específicos
 Identificar o conceito de Avaliação psicológica;
 Enumerar os instrumentos da Avaliação Psicologia e a administração dos mesmos;
 Identificar o conceito de Educação Especial;
 Ilustrar a importância da Avaliação Psicológica para portadores de NEE;
 Enumerar os testes psicológicos mais usados no âmbito das NEE.

1.2. Metodologia

Nesta abordagem usou-se consulta bibliográfica em várias obras que serviram como fonte de
inspiração na elaboração deste trabalho sobre a Avaliação Psicológica para portadores de
Necessidades Educativas Especiais (NEE). Todavia, esta consulta fez com que releva-se mais
qualidade de informação no desenvolvimento do trabalho, e de uma forma minuciosa foram
analisados os dados encontrados sobre o tema em discussão e apuradas as melhores
informações como produto final que resultou nesse trabalho, e usou se a internet para fazer
uma reflexão condigna das várias informações.

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2. CAPÍTULO II: AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA PORTADORES DE
NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS (NEE)

2.1. Conceito de Avaliação Psicológica

A avaliação psicológica é uma atividade amplamente realizada pelos profissionais da


psicologia e consiste em uma coleta e interpretação de dados a respeito do paciente. Esses
dados são obtidos por meio de técnicas e procedimentos cientificamente reconhecidos, tais
como entrevista, análise de documentos, observação de comportamento, testes psicológicos,
dentre outros.

Não obstante, após a coleta dos dados por meio desses instrumentos, cabe ao psicólogo
integrar as informações, interpretando-as à luz de um referencial teórico, que permitirá
elaborar uma descrição das características do sujeito avaliado (COHEN et al., 2014). Portanto,
de um processo amplo e complexo de investigação, que necessita de um planejamento
minucioso, que considere as demandas do paciente e os objetivos da avaliação.

A avaliação psicológica é o processo técnico-científico que envolve coleta de informações,


estudos e interpretação a respeito de dados que envolvem os fenômenos psicológicos. Para
que se possa realizar esse processo, métodos, técnicas e instrumentos são utilizados. Todavia,
a avaliação psicológica não consiste necessariamente no envolvimento de testes psicológicos,
porém, estas são consideradas poderosas ferramentas que agregam ao processo de obter
informações sobre aspectos do psiquismo do sujeito (ANACHE, 2011).

De acordo com Oliveira (2013), os testes psicológicos são instrumentos que visam avaliar as
características psicológicas da pessoa. Eles são considerados confiáveis se obedecerem aos
critérios mínimos de fidedignidade e validade.

2.2. Instrumentos ou técnicas da Avaliação Psicológica

As principais técnicas de Avaliação Psicológica são: Testes psicológicos, entrevistas,


observação. Todas estas técnicas contribuem para a compreensão do outro (candidato, cliente,
periciando, usuário, etc.), sujeito do processo de Avaliação Psicológica. Todas as técnicas são
importantes para o processo de conhecimento do outro, pois a Avaliação Psicológica requer o
planeamento adequado, a execução cuidadosa do que foi planeado, a integração e análise dos
dados obtidos através de todas as técnicas utilizadas. Desta forma, só a partir dessa integração
das informações coletadas é que será possível redigir ou entregar os resultados da mesma.

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2.2.1. Testes psicológicos

Os testes psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características


psicológicas, constituindo-se um método ou uma técnica de uso privativo do psicólogo. Trata-
se de procedimentos sistemáticos de observação e registro de amostras de comportamentos e
respostas de indivíduos com o objetivo de descrever e/ou mensurar características e processos
psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas áreas emoção/afeto, cognição/inteligência,
motivação, personalidade, psicomotricidade, atenção, memória, percepção, dentre outras, nas
suas mais diversas formas de expressão, segundo padrões definidos pela construção dos
instrumentos (CRUZ, 2002).

Os testes psicológicos classificam-se em: Testes com respostas corretas: Funcionamento


cognitivo, conhecimento, habilidades ou capacidades; Testes nos quais não há respostas
corretas: Inventários, questionários, levantamentos, testes de personalidade, motivações,
preferências, atitudes, interesses, opiniões, reações características.

2.2.2. Observação

Observar é estudar, examinar, olhar com atenção, pesquisar minuciosamente. Portanto, a


observação é um método mais aberto de avaliação psicológica e sem dúvida o primeiro
instrumento que o profissional de Psicologia aprende a utilizar. Assim, o seu treino é
fundamental para que haja clareza e exatidão nas informações coletadas. Trata-se de um
instrumento que torna possível a mensuração do comportamento que se expõe por parte do
sujeito que o manifesta. O comportamento observado também produz reações (sentimentos,
respostas) no observador, que o auxiliam a formular hipóteses sobre o mesmo.

2.2.3. Entrevista

A entrevista psicológica é uma conversação dirigida a um propósito definido de avaliação.


Sua função básica é prover ao avaliador subsídios técnicos acerca da conduta do candidato,
completando os dados obtidos pelos demais instrumentos utilizados. A entrevista é uma
técnica de investigação científica em psicologia, sendo um instrumento fundamental do
método clínico. Ela Compreende o desenvolvimento de uma relação entre o entrevistado e o
entrevistador, relacionada com o significado da comunicação. Revela dados introspectivos
bem como o comportamento verbal e não-verbal do entrevistador e do entrevistado.
(CUNHA, 2011).

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Todavia, apesar de suas vantagens, a entrevista está sujeita a interpretações subjetivas do
examinador (valores, estereótipos, preconceitos,). Portanto, deve-se planear e sistematizar
indicadores objetivos de avaliação correspondentes ao perfil do examinado.

2.3. Administração de testes psicológicos

Os procedimentos na aplicação dos testes têm como objetivo garantir a sua validade, visto
que, mesmo dada a sua condição técnica e científica, um teste pode produzir resultados
inválidos se for mal aplicado. De acordo com Alchieri (2003), como se espera saber o nível de
aptidão ou as preferências do testando, este deve se sentir na sua melhor forma para agir de
acordo com as suas habilidades, e não sob a interferência de distratores ambientais. No
processo de aplicação levam-se em consideração alguns aspectos indispensáveis para a
realização satisfatória dessa atividade: Qualidade do ambiente físico; Qualidade do ambiente
psicológico; e Material de testagem.

 A Qualidade do Ambiente Físico

Todas as estruturas do ambiente físico devem colocar o testando em favorável disposição de


reação. De forma que é preciso considerar as condições do local de trabalho: cadeira, mesa,
espaço físico; Atmosféricas: iluminação, temperatura, higiene; De silêncio: isolamento
acústico.

 A Qualidade do Ambiente Psicológico

O psicólogo deve atenuar o nível de ansiedade do(s) examinando(s) a um mínimo possível


através do rapport, bem como: a) Verificar se o(s) examinando(s) apresenta(m) alguma
dificuldade de saúde e/ou impedimentos relacionados; b) Esclarecer o(s) examinado(s) de
modo que ele(s) compreenda(m) exatamente as tarefas a serem executadas; c) Memorizar as
instruções e ministrá-las em voz alta e pausada, de uma única vez, e igual para todos, pois,
qualquer mudança implica em alteração ou invalidade dos resultados. (ALCHIERI, 2003).

 Material de Testagem

Todo material que será utilizado no processo de aplicação deve constar em quantidade a mais
do número de candidato ou examinando: Quando se trata de material reutilizável verificar se
está em perfeito estado (ALCHIERI, 2003).

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3. A EDUCAÇÃO ESPECIAL 

Segundo Anache (2018), educação especial é um conjunto de serviços de apoio


especializados, destinados a responder as necessidades especiais do indivíduo com base nas
suas caraterísticas e com o fim de maximizar o seu potencial. Tais serviços devem efetuar-se,
sempre que possível e devem ter por fim a prevenção, redução ou supressão da problemática
do indivíduo, seja ela do âmbito mental, físico ou emocional e a modificação dos ambientes
de aprendizagem por forma a que ele possa receber uma educação apropriada as suas
capacidades e necessidades.

A Educação Especial, embora norteada pelos princípios democráticos de igualdade, liberdade


e respeito à dignidade, ela é regida pelos seguintes princípios: princípios da normalização,
integração e individualização.

Princípio da normalização: consiste em proporcionar às pessoas com necessidades especiais,


as mesmas condições e oportunidades sociais, educacionais e profissionais, assim como para
qualquer outra pessoa, bem como o respeito que deve existir para com as diferenças de
qualquer pessoa, respeitando-se a individualidade de cada um (AGUIAR, 2001).

O princípio da integração: visa o estabelecimento de condições que facilitem a participação


da pessoa com Necessidades Educativas Especiais na sociedade, obedecendo aos valores
democráticos de igualdade, participação ativa e respeito a direitos e deveres socialmente
estabelecidos. Portanto, integrar não é apenas colocar a pessoa com necessidades educacionais
especiais em qualquer grupo, consiste na aceitação naquele que se insere. O ideal de
integração ocorre em níveis progressivos desde a aproximação física, funcional e social até a
institucional.

Princípio da individualização: as diferenças individuais são valorizadas e respeitadas no


princípio da individualização. Individualizar o ensino significa atender às necessidades de
cada um, dar o que cada um precisa para seu desenvolvimento pleno. Portanto, a
individualização pressupõe a adequação do atendimento educacional a cada um, respeitando
seu ritmo e características pessoais.

3.1. Os Portadores de Necessidades Educativas Especiais

Consideram-se pessoas com Necessidades Educativas Especiais (NEE) aqueles que, por
apresentarem determinadas condições específicas, podem necessitar de um conjunto de

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recursos educativos particulares, durante todo o percurso de vida ou parte do seu percurso
escolar, de forma a facilitar o seu desenvolvimento académico, pessoal e sócio emocional.

Embora estas condições podem ser permanentes ou temporárias, é necessário reconhecer a


estas pessoas igualdade de direitos para que possam participar em todas as esferas da vida
académica com sucesso.

De forma a promover a sua inclusão importa adoptar medidas e soluções adequadas e


antidiscriminatórias, ou seja, um conjunto de medidas a serem aplicadas aos estudantes com
NEE para garantir o seu acesso e a prossecução dos estudos. A aplicação destas medidas deve
ser ponderada de acordo com o princípio de que a educação das pessoas com NEE se deve
processar num meio menos restritivo possível, sem contudo abdicar dos parâmetros de
exigência e qualidade do processo de ensino e aprendizagem.

3.2. Importância da Avaliação Psicológica para portadores de Necessidades


Educativas Especiais

De acordo com princípios inclusivos, as particularidades das pessoas não devem ser motivos
de desvalorização social, ou seja, todos têm o direito de aprender, coletivamente, a partir do
atendimento de suas necessidades educacionais específicas. Para tanto, é de extrema
importância compreender como cada indivíduo aprende e identificar suas potencialidades e
suas limitações, para que, assim, seja possível elaborar estratégias pedagógicas adequadas as
suas demandas de aprendizagem (XXXXX).

De acordo com Acunã (2017), as ações do profissional em avaliação psicológica são


importantes na medida em que reúne conhecimentos do desenvolvimento humano e aplica-os
ao entendimento do funcionamento cognitivo e às formas de estimulá-lo, visando à
maximização das funções psicológicas do indivíduo.

Desta forma, é necessária a atuação do profissional de avaliação psicológica no processo de


avaliação de indivíduos que apresentam indicadores de déficits cognitivos, pois é preciso
compreender o impacto do desenvolvimento psicológico na capacidade de interagir e
desempenhar ações exigidas socialmente. Por isso, a compreensão da NEE parte de
conhecimentos consolidados na área da psicologia permitindo concebê-la em uma perspectiva
funcional, bioecológica e multidimensional (ACUNA, 2017).

De acordo com Mendes e Maturana (2016), no âmbito da avaliação psicológica é necessário


realizá-la rompendo com práticas unicamente classificatórias que não consideram fatores
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psicológicos, contextuais, sociais, culturais e as condições de formação humana nas escolas
para o atendimento de indivíduos com NEE. As autoras defendem que quanto mais elementos
forem levantados por meio do processo avaliativo, mais condições os educadores terão para
nortear práticas pedagógicas fundamentadas nas informações coletadas que serão associadas
ao atendimento das necessidades educacionais dos indivíduos portadores de NEE.

A avaliação psicológica é compreendida como uma investigação sobre a dinâmica dos


elementos que estruturam o funcionamento psíquico das pessoas a partir de uma perspectiva
que considere seus aspectos biológicos, pessoais e sociais, para isso, é preciso de extensa e
variada gama de instrumentos e procedimentos que devem fornecer indicadores para a
compreensão das características de quem é avaliado, de seu desempenho social, acadêmico e
de suas condições de saúde mental (BAPTISTA et al., 2019).

Os instrumentos psicométricos são recursos complementares à avaliação psicológica que


proporcionam indicadores sobre o funcionamento cognitivo e comportamental dos sujeitos
avaliados. Contudo, faz-se necessário repensar sobre a forma como os instrumentos
psicométricos são utilizados, inclusive sua finalidade: a depender de como serão aplicados,
poderão promover rótulos e preconceitos em relação às pessoas, principalmente, àquelas
consideradas com algum tipo de deficiência (MENDES; MATURANA, 2016).

3.3. Testes psicológicos mais usados no âmbito das NEE

Segundo Anastasi (1999), os testes psicológicos são instrumentos objetivos e padronizados de


investigação do comportamento, que informam sobre a organização normal dos
comportamentos exigidos na execução de testes ou se suas perturbações em condições
patológicas. Assim, percebe-se que o teste dá ao profissional a possibilidade de observar o
comportamento de forma padronizada e julgar se os comportamentos que observa durante a
execução deste encontram-se dentro das condições observadas na população normal
pesquisada durante a sua fabricação.

O teste psicológico tem como função medir as diferenças entre indivíduos ou entre as reações
do mesmo indivíduo em diferentes ocasiões. É importante ressaltar que os testes psicológicos
devem ser entendidos como instrumentos auxiliares na coleta de dados que é a Avaliação
Psicológica e que, juntamente com as demais informações organizadas pelo psicólogo,
auxiliam na compreensão do problema estudado, de forma a facilitar a tomada de decisões.

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Para que um teste psicológico seja considerado valido é necessário que atenda aos seguintes
requisitos: Fundamentação teórica; Evidências empíricas de validade e precisão das
interpretações propostas; Sistema de correção e interpretação dos escores; Descrição clara dos
procedimentos de aplicação e correção; Manual contendo as informações.

Segundo o DMS-V, os testes psicológicos que podem ser aplicados a indivíduos portadores de
NEE são:

3.3.1. Testes de comportamento


 CPS - Escalas de Personalidade de Comrey
 EFEx - Escala Fatorial de Extroversão
 EFN - Escala Fatorial de Neuroticismo
 IFP - Inventário Fatorial de Personalidade
 IHS - Inventário de Habilidades Sociais Palográfico Pirâmides Coloridas de Pfister
 PMK - Psicodiagnóstico Miocinético
 QUATI - Questionário de Avaliação Tipológica Rorschah
 STAXI - Inventário de Expressão de Raiva como Estado e Traço
 Teste Z de Zulliger
 TAT - Teste de Apercepção Temática

3.3.2. Testes de habilidades/ inteligência/ aptidões


 AC - Teste de Atenção Concentrada
 AC 15 - Teste de Atenção Concentrada
 BFM 1 - Testes de Atenção
 BFM 2 - Testes de Memória
 BFM 3 - Teste de Raciocínio Lógico
 BFM 4 - Testes de Atenção Concentrada
 BGFM 1 - Testes de Atenção Difusa
 BGFM 2 - Testes de Atenção Concentrada
 BPR 5 - Bateria de Provas de Raciocínio
 D-2 - Teste de Atenção Concentrada
 G 36/ G 38 - Teste Não Verbal de Inteligência
 RAVEN - Escala Geral
 R 1 - Teste Não verbal de Inteligência Teste dos Relógios
 WAIS III - Escala de Inteligência Wechsler para Adultos
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4. CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao refletir sobre a prática da avaliação psicológica de pessoas portadoras de NEE nota-se que
embora estas pessoas estejam presentes em avaliações desde o surgimento dos primeiros
instrumentos, o uso dos resultados decorrentes destas avaliações teve como intuito a
segregação e marginalização e não a proposta de elaboração de estratégias inclusivas. No
entanto, a utilização dos testes psicológicos como agentes reprodutores de preconceito e
exclusão com a qualificação dos instrumentos e investimentos de pesquisas e diretrizes
formativas para os profissionais que os utilizam.

Deste modo, são necessários os questionamentos sobre qual a função social do campo de
avaliação psicológica e do discurso normativo vigente para garantia dos direitos das pessoas
portadoras de NEE. Portanto, tornar os instrumentos psicológicos acessíveis é cooperar para a
construção de uma sociedade justa e igualitária, atendendo aos princípios fundamentais da
profissão que reforçam o compromisso da Psicologia com a eliminação do preconceito e do
alcance das práticas para todos àqueles que dela tiverem necessidade.

Portanto, faz-se necessário construir formas de comunicação acessíveis para obter respostas às
perguntas, o qual requer acompanhamento, observações e registros das mais variadas
situações. Essa prática possibilitará ao portador de NEE uma certa mobilização pelo fato de
que uma atenção especial foi dedicada a ele, não deixando de ser uma intervenção na sua
dinâmica pessoal e consequentemente escolar e familiar.

A avaliação psicológica de sujeitos com NEE requer maiores investimentos, pois se entende
que há necessidade de se construir metodologias específicas para cada situação, conferindo-
lhe o status de pesquisa científica, e como tal, requer aprofundamento da compreensão dos
processos psicológicos e seus movimentos constitutivos e suas formas de expressões.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACUNA, J. T. (2017). Interface entre Psicologia e Educação Especial em contexto escolar.


Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru.

AGUIAR, A. M. B. (2011). A avaliação do aluno com deficiência intelectual no contexto


escolar. Centro de Educação, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, ES, Brasil.

ALCHIERI, J. C. (2003). Avaliação Psicológica: conceito, métodos e instrumentos. São


Paulo: Casa do Psicólogo.

ANACHE, A. A. (2011). Notas introdutórias sobre os critérios de validação da avaliação


psicológica na perspectiva dos Direitos Humanos. Ano da Avaliação Psicológica: Textos
geradores. Brasília, DF: CFP.

ANACHE, A. A. (2018). Avaliação Psicológica na Educação Especial. Psicologia: Ciência e


Profissão.

ANASTASI, A. (1999). Testes psicológicos. 2. ed. São Paulo: EPU.

BAPTISTA, M. N. et al. (2019). Compêndio de avaliação psicológica. Petrópolis: Ed. Vozes.

CAMPOS, C. (2014). Avaliação Psicológica destinada a populações específicas. São Paulo:


Vetor.

COHEN, R. J; SWERDLIK, M. E; STURMAN, E. D. (2014). Testagem e avaliação


psicológica: introdução a testes e medidas. AMGH Editora Ltda, Porto Alegre.

CRUZ,  R. M. (2002). O processo de conhecer em avaliação psicológica. São Paulo: Casa do


Psicólogo.

CUNHA, A. C. (2011). Avaliação cognitiva psicométrica e assistida de crianças com baixa


visão moderada. Paideia.

DMS-V. (2013). O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição.

MENDES, E. G.; MATURANA, A. M. (2016). O apoio à escolarização de estudantes com


deficiência intelectual: sala de recursos multifuncionais e/ou instituições especializadas?
Pedagogia em Ação, Belo Horizonte.

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OLIVEIRA, C. M. (2013). Desenho universal e avaliação psicológica na perspectiva dos
direitos humanos. Avaliação Psicológica.

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