Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Psicologia Cultural
1.2. Justificativa.........................................................................................................3
1.3. Objectivos...........................................................................................................3
1.3.1. Geral............................................................................................................3
1.3.2. Específicos...................................................................................................3
1.4. Metodologia........................................................................................................3
2.3.1. O Colectivismo............................................................................................6
2.5.1. Impatriação................................................................................................12
2.5.2. Flexpatriação.............................................................................................14
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.......................................................................16
1. CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização temática
O presente trabalho tem como tema: Novas Perspectivas na Gestão Transcultural. A
mundialização e a globalização impõem ao homem e organizações atuais grandes
desafios na medida em que coloca a prova a convivência e adaptação de diferentes
culturas dentro de um único espaço. No entanto, as relações e experiências de trabalho,
para aqueles que vivenciam essa nova organização mundial, estão a mercê de novas
formas de gestão organizacional na medida em que a gestão das pessoas passa a fazer
parte do complexo de competências previsto e exigido no âmbito das relações
organizacionais interculturais.
1.2. Justificativa
A relevância deste tema está no facto de que permite-nos perceber e ter em conta que
para compreender os requisitos da liderança transcultural, é necessário ter a noção de
que o mundo nos encontramos hoje é um mosaico multicultural. Portanto, essa noção
vai nos levar ao aporte teórico sobre cultura e suas implicações para a gestão das
organizações, sobre dimensões culturais e seus diferentes modelos.
1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Conceptualizar a novas perspectivas da Gestão Transcultural num mundo
mundializado e globalizado.
1.3.2. Específicos
Ilustrar o aporte teórico da inteligência cultural;
Caracterizar a lideranças, suas variáveis e dimensões culturais;
Identificar o ajustamento transcultural do expatriado e seus modelos;
Descrever os aportes teóricos dos conceitos de impatriados e flexpatriados;
1.4. Metodologia
Nesta abordagem usou-se consulta bibliográfica em várias obras que serviram como
fonte de inspiração na elaboração deste trabalho sobre a Novas Perspectivas na Gestão
Transcultural. Todavia, esta consulta fez com que releva-se mais qualidade de
informação no desenvolvimento do trabalho, e de uma forma minuciosa foram
analisados os dados encontrados sobre o tema em discussão e apuradas as melhores
informações como produto final que resultou nesse trabalho, e usou se a internet para
fazer uma reflexão condigna das várias informações.
3
2. CAPÍTULO II: NOVAS PERSPECTIVAS NA GESTÃO
TRANSCULTURAL
Trata-se de uma capacidade maleável que deve ser desenvolvida pelo indivíduo não só
para atender às demandas advindas de sua esfera profissional de vida mas também,
pessoal, uma vez que a multiculturalidade é um fator externo presente em ambos os
contextos, podendo promover uma melhora na qualidade das interações interpessoais
(CUNHA & REGO, 2009).
4
No entanto, a exposição a uma variedade de culturas produz efeitos significativos, visto
que exerce influências em proporção diferenciada e também sobre o desenvolvimento
das diversas competências humanas e capacidades organizacionais relacionadas à
cultura (SOUZA, 2015).
Neste sentido, na perspectiva de Kinicki & Kreitner (2006), para que um evento de
comunicação intercultural atinja o seu potencial máximo de eficácia, alguns requisitos
devem ser atendidos, tais como: as interações devem ocorrer entre pessoas de status
social semelhante, essas pessoas devem compartilhar necessidades e objetivos que
façam a cooperação entre elas necessária, as interações devem incluir uma quantidade
significativa de contato pessoal e, finalmente, o contato deve ser reforçado por
autoridades reconhecidas pelos indivíduos.
Enfim, importa aqui deixar claro que a característica de um mercado de trabalho global
traz novos desafios, no qual habilidades, capacidades de liderança e competências
culturais ganham destaque, passando a ocupar posição central no mundo dos
5
organizacional, sendo a liderança global uma delas, exigindo uma compreensão tanto do
ponto de vista teórico quanto prático a fim de permitir o alcance dos melhores
resultados.
Esta dimensão tem sido aplicada nos estudos organizacionais a diversos níveis de
análise, seja individual, grupal, organizacional ou societal. Por exemplo, no que se
6
refere à distribuição de prémios e à avaliação as sociedades colectivistas são mais
generosos nas avaliações intragrupos do que as sociedades mais individualistas. O
colectivismo está positivamente relacionado com a receptividade a uma política de
premiação das equipas em detrimento do prémio individual (CALAZA, 2008).
Esta dimensão também tem sido utilizada no estudo de equipas, na medida em que a
orientação colectivista das equipas promove a cooperação. Portanto, existe uma
correlação positiva entre a eficácia de grupo e a performance de grupo quando as
sociedades se apresentam como fortemente colectivistas (TEODOSIO, 2007).
De acordo com Calaza (2008), os gestores nas sociedades com elevados índices de
distância ao poder reportam uma maior utilização de regras e procedimentos nas suas
práticas do que os gestores em sociedades com índices mais reduzidos.
Por um lado, a distância ao poder está associada a estilos de liderança mais autoritários,
enquanto que em sociedades mais igualitárias se prefere um estilo consultivo. Por outro,
7
em sociedades de menor distância ao poder, é esperado que a iniciativa de participação
na elaboração das decisões seja tomada pelos próprios subordinados, enquanto que nas
sociedades mais estratificadas espera-se a participação dos subordinados apenas quando
esta é requisitada pelo líder (CALAZA, 2008).
Portanto, por um lado, nas organizações com elevados índices de controlo da incerteza
os subordinados apresentam um elevado grau de aceitação das ordens dos seus
superiores. Esta realidade resulta da pouca motivação que os subordinados apresentam
para participar nas tomadas de decisão, uma vez que se revelam relutantes à autonomia
e consequente assunção de responsabilidades.
Por outro lado, os líderes de organizações com características que primam pelo
estabelecimento de regras e procedimentos, pelo planeamento detalhado, por processos
de decisão autocráticos, pela precaução, pela formalidade e pela ordem. São resistentes
à inovação e revelam uma reduzida tendência para a delegação de poderes e
competências.
8
Segundo Freitas (2008), a mentalidade global pode ser analisada por meio de duas
perspectivas diferentes, mas complementares. A primeira é a psicológica e está ligada à
competência da organização em permitir e gerir a diversidade e heterogeneidade
cultural como fontes de oportunidades. A segunda perspectiva é a estratégica segundo a
qual a mentalidade global está relacionada ao desafio de criar uma lógica diferente de
análise, possibilitando que liderem as contradições de forma aberta e flexível. Isto é, a
mentalidade global é considerada como um conjunto de decisões que incitam os
indivíduos a contrabalançarem a disputa entre a empresa, o país e as suas prioridades,
competição essa que ocorre naturalmente nos processos de gestão internacional.
Nessa mesma linha de raciocínio, Camara (2011), afirma que uma empresa global
precisa possuir um pensamento estratégico que se beneficie da diversidade cultural, uma
vez que a necessidade de desenvolver pessoas cada vez mais habilitadas a administrar e
a locomover-se entre diferentes culturas tem sido o grande desafio das organizações
globais.
Segundo Camara (2011), a expatriação pode ser categorizada em três tipos (1)
expatriação organizacional, (2) expatriação por autoiniciativa e (3) expatriação
organizacional de autoiniciativa. A expatriação organizacional define-se como o
processo de envio de um colaborador para o estrangeiro, sempre por via de uma
organização. A expatriação por autoiniciativa, o expatriado se desloca para outro país
por conta própria e não através de uma organização, sendo assim considerado um tipo
de expatriação não corporativa. Por último, surge a expatriação organizacional de
autoiniciativa, onde o expatriado inicia a sua própria mobilidade, dentro de um contexto
organizacional, mas sob o seu patrocínio, apoio e/ou conhecimento.
9
rotineiras, supervisão da transferência do conhecimento e difusão das políticas
corporativas. A preparação feita pelas empresas consiste na seleção de pessoas que
estão familiarizadas com os produtos, a tecnologia, a organização e a cultura da
empresa, oferecendo grandes incentivos financeiros.
No entanto, novas abordagens são associadas a expatriação, visto que ela é entendida
como um conjunto de atividades que vai desde o recrutamento e seleção de executivos
para trabalharem no exterior até a inserção e acompanhamento destes no novo ambiente,
incluindo de questões de adaptação cultural a negociação de benefícios e remuneração.
(DIOGO, 2019).
Camara (2011), afirma que o sucesso de uma expatriação está intimamente ligado ao
desenvolvimento de profissionais capazes de gerir e transitar em diferentes culturas. Por
isso, como poderá ser visto na próxima seção, é necessário que as organizações deixem
claro para o expatriado os motivos da sua expatriação e as expectativas da empresa
durante essa vivência internacional.
10
No entanto, a expatriação é um processo complexo, no qual o expatriado precisa, ao
mesmo tempo, ajustar-se ao novo ambiente e manter as características que se pressupõe
que ele leve para o novo país.
11
2. Negativismo extremo: Essa fase marca o início da vida real na nova cultura e é
também quando o expatriado tem mais informações sobre a situação social e
econômica do país hospedeiro. Há um misto de desilusão, solidão e rejeição da
cultura local. Há um choque cultural no qual sentimentos de solidão, desconforto
e desilusão aparecem.
3. Distanciamento ou integração: Relaciona-se à decisão do expatriado de rejeitar
ou não a nova cultura. É o período em que a desilusão do período anterior cede
ou não confere espaço à aceitação da realidade local.
4. Choque da volta: Ocorre quando os expatriados regressam e sentem-se
deslocados ou estrangeiros nos seus próprios países, uma vez que a experiência
da expatriação incide sobre a imagem que os indivíduos têm de sua comunidade
de origem.
Diante dessas quatro fases do ajustamento transcultural, Camara (2011), afirma que a
aculturação é um fator muito importante, principalmente na fase de choque cultural. O
sucesso do ajustamento do expatriado depende de diversos fatores, como cultura da
empresa e do país hospedeiro, práticas de recursos humanos, personalidade dos
expatriados, ajustamento da família do expatriado.
2.5.1. Impatriação
A Impatriação é um movimento inverso ao da expatriação que preconiza a transferência
de profissionais para a sede coorporativa, como prática para desenvolver e transferir
gerentes das subsidiárias para a sede corporativa como meio de alcançar diversidade
estratégica e de se tornar multicultural.
De acordo com Digo (2019), o crescimento dos países emergentes contribui para a
disseminação da impatriação, uma vez que quanto maior é a expansão de um negócio
em regiões distantes maior é a dificuldade de operação no mercado, seja pela limitação
de expatriados, seja pela capacitação das equipes locais e a impatriação vem como
12
alternativa, uma vez que esses profissionais podem ser trazidos de unidades estrangeiras
ou são contratados de fora da organização nos outros países em que a companhia atua.
O uso da impatriação apresenta como grande diferencial o fato de que esse empregado
já possui o capital social desejado para a tarefa bem como o conhecimento da política de
funcionamento da organização, ou seja, ele já compreende como é conduzido o negócio
da empresa.
13
Satisfação dos consumidores e dos empregados em geral;
2.5.2. Flexpatriação
14
oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento (interação com diferentes pessoas,
culturas e países), perspectivas de projeção a nível gerencial e executivo.
Após uma pesquisa sobre as novas perspectivas na gestão transcultural, importa aqui
tirar algumas constatações. A primeira constatação está relacionada ao fenómeno da
globalização que não mostra sinais de abrandamento. Antes pelo contrário, cada vez
mais a internacionalização de empresas, serviços, produtos e movimentação de pessoas
em trabalho são mais comuns nestes tempos de globalização. Problemas de adaptação a
ambientes culturais diferentes no nosso tempo são barreiras relevantes e que muitas
pessoas têm dificuldade em superar.
Neste contexto, a inteligência cultural surge como uma forma de olhar para este tipo de
problemas, sendo definida como uma capacidade que qualquer pessoa pode desenvolver
através de conhecimento, experiência e esforço pessoal para funcionar de forma eficaz
em contextos interculturais. É multidimensional na medida em que é composta por
várias dimensões ou capacidades: cognitiva, comportamental ou
motivacional/emocional.
Todavia, a liderança está localizada não nas mentes dos indivíduos (líderes), mas na
interação de crenças e ações no âmbito coletivo. Portanto, pode-se afirmar que liderar é
praticar a cultura. Ademais, a partir do momento em que culturas diferentes entram em
contato, faz-se presente a transculturalidade, que se configura em situações em que
culturas díspares passam a conviver e interagir em um processo capaz de criar e recriar
sentido para os atores envolvidos.
15
A transculturalidade diz respeito à interação de pessoas identificadas a conjuntos de
valores e normas de conduta distintos. Cada cultura possui seus determinados padrões
de significado, sendo que o que é comum para pessoas inseridas em determinada cultura
pode parecer estranho para pessoas com outras referências culturais. A
transculturalidade é considerada uma forma nova de analisar as questões culturais
dentro das organizações e tende a remeter os pesquisadores a reflexões novas e mais
próximas à realidade atual.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
16
SOUZA, C. (2015). Competências multiculturais: inteligência cultural e personalidade
multicultural em contexto organizacional e social. Universidade de Algarve: Faculdade
de Ciências Sociais.
17